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ALTERAÇÕES PULPARES E 
PERIRRADICULARES 
 
 ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOGRÁFICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
O presente e-book é um material didático que tem por 
finalidade servir de guia para reconhecimento das características 
biológicas do tecido dentário, além de identificar e diagnosticar 
corretamente as alterações pulpares e perirradiculares 
existentes. 
A equipe organizadora é constituída por Laryssa Layane 
Sales Nascimento, Marina Jusciele Araújo Sousa, Pablo 
Alexandre Aragão Delfino, Sthephanny Cristina Castro 
Gonçalves Silva da Silva e Thamille Ferreira Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
PATOLOGIA PULPAR ............................................................................................................................................ 1 
Conceito e classificação ........................................................................................................................................ 1 
Reação do complexo dentinopulpar a cárie ................................................................................................... 1 
Resposta da polpa á agressão .......................................................................................................................... 1 
Pulpite reversível .................................................................................................................................................... 2 
 Pulpite irreversível assintomática ...................................................................................................................... 3 
Pulpite irreversível sintomática .......................................................................................................................... 4 
Necrose pulpar ........................................................................................................................................................ 5 
 
PATOLOGIA PERIRRADICULAR .............................................................................................................. 6 
Conceito ........................................................................................................................................................ 6 
Funções dos tecidos da região periapical ............................................................................................... 6 
Periodontite apical aguda ........................................................................................................................... 6 
Acesso periapical agudo ............................................................................................................................ 7 
Periodontite apical crônica ......................................................................................................................... 8 
Granuloma periapical .................................................................................................................................. 9 
Cisto periapical ........................................................................................................................................... 10 
Abscesso periapical crônico .................................................................................................................... 10 
Referências ................................................................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
PATOLOGIA PULPAR 
Conceito: 
Complexo Dentina-Polpa: A polpa é o tecido 
conjuntivo vascularizado que ocupa a parte 
central do dente, cuja função principal é 
manter a vitalidade da dentina e, 
consequentemente, do dente. A polpa e a 
dentina formam um único complexo, pois 
estão intimamente relacionadas 
morfologicamente e fisiologicamente. 
 
Classificação: 
As patologias pulpares podem ser 
classificadas em: 
 
Alterações produtivas – Formação de 
dentina terciária (reacional) e esclerose 
dentinária 
Alterações degenerativas – Formação de 
trombos, nódulos pulpares, atrofia reticular e 
fibrose pulpar 
Alterações Inflamatórias: Pulpite reversível 
e irreversível e necrose pulpar. 
REAÇÃO DO COMPLEXO 
DENTINOPULPAR À CÁRIE 
A cárie é a causa mais comum de agressão 
ao complexo dentinopulpar . Uma vez que a 
dentina é exposta como resultado da 
destruição do esmalte ou do cemento por 
cárie, os túbulos dentinários podem atuar 
como canais de difusão de produtos 
bacterianos até a polpa. Por continuidade 
biológica, a dentina e a polpa respondem ao 
estímulo bacteriano da cárie basicamente 
através de três mecanismos principais: 
a) Redução da permeabilidade dentinária; 
b) Formação de dentina terciária; 
c) Resposta imune. 
RESPOSTA DA POLPA A AGRESSÃO 
 Vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular, o que resulta em exsudação 
TESTES PULPARES 
Calor 
O calor pode ser aplicado por meio de bastão 
de guta-percha aquecido (76°C) ou pela 
fricção de uma taça de borracha sobre a 
superfície vestibular do dente. 
 Em casos de normalidade pulpar, o paciente 
acusa dor tardia à aplicação inicial do estímulo 
(segundos depois, à medida que a 
temperatura aumenta na polpa pela 
manutenção do estímulo). 
 
Frio 
A aplicação de frio, por meio de bastões de 
gelo (0°C), neve carbônica ou gelo seco 
(−78°C) ou spray refrigerante, como o 
tetrafluoretano ou o diclorodifluormetano 
(Endo-Ice, a −30°C), evoca dor aguda, 
rápida, localizada, que passa logo ou poucos 
2 
 
 
 
segundos após a remoção da fonte 
estimuladora. 
A dentina normalmente é mais sensível ao 
frio do que ao calor. 
Elétrico 
 Quando da utilização de um Pulp Tester, a 
intensidade de corrente elétrica necessária 
para o paciente acusar um formigamento ou 
sensação de queimação geralmente é igual 
ou levemente inferior a de um dente normal, 
usado como controle. 
Cavidade 
 A estimulação dentinária por meio de 
brocas, sonda exploradora ou colher de 
dentina evoca dor, indicando presença de 
vitalidade pulpar. Este teste é de grande valia 
para dentes com restaurações extensas, que 
podem não reagir aos demais testes. 
 
