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GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA - SEECT FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DA PARAÍBA - FAPESQ PROGRAMA CELSO FURTADO DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL: IDEIAS INOVADORAS QUE INTEGREM ECONOMIA E O MEIO-AMBIENTE, DE MANEIRA ÉTICA E SUSTENTÁVEL EQUIPE: QUARTETO FANTÁSTICO PROFESSORA ORIENTADORA: PROFª ANA RUTH CAMILO DOS SANTOS ESTUDANTES PARTICIPANTES: DANYELLA HADASSA PEREIRA PESSOA MARIA SABRINA FLORENCIO DE FREITAS THIFANY VITÓRIA ALVES DOS SANTOS A ESCOLA COMO ESPAÇO SUSTENTÁVEL: QUATRO PROPOSTAS DE IMPACTO SOCIAL JOÃO PESSOA-PB 2021 PROFESSORA ORIENTADORA: PROFª ANA RUTH CAMILO DOS SANTOS ESTUDANTES PARTICIPANTES: DANYELLA HADASSA PEREIRA PESSOA MARIA SABRINA FLORENCIO DE FREITAS THIFANY VITÓRIA ALVES DOS SANTOS A ESCOLA COMO ESPAÇO SUSTENTÁVEL: QUATRO PROPOSTAS DE IMPACTO SOCIAL Projeto de desenvolvimento submetido como requisito obrigatório à Coordenação do Programa Celso Furtado. JOÃO PESSOA - PB 2021 SUMÁRIO ITEM TÍTULOS E SUBTÍTULOS PÁGINA 1 INTRODUÇÃO 04 2 OBJETIVOS 06 2.1 Objetivos Gerais 06 2.2 Objetivos Específicos 06 3 JUSTIFICATIVA 08 4 METODOLOGIA 10 4.1 Etapa I - Paisagismo e Arborização Escolar 12 4.2 Etapa II - Horta Orgânica e Medicinal 13 4.3 Etapa III - Lixo Orgânico: Nada se Perde, Tudo se Transforma 13 4.4 Etapa IV - Reciclar: do Lixo ao Luxo 14 5 RESULTADOS PREVISTOS 15 6 CRONOGRAMA 16 7 REFERÊNCIAS 17 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho intitulado “A Escola como Espaço Sustentável: Quatro Propostas de Impacto Social”. Será desenvolvido na Escola Cidadã Integral Tenente Lucena, pela equipe “Quarteto Fantástico”, constituído por três alunas do 8° ano do Ensino Fundamental. São elas, Danyella Hadassa Pereira Pessoa, Maria Sabrina Florencio de Freitas e Thifany Vitória Alves dos Santos. Sob orientação da professora de Língua Portuguesa, Ana Ruth Camilo dos Santos. O Projeto faz parte da Trilha II, denominada “Desenvolvimento Regional Sustentável: Ideias Inovadoras que Integrem Economia e o Meio Ambiente, de maneira Ética e Sustentável. O nosso trabalho visa desenvolver ações coletivas e práticas de sustentabilidade na escola, tornando o contexto educativo em um espaço rico, no que concerne a aprendizagem e educação ambiental, como também buscamos, torná-la um lugar mais confortável e atrativo para os estudantes. Intencionamos, ainda, desenvolver nos alunos o senso crítico/reflexivo, isto é, ensiná- los a olhar criticamente sua realidade, percebendo os problemas que residem em seu contexto social, como também estimulá-los a refletir sobre essas situações-problemas, e impulsioná-los a criar soluções para os problemas encontrados em sua comunidade. Nesse sentido, o nosso projeto gira em torno da escola e do melhor aproveitamento e revitalização de seus espaços. Ao observarmos e analisarmos esse espaço e a viabilidade do trabalho sair do papel, surgiu a seguinte problemática: De que maneira podemos tornar a escola uma espaço mais sustentável? Quais iniciativas são viáveis para nossos alunos e comunidade? Qual a possibilidade de realização e quais parcerias podemos contar? Pensando nessas questões, buscamos desenvolver ações que todos os profissionais pudessem contribuir: técnicos, professores, auxiliares de serviços gerais, inspetor, coordenador pedagógico, gestor, alunos, pais e toda comunidade local. Nesse sentido, enfatizamos que cada indivíduo possui uma função fundamental para o desenvolvimento e realização do projeto. Visamos, também, incluir a participação das autoridades locais, o apoio da prefeitura juntamente com a secretaria do meio ambiente, se faz necessário para efetivação e sucesso do projeto. As propostas do projeto, segundo o pensamento de Celso Furtado e da Agenda 2030 se aproximam dos objetivos das seguintes ODS: ODS 2 “Fome Zero e Agricultura Sustentável”, ODS 11 “Cidade e Comunidades Sustentáveis”, ODS 12 “Consumo e Produção Responsáveis”, 5 ODS 15 “Vida Terrestre”. Na primeira proposta nomeada “Paisagismo e Arborização Escolar”, buscamos revitalizar e fazer um melhor aproveitamento dos espaços no ambiente escolar. Sabemos que