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Bioquímica: Estudo das Moléculas e Processos Biológicos

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Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Bioquímica é o ramo da biologia e da química 
que estuda as estruturas, a organização e as 
transformações moleculares que ocorrem na 
célula. Em resumo, a Bioquímica aborda todos 
os processos químicos que ocorrem nos 
organismos vivos. 
A bioquímica estuda todas as transformações 
moleculares, chamadas de metabolismo, que 
são necessárias para a sobrevivência e 
reprodução dos seres vivos. 
Todas as espécies são formadas basicamente 
por carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, 
fósforo, enxofre e algumas outras moléculas. 
Os processos bioquímicos são necessários 
para a manutenção da vida. Entre eles estão 
a síntese de biomoléculas, o transporte de 
substâncias, produção de energia e 
eliminação de substâncias químicas. 
 
CONSTITUIÇÃO DOS SERES VIVOS 
• N - Nitrogênio 
• C - Carbono 
• H - Hidrogênio 
• O - Oxigênio 
• P – Fósforo 
• S – Enxofre 
 
A bioquímica estuda a estrutura molecular e a 
função metabólica de proteínas, enzimas, 
carboidratos, lipídios, ácidos nucléicos e 
outros. As áreas da bioquímica se estendem 
para o campo dos alimentos, remédios, 
análises clínicas, biocombustíveis, etc. 
 
ÁREAS DA BIOQUÍMICA 
Farmacêutica: elaboração de remédios; 
Médica: elaboração de novos tratamentos por 
meio da nutrição; 
Agrícola: melhoramento da fixação do 
nitrogênio em plantas. 
Alimentícia: fermentação de bebidas 
alcoólicas, leite e derivados, além de 
chocolates; 
Cosmética: elaboração de novos produtos de 
beleza e higiene; 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Tecnológica: elaboração de compostos 
sustentáveis. 
 
 
As biomoléculas são compostos sintetizados 
pelos organismos e que estão envolvidas em 
seu metabolismo. São moléculas orgânicas, 
compostas principalmente de carbono, 
hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. 
 
O QUE É METABOLISMO? 
Metabolismo é o termo utilizado para 
descrever as inúmeras reações químicas que 
existem no organismo e que realizam a 
manutenção das necessidades estruturais e 
energéticas de um ser vivo. 
Essas reações químicas têm a finalidade de 
síntese e quebra de biomoléculas, produção 
de energia, conversão de moléculas dos 
nutrientes, entre outras. 
 
As reações que constituem o metabolismo 
podem ser classificadas em dois processos: o 
anabolismo e o catabolismo. 
 
 
Anabolismo ou metabolismo construtivo são 
as reações químicas que dizem respeito à 
síntese de biomoléculas. Essas reações 
acontecem somente quando uma célula 
possui energia suficiente. Elas são 
responsáveis por produzir as macromoléculas 
que constituem a célula, por exemplo. 
 
 
O Catabolismo ou metabolismo oxidativo são 
todas as reações químicas que têm por 
objetivo quebrar ou desdobrar moléculas, ou 
seja, que possuem caráter degradativo. 
 
Nesses processos, há a liberação de energia 
necessária para a realização de diversas 
atividades. No catabolismo, por exemplo, 
carboidratos, proteínas e lipídios são 
quebrados em subprodutos menores e mais 
simples. 
 
BIOMOLÉCULAS 
ANABOLISMO 
CATABOLISMO 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Podemos classificar o catabolismo em: 
CATABOLISMO AERÓBICO: 
As reações acontecem na presença de 
oxigênio; 
CATABOLISMO ANAERÓBICO: 
As reações ocorrem na ausência de oxigênio. 
Apesar de serem reações opostas, o 
anabolismo e o catabolismo proporcionam o 
equilíbrio no nosso organismo: enquanto o 
catabolismo faz com que energia seja 
liberada, o anabolismo faz uso dela para 
sintetizar biomoléculas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Os aminoácidos são moléculas orgânicas que 
possuem, pelo menos, um grupo amina - NH2 
e um grupo carboxila - COOH em sua 
estrutura. 
Em soluções aquosas os aminoácidos estão 
ionizados e podem apresentar tanto 
características ácidas ou básicas dependendo 
do meio onde estão localizados. São 
encontrados 300 tipos de aminoácidos, sendo 
que 20 são codificados pelo DNA e constituem 
proteína. 
 
ESTRUTURA DE UM AMINOÁCIDO 
 
O grupo radical R pode ser de 20 tipos 
diferentes. 
 
AMINOÁCIDOS NÃO-ESSENCIAIS 
 São aqueles que o corpo humano pode 
sintetizar (produzir). 
 
Ácido aspártico, ácido glutâmico, alanina, 
arginina, asparagina, glicina, glutamina, 
prolina e serina. 
 
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS 
São aqueles que o corpo humano NÃO pode 
sintetizar (produzir). 
 
OBTENÇÃO DOS AMINOÁCIDOS 
Os aminoácidos essenciais geralmente são 
obtidos por meio da alimentação. 
Os aminoácidos podem ainda sofrer outras 
divisões, segundo o “R” de cada um deles: 
 
 
O grupo “R” é uma cadeia lateral apolar, ou 
seja, são hidrofóbicos. É o caso da alanina, 
leucina, valina, cisteína, glicina, prolina, 
isoleucina, metionanina, triptofano e 
fenilalanina. 
 
CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL DOS AMINOÁCIDOS 
AMINOÁCIDOS APOLARES 
https://www.todamateria.com.br/aminoacidos/
https://www.infoescola.com/bioquimica/alanina/
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
O grupo “R” é uma cadeia lateral polar sem 
carga elétrica, ou seja, neutra. São hidrofílicos 
e geralmente contêm hidroxilas, sulfidrilas e 
aminas. São os: Glicina, Serina, Treonina, 
Cisteína, Tirosina, Asparagina e Glutamina. 
 
São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia 
lateral com carga negativa, normalmente 
possuem grupo carboxila, além daquela da 
estrutura geral. É o ácido glutâmico e ácido 
aspártico. 
 
São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia 
lateral básica, carregada positivamente, 
possuem grupo amino. São eles: Histidina, 
lisina e arginina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMINOÁCIDOS POLARES NEUTROS 
AMINOÁCIDOS POLARES ÁCIDOS 
AMINOÁCIDOS POLARES BÁSICOS 
https://www.infoescola.com/bioquimica/glutamina/
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
As proteínas são as substâncias orgânicas 
mais abundantes nos animais, além disso são 
macromoléculas formadas por uma sequência 
de aminoácidos. 
Elas são fundamentais para o nosso 
organismo por causa de sua função 
construtora e reparadora. As proteínas 
também participam da formação de 
hormônios, enzimas e anticorpos. 
Elas são formadas pela ligação ou 
encadeamento de várias moléculas de 
aminoácidos, que são unidos por ligações 
peptídicas. 
LIGAÇÃO PEPTÍDICA 
As proteínas são polímeros de aminoácidos 
ligados entre si por ligações peptídicas. Uma 
ligação peptídica é a união do grupo amino (-
NH2) de um aminoácido com o grupo 
carboxila (-COOH) de outro aminoácido. 
 
 
A atração do grupo carboxila (negativo) e do 
grupo amina (positivo) de outra molécula 
forma a ligação, liberando uma molécula de 
água, processo chamado de reação por 
síntese de desidratação. 
 
 
 
Peptídeos são compostos resultantes de união 
entre dois ou mais aminoácidos. Esta união se dá 
entre o grupo carboxila de um aminoácido com o 
grupo amina do outro aminoácido (ligação 
peptídica). 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PEPTÍDEOS: 
É feita de acordo com o número de 
aminoácidos. 
 
2 aminoácidos – dipeptídeo 
3 aminoácidos – tripeptídeo 
Oligopeptídeo: poucos aminoácidos (até 10) 
Polipeptídeo: muitos aminoácidos 
 
As proteínas são formadas por muito 
aminoácidos e por isso são polipeptídios. 
 
Os peptídeos diferem entre si pelo número, 
tipo e sequência dos aminoácidos em suas 
estruturas. 
 
A maior parte das proteínas corporais (65%) 
encontra-se no tecido muscular. 
 
Além disso, o corpo não armazena 
aminoácidos e nem proteínas. 
PEPTÍDEOS 
https://www.todamateria.com.br/peptideos-e-ligacoes-peptidicas/
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° PeríodoBy Rita Jardim 
 
Ao ingerirmos as proteínas em nossa 
alimentação, elas são quebradas durante a 
digestão e absorvidas pelas células. 
Posteriormente, as células irão quebrá-las 
novamente, transformando-as em 
aminoácidos. Estes aminoácidos serão 
utilizados pelo nosso corpo onde eles forem 
mais necessários. 
 
FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS 
• Catalisação de reações químicas 
• Defesa do organismo, uma vez que os 
anticorpos são proteínas 
• Comunicação celular 
• Transporte de substâncias (como a 
hemoglobina, que atua no transporte 
de oxigênio) 
• Movimento e contração de certas 
estruturas (como as proteínas 
responsáveis pela movimentação de 
cílios e flagelos) 
• Sustentação (como o colágeno, que 
atua na sustentação da pele) 
 
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS 
 
Primária - É o nível estrutural mais simples e 
mais importante. 
Secundária - Dobra na cadeia que é 
estabilizada por pontes de hidrogênio no 
interior da hélice. 
Terciária - É estabilizada por pontes de 
dissulfeto. Nem sempre é possível distinguir o 
limite entre a estrutura secundária e a 
terciária. 
Quaternária - Quando quatro cadeias 
polipeptídicas se associam formando 
tetrâmeros. 
 
Estas subunidades se mantêm unidas por 
pontes dissulfeto, pontes de hidrogênio e 
interações hidrofóbicas. As subunidades 
podem atuar de forma independente ou 
cooperativamente no desempenho da função 
bioquímica da proteína. 
 