 
PULPITE REVERSÍVEL 
 
É uma leve inflamação na polpa, na sua 
fase inicial, a qual pode ser revertida pelos 
tecidos de reparação quando retira o agente 
causador do processo. É um tipo de pulpite 
que consegue regredir sem deixar sequelas 
no dente. É resultante de lesões de cárie, 
traumas, restaurações defeituosas ou 
recentes, entre outros. 
 
 
• Diagnóstico 
 
No exame clínico constata-se, pelo 
exame visual, lesão de cárie extensa ou 
restauração, mas não há ainda exposição 
pulpar. 
Ao teste térmico do calor o paciente 
relata dor tardia à aplicação inicial do 
estímulo. O teste térmico do frio provoca 
uma dor aguda, localizada e rápida que 
passa após a remoção da fonte 
estimuladora. A estimulação dentinária por 
meio de brocas, sonda exploradora ou colher 
de dentina evoca dor, o que indica a 
presença de vitalidade pulpar. 
O teste de percussão e palpação 
apresentam resultado negativo na pulpite 
reversível pois não há comprometimento dos 
tecidos perirradiculares. 
A radiografia periapical não revela 
alterações pulpares desta natureza, mas 
pode indicar a presença de um processo 
carioso,Restaurações sem isolamento e 
profundidade relativa desses processos. 
3 
 
 
 
 
• Sinais e Sintomas 
Geralmente é assintomática, no 
entanto, pode ocorrer uma ativação de dor 
aguda, rápida e localizada quando o dente é 
estimulado, como por exemplo pelo frio, mas 
logo para com a remoção do estímulo. A dor 
ao frio é a queixa mais comum. 
 
• Tratamento 
Consiste basicamente na retirada do 
agente causal, ou seja, remoção de cárie, 
restaurações extensas recentes, trauma 
oclusal e na aplicação de um curativo à base 
de óxido de zinco-eugenol, que é dotado de 
efeito analgésicoe anti-inflamatório. 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL 
ASSINTOMÁTICA 
 
Na pulpite irreversível os nervos e 
vasos da polpa são necrosados e destruídos 
pela infeção e inflamação, no caso da 
assintomática a polpa encontra-se inflamada 
e incapaz de reparar. A pulpite irreversível 
assintomática pode-se tornar sintomática ou 
até mesmo necrótica caso não aconteça a 
intervenção profissional do cirurgião-dentista 
habilitado durante o processo inflamatório 
pulpar. 
 
• Diagnóstico 
 O dente pulpite irreversível 
assintomática pode ter sofrido trauma ou 
Apresentar uma lesão de cárie 
profunda que provavelmente resultaria numa 
exposição pulpar após a sua remoção. 
 
• Sinais e Sintomas 
Esse tipo de inflamação pulpar não 
apresenta sintomas clínicos e geralmente 
responde normalmente aos testes térmicos. 
 
• Tratamento 
 O tratamento do dente envolvido 
requer o tratamento do canal radicular ou 
exodontia. 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL 
SINTOMÁTICA 
 
Quando ocorre a exposição pulpar, é 
estabelecido uma área de contato direto 
desta com os microrganismos da cárie. Na 
grande maioria das vezes, por conta das 
características anatômicas da polpa, ela 
pode sofrer alterações irreversíveis, 
caracterizadas por inflamação severa. 
Mesmo a remoção do agente causador não 
é suficiente para reverter a situação, 
havendo assim, a necessidade de 
intervenção direta na polpa. 
 
Diagnóstico 
 
• Sinais e sintomas: 
 
Dor aguda por estímulo térmico, dor 
persistente geralmente 30 segundos ou mais 
após a remoção do estímulo, do não 
provocada e dor referida. Às vezes, pode ser 
pode aparecer por alterações na postura, ao 
se deitar ou inclinar. 
 