as árvores contribuem fundamentalmente para uma melhor qualidade de vida e ainda para a beleza e estética do local, além disso, propicia ao estudante o contato e aproximação com o meio ambiente. Já a alimentação sempre foi e é tema de muitas discussões em todo o mundo. Segundo a FAO (Organização das Nações para Alimentação e Agricultura), 821 milhões de pessoas passam fome em todo planeta, ao passo que vemos essa triste realidade, surge um paradoxo, cerca de um terço dos alimentos produzidos são desperdiçados diariamente. Nesse cenário, o nosso país, classifica-se, entre os dez países que mais desperdiçam alimentos no mundo. Aproximadamente 30% de todo alimnento produzido no Brasil é desperdiçado. Dessa forma, gerando prejuízos graves para a economia e abalando também as classes trabalhadoras e o desenvolvimento do país. Eis um dos maiores paradoxos do mundo atualmente: fome/desperdício. Enquanto milhões de pessoas passam fome e estão em situação de extrema pobreza, milhares de toneladas de alimentos são jogados fora. Este se constitui como um dos maiores problemas do nosso país. Entendemos que, ao desperdiçarmos alimentos diariamente, estamos não apenas colaborando para a degradação do meio ambiente, mas também prejudicando economica e socialmente a saúde e bem-estar de milhares de pessoas, contribuindo cada vez mais para o crescimento das desigualdades sociais. No entanto, ao exarminarmos essa situação, enquanto parte da população sofre pela falta de alimento, perduramos os altos indíces de desnutrição na camada mais pobres. No entanto, surge outro paradoxo, de um lado temos a desnutrição, por outro a obesidade. Trata-se de uma das problemáticas mais discutidadas do momento. Temos observado o aumento do número de crianças e adolescentes desenvolvendo precocemente doenças mais presentes na fase adulta. Diante disso, inserimos em nosso projeto, como nossa segunda proposta, a construção de uma Horta Orgânica e Medicinal, a fim de fomentar atividades que estimulem nos discentes o desenvolivmento de hábitos alimentares saudáveis, por meio do cultivo de alimentos livres de agrotóxicos e sensibilizá-los acerca da preservação do meio ambiente, ao mesmo passo aprenderão técnicas de plantio ao manipularem a terra, desenvolvendo mais habilidade manual 6 e a coordenação motora; também estudaremos métodos de irrigação e colheita. É necessário, ainda, orientá-los a respeito da importância e necessidade de aproveitamento integral e reaproveitamento dos alimentos para a diminuição do desperdício e formação de hábitos saudáveis para uma melhor qualidade vida. Pensando nisso, decidimos tomar a iniciativa lançar a terceira proposta do nosso projeto, intitulado de “Lixo Orgânico: Nada se Perde, Tudo se Transforma. Por fim, sabemos que o acúmulo de lixo nas grandes metrópoles é, indiscutivelmente, um dos maiores problemas ambientais da atualidade. O desemprego, as desigualdades sociais e o desconhecimento da problemática, são fatores que cooperam para a poluição do meio ambiente. Diante dessa afirmação, compreendemos que a escola exerce um papel primordial: formar cidadãos críticos e reflexivos de sua realidade. Por isso, a necessidade de tomada de ações e iniciativas para a resolução desses problemas. Nesse sentido, com o objetivo de diminuir a poluição do meio ambiente e o acúmulo de lixo, decidimos criar uma última e quarta proposta, intitulada de “Reciclar: do Lixo ao Luxo”. Nesse projeto, visamos conscientizaros estudantes sobre a importância da reciclagem. Buscaremos ensiná-los técnicas separação do lixo e reciclagem. Dessa forma, aprenderão como reaproveitar e reutilizar materiais e resíduos que geralmente são despejados no meio ambiente. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos Gerais Transformar a escola em um espaço mais sustentável, por meio de ações e práticas inovadoras que contribuam para o fortalecimento de uma educação cada vez mais humana e comprometida com a sustentabilidade. 