 
 
O estabelecimento do tipo de ligações (pontes 
de hidrogênio ou outros tipos) dependem da 
sequência de aminoácidos. A substituição de 
um aminoácido na proteína em formação pode 
ter consequências graves, alterando 
completamente a estrutura (forma espacial) e 
a função da proteína. Há casos em que 
mutações na sequência de aminoácidos não 
resultam na perda ou alteração da função da 
proteína. 
 
Na anemia falciforme, a substituição do ácido 
glutâmico em uma das cadeias de 
hemoglobina (que tem 574 aminoácidos), leva 
a uma alteração na forma da hemoglobina, 
mudança do formato do eritrócito (forma de 
foice), que passa a ser incapaz de transportar 
oxigênio. Os eritrócitos deformados grudam 
umas nas outras nos capilares sanguíneos, o 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
que pode provocar obstruções no trajeto para 
os tecidos, causando dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
As enzimas são proteínas que catalisam 
reações químicas as quais ocorrem em seres 
vivos. Elas aceleram a velocidade das 
reações, o que contribui para o metabolismo. 
Sem as enzimas, muitas reações seriam 
extremamente lentas. Além disso, elas 
gastam menos energia durante a reação. A 
maioria das enzimas são proteínas de 
conformação terciária. 
 
Durante a reação, as enzimas não mudam sua 
composição e também não são consumidas. 
Assim, elas podem participar várias vezes do 
mesmo tipo de reação, em um intervalo de 
tempo pequeno. 
 
É importante destacar que algumas moléculas 
de RNA, conhecidas como riboenzimas, 
atuam como enzimas. Estas ainda 
apresentam papel catalizador, ou seja, atuam 
aumentando a velocidade das reações 
químicas. 
 
 
As enzimas apresentam uma estrutura 
tridimensional, e sua atividade depende das 
características do meio em que se encontra. 
 
COMO ATUAM? 
Cada enzima é específica para um tipo de 
reação. Ou seja, elas atuam somente em um 
determinado composto e efetuam sempre o 
mesmo tipo de reação. O composto sobre o 
qual a enzima age é genericamente 
denominado substrato. A grande 
especificidade enzima-substrato está 
relacionada à forma tridimensional de ambos. 
A enzima se liga a uma molécula de substrato 
em uma região específica denominada sítio de 
ligação. Para isso, tanto a enzima quanto o 
substrato sofrem mudança de conformação 
para o encaixe. 
 
Eles se encaixam perfeitamente como chaves 
em fechaduras. A esse comportamento 
damos o nome de Teoria da Chave-
Fechadura. 
 
 
 
Atualmente são conhecidas mais de 2.000 
enzimas, e cada uma atua em uma reação 
específica. 
 
 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
 
A nomenclatura das enzimas ocorre de 
diversas maneiras. 
 
As três formas mais utilizadas são: 
 
NOME CLÁSSICO OU RECOMENDADO: 
Nomeia, geralmente, acrescentando a 
terminação -ase ao nome do substrato sobre 
o qual atua a enzima. Essa é a forma mais 
utilizada por quem trabalha com enzimas. Por 
exemplo, a enzima amilase atua na reação de 
hidrólise do amido em moléculas de glicose, e 
a urease catalisa a reação de hidrólise da 
ureia em amônia e CO2. 
 
NOME USUAL: 
Utiliza nomes consagrados pelo uso, como 
tripsina e pepsina. 
 
NOME SISTEMÁTICO: 
Forma mais complexa e instituída pela União 
Internacional de Bioquímica e Biologia 
Molecular (IUBMB), apresenta mais 
informações que as demais em relação à 
funcionalidade da enzima. O nome 
sistemático apresenta, geralmente, três 
partes: o nome do substrato, o tipo de reação 
catalisada e o sufixo -ase. Por exemplo, a 
reação de conversão da glicose-6-fosfato à 
frutose-6-fosfato é catalisada pela enzima 
denominada glicose fosfato isomerase. Além 
do nome sistemático, a enzima recebe 
também um número, que deverá ser utilizado 
para uma precisa identificação. Essa 
numeração segue o modelo: EC XXXX. A 
sigla EC representa a Comissão de Enzimas 
(Enzyme Comission) da União Internacional 
de Bioquímica e Biologia Molecular, e a 
sequência de quatro números é referente à 
sua classificação. 
 
 
 
As enzimas podem ser classificadas, segundo 
a União Internacional de Bioquímica e Biologia 
Molecular e de acordo com o tipo de reação 
que catalisam, da seguinte maneira: 
 
ÓXIDO-REDUTASES: reações de óxido-redução 
ou transferências de elétrons (íons hidreto ou 
átomos de H). Exemplos: desidrogenases e 
peroxidases. 
 
TRANSFERASES: reações de transferências de 
grupos funcionais entre as moléculas. 
Exemplos: aminotransferases e quinases. 
 
HIDROLASES: reações de hidrólise, em que 
ocorre a quebra de uma molécula em 
moléculas menores com a participação da 
água. Exemplos: amilase, pepsina e tripsina. 
 
LIASES: reações em que pode ocorrer a adição 
de grupos a duplas ligações ou a remoção de 
grupos deixando dupla ligação. Exemplo: 
fumarase. 
 
Isomerase: reações em que ocorrem a 
formação de isômeros. Exemplo: epimerase. 
 
NOMENCLATURA DAS ENZIMAS 
CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
LIGASE: reações de síntese em que ocorre a 
união de moléculas com gasto de energia, 
geralmente, proveniente do ATP. Exemplo: 
sintetases. 
 
A energia necessária para que uma reação 
inicie é chamada de energia de ativação. As 
enzimas atuam reduzindo essa energia de 
ativação e fazendo com que a reação ocorra 
de forma mais rápida do que na ausência dela. 
Essa capacidade catalizadora das enzimas 
aumenta a velocidade das reações em cerca 
de 1014 vezes. 
 
A ação das enzimas ocorre por sua 
associação temporária com as moléculas que 
estão reagindo, aproximando-as. Com isso, 
as enzimas podem enfraquecer também as 
ligações químicas existentes, facilitando a 
formação de novas ligações. Elas se ligam a 
moléculas específicas, denominadas de 
substratos, e em locais específicos, os sítios 
de ativação, formando um complexo 
transitório. Ao fim do processo, esse complexo 
decompõe-se, liberando os produtos e a 
enzima, que, geralmente, recupera sua forma, 
podendo usada novamente para catalisar 
reações. 
 
As enzimas atuam em cadeia, sendo que 
diversas delas podem atuar em sequência, 
num determinado conjunto de reações, 
formando as chamadas vias metabólicas. 
Uma célula apresentadiversas vias 
metabólicas, cada uma responsável por uma 
função específica, por exemplo, a síntese de 
substâncias, como os aminoácidos. 
 
 
 
Como dito, as enzimas ligam-se aos 
substratos nos denominados sítios de ligação. 
Elas apresentam resíduos de aminoácidos 
específicos arranjados de forma 
tridimensional, formando os sítios de ligação, 
locais em que os substratos se ligam durante 
a reação. 
 
Além desse arranjo tridimensional, as enzimas 
apresentam, nesses sítios, um arranjo 
adequado de regiões hidrofílicas (interagem 
com água) e hidrofóbicas (não interagem com 
água), carregadas (apresentam cargas 
elétricas) e neutras (não apresentam cargas 
elétricas). 
 
O substrato deve apresentar uma 
configuração adequada, estrutural e química, 
de forma a alojar-se no sítio de ligação. Esse 
modelo de encaixe perfeito é conhecido como 
modelo chave fechadura, devido à relação 
com o fato de que cada chave se encaixa em 
uma fechadura específica. No entanto, é 
sabido que a aproximação e a ligação do 
substrato ao sítio de ligação induzem na 
enzima uma mudança conformacional, 
tornando-a ideal. Esse modelo é conhecido 
como modelo do ajuste induzido. 
 
SÍTIOS DE LIGAÇÃO 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
 
FATORES QUE REGULAM A ATIVIDADE 
ENZIMÁTICA 
 
As enzimas podem ter sua atividade 
influenciada por alguns fatores. Dentre esses 
podemos destacar a temperatura, o pH e as 
concentração do substrato. 
 
TEMPERATURA: 
Grande parte das enzimas aumenta suas 
taxas de reações na medida em que a 
temperatura em que elas atuam eleva-se em 
10 ºC. Entretanto, essa taxa começa a decair 
a partir do momento em que a temperatura 
atinge os 40 ºC. A partir dessa temperatura, 
observa-se que as enzimas passam a sofrer 
desnaturação, um desdobramento de sua 
estrutura. 
 
PH: 
Alterações no pH do meio em que a enzima se 
encontra leva a alterações em suas cargas. A 
manutenção da forma das enzimas deve-se à 
atração e repulsão entre as cargas dos 
aminoácidos que a constituem. Mudanças 
nessas cargas alteram a forma da enzima, 
afetam a ligação entre ela e substrato e, 
assim, a sua funcionalidade. 
 
CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO: 
As enzimas tem um ponto de ação até a um 
ponto máximo relacionada como a 
concentração do substrato, onde ocorre a 
saturação. 
 
RESUMO SOBRE ENZIMAS 
 
• As enzimas são proteínas que atuam 
como catalisadores biológicos. 
 
• Catalisadores são substâncias que 
atuam diminuindo a energia de 
ativação das reações, aumentando a 
velocidade em que essas ocorrem e 
não sendo consumidas no processo. 
 
• As enzimas apresentam alta 
especificidade, atuam apenas sobre 
substratos específicos. 
 
• As enzimas atuam diminuindo a 
energia de ativação das reações nas 
células. 
 
• A temperatura, o pH e as concentração 
do substrato são fatores que 
influenciam na atividade enzimática. 
 
 
 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Os carboidratos, conhecidos também pelos 
nomes glicídios, glucídios, hidratos de 
carbono ou açúcares são moléculas de 
carbono com água (hidrogênio e oxigênio), 
essenciais para as reações bioquímicas do 
nosso corpo. 
 
São amplamente distribuídos nas plantas e 
nos animais, onde desempenham funções 
estruturais e metabólicas (energética). 
 