• Inspeção: 
 
No exame clinico, se o paciente chegar se 
queixando de dor espontânea, pulsátil e 
contínua, pode ser um sinal de que o tecido 
pulpar está inflamado irreversivelmente, 
caso não, ao inspecionar a cavidade oral do 
paciente, se for observada a presença de 
cáries ou restaurações extensas, e estas só 
serem removidas apresentar exposição 
pulpar pode dar margem para pulpite 
irreversível. 
 
 
• Teste térmico: 
 
Se realizado o teste por calor, o 
resultado é positivo. A aplicação de calor 
exacerba a dor, porque causa a 
vasodilatação, aumentando a pressão 
tecidual. Nos testes feitos a frio, em estágios 
mais avançados da inflamação pulpar, 
geralmente, não há resposta positiva, pois 
este pode causar alívio da dor, graças ao seu 
efeito vasoconstrictor e anestésico. 
 
 
• Achados Radiográficos: 
 
5 
 
 
 
Podem ser observados lesões 
cariosas e restaurações extensas, 
geralmente sugerindo exposição pulpar, e o 
espaço do ligamento periodontal 
apresenta- se normal ou ligeiramente 
espessado. 
 
Tratamento: 
Consiste na remoção do tecido 
pulpar, total ou parcial. 
 
NECROSE PULPAR 
 
A necrose pulpar representa a 
interrupção dos processos metabólicos da 
polpa com perda estrutural do tecido. 
Dependendo da causa, a necrose pulpar 
pode ser classificada como: 
➢ Necrose de liquefação: Resulta 
da ação de enzimas hidrolíticas, de origem 
bacteriana e/ou endógena), que promovem 
a destruição tecidual. 
➢ Necrose de coagulação: ocorre 
quando há redução ou bloqueio do 
suprimento sanguíneo de um determinado 
tecido, levando à coagulação proteica 
tecidual. 
➢ Necrose gangrenosa: quando o 
tecido que sofreu necrose de coagulação é 
invadido por bactérias que promovem a 
liquefação. Ocorre em dentes 
traumatizados, cujas polpas sofreram 
necrose de coagulação asséptica e que se 
tornaram infectadas posteriormente. 
 
Diagnóstico 
 
• Sinais e sintomas: 
 
É assintomática, porém, o paciente pode 
relatar episódio prévio de dor. 
• Inspeção 
 
No exame clínico, observa-se a presença 
de cárie ou restaurações extensas que 
alcançaram a polpa. Em outros casos, quando 
a causa de necrose foi traumática, a coroa 
dentária pode estar hígida. Pode promover o 
escurecimento da coroa. 
• Teste Térmico 
 
O teste feito com a aplicação de calor, na 
grande maioria das vezes, não causa dor. E 
nos testes feitos a frio, a resposta à aplicação 
é sempre negativa. Este é um dos testes mais 
confiáveis para determinar a necrose pulpar. 
 
• Achados Radiográficos 
6 
 
 
 
 
Nas radiografias, observa-se a presença de 
cárie, coroa fraturada ou restaurações 
extensas. Se a causa de necrose foi 
traumática, a coroa dentária pode apresentar-
se hígida ou com pequenas restaurações. 
 
• Tratamento 
Consiste na remoção de todo o tecido 
necrosado, e possivelmente infectado, 
medicação intracanal e obturação do 
sistema de canais radiculares. 
PATOLOGIA PERIRRADICULAR 
Conceito 
Periodonto apical: complexo de tecido que 
circunda a porção apical da raiz de um dente: 
cemento, ligamento periodontal e osso 
alveolar 
• Lesões inflamatórias de origem 
endodôntica que afetam a porção 
lateral da raiz ou a área de furca. 
 
 
Funções dos tecidos da região periapical 
são: 
Sustentação-Inserção-Nutritivo-Nervosa e 
defesa 
Causas das alterações periapicais 
• Fatores biológicos -cárie 
• Fatores físicos-trauma e hábitos 
parafuncionais 
• Fatores químicos - solução intrigados, 
pasta, medicamentos. 
• Iatrogênia 
Testes perirradiculares 
Percussão: horizontal e vertibular com cabo 
do espelho clínico. 
Palpação: palpar fundo de vestíbulo 
 
PERIODONTITE APICAL AGUDA 
 
As infeções endodônticas são 
causadas por uma comunidade de múltiplas 
espécies bacterianas que, geralmente, se 
encontram organizadas como biofilmes 
aderidos às paredes dos canais radiculares. 
Os resultados da patogenicidade coletiva 
desta comunidade bacteriana dão origem ao 
desenvolvimento da periodontite apical 
aguda. 
 