2.2 Objetivos Específicos • Conscientizar os alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente; • Mobilizar alunos, professores e toda a comunidade escolar para o plantio e cultivo de árvores, alimentos e plantas orgânicas no espaço escolar; • Desenvolver hábitos de alimentação saudável na escola; 7 • Ensinar aos estudantes e toda a comunidade escolar, técnicas para aproveitamento integral ou reaproveitamento dos alimentos, a fim de evitar o desperdício, tanto no ambiente escolar como em suas residências; • Estimular a criatividade dos estudantes e profissionais que atuam na escola por meio da criação de novas receitas a partir das sobras de alimentos; • Entender a importância e o valor nutricional dos alimentos para o seu desenvolvimento de um estilo de vida saudável; • Levar os discentes a refetirem sobre a relevância da inserção de práticas sustentáveis, de modo que os impulssionem a propagar essas práticas em toda comunidade escolar; • Favorecer a aprendizagem e incentivar o desenvolvimento do conhecimento científico, por meio da pesquisa e experiência prática (teoria/prática); • Contribuir e fortalecer a economia local, por meio da distribuição de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos para os alunos e toda comunidade do entorno escolar; • Propiciar o contato com a natureza, através do contato com a terra, por meio do plantio e cultivo de árvores, alimentos e plantas; • Desenvolver o sentimento de pertencimento ao espaço escolar por meio da participação e inclusão de todos no processo de arboriazação, paisagismo e construção da horta; • Conhecer árvores nativas do nossa região e entender a importância de preservação dessas espécies; • Conscientizar os estudantes a respeito da necessidade e relevânncia da separação do lixo e resíduos; • Estimular nos discentes o desenvolvimento do pensamento e olhar crítico para problemas de sua comunidade; • Instigá-los e os auxiliá-los no processo de tomada de decisões e ações para soluções inovadoras dos problemas encontrados em sua comuidade; • Aprender técnicas de reciclagem e incentivar a inovação e criatividade dos alunos para a reutilização de materiais recicláveis; • Ensiná-los a usar a reciclagem em favor da escola, contribuindo com a organização do espaço escolar; • Levar toda a comunidade a relfletir sobre suas ações e atitudes com relação à 8 preservação e conservação do meio ambiente; • Ministrar palestras de alimentação saudável, reciclagem, arborização e paisagismo com o auxílio de profissionais especializados; • Fortalecer as relações sociais entre escola, família e comunidade por meio das ações inovadoras do projeto. 3. JUSTIFICATIVA A escolha da abordagem desse problema se deu a partir de inúmeras discussões em sala de aula e em todo contexto escolar. Nesse cenário, a escola foi o lugar escolhido como modelo para realização do projeto, por tratar-se de um espaço que os alunos passam a maior parte do seu tempo diariamente. A escola não tem arborização e está localizada numa região próxima à perifiria, na qual a população vive em situação de vulnerabilidade decorrentes da pobreza, privação ou ausência de renda, acesso precário aos serviços públicos, além de vínculos familiares e comunitários fragilizados. É de conhecimento geral que a questão ambiental vem sendo amplamente discutida e tem conquistado cada vez mais espaço e atenção nos mais diversos contextos, seja na esfera social, política, acadêmica, mídia ou educativa. Observando historicamente nossa sociedade, percebemos que a cultura do desperdício e despreocupação com o meio ambiente é algo enraizado. No âmbito escolar, a educação ambiental se constitui como instrumento imprescíndivel para uma ligação estreita entre homem e natureza. Além de propiciar ao educando o contato com o meio ambiente, possibilita também a construção de conhecimento e desenvolvimento de uma consciência a respeito de suas práticas e atitudes que podem contribuir para a conservação e preservação da natureza. Entendemos que a educação ambiental pode ocorrer dentro das escolas e, ainda, no mais variados contextos. Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795/1999), em seu Artigo 1º: “[...] entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, 9 conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL,1999). Nesse sentido, entendemos que a escola exerce um papel primordial nesse processo. Ela é responsável pela criação de espaços que possibilitam transformações sociais e a formação de uma educação cada vez mais comprometida com a sustentabilidade. A partir disso, buscamos propor um projeto que contemple e envolva todos os alunos por meio de interações socioambientais que possibilitem a sensibilização e a construção de habilidades em atividades voltadas para proteção da natureza, como também o estímulo à mobilização, multiplicação e propagação de informação em nossa sociedade. Trata-se do primeiro passo para a composição de um método educativo eficaz, consciente e articulado com com o processo de transformação social. Corroborando com tudo que foi exposto, entendemos que nesse processo é crucial que todos os alunos percebam e interajam com os problemas ambientais presentes em sua própria comunidade, para que assim possamos construir uma percepção, isto é, um novo olhar para relação entre o homem, sociedade e natureza, enfatizando e reforçando dessa forma a necessidade de agir e buscar soluções para os problemas ambientais enfrentados pela comunidade. “A maneira de conceber o ensino através do trabalho com projetos, tem como ponto de partida os questionamentos e interesses dos educandos, estes levados ao campo ambiental, podem ultrapassar diversas barreiras, que muitas vezes estão cristalizadas na concepção de não se sentirem como partes integrantes do meio ambiente” (AMARAL, Anelize Queiroz, et al. "A implantação de horta orgânica como instrumento para a formação de alunos 10 participativos." Seminário Internacional Experiências de Agenda 21, 2009). Nessa perspectiva, levantamos uma discussão buscando iniciativas e alternativas sustentáveis que gerem impacto e sejam sinônimo de transformação social em nosso meio, que envolvam nossos alunos e toda a comunidade, que sejam ações que despertem em todos o sentimento de pertencimento, representatividade e identificação social. Diante disso, analisamos e percebemos a importância de olharmos para esse lugar gerador de mudanças e transformações sociais: a escola. Partindo desse princípio, faz-se necessário investirmos nesse espaço, onde passamos maior parte da nossa infância e adolescência. Na escola fazemos descobertas importantes, aprendemos, construímos laços e vivenciamos experiências que levaremos para toda a vida. Nesse sentido, intencionamos e desejamos “transformar”, “criar”, “inovar” e ressignificar esse lugar. O projeto possui viabilidade de ser desenvolvido com recursos e materiais já existentes na escola. Com isso, traçamos quatro metas a serem executadas: paisagismo/arborização escolar; horta orgânica e medicinal; reaproveitamento de alimentose a reciclagem de produtos e materiais que são jogados no lixo. À vista disso, buscaremos, em seguida, detalhar a respeito das potencialidades e importância do nosso projeto dentro de cada eixo, como também esmiuçar problemas encontrados e, por fim, evidenciar o pontencial inovador das nossas iniciativas. 4. METODOLOGIA O projeto será desenvolvido na Escola Cidadã Integral Tenente Lucena, que contempla alunos do ensino fundamental no horário integral e o ensino médio na modalidade (EJA). Nosso trabalho será realizado por alunos do 8° ano do Ensino Fundamental e Integral (anos finais), na cidade de João Pessoa, mais especificamente no bairro dos Ipês. Buscaremos, inicialmente, aplicar questionários para os alunos, professores e toda a equipe escolar. Além deles, contemplaremos as famílias dos estudantes e a comunidade ao entorno da escola. O questionário será realizado de forma on-line, por meio da ferramenta Google Forms, e para os alunos que não tem acesso à internet, faremos a entrega de um questionário impresso. Nesta enquete utilizaremos questões objetivas e subjetivas, analisando aspectos 11 relacianados à educação ambiental, bem como nosso papel em relação a preservação da natureza. Abordaremos também questões como: necessidade e importância da implantação de uma horta orgânica e medicinal no contexto escolar, a revitalização, arborização, paisagismo da área e questões que dizem respeito à alimentação, reaproveitamento, lixo e reciclagem. Feito isto, analisaremos todas as respostas e à partir