CARACTERÍSTICAS 
• Mais abundante classe de 
biomoléculas da Terra. 
• Sua oxidação é o principal meio de 
abastecimento energético da maioria 
das células não fotossintéticas. 
• Além do suprimento energético, os 
carboidratos atuam como elementos 
estruturais da parede celular e como 
sinalizadores no organismo. 
• Os carboidratos (também chamados 
sacarídeos, glicídios, oses, hidratos de 
carbono ou açúcares). 
• Compostos que contém C, H e O  
Fórmula geral: (CH2O)n (n≥3). 
• Todos possuem os grupos funcionais -
C=O ou HC=O e -OH. 
 
Carboidratos: hidratos de carbono, 
designação oriunda da fórmula geral 
apresentada pela maioria dessas moléculas. 
Produzidos pela fotossíntese nos vegetais. 
Pode-se dizer que os carboidratos contêm na 
intimidade de sua molécula a água, o CO2 e a 
energia luminosa que foram utilizados em sua 
síntese. 
 
 
 
 
 
FUNÇÃO DOS CARBOIDRATOS 
 
Energética: 
como por meio da glicose (SNC), e frutose 
(espermatozoide). 1g de glicose é capaz de 
fornecer 4Kcal de energia “limpa”. 
 
Estrutural: 
quitina no exoesqueleto de artrópodes e 
celulose na parede celular dos vegetais. 
 
Reserva energética: 
glicogênio e amido. O glicogênio (fígado e 
musculo) é metabolizado em casos de 
hipoglicemia. Em caso de esgotamento da 
reserva (12h24h) utiliza-se o metabolismo da 
gordura (1g de gordura = 9Kcal de energia 
suja). 
FÓRMULA GERAL 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
A celulose, carboidrato mais abundante na 
natureza, é um componente da parede celular 
e possui como função principal auxiliar na 
estrutura celular vegetal. 
 
O amido é considerado a principal reserva 
energética dos vegetais e encontrado 
principalmente nos tubérculos (batatas, 
mandioca, cará), nas raízes, caule e folhas. 
 
A glicose aparece na forma livre em muitas 
frutas e é o metabolito habitual de conversão 
nos organismos animais, ou seja, todos os 
glicídios ingeridos e absorvidos pelo intestino 
precisam ser convertidos em glicose para 
participarem dos processos metabólicos 
celulares. 
 
O glicogênio, armazenado no fígado e nos 
músculos dos animais, é a principal reserva 
energética de animais e fungos. Nos seres 
humanos, quando o corpo necessita de 
energia o glicogênio é transformado em 
moléculas de glicose. 
 
Por fim, a quitina está presente na parede 
celular dos fungos e constitui também o 
exoesqueleto dos artrópodes. 
 
DEFINIÇÃO 
Macromolécula formada por C, H e O. 
Definidos quimicamente como poli-
hidroxicetonas (cetoses) ou poli-
hidroxialdeídos (aldoses). 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO TAMANHO DA CADEIA CARBÔNICA: 
• 3 carbonos - trioses 
• 4 carbonos – tetroses 
• 5 carbonos – pentoses 
• 6 carbonos – hexoses – glicose – 
galactose – manose 
• 7 carbonos – heptoses 
 
QUANTO AO GRUPO FUNCIONAL: 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
QUANTO AO NÚMERO DE MOLÉCULAS 
 
 
Os monossacarídeos recebem o sufixo - 
ose, são eles basicamente os açúcares que 
apresentam de 3 a 7 carbonos em sua 
estrutura sendo sua fórmula geral 
representada por (CH2O)n, no qual o “n” 
significa o número de átomos de carbono. 
Os monossacarídeos que merecem destaque 
são: as Pentoses (C5H10O5): Ribose e 
Desoxirribose, e as Hexoses (C6H12O6): 
Glicose, Frutose e Galactose. 
 
PENTOSES: 
 
 
HEXOSES: 
Glicose 
 
 
Frutose 
 
Galactose 
 
 
 
Os dissacarídeos, moléculas solúveis em 
água, são formados pela união de dois 
monossacarídeos por meio de uma ligação 
denominada glicosídica. 
Nesse processo, chamado de “Síntese por 
Desidratação”, ocorre a perda de uma 
molécula de água. 
 
MONOSSACARÍDEOS 
DISSACARÍDEOS 
https://www.todamateria.com.br/monossacarideos/
https://www.todamateria.com.br/dissacarideos/
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
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Os dissacarídeos mais conhecidos são: 
sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + 
galactose) e maltose (glicose + glicose). 
Desta maneira, a sacarose e a maltose são 
encontradas nas plantas ou vegetais 
enquanto a lactose é encontrada no leite. 
 
SACAROSE 
 
LACTOSE 
 
MALTOSE 
 
 
 
LIGAÇÃO GLICOSÍDICA 
A união de dois monossacarídeos acontece 
através de uma ligação glicosídica. Esta 
ligação covalente é formada com a perda de 
um átomo de hidrogênio de um dos 
monossacarídeos e a saída de um radical 
hidroxila do outro. 
Com a saída do hidrogênio e da hidroxilaforma-se uma molécula de água. Por isso, 
pode-se dizer que um dissacarídeo é formado 
em uma síntese por desidratação. 
 
 
 
Os polissacarídeos, insolúveis em água, são 
polímeros de monossacarídeos, ou seja, são 
moléculas grandes (macromoléculas) 
formados pela união de vários 
monossacarídeos. 
Neste grupo, os carboidratos mais conhecidos 
são: a celulose, o amido, o glicogênio e 
a quitina. 
 
 
 
POLISSACARÍDEOS 
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https://www.todamateria.com.br/celulose/
https://www.todamateria.com.br/amido/
https://www.todamateria.com.br/glicogenio/
https://www.todamateria.com.br/quitina/
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CELULOSE 
 
 
AMIDO 
 
 
GLICOGÊNIO 
 
 
QUITINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARBOIDRATO PAPEL BIOLÓGICO 
RIBOSE Uma das matérias-primas necessárias à produção de ácido ribonucleico 
(RNA). 
DESOXIRRIBOSE Matéria-prima necessária à produção de ácido desoxirribonucleico (DNA). 
GLICOSE Molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. É fabricada 
pelos vegetais na fotossíntese. Abundante em vegetais, no sangue, no 
mel. 
FRUTOSE Outra hexose, também com papel fundamentalmente energético. 
GALACTOSE Um dos monossacarídeos constituintes da lactose do leite. Papel 
energético. 
 
CARBOIDRATO MONOSSACARÍDEOS 
CONSTITUINTES 
ONDE SÃO ENCONTRADOS + PAPEL BIOLÓGICO 
SACAROSE GLICOSE + FRUTOSE Em muitos vegetais. Abundante na cana-de-
açúcar e na beterraba. Papel energético 
LACTOSE GLICOSE + GALACTOSE Encontrado no leite. Papel energético. 
MALTOSE GLICOSE + GLICOSE Encontrado em alguns vegetais. Provém da 
digestão do amido no tubo digestivo de animais. 
Papel energético. 
AMIDO GLICOSE + GLICOSE Encontrados em raízes, caules e folhas. O 
excesso de glicose produzido na fotossíntese é 
armazenado sob forma de amido. 
CELULOSE GLICOSE + GLICOSE Componente esquelético da parede de células 
vegetais, funcionando como reforço. É o 
carboidrato mais abundante na natureza. 
GLICOGÊNIO GLICOSE + GLICOSE Encontrado no fígado e nos músculos 
esqueléticos. Constitui a reserva energética dos 
animais. 
QUITINA GLICOSE + GLICOSE Componente do exoesqueleto de artrópodes e 
parede celular da maioria dos fungos e de 
muitas algas. 
 
 
 
 
 
 
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O índice glicêmico é um indicador da 
velocidade com que o carboidrato presente 
em um alimento alcança a corrente sanguínea 
e altera a glicemia, que é o nível de açúcar no 
sangue. Assim, alimentos com baixo índice 
glicêmico, como feijão, pera e farelo de 
aveia, fazem com que a glicemia se mantenha 
controlada por mais tempo, retardando o 
aparecimento da fome depois de uma 
refeição. 
 
A partir dos valores de índice glicêmico, os 
alimentos são classificados em 3 categorias: 
 
BAIXO IG: quando o índice glicêmico é menor 
ou igual a 55; 
 
MÉDIO IG: quando o índice glicêmico está entre 
56 a 69; 
 
Alto IG: quando o índice glicêmico é maior ou 
igual a 70. 
 
Alimentos de alto IG e altas calorias: 
Bolos, tortas, sorvetes, chocolates. Elevados 
níveis de açúcar e gordura; 
 
Alimentos de alto IG e baixas calorias: 
Frutas, por exemplo. Frutose aumenta 
insulina no sangue, aumentando a produção 
de insulina. Deve-se evitar antes de dormir. 
 
 
Alimentos de baixo IG e altas calorias: 
Macarrão e arroz integral. Normalmente 
ingeridos em excesso. Ótimos para uma dieta 
saudável, afinal, todos precisamos de 
carboidratos para sobreviver. 
 
Alimentos de baixo IG e baixa caloria: 
Verduras e legumes. Não possuem muito 
valor energético nem aumentam o IG e, por 
isso, são usados nas dietas para saciar a 
fome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os lipídios ou gorduras são moléculas 
orgânicas insolúveis em água e solúveis em 
certas substâncias orgânicas, tais como 
álcool, éter e acetona. Também chamados 
lipídios ou lipídeos, essas biomoléculas são 
compostas por carbono, oxigênio e 
hidrogênio. Podem ser encontrados em 
alimentos de origem vegetal e de origem 
animal e seu consumo deve ser feito de forma 
equilibrada. 
 
Gorduras ou lipídios são macromoléculas 
biológicas que, ao contrário das proteínas e 
ácidos nucleicos, não são agrupadas por suas 
semelhanças estruturais, mas sim por sua 
característica de solubilidade. Os lipídios são 
insolúveis em água (solvente polar) e são 
solúveis em solventes apolares. 
 