 
Diagnóstico 
 
7 
 
 
 
• Sinais e sintomas 
Moedeira; sensação latejante e 
espontânea, que pode ser moderada a forte 
e durar dias. 
• Inspeção visual 
Leve extrusão dental e discreto aumento de 
mobilidade. 
 
 
• Teste térmico 
 
Ao se realizar o teste térmico e for positivo 
realizar o ajuste oclusal e prescrever anti-
inflamatório, mas e se teste térmico for 
negativo: realizar abertura endodôntica, 
penetração desinfetante, medicação 
intracanal, alívio oclusal e anti-
inflamatório. 
 
• Teste de percussão 
Pode ser que sofra uma sensação 
dolorosa, como também pode não 
apresentar resultados positivos a esse 
teste. 
 
• Aspectos radiográficos 
Os detalhes radiográficos 
importantes a serem valorizados para o 
diagnóstico preciso da periodontite apical 
aguda são o espessamento do ligamento 
periodontal, continuidade da lâmina dura e 
a normalidade do trabeculado ósseo 
adjacente. 
 
 
 
• Tratamento 
Os tratamentos de periodontite apical podem 
incluir: 
Canal radicular. Em alguns casos, um canal 
radicular pode minimizar a inflamação de 
suas gengivas removendo bactérias e 
tecidos infectados da polpa do dente 
 
ABECESSO PERIAPICAL AGUDO 
O Abscesso Periapical Agudo é 
originado por uma agressão violenta e rápida 
de agentes infecciosos aos tecidos periapicais 
após a necrose pulpar. Assim, forma-se uma 
coleção de pus localizada nos tecidos 
8 
 
 
 
periapicais ou compartimento do ligamento 
periodontal apical. 
• Sinais e sintomas 
A dor é espontânea, continua, intensa, 
localizada e aumenta com o calor local. 
 
 
• Inspeção visual 
Principal característica clínica é a presença 
de edema 
 
 
 
• Teste pulpar 
 
Não irá responder a nenhum teste pulpar, 
mas vai exibir mobilidade de graus variados 
 
• Teste de percussão e palpação 
Envolve extrema sensibilidade durante a 
mastigação 
 
• Aspectos radiográficos 
Espessamento de todo o espaço ocupado 
pelo ligamento periodontal, não mais se 
limitando à região periapical. 
 
• Tratamento 
Envolve a drenagem do conteúdo purulento, 
tratamento de canal, ou até mesmo a extração 
do dente, sempre com ointuito de remover a 
infecção 
 
PERIODONTITE APICAL CRÔNICA 
Condição que se dá quando o 
organismo consegue reduzir a intensidade da 
infecção provocada pela agressão de alta 
intensidade na periodontite apical aguda 
através de uma resposta inflamatória onde 
células imunocompetentes (linfócitos, 
plasmócitos e macrófagos) são atraídas para 
a região afetada. 
Diagnóstico 
 
• Sinais e Sintomas: 
Ausentes, entretanto, o paciente pode relatar 
ocorrência prévia de dor. 
 
9 
 
 
 
• Inspeção visual 
Presença de cárie profunda e/ou restauração 
extensa. 
 
• Testes Pulpares 
Testes frio e calor têm resultados negativos. 
• Testes Perirradiculares 
Percussão e palpação, também apresentam 
respostas negativas. 
 
• Achados Radiográficos 
O ELP apresenta-se normal ou 
espessado na radiografia. Pode ser detectada 
cárie e/ou restaurações extensas, cistos e 
granulomas periapical. 
 
 
Tratamento 
O tratamento é endodôntico. Envolve a 
limpeza e desinfecção dos canais radiculares 
para eliminação do agente agressor e 
obturação do canal após sessão de aplicação 
de medicação intracanal. 
Há ainda condições associadas ao quadro de 
periodontite, as quais representam estágios 
da evolução da lesão: 
 