disso, faremos a análise dos resultados. Dessa forma, teremos uma melhor compreensão a respeito dos conhecimentos prévios dos alunos e de toda comunidade acerca dos problemas da própria região. No segundo momento, promoveremos duas lives na plataforma Instagram ou Google Meeting, contemplando os quatro eixos norteadores do nosso projeto, intitulado como “A escola como espaço sustentável: quatro propostas de impacto social”. Contaremos com a presença de toda a equipe escolar, alunos e toda a comunidade escolar, um nutricionista, um biológo e um profissional da agricultura familiar para endossar e enfatizar a importância desse programa, como instrumento de impacto social. No terceiro momento, faremos um levantamento de informações sobre arborização e paisagismo em nosso bairro. A partir disso, estudaremos sobre as plantas, flores ornamentais, árvores frutíferas do nordeste e árvores nativas locais, que poderemos implantar em nossa escola. Ainda pesquisaremos ervas e hortaliças para o cultivo na horta. No quarto momento, conheceremos a fertilidade do solo, por meio da análise química da terra. Nessa mesma etapa, avaliaremos a quantidade de água necessária para irrigação das plantas, mudas de árvores e para horta, como também a quantidade de água para lavar e higienizar as hortaliças e as ervas, que serão destinadas para o consumo. Na quinta etapa, estudaremos e executartemos a topografia do terreno, necessário ao nivelamento adequado da área. No sexto momento, realizaremos a demarcação do terreno das áreas que serão utilizadas para os canteiros da horta, ervas, plantio de árvores e plantas. Estudaremos e analisaremos técnicas de plantio, cultivo, irrigação, monitoramento e colheita. Nesta mesma etapa, faremos o levantamento dos materiais que necessitamos para o cultivo e plantio. Dentre eles, os mais comumente usados são: enxadas, pás, tesoura de poda, colher de transplante, regador, mangueira e carrinho de mão. Iremos reaproveitar materiais reciclados como: pneus, garrafas pets para auxiliar na construção dos canteiros, horta e pequenas plantas, latas, embalagens de produtos de materiais de limpeza, que usualmente são jogados fora, etc. No seguinte momento, faremos a semeadura, plantio, adubação e plantação das mudas e 12 sementes. No processo de adubação, usaremos a compostagem, por meio do aproveitamento de sobras de materiais orgânicos na escola, como: cascas de ovos, cascas de verduras, frutas, sementes, folhas e talos etc. Em seguida, na nona etapa, faremos a manutenção e acompanhamento do crescimento das plantas, árvores e da horta através de ações como: adubação de complemento, capinar, cobertura do solo, desbaste, estaqueamento, regar diariamente e nos horários adequados para manter a umidade do solo. Durante todo esse processo realizaremos estudos, palestras e discussões sobre o valor nutricional dos alimentos. Nessa etapa, pressupomos que os alunos já estarão familiarizados com a terra e os alimentos. Nesse sentido, buscaremos por meio da separação do lixo, fazer o reaproveitamento e aproveitamento integral dos alimentos, através da criação de receitas saudáveis e criativas, para aixiliar na alimentação de todos, mas também conscientizá-los mais ainda, evitando o desperdício. Quanto aos materiais recicláveis, separados na coleta do lixo, como: garrafas pets, embalagens de materiais de limpeza, caixotes, pneus, entre outros, passarão pelo processo de reciclagem e serão utilizados para a ornamentação das plantas, mas também servindo de vasos e recipientes. As garras pets, os pneus, caixotes e latas podem servir para horta. Já o papelão e o papel deseperdiçado poderá ser utilizado para elaboração de jogos educativos e ainda como bloco de notas para os estudantes. Os caixotes também podem ser utlizados como prateleiras ou estantes nas salas de aulas, e poderemos aproveitá-los para colocarmos livros, canetas e outros materiais que usamos diarimente na sala de aula. Para alcançar os objetivos sugeridos, o projeto seguirá as seguintes etapas: 4.1 Etapa 1 - Paisagismo e Arborização Escolar Observamos que geralmente as escolas possuem uma área aberta e algumas até com espaços limitados. Em sua maioria, são lugares desocupados, esquecidos ou até em processo de degradação, que geram acúmulos de lixo e resíduos. Com o objetivo de ocupar e dar vida a esses espaços, surgiu uma preocupaçao em recriar o interior da nossa escola, com paisagismo e arborização. Por meio do paisagismo, pretendemos criar um jardim na escola, cultivando plantas ornamentais, inserindo vida, cor e harmonia a essas áreas. 