• Baixa solubilidade em água e alta 
solubilidade em solventes orgânicos. 
• Possuem uma estrutura bastante 
variada 
• Diversidade nas funções biológicas 
 
FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS 
 
Reserva de energia: utilizada pelo organismo 
em momentos de necessidade, e está 
presente em animais e vegetais; 
 
Isolante térmico: nos animais as células 
gordurosas formam uma camada que atua na 
manutenção na temperatura corporal, sendo 
fundamental para animais que vivem em 
climas frios; 
 
Ácidos graxos: estão presentes nos óleos 
vegetais extraídos de sementes, como as de 
soja, de girassol, de canola e de milho, que 
são usados na síntese de moléculas 
orgânicas e das membranas celulares. 
 
Absorção de vitaminas: auxiliam a absorção 
das vitaminas A, D, E e K que são 
lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Como 
essas moléculas não são produzidas no corpo 
humano é importante o consumo desses óleos 
na alimentação. 
 
ESTRUTURA 
Os lipídios são ésteres, isso quer dizer que 
são compostos por uma molécula de ácido 
(ácido graxo) e uma de álcool (glicerol ou 
outro). 
 
São insolúveis em água porque suas 
moléculas são apolares, ou seja, não têm 
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carga elétrica e por esse motivo não possuem 
afinidade pelas moléculas polares da água. 
 
Os lipídeos são substâncias insolúveis em 
água, representados pelas gorduras e óleos. 
Seus constituintes mais abundantes são os 
ácidos graxos e eles determinam se aquele 
lipídeo estará na consistência sólida 
(gorduras) ou líquida (óleos). 
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com 
cadeias hidrocarbonadas de quatro a 36 
carbonos. São classificados de acordo com o 
número de carbonos que possuem ou de 
acordo com sua característica química de 
saturação, ou seja, a presença de duplas 
ligações entre os seus carbonos. 
As gorduras são formadas principalmente por 
ácidos graxos saturados, que não apresentam 
nenhuma dupla ligação entre carbonos ao 
longo da cadeira. Tal fato confere a 
consistência sólida das gorduras em 
temperatura ambiente. São exemplos de 
alimentos com maior quantidade de ácidos 
graxos saturados: manteiga, óleo de coco, 
óleo de palma, cacau, gordura animal, leite 
integral. 
Já nos óleos há predominância de ácidos 
graxos insaturados, que possuem uma ou 
mais duplas ligações entre carbonos ao longo 
das cadeias. É a presença da instauração que 
confere a consistência líquida aos óleos. São 
alimentos ricos em ácidos graxos insaturados: 
óleo de soja, de milho, de girassol, de canola 
e de oliva. 
Além disso, os ácidos graxos insaturados são 
divididos em monoinsaturados (quando 
possuem apenas uma dupla ligação) ou poli-
insaturados (quando possuem duas ou mais 
duplas ligações). Nosso organismo consegue 
sintetizar ácidos graxos saturados e 
monoinsaturados (ômega 9), mas não 
sintetiza poli-insaturados (ômega 3 e 6), por 
isso, são considerados ácidos graxos 
essenciais, devendo ser consumidos através 
de alimentos como: óleo de soja, óleo de 
milho, óleo de canola e óleo depeixe. 
 
ACIDO-GRAXO SATURADO E INSATURADO 
 
 
INSATURADOS 
 
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SATURADOS 
• Gordura de origem animal, manteiga, 
carnes, queijos, creme de leite, óleo de 
palma e óleo de coco. 
 
MONO INSATURADOS 
• Oleaginosas, nozes, castanhas, 
amendoim, azeite de oliva e óleo de 
canola. 
 
POLI INSATURADOS 
 
Linoleico (ômega-6) 
• Óleos vegetais (soja, algodão, girassol, 
linhaça e milho). 
 
Linoleico (ômega-3) 
• Peixes marinhos de regiões geladas e 
profundas (bacalhau, salmão e 
sardinhas). 
 
 
 
LIPIDEOS SIMPLES: ésteres de ácidos graxos 
com vários álcoois. 
 
Gorduras: ácido graxo + glicerol 
Ceras: ácido graxo + álcool monohidroxilicos 
 
LIPIDEOS COMPLEXOS: são ésteres de ácidos 
contendo outros grupos, além de um ácido 
graxo e um álcool. 
Fosfolipídios: AG + álcool. Resíduo de ácido 
fosfórico e bases nitrogenadas. 
 
Glicolipídios: ácido graxo, esfingosina e 
carboidrato. 
 
QUANTO A COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
Simples ou ternários 
• C, H e O 
 
Complexos 
• C, H, O e N – contém fósforo e enxofre, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE DE OBTENÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO 
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CAROTENOIDES 
São pigmentos alaranjados presentes nas 
células de todas as plantas que participam na 
fotossíntese junto com a clorofila, porém 
desempenha papel acessório. 
Um exemplo de fonte de caroteno é a 
cenoura, que ao ser ingerida, essa substância 
se torna precursora da vitamina A, 
fundamental para a boa visão. 
Os carotenoides também trazem benefícios 
para o sistema imunológico e atuam como 
anti-inflamatório. 
 
CERAS 
Estão presentes nas superfícies das folhas de 
plantas, no corpo de alguns insetos, nas ceras 
de abelhas e até mesmo aquela que há dentro 
do ouvido humano. 
 
Esse tipo de lipídeo é altamente insolúvel e 
evita a perda de água por transpiração. São 
constituídas por uma molécula de álcool 
(diferente do glicerol) e 1 ou mais ácidos 
graxos. 
 
FOSFOLIPÍDIOS 
São os principais componentes 
das membranas das células, é um glicerídeo 
(um glicerol unido a ácidos graxos) combinado 
com um fosfato. 
 
 
GLICERÍDEOS 
Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a 
uma molécula de glicerol (um álcool, com 3 
carbonos unidos a hidroxilas-OH). O exemplo 
mais conhecido é o triglicerídeo, que é 
composto por três moléculas de ácidos 
graxos. 
 
ESTEROIDES 
São compostos por 4 anéis de carbonos 
interligados, unidos a hidroxilas, oxigênio e 
cadeias carbônicas. 
Como exemplos de esteroides, podemos citar 
os hormônios sexuais masculinos 
(testosterona), os hormônios sexuais 
femininos (progesterona e estrogênio), outros 
hormônios presentes no corpo e o colesterol. 
 
As moléculas de colesterol associam-se às 
proteínas sanguíneas (apoproteínas), 
formando as lipoproteínas HDL ou LDL, que 
são responsáveis pelo transporte dos 
esteroides. 
As lipoproteínas LDL carregam o colesterol, 
que se for consumido em excesso se acumula 
no sangue. Já as lipoproteínas HDL retiram o 
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excesso de colesterol do sangue e levam até 
o fígado, onde será metabolizado. Por fazer 
esse papel de "limpeza" as HDL são 
chamadas de bom colesterol. 
 
 
 
 
Os lipídios com ácido graxo em sua 
composição são saponificáveis, pois reagem 
com bases formando sabões. Além disso, são 
as biomoléculas mais energéticas, que 
fornecem acetil-coA para o ciclo de Krebs. 
São eles: 
 
• Glicerídeos 
• Ceras 
• Fosfolipídios 
• Esfingolipídios 
• Glicolipídios 
 
 
 
Os lipídios que não contem ácido graxo em 
sua composição não são saponificáveis. As 
vitaminas lipossolúveis e o colesterol são os 
principais representantes destes lipídios que 
não são energéticos, porém desempenham 
funções fundamentais no metabolismo. São 
eles: 
 
• Terpenos 
• Esteroides 
• Carotenoides 
 
COLESTEROL 
O colesterol é produzido no fígado e também 
está presente na alimentação: na carne, 
produtos lácteos e outros derivados de 
animais. 
 
 
PARA QUE SERVE? 
• Estruturação do corpo humano 
(células) 
• Crescimento 
• Reprodução 
• Produção de vitamina D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COM ÁCIDO GRAXO 
COM ÁCIDO GRAXO 
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Metabolismo é o conjunto de reações 
químicas que ocorre na célula e que lhe 
permite manter-se viva, crescer e se dividir. 
Em resumo, podemos dizer que o 
metabolismo se refere a todos os processos 
bioquímicos de construção e quebra de 
moléculas que ocorrem nos organismos. 
 
ETAPAS DO METABOLISMO 
O metabolismo só ocorre no interior das 
células e pode ser dividido em duas etapas: o 
catabolismo e anabolismo. 
 
Catabolismo 
Catabolismo é um conjunto de reações 
enzimáticas de degradação, em que 
compostos orgânicos de alto peso molecular 
são convertidos em moléculas mais simples. 
Neste processo, ocorre liberação de energia, 
sendo uma parte conservada em moléculas 
de alta energia (ATP) e a outra dissipada na 
forma de calor. 
Exemplo: Quebra da glicose e de proteínas. 
 
Anabolismo 
Anabolismo é um conjunto de reações 
enzimáticas de síntese, onde moléculas 
simples dão origem a compostos orgânicos de 
peso molecular mais alto. 
No processo há gasto de energia, que está 
armazenada na molécula de ATP. 
Exemplo: Síntese de proteínas a partir dos 
aminoácidos. 
METABOLISMO BASAL 
O metabolismo basal corresponde a 
quantidade mínima de energia necessária 
para o organismo em repouso manter suas 
atividades vitais no período de 24 horas. 
Cada indivíduo apresenta uma taxa de 
metabolismo basal, conforme o sexo, idade, 
peso, altura e atividades exercidas. 
Existem ainda os termos metabolismo 
rápido e metabolismo lento relacionados ao 
fato de emagrecer e engordar. O fato de 
metabolismo ser mais acelerado ou lento é 
influenciado por fatores genéticos e hábitos de 
vida de cada indivíduo. 
 