GRANULOMA PERIAPICAL 
Em resposta à agressão bacteriana aos 
tecidos perirradiculares, as células do 
ligamento periodontal e do osso produzem 
uma variedade de mediadores químicos. 
Devido à ação dos mediadores químicos, o 
osso é reabsorvido e substituído por tecido 
granulomatoso. Portanto, o processo de 
reabsorção cria um espaço para mais células 
imunocompetentes na área adjacente ao 
forame apical, com o objetivo de evitar que a 
infecção se espalhe para o tecido ósseo e o 
restante do organismo. Isso permite estabeler 
um equilíbrio entre a agressão e a defesa. Na 
periferia deste tecido granulomatoso, há 
deposição de fibras colágenas que envolvem 
a lesão, logo, está formado o granuloma 
periapical. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
CISTO PERIAPICAL 
O cisto periapical sempre se origina de 
um granuloma, que se tornou epiteliado, mas 
nem todo granuloma necessariamente 
desenvolva um cisto. Quando a infecção situa-
se no interior dos canais radiculares, a 
proliferação epitelial tem maiores proporções, 
criando lojas no interior de aglomerados de 
células epiteliais, resultando nos cistos 
periapicais. Esse mecanismo sugere que este 
tipo de lesão é resultado de uma infecção 
endodôntica de longa duração. 
 
 
 
ABCESSO PERIAPICAL CRÔNICO 
 
Esta patologia resulta da retirada 
gradual de irritantes do canal radicular para os 
tecidos perirradiculares, seguida por criação 
de exsudato purulento e pode também 
originar-se da cronificação do abscesso 
periapical agudo. Presença de trajeto fistuloso 
para saída de secreção. 
 
Diagnóstico 
 
• Sinais e Sintomas 
 
Geralmente não há sintomas, como sinal há 
uma fístula, que pode ser intraoral ou 
extraoral. 
 
• Inspeção visual 
 
Verifica-se cárie e/ou restauração extensa. 
Uma fístula, geralmente localizada na mucosa 
alveolar. 
 
• Testes Pulpares 
 
Resultam em respostas negativas, pois a 
polpa está em estado de necrose. 
 
11 
 
 
 
 
 
Testes Perirradiculares 
 
Os testes de percussão e palpação são 
geralmente negativos, porém, algumas vezes 
há ligeira sensibilidade em resposta a estes 
testes. 
 
 
 
• Achados Radiográficos 
Como no granuloma e no cisto periapical, há 
uma área de destruição óssea perirradicular, 
quase indistinguíveis destas outras duas 
patologias. Entretanto, os limites das áreas 
radiolúcidas podem não estar bem definidos, 
como são no granuloma e o cisto. Cáries 
e/ou restaurações profundas também podem 
ser detectadas. O trajeto da fístula pode ser 
rastreado pela introdução de um cone de 
guta-percha em sua luz, seguido por 
constatação radiográfica.Este processo, 
chama-se rastreamento da fístula, e é de 
grande utilidade para a detecção do dente 
afetado, pois a fístula nem sempre encontra-
se próximo dele. 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
 
Endodôntico. Consiste em eliminar a fonte de 
irritantes localizada nos canais radiculares. Se 
o canal radicular for tratado adequadamente, 
a lesão e a fístula irá regredir. O profissional 
deve usar a fístula como indicador biológico 
da eficácia do tratamento na eliminação da 
fonte de infecção. O desaparecimento da 
fístula, indica que os procedimentos 
endodônticos foram realizados de forma 
eficaz. No entanto, se a fístula persistir, indica 
que irritantes permanecem no canal. 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 Jr.Siqueira e Rôças, I. (2013). Microbiology and treatment of acute apical abcesses. Clinical 
Micrbiology Reviews, 26(2), pp. 255-273. 
LEMOS, Érico de Mello. Endo-e: Endodontia eletrônica. [S. l.]: Érico de Mello Lemos,2013. Disponível 
em:https://www.endo-e.com/images/doencas_polpa/doencas_polpa.htm. Acesso em: 7 set. 2021 
LEONARDI, Denise et al. Alterações Pulpares e Periapicais. Tópicos da Odontologia, Curitiba-
PR,2011.Disponível.em:http://vdisk.univille.edu.br/community/depto_odontologia/get/ODONTOLOGIA/
RSBO/RSBO_v8_n4_outubro-dezembrobro2011/v8n4a17artigoonline.pdf Acesso em: 12 agosto 2021. 
LOPES, H. P; SIQUEIRA JR, J. F. Endodontia: Biologia e Técnica. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Editora 
Elsevier, 2015. 
PAIVA, J. G. & ANTONIAZZI, J. H. Endodontia: Bases para a prática clínica. 2ª. ed. São Paulo. Ed. 
Artes Médicas. 1991. 886p. 
 
 
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