13 Buscaremos arborizar a escola, torná-la mais verde e vegetada. Intencionamos revitalizar e ressignificar essa áreas através do cultivo de árvores nativas da Amazônia, como: Pau-Brasil (Paubrasilia Echinata), Ipê-Rosa (Hondroanthus Heptaphyllus), Ipê-Amarelo (Tabebuia Serralifolia), Ipê-Roxa (Handroanthus Impetiginosus), Quaresmeira (Tibouchina Granulosa), Resedá-Rosa (Lagerstroemia Indica) e Framboyant (Delonix Regia). Como também árvores frutíferas, são elas: goiabeira, jabuticabeira, amoreira, bananeira, aceroleira e mamoeiro. 4.2 Etapa 2 - Horta Orgânica e Medicinal Seguindo o pensamento de Celso Furtado, alinhado a agenda de 2030 da ONU (União das Nações Unidas), na segunda ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), podemos observar que um dos principais objetivos é, até 2030, erradicar as formas de má-nutrição relacionadas à desnutrição, e reduzir as formas de má nutrição relacionadas ao sobrepeso (ONU, 2018, p. 54). Partindo desse princípio, entendemos que é necessário pensar globalmente, porém agir localmente, esse é o nosso propósito, para que as ações sejam desenvolvidas no contexto escolar. Nesse sentido, nosso intuito é a implantação de uma horta orgânica e medicinal, que contribuirá com uma maior diversidade de nutrientes no cardápio escolar, instigando as crianças a criarem hábitos saudáveis, além de promover o conhececimento sobre as plantas medicinais e sua importância para o tratamento de diversas doenças, conjugando, assim, o saber/fazer científico e a medicina popular tradicional. Ressaltamos que este espaço também benificiará, além dos alunos e seus familiares, toda a comunidade do entorno. Tencionamos que a horta seja um lugar aberto paraobservação, pesquisa e ensino, a qual os professores poderão usufruir para aulas práticas/experimentais e dinâmicas por meio do contato direto com a natureza; tornando-se, desse modo, um local interdisciplinar, carregado de significados e que propiciará múltiplas aprendizagens. 4.3 Etapa 3 - Lixo Orgânico: Nada se Perde, Tudo se Transforma Nessa proposta, buscaremos fazer o reaproveitamente de alimentos que são desperdiçados diariamente no ambiente escolar, especificamente em nossa escola. Nessa 14 perspectiva, entendemos que ao reciclar os alimentos, optamos por uma alternativa mais saudável, barata e criativa. Constituindo-se como uma das vias para combatermos a fome e a miséria, assim como também para conscientizar e sensibilizar os educandos acerca da importância do reaproveitamento e aproveitamento integral dos alimentos para a redução lixo, também ensiná- los formas de reutilização desses alimentos que normalmente são desperdiçados. Sabemos que muitos desconhecem que podemos fazer o aproveitamento integral dos alimentos, e, por meio dessa reutilização, podemos usar a criatividade e produzir novas receitas. Dentre alguns alimentos que poderemos reutilizar, destacam-se: cascas de frutas, de verduras e legumes, sementes, folhas, talos, cascas de ovo, entre outros. Pretendemos também usar parte dessas sobras para servir de compostagem para nossa horta orgânica e medicinal. Por fim, entendemos que é de suma importância inserirmos essa prática de aproveitamento integral dos alimentos. Pois, asseguram às pessoas um melhor consumo nutricional, de forma consciente e sustentável, diminuindo o desperdício, favorencendo a economia e firmando mais ainda o compromisso com a preservação do meio ambiente. 