As pessoas com metabolismo acelerado 
tendem a gastar mais rápido as calorias, 
dificultando o ganho de peso. 
Enquanto isso, as pessoas com metabolismo 
lento tendem acumulam mais calorias, 
dificultando a perda de peso. 
FUNÇÕES DO METABOLISMO 
As principais funções do metabolismo são: 
• Obter energia química de moléculas 
combustíveis ou luz solar absorvida; 
• Converter nutrientes exógenos em 
blocos construtivos (monômeros 
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primários) ou precursores de 
componentes macromoleculares das 
células; 
• Formar e degradar as biomoléculas 
requeridas nas funções 
especializadas das células. 
 
PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DO SER HUMANO 
O metabolismo energético dos seres 
humanos ocorre através de uma complexa 
interação entre vários processos bioquímicos. 
Os principais são: 
Glicólise: Oxidação da glicose para obter 
ATP; 
 
Ciclo de Krebs: Oxidação do acetil-CoA para 
obter energia; 
 
Fosforilação oxidativa: Utilização da energia 
liberada na oxidação da glicose e do acetil-
CoA para produzir ATP; 
 
Via das pentoses-fosfato: Síntese de 
pentoses e obtenção de poder redutor para 
reações anabólicas; 
 
Ciclo da uréia: Eliminação de NH4(amônia) 
sob formas menos tóxicas; 
 
Oxidação dos ácidos gordos: 
Transformação de ácidos gordos em acetil-
CoA, para posterior utilização pelo ciclo de 
Krebs; 
 
Gliconeogênese: Síntese de glicose a partir 
de moléculas menores, para posterior 
utilização pelo cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/metabolismo-energetico/https://www.todamateria.com.br/glicolise/
https://www.todamateria.com.br/ciclo-de-krebs/
https://www.todamateria.com.br/fosforilacao-oxidativa/
https://www.todamateria.com.br/ciclo-da-ureia/
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A glicólise é uma das etapas da respiração 
celular, na qual ocorre a quebra da glicose em 
partes menores e consequente liberação de 
energia. Essa etapa metabólica acontece no 
citoplasma da célula enquanto as seguintes 
são dentro da mitocôndria. 
 
É um processo bioquímico em que a molécula 
de glicose (C6H12O6), proveniente da 
alimentação, é quebrada em duas moléculas 
menores de ácido pirúvico ou 
piruvato(C3H4O3), liberando energia. 
 
A equação esquematizada abaixo representa 
um resumo da glicólise, mas é importante 
saber que o processo é mais complexo e 
ocorre ao longo de dez reações químicas, das 
quais participam diversas substâncias e 
enzimas livres no citoplasma. 
 
Dependendo do organismo e do tipo de célula, 
a respiração celular pode acontecer na 
presença do oxigênio (aeróbicos) ou completa 
ausência (anaeróbicos) e assim a glicólise 
produzirá substâncias diferentes. 
Na respiração aeróbica é originado o piruvato 
que entra no ciclo de Krebs, enquanto 
na respiração anaeróbica, a glicose origina o 
lactato ou o etanol que participam, 
respectivamente, da fermentação lática ou 
alcoólica. 
COMO FUNCIONA O PROCESSO? 
A glicose é quebrada ao longo de dez reações 
químicas que geram duas moléculas de ATP 
como saldo. Apesar de ser pouca a energia 
produzida nessa etapa, há substâncias 
geradas que serão importantes nas etapas 
seguintes da respiração. 
Inicialmente a molécula de glicose precisa ser 
ativada, para isso são gastas duas moléculas 
de ATP e a glicose recebe fosfatos 
(provenientes do ATP) formando glicose 6-
fosfato. Em seguida esse composto sofre 
mudanças na sua estrutura, originando 
frutose 6-fosfato e frutose 1,6 bifosfato. 
Com essas alterações as substâncias são 
mais facilmente quebradas em moléculas 
menores. Depois acontece uma nova 
fosforilação (entrada de fosfato na molécula) e 
desidrogenação (hidrogênios são retirados) 
das substâncias produzidas, com a 
participação da molécula NAD (nicotinamida 
adenina). 
Os hidrogênios doam elétrons para a cadeia 
respiratória, onde a molécula de NAD 
(nicotinamida adenina) é a responsável por 
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transportá-los, na forma de NADH, sendo uma 
aceptora de elétrons. 
Por fim, um novo rearranjo acontece nas 
moléculas até a formação de piruvato que 
seguirá para as etapas seguintes da 
respiração celular. 
Quando os níveis desse açúcar se elevam no 
sangue, a insulina é liberada, para que as 
células captem esse carboidrato ao acionar os 
transportadores de glicose (GLUT). 
GLUT 1: Hemácias, rins e cérebro. 
GLUT 2: Fígado e pâncreas, não depende de 
insulina, mas o seu transporte aumenta com a 
presença desse hormônio. 
GLUT 3: Neurônios e placenta. 
GLUT 4: células musculares e adiposas, 
dependente de insulina. 
GLUT 5: parede do intestino delgado. 
 
O metabolismo da glicose inicia pela captação 
celular. Neste momento, ela é transformada 
em glicose-6- fosfato, a qual já participa da 
glicogênese, da glicólise e na via das 
pentoses-fosfato. Logo, ela tem como 
principais destinos: 
 
Armazenamento: glicogênio, amido, 
sacarose. 
Oxidação através da glicólise: piruvato. 
Oxidação através da via das pentoses 
fosfatos. 
 
 
 
TIPOS DE DEGRADAÇÃO DA GLICOSE. 
 
Glicólise anaeróbica: Ocorre na ausência de 
oxigênio, produzindo dois moles de ATP por 
molécula de glicose. 
 
Glicólise aeróbica: Presença de oxigênio 
com produção de 2 moles de ATP e 2 de 
NADH. 
 
 
 
É a via metabólica, que ocorre no citosol, 
responsável por quebrar a molécula de glicose 
nos tecidos é uma série de 10 reações que 
prepara a glicose para o fornecimento de 
energia, convertendo-a em piruvato. 
 
 
 
PRINCIPAIS FONTES DE CARBONO E ENERGIA 
PARA A GLICÓLISE 
 
Carboidratos: 
• Amido: nutriente derivado dos 
vegetais (maltose e isomaltose) 
• Lactose: componente do leite (glicose 
e galactose) 
VIA GLICOLÍTICA 
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• Sacarose: presente nas frutas (glicose 
e frutose) 
 
Glicose: produto da digestão do amido, sendo 
a forma de carboidrato mais abundante nas 
células do corpo. 
 
Glicogênio: forma de armazenamento da 
glicose nos animais, sendo classificado como 
um polímero de glicose. 
A via glicolítica está dividida em duas fases 
distintas: fase de investimento (a glicose é 
transformada em gliceraldeído-3-P por meio 
de uma via em que não há ganho de ATP, mas 
sim, uso de energia) e fase de ganho de 
energia (gliceraldeido-3-P é transformado em 
piruvato, produzindo quatro moléculas de 
ATP), tendo um rendimento geral de 2 ATP.
FASE DE INVESTIMENTO - 2ATP
A glicose, para entrar e ser armazenada 
dentro das células, deve ser fosforizada. Para 
isso, a enzima glicoquinase (no tecido 
hepático) ou a hexocinase (nos demais 
tecidos) retira uma partícula de fósforo de um 
ATP e o introduz na molécula deste 
carboidrato, formando a glicose-6-fosfato. 
Esta constitui um substrato da enzima 
fosfoglico-isomerase, responsável por 
convertê-la em frutose-6-fosfato. A fosfofruto-
cinase-1 é a enzima responsável pelo uso de 
mais uma molécula de ATP nesta via de 
investimento, formando frutose-1,6-bifosfato, 
uma molécula de 6 carbonos que pode ser 
degradada em 2 moléculas menores 
(diidroxiacetonafosfato e gliceraldeído-3-
fosfato, cada uma com 3 átomos de carbono) 
através da ação da aldolase. Destas duas 
moléculas menores, apenas o gliceraldeído-3-
P é capaz de participar da 2ª fase da via 
glicolítica. 
 
 
FASE DE GANHO ENERGÉTICO: 
 
-2ATP + 2ATP + 2ATP = 2ATP + 2 MOLÉCULAS 
DE NADH + H+ 
 
Para cada molécula de glicose, entram na 
fase de ganho energético da via glicolítica 
duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato 
(portanto, todo saldo de ATP a cada reação 
será multiplicado por 2). Cada molécula de 
gliceraldeído-3-fosfato ganha um átomo de 
FASES DA GLICÓLISE 
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fósforo inorgânico (Pi) na reação catalisada 
pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-
desidrogenase. Nesta reação, ocorre a 
formação de 2 moléculas de NAD+H+ (cada 
uma destas moléculas será convertida em 3 
moléculas de ATP na última etapa do 
metabolismo energético aeróbio do corpo: a 
cadeia respiratória; portanto, estas moléculas 
de ATP não entram na contagem do saldo da 
via glicolítica). 
 
Esta reação forma, então, duas moléculas de 
1,3-bifosfoglicerato, convertidas pela 
fosfogliceratocinase em duas moléculas de 3-
fosfoglicerato, reação que rende as 2 
primeiras moléculas de ATP da via glicolítica. 
 
As moléculas de 3-fosfoglicerato são 
convertidas em duas moléculas de 2-
fosfoglicerato pela enzima fosfoglicerato-
mutase, a qual não produz ATP, mas apenas 
muda a localização do fosfato na cadeia de 
carbono. 
 
A conversão das moléculas de 2-
fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato ocorre 
graças a ação da enzima enolase, a qual 
promove uma reação de desidratação. As 
duas moléculas de fosfoenolpiruvato são 
então convertidas em piruvato, através da 
reação catalisada pela piruvato-cinase, 
formando mais 2 moléculas de ATP. 
 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Após uma refeição rica em carboidratos, os 
níveis de glicose se elevam. Nesse momento, 
a insulina é liberada facilitando a captação de 
glicose pelas células, sendo fosforizada para 
seguir três caminhos. Um desses caminhos é 
o armazenamento em forma de glicogênio, 
que durante os intervalos das refeições, será 
degradado para fornecimento de energia com 
o auxílioda liberação de glucagon. Porém, 
esse glicogênio se esgota em um prazo de 18 
a 24 horas. 
 