4.4 Etapa 4 – Reciclar: do Lixo ao Luxo Ao analisarmos a situação atual, observamos que a cada dia a produção de lixo tem aumentado em todo o planeta. E em meio à tantas agressões à natureza ao longo do tempo, verificamos a necessidade de conscientizarr e discutir ações que gerem impacto social que promovam mudanças nesse sentido. É preciso informar e sensibilizar a população a fazer sua parte, aprendendo, por exemplo, a separar o seu lixo, conhecer os processos de reciclagem e entender a importância dessas práticas para a conservação e preservação da natureza. Visando a necessidade de novas práticas educativas e sociais, e a importância de discutirmos e criarmos soluções para essa probemática tão atual e carente de ações transformadoras, decidimos inseri-la como nossa quarta proposta do projeto, intitulada como “Reciclar: do Lixo ao Luxo”. Por meio dela, pretendemos ensinar e orientar os alunos e toda a comunidade escolar a respeito dos processos de separação do lixo, formas de reaproveitamento de diversos materiais que habitualmente jogamos fora, como também, estudarmos sobre os processos de reciclagem e aplicarmos no nosso dia a dia, pois, assim, aproveitaremos resíduos e materias, já usados, como matéria prima para criação de novos produtos. 15 5. RESULTADOS PREVISTOS Entendemos que a arborização e o paisagismo cumprem funções muito importantes, além de valorizar e evidenciar a estética local e a beleza cênica, propiciará também a diminuição do estresse dos estudantes e todos que frequentam o espaço escolar, valorizando dessa forma a qualidade de vida local. Afirmamos que as áreas verdes tornam-se essenciais, dado que, permitem ao meio ambiente a renovação de oxigênio do ar, nutrindo a atmosfera através dos processos de fotossíntese. Ademais, a arborização exerce um profundo controle da poluição sonora, posto que absorvem sons e ruídos. Portanto, o reflorestamento com árvores e plantas nativas podem valorizar e visibilizar projetos e iniciativas como essa, evidenciando mais ainda sua fundamental importância, tornando-se sinônimo da conservação de espécies, como também uma associação entre beleza e bem-estar social. Na segunda proposta, acreditamos que a Horta Orgânica e Mecicinal irá propocionar a todos além aprendizagem uma melhor qualidade de vida, no que concerne à alimentação saudável e o desenvolvimento de hábitos saudáveis. Esperamos que nossa iniciativa gere mudanças e impulsione transformações em nossa comunidade, que a partir das nossas ações, muitas outras ideias surjam e contribuam para educação ambiental e para o crescimento econômico da comunidade de forma sustentável. Nesse processo, buscamos também oportunizar ao discentes o conhecimento acerca dos alimentos. Desde o seu processo inicial, o plantio, ao produto final, colheita e consumo. Por meio de tudo isso, os alunos entenderão todo os processos que os alimentos, in natura e livre de agrotóxicos, passam até chegar na mesa das pessoas, desde o plantio às técnicas de mercado. Ampliando o olhar desses estudantes para a importância da agricultura local e familiar. Na terceira proposta, objetivamos que todos os alunos aprendam e compreendam a importância do aproveitamento e reaproveitamento dos alimentos, que tanto contribuem para a diminuição do desperdício, favorecendo assim a economia familiar, como também um estilo de vida mais saudável e mais comprometido com o meio ambiente. Visamos, ainda, que por meio de todas as ações e iniciativas implementadas na escola, os alunos e toda comunidade se conscientizem e mudem seus hábitos. Objetivamos que nosso projeto gere impacto em toda comunidade, e consequentemente, 16 mudanças e transformações em suas atitudes e práticas sociais. Por fim, na última proposta, pretendemos que todos aprendam sobre a reciclagem e do seu papel para a preservação do meio ambiente, como também a separação e lixo e resíduos. Concluímos que, ao alcançarmos esses objetivos, a escola, professores, estudantes e todos profissionais da escola, ativos e protagonistas, cumpram o seu papel, como agentes transformadores de sua realidade e contexto social, por meio da Educação e Sustentabilidade. 6. CRONOGRAMA Atividade 1 Atividade 2 Atividade 3 Março 2022 Estudo do Projeto/buscativa por parcerias. Aplicação de questionários impressoe e on-line. Organização de lives e reunião do Google Meeting. Abril 2022 Levantamento de dados e informações da arborização e paisagismo local da região. Análise química da fertilidade do solo e estudo da quantidade de água necessária para o plantio e cultivo de hortáliças, plantas, frutas etc. Topografia e demarcação do terreno. Maio 2022 Levantamentos de materias necessários para o cultivo da horta e plantio de árvores. Estudos de técnicas semeadura e plantio, adubação e compostagem. Semeadura, plantio e adubação de mudas e sementes, produção de compostagem por meio do aproveitamento de alimentos. Junho 2022 Manutenção e acompanhamento do crescimento das mudas e sementes. Capinar, regar e verificar a umidade do solo. Promoção de palestras na escola com o apoio dos profissionais: agronômo, nutricionista profissional da agricultura familiar. Julho 2022 Manutenção e acompanhamento do crescimento das mudas e Colheita e distribuição de hortaliças. Distribuição dos alimentos orgânicos para comunidade escolar. 17 sementes. Agosto 2022 Estudo sobre Lixo e Reciclagem: Técnicas de reciclagem. Manutenção e acompanhamento do crescimento das mudas e sementes. Plantio, semeadura, adubação e compostagem de algumas hortálicas. Oficina de Reciclagem na Escola. Intitulada “I Oficina de Reciclagem: do Lixo ao Luxo”. Setembro 2023 Manutenção e acompanhamento das mudas e sementes (regar, debastar, cobertura do solo, verificar umidade do solo, capinar). Criação de novas receitas culinárias para os estudantes a partir do reaproveitamento de restos de alimentos orgânicos. I Oficina de Receitas Culinárias com aproveitamentoIntegral e Reaproveitamento de Restos de Alimentos Orgânicos. Outubro 2023 Manutenção e acompanhamento das mudas e sementes (regar, debastar, cobertura do solo, verificar umidade do solo, capinar). Produção de compostagem por meio do aproveitamento das sobras de alimentos. II Oficina de Reciclagem na Escola: Do Lixo ao Luxo. Exposição de materiais reclicados pelos estudantes. Novembr o 2023 Ornamentação da escola com os produtos reciclados como pneus, caixotes, garrafas pets etc. Colheita e distribuição de algumas hortaliças. Distribuição de alimentos orgânicos para comunidade escolar. Dezembr o 2023 Manutenção/acompanhament o do crescimento das mudas e sementes. Plantio, semeadura, adubação e compostagem de algumas hortaliças. Produção de Compostagem por meio do aproveitamento das sobras de alimentos. Palestra para toda a comunidade escolar acerca de alimentação e hábitos sáudáveis. 18 Janeiro 2023 Manutenção/acompanhament o do crescimento das mudas e sementes. Plantio, semeadura, adubação e compostagem de algumas hortaliças. Produção de Compostagem por meio do aproveitamento das sobras de alimentos. Distribuição de alimentos orgânicos para comunidade escolar. Fevereiro 2023 III Oficina de Recicláveis e Artesanato na Escola. Palestra na Escola para toda comunidade sobre Reciclagem. Manutenção/acompanhamento do crescimento das mudas e sementes. Plantio, semeadura, adubação e compostagem de algumas hortaliças. Março 2023 Palestra para toda comunidade escolar acerca de Sustentabilidade e dos resulltados obtidos na escola por meio de ações sustentáveis. Elaboração do relatório com os resultados obtidos ao longo de doze meses. Envio do relatório. 7. REFERÊNCIAS AGENDA 2030. Acompanhando o desenvolvimento sustentável até 2030. 2018. Disponível em < http://www.agenda2030.org.br/acompanhe> Acesso em: 05.Setembro. 2021. ALENCAR, Mariléia Muniz Mendes. Reciclagem de lixo numa escola pública do município de Salvador. Revista Virtual, v. 1, n. 2, p. 96-113, 2005. AMARAL, Anelize Queiroz, et al. "A implantação de horta orgânica como instrumento para a formação de alunos participativos." Seminário Internacional “Experiências de Agenda 21. BRASIL, Constituição (1999), Capítulo I - Educação Ambiental, art. 1°. 19 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm#:~:text=Art.,Art. Acesso em: 24 de Out. 2021. DA CONCEIÇÃO FERREIRA, Leidryana et al. Educação ambiental e sustentabilidade na prática escolar. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 14, n. 2, p. 201- 214, 2019. JUNIOR, Carlos Francisco Duarte; BOSO, Ana Claudia; SCHRAMM, Julita. Sustentabilidade e Educação Ambiental-Escola, Saúde e Meio Ambiente. 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CRONOGRAMA 7. REFERÊNCIAS
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