Em um jejum prolongado, o organismo lança 
mão de outro meio para buscar energia, como 
a gliconeogênese ou a lipólise (β-oxidação). A 
gliconeogênese é a formação de glicose a 
partir de substâncias que não são 
carboidratos: piruvato, lactato, alanina e 
glicerol. É uma via universal encontrada em 
todos os animais, vegetais, fungos e micro-
organismos. 
 
A alanina utilizada na gliconeogênese é 
garantida pela dieta (resultado da degradação 
proteica), pois o organismo dificilmente utiliza 
proteínas armazenadas no corpo (massa 
magra), uma vez que elas são essenciais para 
inúmeras outras funções. 
 
A gliconeogênese, assim como na glicólise, 
ocorre por meio de 10 reações (que resultam 
em piruvato). A diferença, é que a primeira se 
dá no percurso inverso da segunda, em que 
teremos piruvato dando origem a glicose. 
Sete, das 10 enzimas da glicólise, são as 
mesmas. Mudam apenas as enzimas das 
reações irreversíveis (hexocinase – 1ª; 
frutocinase-1 – 3ª; e piruvato quinase-10ª). 
 
O lactato é formado a partir de piruvato 
quando a via glicolítica segue na ausência de 
oxigênio, como em um músculo em atividade 
intensa. Vale lembrar também que, nessa 
condição anaeróbica, até o NAD é reoxidado. 
Na presença de O2, o piruvato segue o ciclo 
de Krebs, resultando em CO2 e H2O. 
 
O glicogênio é quebrado pela via glicolítica até 
formar piruvato (muscular), que será 
transformado em lactato pela enzima lactato 
desidrogenase. Este cairá na corrente 
sanguínea para ser novamente transformado 
em piruvato no fígado pela mesma enzima 
(reação reversível), para seguir a via da 
gliconeogênese, transformando-se em 
glicose-6-fosfato para ser disponibilizada para 
os diversos tecidos para obtenção de energia. 
 
Ao chegar aos hepatócitos, o piruvato entra 
nas mitocôndrias, pois só essa organela 
possui enzimas capazes de transformar o 
piruvato em uma substância gliconeogênica. 
 
A gliconeogênese ocorre no citoplasma, 
apenas essa pequena parte das reações (ao 
lado) ocorre nas mitocôndrias para que o 
lactato seja convertido em uma substância 
gliconeogênica (oxalacetato). 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
 
Ciclo de Krebs, também conhecido como Ciclo 
dos Ácidos Tricarboxílicos e Ciclo do Ácido 
Cítrico, refere-se a uma série de reações 
anfibólica, ou seja, anabólica e catabólica, 
com objetivo de produzir energia para as 
células. Essa é uma das três etapas do 
processo de respiração celular. 
Nas eucariontes, o Ciclo de Krebs ocorre em 
grande parte na matriz da mitocôndria, já nos 
organismos procariontes esse etapa acontece 
no citoplasma. Essas reações são parte do 
metabolismo dos organismos aeróbicos - que 
utilizam oxigênio na respiração celular. 
 
 
Na perspectiva da bioquímica, a respiração 
celular é momento em que acontecem 
reações de quebra das ligações entre as 
moléculas gerando energia, a qual é 
aproveitada pelas células para realização de 
atividades vitais ao organismo. 
Na respiração aeróbica, utilizada pela maioria 
dos seres vivos, é realizada a quebra 
da glicose, gerada na fotossíntese pelos 
organismos produtores e adquirida por meio 
da alimentação pelos consumidores. Esse 
processo pode ser resumido na equação 
abaixo: 
C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O + Energia 
 
Mas não se engane com essa pequena 
equação. O processo de respiração celular é 
bastante complexo e há participação de várias 
enzimas e coenzimas, que realizam 
sucessivas oxidações da glicose. 
Tudo isso é realizado em três etapas: 
a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a Fosforilação 
Oxidativa ou Cadeia Respiratória, que levam 
à produção de gás carbônico, água e 
moléculas de adenosina trifosfato (ATP). 
 
FASES DO CICLO DE KREBS 
O ciclo de Krebs é um circuito fechado, isto é, 
a molécula formada na última fase será 
utilizada na primeira. 
 
Primeira etapa: o acetilcoenzima A (acetil 
CoA), gerado na glicólise, se liga a uma 
molécula com quatro carbonos denominada 
de oxalacetato, liberando o grupo CoA e 
gerando uma molécula com seis carbonos 
chamada de citrato. 
 
Segunda etapa: o citrato é convertido no 
isômero isocitrato. Na verdade, essa fase 
ainda se subdivide em duas: a remoção (2a) e 
a adição (2b) de uma molécula de água. Por 
isso é comum um Ciclo de Krebs com nove 
fases. 
 
Terceira etapa: o isocitrato que foi gerado 
passa por oxidação e gera uma molécula de 
dióxido de carbono, restando então uma 
molécula com cinco carbonos chamada de 
RESPIRAÇÃO CELULAR 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/respiracao-celular
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/mitocondrias
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/citoplasma
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/oxigenio
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/bioquimica
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/seres-vivos
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/glicose
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/fotossintese
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/agua
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alfacetoglutarato. Nessa etapa, a nicotinamida 
adenina dinucleotídeo (NAD+) é reduzida e 
gera a NADH. 
 
Quarta etapa: essa etapa é semelhante a 
anterior, porém o alfacetoglutarato sofre 
oxidação e o NAD+ é reduzido à NADH, 
fornecendo uma molécula de dióxido de 
carbono. A molécula que sobrou com quatro 
carbonos se liga à Coenzima A, gerando a 
succinol CoA. 
 
Quinta etapa: o CoA do succinil CoA é 
substituído por um grupo de fosfato, que logo 
após é movido para o difosfato de adenosina 
(ADP) para formar o trifosfato de adenosina 
(ATP). 
 
Algumas células utilizam a guanosina 
difosfato (GDP) no lugar da AD, formando 
como produto a guanosina trifosfato (GTP). A 
molécula de quatro carbonos formada nessa 
etapa é chamada de succinato. 
 
Sexta etapa: consequentemente, o succinato 
gera mais uma molécula de quatro carbonos 
chamada de fumarato. Nessa reação, dois 
átomos de hidrogênio são transportados para 
FAD, gerando FADH2. 
 
O FADH2 pode transferir seus elétrons 
imediatamente para a cadeia transportadora, 
pois a enzima que atua nessa etapa está 
localizada na membrana interna da 
mitocôndria. 
 
Sétima etapa: nessa etapa, água é 
adicionada à molécula de fumarato que, 
consequentemente, é transformada em outra 
molécula de quatro carbonos denominada de 
malato. 
 
Oitava etapa: dando fim ao ciclo de Krebs, o 
oxalacetato, o composto de quatro carbonos 
inicial, é regenerado através da oxidação do 
malato. Além disso, uma nova molécula de 
NAD+ é reduzida para NADH. Um novo ciclo 
recomeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1 - Ciclo de Krebs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GERAÇÃO DE ATP POR MEIO DO NADH 
 
Como o lado de fora da membrana está 
carregado positivamente e o lado interno está 
carregado negativamente, as cargas 
negativas tendem a puxar de volta um h+. 
Quando ele volta para o espaço mitocondrial, 
acaba trazendo consigo um fosfato 
inorgânico, ou seja, sozinho. 
 
Além disso, outros 3H+ irão retornar para o 
espaço mitocondrial, dessa vez passando por 
dentro da ATP sintase. Com isso, a ATP 
sintase irá girar e ao girar ela une o ADP + o 
fosfato inorgânico, formando o ATP. 
 
ATP → Adenosina trifosfato 
 
Quando o corpo recebe o alimento, ele retira 
elétrons do alimento que são ricos em energia. 
 
Com isso, a mitocôndria irá utilizar a energia 
desses alimentos para criar o acumulo de H+. 
 
Com o retorno dessesH+, o ATP é produzido. 
 
QUANTIDADE DE ATP PRODUZIDA POR MEIO DO 
NADH 
 
Para a produção de uma molécula de ATP são 
necessários 4H+. 
 
1H+ volta trazendo o fosfato inorgânico. 
3H+ retornam passando por dentro da ATP 
sintase a fazendo girar e, consequentemente, 
produzindo uma molécula de ATP. 
 
NADH – PAR DE ELÉTRONS 
 
H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ H+ 
Cada NADH irá bombear 10 H+ para o lado de 
fora. 
Se para cada molécula de ATP são 
necessários 4H+, com 10 H+ serão produzidos 
2,5 ATPs. 
 
GERAÇÃO DE ATP POR MEIO DO FADH2 
 
A função do FADH2 é a mesma do NADH, 
levar elétrons ricos em energia para a cadeia 
respiratória. 
 
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Inicialmente, o FADH2 entrega o seu par de 
elétrons para o complexo II e volta a ser FAD. 
É importante saber que o par de elétrons do 
FADH2 tem menos energia que o par do 
NADH, por isso ele não passa pelo complexo 
I. 
Complexo II → O2 
(O oxigênio está atraindo o par de elétrons). 
Como o par de elétrons é atraído pelo O2, ele 
segue em frente, indo para o complexo III. 
O complexo III usará a energia do par de 
elétrons para bombear 4H+. 
O par de elétrons continuará seguindo em 
direção ao oxigênio. 
Ao chegar no complexo IV, haverá energia 
para bombear somente 2H+. 
Nesse ponto, o par de elétrons finalmente se 
encontra com o oxigênio, formando o H2O. 
A partir disso, o transporte de elétrons para 
fora da membrana se encerra e elétrons 
começam a retornar para o espaço 
mitocondrial. 
Um H+ retorna trazendo consigo um fosfato 
inorgânico. 
ADP + Pi → ATP 
Logo após, 3H+ também retornam passando 
pela ATP sintase, fazendo ela girar e 
produzindo ATP. 
 
 
QUANTIDADE DE ATP PRODUZIDA POR MEIO DO 
FADH2 
 
H+ H+ H+ H+ H+ H+ 
 
Cada FADH2 irá bombear 6 H+ para o lado de 
fora. 
Se para cada molécula de ATP são 
necessários 4H+, com 6 H+ serão produzidos 
1,5 ATPs. 
 
SALDO ENERGÉTICO FINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os carboidratos são compostos orgânicos que 
contêm C, H e O em várias combinações 
unidos por ligações hemiacetalicas. 
A principal molécula de carboidrato é a 
glicose. 
 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS CARBOIDRATOS: 
• Fornecimento de energia 1g = 4 Kcal 
• Reserva energética 
• Estrutural 
O carboidrato é a única fonte de energia aceita 
pelo cérebro, importante para o bom 
funcionamento do sistema nervoso. 
 
 
A hidrólise corresponde a um processo 
químico que envolve a quebra de uma 
molécula em presença de água. O termo 
“hidro” significa água e “lise” é relativo à 
quebra, ou seja, o processo de “quebra” da 
molécula de CHO para produção de energia 
ou para a produção de moléculas menores de 
CHO é denominado hidrólise. 
 
Após a absorção, os carboidratos são 
quebrados em moléculas de glicose, que 
podem vir a se tornar glicogênio ou, se em 
excesso no corpo, pode se tornar gordura. 
 
 
Atua como reservatório de glicose para a 
corrente sanguínea com a distribuição para 
outros tecidos. 
 
Acumula após as refeições e, quando 
necessário, é degradado lentamente para 
manter a concentração de glicose no sangue 
mais ou menos constante. As reservas de 
glicogênio hepático no homem apresentam 
importante papel como fonte de glicose no 
HIDRÓLISE 
GLICOGÊNIO HEPÁTICO 
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
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período entre as refeições e, em maior 
extensão, durante o jejum noturno. 
 
 
Serve como combustível para gerar ATP 
durante a atividade muscular aumentada. É 
formado durante o repouso após as refeições. 
Os níveis de glicogênio muscular apresentam 
menor variabilidade do que os teores 
hepáticos em resposta a ingestão de 
carboidratos. 
 
PRINCIPAIS DESTINOS DA GLICOSE: 
 
 
Principais processos que envolvem a glicose 
GLICOGÊNESE: Síntese de glicose em 
glicogênio. 
GLICOGENÓLISE: Processo que converte o 
glicogênio em glicose. 
GLICONEOGÊNESE: formação de glicose a 
partir de outras substâncias (aminoácidos, 
glicerol, piruvato, lactato). 
PAPEL DOS HORMÔNIOS NO CONTROLE DA 
GLICEMIA 
HORMÔNIO EFEITO 
INSULINA Com o aumento da 
glicose sanguínea, 
ajuda a transportar para 
a célula 
GLUCAGON Estimula a glicogenólise 
e gliconeogênese no 
fígado 
ADRENALINA Quebra do glicogênio 
(glicogenólise) e 
liberação da glicose 
pelo fígado 
CORTISOL Estímulo para 
gliconeogênese a partir 
das proteínas 
 
Os níveis de insulina e glucagon são 
inversamente proporcionais, ou seja, se um 
está alto o outro estará baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLICOGÊNIO MUSCULAR 
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O ciclo das pentoses fosfato é uma rota 
alternativa para a oxidação da glicose-6P, no 
citosol, sem gerar ATP. Esta rota corresponde 
a um processo multicíclico onde: 
• 6 moléculas de glicose-6P entram no 
ciclo; 
• 6 moléculas de CO2 são liberadas; 
• 6 moléculas de pentose-5P são 
formadas; 
Essas pentoses-5P se reorganizam, 
regenerando 5 moléculas de glicose-6P. 
 
FUNÇÃO: 
Produção de NADPH, que pode ser utilizado 
como fonte de poder redutor nas reações 
biossintéticas (ácidos graxos) e na proteção 
contra derivados de oxigênio reativos. 
Produção da ribose-5-fosfato, precursor da 
ribose e da desoxirribose (síntese de ácidos 
nucleicos) 
Produção de eritrose-4-fosfato, que participa, 
juntamente com o fosfoenolpiruvato (PEP), da 
síntese de aminoácidos aromáticos 
(fenilalanina, triptofano e tirosina) e dos 
precursores da lignina, flavonóides e 
fitoalexinas. 
O NADPH é usado em diferentes biossínteses 
redutoras como a dos ácidos graxos, 
compostos esteroides e no combate a efeitos 
prejudiciais das espécies reativas de oxigênio. 
O outro produto essencial gerado na via das 
pentoses fosfato é a ribose 5-fosfato, que faz 
parte das estruturas químicas dos 
nucleotídeos (RNA, DNA, ATP) e coenzimas 
como NAD+ /NADH, NADP+ /NADPH, 
FAD/FADH2 e coenzima Q. 
 
IMPORTÂNCIA: 
Nos eritrócitos, o NADPH produzido pela via 
das pentoses-fosfato é tão importante em 
impedir o dano oxidativo que um defeito 
genético na glicose6-fosfato-desidrogenase, a 
primeira enzima da via, pode causar sérias 
consequências médicas. 
 
 
A anemia hemolítica autoimune, também 
conhecida pela sigla AHAI, é uma doença 
caracterizada pela produção de anticorpos 
que reagem contra as hemácias, que são os 
glóbulos vermelhos do sangue, destruindo-as 
e produzindo a anemia. 
 
ANEMIA HEMOLÍTICA 
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SINTOMAS 
• Fadiga 
• Cor pálida 
• Falta de ar 
• FC acelerada 
• Icterícia 
• Urina escura 
• Baço aumentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os lipídios são compostos que não se 
misturam com a água, logo, eles precisam ser 
carreados pelo organismo. 
Ácidos graxos livres e monoglicerídeos 
produzidos pela digestão formam complexos 
chamados micelas, que facilitam a passagem 
dos lipídeos através do ambiente aquoso do 
lúmen intestinal para borda em escova. Os 
sais biliares são então liberados de seus 
componentes lipídicos e devolvidos ao lúmen 
do intestino. 
 
O transporte dos lipídeos no organismo se dá 
por meio de lipoproteínas, estas englobam 
dentro de si triglicerídeos, colesterol, ésteres 
de colesterol, uma vez que são insolúveis em 
água. As apolipoproteínas auxiliam na 
solubilização dos lipídeos no plasma e atuam 
como sítios de reconhecimento, são 
receptores de superfície celular. 
 
As lipoproteínas são classificadas de acordo 
com sua densidade. O HDL conhecido como 
"bom colesterol" é aqueleque retira o LDL 
"colesterol ruim" da corrente sanguínea a fim 
de ser excretado do organismo, protegendo-o. 
O desequilíbrio na quantidade de 
lipoproteínas pode gerar um quadro de 
dislipidemia, que é a elevação da taxa de 
gorduras na corrente sanguínea. 
BETA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS 
A β-oxidação é um 
processo catabólico de ácidos graxos que 
consiste na sua oxidação mitocondrial. Eles 
sofrem remoção, por oxidação, de sucessivas 
unidades de dois átomos de carbono na forma 
de acetil-CoA. Como exemplo pode ser citado 
o ácido palmítico, um ácido graxos de 16 
carbonos, que vai sofrer sete reações 
oxidativas, perdendo em cada uma delas dois 
átomos de carbono na forma de acetil-CoA. 
Ao final desse processo os dois carbonos 
restantes estarão na forma de acetil-CoA. 
 
A β-oxidação é dividida em quatro reações 
sequenciais: 
Oxidação: na qual o acil-CoA é oxidado 
a enoil-CoA, com redução de FAD a FADH2 
Hidratação: na qual uma dupla ligação é 
hidratada e ocorre a formação de 3-hidroxiacil-
CoA 
Oxidação: de um grupo hidroxila a carbonila, 
tendo como resultado uma beta-cetoacil-
CoA e NADH 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catabolismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cidos_gordos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxida%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitoc%C3%B4ndria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acetil-CoA
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_palm%C3%ADtico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxida%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acil-CoA:colesterol_aciltransferase
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enoil-CoA&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/FAD
https://pt.wikipedia.org/wiki/FADH2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrata%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidroxila
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbonila
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Beta-cetoacil-CoA&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Beta-cetoacil-CoA&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/NADH
Bioquímica – Módulo IV – Fisioterapia – 1° Período 
 
By Rita Jardim 
 
Cisão: em que o β-cetoacil-CoA reage com 
uma molécula de CoA formando um acetil-
CoA e um acil-CoA que continua no ciclo até 
ser convertido a acetil-CoA 
 
SALDO ENERGÉTICO 
A oxidação de ácidos graxos produz muito 
mais energia que a oxidação de carboidratos. 
Uma molécula de palmitato, por exemplo, 
produz um saldo líquido de 108 ATPs, 
enquanto uma molécula de glicose produz 
apenas 32. 
 
 
A acetil-coA formada no fígado durante a β-
oxidação de ácidos graxos pode ser exportada 
para outros tecidos na forma de corpos 
cetônicos. 
são produtos da transformação de lipídios em 
glicose, apresentam grupo funcional cetona e 
são sintetizados na matriz mitocondrial dos 
hepatócitos (fígado). 
 
 
CETOSE 
Aumento da concentração de corpos 
cetônicos nos tecidos líquidos e corporais. A 
velocidade de formação de corpos cetônicos 
é maior que sua utilização. 
 
Cetonemia: (aumento de níveis no sangue). 
Cetonúria: (aumento de níveis na urina). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORPOS CETÔNICOS 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cis%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carboidratos
https://pt.wikipedia.org/wiki/ATP
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O ciclo da ureia consiste em uma série de 
reações enzimáticas que convertem a 
amônia, liberada durante o catabolismo das 
proteínas, em ureia. A ureia é o principal 
“dejeto” nitrogenado, que é excretada na 
urina. 
 
A amônia é uma substância tóxica, do 
metabolismo do nitrogênio, que deve ser 
eliminada rapidamente do organismo. A 
eliminação pode ser por excreção direta ou 
por excreção após a conversão em compostos 
menos tóxicos. 
Os peixes excretam a amônia diretamente, já 
que é solúvel em água e se dissolve 
rapidamente. 
As aves e animais terrestres excretam o 
nitrogênio sob a forma de ácido úrico. 
Os animais terrestres excretam o nitrogênio 
sob a forma de ureia, composto muito solúvel 
em água e não tóxica para as células. 
Em seres humanos e mamíferos, quase 80% 
do nitrogênio excretado é sob a forma da 
ureia. 
ONDE OCORRE O CICLO DA UREIA? 
O ciclo da ureia ocorre nas células do fígado e 
em menor parte, nos rins. Inicia-se na 
mitocôndria e segue para o citosol da célula, 
onde se dá a maior parte do ciclo. 
O ciclo da ureia é ligado ao ciclo de Krebs. As 
reações dos dois ciclos são relacionadas e 
alguns produtos intermediários formados no 
ciclo de Krebs são precursores de reações 
para o ciclo da ureia. 
 
ETAPAS DO CICLO DA UREIA 
Consiste em cinco reações, duas no interior 
da mitocôndria e três no citosol. 
Cada etapa é catalisada por uma enzima. 
Assim, há cinco enzimas envolvidas no ciclo 
da ureia: carbamil-fosfato sintetase, ornitina-
transcarbamilase, arginino-succinato 
sintetase, arginino-succinato liase e arginase. 
De modo resumido, o ciclo ocorre da seguinte 
forma: 
1. A enzima carbamil-fosfato sintetase, 
presente na mitocôndria, catalisa a 
condensação da amônia com bicarbonato e 
forma carbamoilfosfato. Para essa reação há 
o consumo de duas moléculas de ATP. 
2. A condensação da ornitina, presente na 
mitocôndria, e do carbamoilfosfato gera 
citrulina, sob ação da enzima ornitina-
transcarbamilase. A citrulina é transportada 
para o citosol e reage com aspartato gerando 
argininosuccinato e fumarato. 
3. A enzima arginino-succinato sintetase, 
presente no citosol, catalisa a condensação 
da citrulina e do aspartato, com consumo de 
ATP, e forma argininossuccinato. 
https://www.todamateria.com.br/figado/
https://www.todamateria.com.br/rins/
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4. A enzima arginino-succinato liase catalisa a 
transformação do argininossuccinato em 
arginina e fumarato. 
5. Por fim, a enzima arginase catalisa a 
quebra da arginina, originando ureia e ornitina. 
A ornitina volta para a mitocôndria e reinicia o 
ciclo. 
 
 
FUNÇÕES DO CICLO DA UREIA 
A principal função do ciclo da ureia é eliminar 
a amônia tóxica do corpo. Ou seja, tem a 
função de eliminar o nitrogênio indesejado do 
organismo. 
A ureia é eliminada do organismo de animais 
superiores, através da urina. 
Aproximadamente 10 a 20 g da amônia são 
removidos do corpo de um adulto saudável 
cada dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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By Rita Jardim 
 
Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada 
pela elevação da glicose no sangue 
(hiperglicemia). Pode ocorrer devido a 
defeitos na secreção ou na ação do 
hormônio insulina, que é produzido no 
pâncreas, pelas chamadas células beta. A 
função principal da insulina é promover a 
entrada de glicose para as células do 
organismo de forma que ela possa ser 
aproveitada para as diversas atividades 
celulares. A falta da insulina ou um defeito na 
sua ação resulta, portanto, em acúmulo de 
glicose no sangue, o que chamamos de 
hiperglicemia. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES 
Sabemos hoje que diversas condições que 
podem levar ao diabetes, porém a grande 
maioria dos casos está dividida em dois 
grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2. 
 
 
 
Essa forma de diabetes é resultado da 
destruição das células beta pancreáticas por 
um processo imunológico, ou seja, pela 
formação de anticorpos pelo próprio 
organismo contra as células, beta levando a 
deficiência de insulina. Nesse caso podemos 
detectar em exames de sangue a presença 
desses anticorpos que são: ICA, IAAs, GAD e 
IA-2. Eles estão presentes em cerca de 85 a 
90% dos casos de DM 1 no momento do 
diagnóstico. Em geral costuma acometer 
crianças e adultos jovens, mas pode ser 
desencadeado em qualquer faixa etária. 
O quadro clínico mais característico é de um 
início relativamenterápido (alguns dias até 
poucos meses) de sintomas como: sede, 
diurese e fome excessivas, emagrecimento 
importante, cansaço e fraqueza. Se o 
tratamento não for realizado rapidamente, os 
sintomas podem evoluir para desidratação 
severa, sonolência, vômitos, dificuldades 
respiratórias e coma. Esse quadro mais grave 
é conhecido como Cetoacidose Diabética e 
necessita de internação para tratamento. 
 
 
Nesta forma de diabetes está incluída a 
grande maioria dos casos (cerca de 90% dos 
pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a 
insulina é produzida pelas células beta 
pancreáticas, porém, sua ação está 
dificultada, caracterizando um quadro de 
resistência insulínica. Isso vai levar a um 
aumento da produção de insulina para tentar 
manter a glicose em níveis normais. Quando 
isso não é mais possível, surge o diabetes. A 
DIABETES TIPO 1 – (DM 1) 
DIABETES TIPO 2 – (DM 2) 
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instalação do quadro é mais lenta e os 
sintomas – sede, aumento da diurese, dores 
nas pernas, alterações visuais e outros – 
podem demorar vários anos até se 
apresentarem. Se não reconhecido e tratado 
a tempo, também pode evoluir para um 
quadro grave de desidratação e coma. 
 
Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há 
geralmente associação com aumento de peso 
e obesidade, acometendo principalmente 
adultos a partir dos 50 anos. Contudo, 
observa-se, cada vez mais, o 
desenvolvimento do quadro em adultos jovens 
e até crianças. Isso se deve, principalmente, 
pelo aumento do consumo de gorduras e 
carboidratos aliados à falta de atividade física. 
Assim, o endocrinologista tem, mais do que 
qualquer outro especialista, a chance de 
diagnosticar o diabetes em sua fase inicial, 
haja visto a grande quantidade de pacientes 
que procuram este profissional por problemas 
de obesidade. 
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By Rita Jardim 
 
PIRUVATO: O ácido pirúvico é o composto de 
menor energia que pode ser obtido da glicose 
sem a utilização de oxigênio. O ácido pirúvico 
ou piruvato é um composto orgânico contendo 
três átomos de carbono (C3H4O3), originado 
ao fim da glicólise. 
 
ACETIL-COA: A acetilcoenzima A é um 
composto intermediário chave no 
metabolismo celular, constituído de um grupo 
acetila, de dois carbonos, unidos de maneira 
covalente a coenzima A. A Acetil-CoA é 
resultado da oxidação total de moléculas 
orgânicas como o piruvato, ácidos graxos e 
aminoácidos 
 
ISOMERIA: É um fenômeno no qual dois ou 
mais compostos químicos diferentes 
denominados isômeros apresentam a mesma 
fórmula molecular e diferentes fórmulas 
estruturais. 
 
GLICOSE: É um monossacarídeo e é um dos 
carboidratos mais importantes na biologia. As 
células a usam como fonte de energia e 
intermediário metabólico. A glicose é um dos 
principais produtos da fotossíntese e inicia a 
respiração celular em seres procariontes e 
eucariontes. 
 
GLICOGÊNESE: Corresponde ao processo de 
síntese de glicogênio no fígado e músculos, 
no qual moléculas de glicose são adicionadas 
à cadeia do glicogênio. Este processo é 
ativado pela insulina em resposta aos altos 
níveis de glicose sanguínea. 
 
GLICONEOGÊNESE: É a rota pela qual é 
produzida glicose a partir de compostos 
aglicanos, sendo a maior parte deste processo 
realizado no fígado e uma menor parte no 
córtex dos rins. 
 
ATP: Conhecida como Adenosina trifosfato, é 
um nucleotídeo responsável pelo 
armazenamento de energia em suas ligações 
químicas. É constituída por adenosina, um 
nucleosídeo, associado a três radicais fosfato 
conectados em cadeia. A energia é 
armazenada nas ligações entre os fosfatos. 
 
GLICÓLISE: Glicólise é uma sequência 
metabólica composta por um conjunto de dez 
reações catalisadas por enzimas livres no 
citosol, na qual a glicose é oxidada produzindo 
duas moléculas de piruvato, quatro moléculas 
de ATP e dois equivalentes reduzidos de 
NADH⁺, que serão introduzidos na cadeia 
respiratória ou na fermentação. 
 
NADH: Dinucleótido de nicotinamida e adenina, 
é uma coenzima que apresenta dois estados 
de oxidação: NAD⁺ e NADH. A forma NADHS 
é obtida pela redução do NAD⁺ com dois 
elétrons e aceitação de um próton. É uma 
fórmula exclusiva que ajuda a aumentar a 
energia em nível celular. Uma molécula 
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de NADH cria 3 moléculas de ATP, capaz de 
gerar a energia que as células precisam. 
 
FADH2: O dinucleótido de flavina e adenina, 
também conhecido como flavina-adenina 
dinucleótido e dinucleótido de flavina-adenina, 
é um cofator capaz de sofrer ação redox, 
presente em diversas reações importantes no 
metabolismo. O FADH2 é uma molécula 
transportadora de energia metabólica, sendo 
utilizada como substrato na fosforilação 
oxidativa mitocondrial. 
 
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA: É um processo em 
que a energia obtida por meio da degradação 
das moléculas provenientes dos alimentos, 
como a glicose, é convertida em ligações nas 
moléculas de adenosina trifosfato (ATP). 
Trata-se da etapa final da respiração celular – 
um processo de obtenção de energia 
realizado por alguns organismos na presença 
de oxigênio (processo aeróbio) – e onde 
ocorre a maior produção de ATP na maioria 
das células. 
https://www.biologianet.com/biologia-celular/glicose.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/atp-adenosina-trifosfato.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/o-que-celula.htm

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