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Experimento #4: Calorimetria Giovanna Ferreira Martins 19A Resumo: Este relatório tem como objetivo o conceito de calorimetria, capacidade térmica e calor específico, sendo seu objetivo específico determinar experimentalmente o calor específico de um corpo de prova (bloco de metal). Introdução: Calorimetria A equação fundamental da calorimetria nos permite determinar a quantidade de energia trocada (cedida ou recebida) por um corpo devido apenas à variação da sua temperatura. Esta energia depende de três fatores: a massa do corpo, o seu calor específico e a sua variação de temperatura. Q = m.c.∆T Onde Q– é a quantidade de energia trocada; m é a massa do corpo; c é o calor específico do corpo e ∆T é a variação de temperatura do corpo. Assim, quando dois corpos, inicialmente a diferentes temperaturas, são colocados em contato, a energia é transferida na forma de calor do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura, até que ambos atinjam o equilíbrio térmico. Portanto, quando analisamos as trocas de calor entre dois corpos isolados termicamente do meio externo, chegamos na seguinte equação: Q cedido + Q absorvido = 0 Calor específico (c) O calor específico é a quantidade de calor, por unidade de massa, que é necessário fornecer ou retirar de um certo corpo, sob uma certa pressão, para que ocorra uma variação de um grau em sua temperatura. O calor específico da água (Ca) = 1 cal/ g°C = 4,18 J /g°C Capacidade térmica Por definição, a capacidade térmica é a quantidade de calor que deve ser fornecida a um corpo para elevar sua temperatura de 1°C. A capacidade térmica C é uma característica de cada sistema. Assim, por exemplo, diferentes blocos de chumbo têm diferentes capacidades térmicas, apesar de serem da mesma substância (chumbo). A capacidade térmica de um corpo é calculada pela seguinte equação: C= Q / ∆T Sendo Q a quantidade de energia trocada e ∆T a variação de temperatura sofrida pelo corpo. Calorímetro ideal O calorímetro ideal é um aparelho constituído de paredes adiabáticas que não permitem troca de calor do que está contido nele com o meio ambiente. A massa total dos componentes de um calorímetro é conhecida e constante. Os corpos de prova que se encontram dentro do calorímetro bem como ele próprio experimentam todas as trocas de calor necessárias para atingir o equilíbrio térmico. Assim sendo, o calorímetro também deve ser considerado nos cálculos pertinentes às trocas de calor. Como o calorímetro é constituído de diversos materiais, podemos calcular sua capacidade térmica. A capacidade térmica de um calorímetro é a quantidade de calor que deve ser fornecida ao calorímetro para elevar sua temperatura de 1 °C. Ela se torna uma característica do calorímetro usado nos experimentos posteriores. Materiais e métodos: Para esse experimento foi usado os seguintes materiais: ● dois cilindros maciços de materiais diferentes; ● calorímetro; ● água fria; ● água quente; ● Termômetro; ● Balança de precisão; ● Ebulidor de água; Através dos usos desses materiais foi realizado o experimento da seguinte em duas etapas. Na primeira etapa: foi medido o peso do calorímetro, em seguida adicionado uma água fria e aferida sua massa e temperatura, após isso colocado a água quente e aferido também sua massa e temperatura, sendo essa a temperatura de equilíbrio final. Nesse processo a água quente irá ceder calor e a água fria irá absorver calor, dessa forma a água chega-se a uma temperatura de equilíbrio. Algumas medidas foram aferidas nessa primeira etapa do processo e anotadas, elas constam logo abaixo. ● Massa do calorímetro: (147,60 ± 0,01) g ● Temperatura inicial de todos os materiais (temperatura ambiente): (25,0 ± 0,5)°C ● Massa do conjunto calorímetro e água fria: (232,68 ± 0,01) g ● Massa do conjunto calorímetro, água fria e água quente: (285,92 ± 0,01) g ● Temperatura da água quente: (98,0 ± 0,5) °C ● Temperatura de equilíbrio: (51,0 ± 0,5) °C Na segunda etapa do experimento: foi colocado água fria no mesmo calorímetro anterior, este com o mesmo valor de massa da etapa anterior. Logo após foi medido a massa do conjunto, calorímetro e água fria, sendo aferido sua temperatura também. Em seguida foi colocado o bloco maciço dentro do ebulidor de água, deixando o bloquinho tempo suficiente para que ele alcance a temperatura da água que está no ebulidor, assim colocando após esse processo o bloco dentro do calorímetro com a água fria misturando o sistema e aferindo sua temperatura. Dessa forma o bloco cede calor a água fria, e ela absorve calor dele. Assim até que chegue em uma temperatura de equilíbrio. As medidas dessa parte foram anotadas abaixo: ● Massa do calorímetro: (147,60 ± 0,01) g ● Temperatura inicial de todos os materiais (temperatura ambiente): (25,0 ± 0,5)°C. ● Massa do bloco (cilindro maciço): (100,29± 0,01) g ● Massa do conjunto calorímetro e água fria: (268,31 ± 0,01) g ● Temperatura do bloco quente: (98,0 ± 0,5) °C ● Temperatura de equilíbrio: (30,0 ± 0,5) ºC Após ser feito todo o procedimento experimental, foram usadas as fórmulas abaixo para se chegar no objetivo específico do experimento, determinar o calor específico de um corpo de prova, bloco de metal. I) 𝒎AF=𝒎conjunto- 𝒎calorimetro II)∆𝑇1 = 𝑇equilibrio − 𝑇 i III)∆𝑇2 = 𝑇equilibrio − 𝑇 i IV) 𝒎AQ= 𝒎conjunto calorímetro, AF, AQ - 𝒎conunto calorímetro e AF V) 𝐶 = − 𝒎AF CAF − (∆𝑇2 𝒎AQ c AQ/∆𝑇1) VI) C bloco =( 𝒎AFC AF ∆𝑻1+𝑪 ∆𝑻1)/ 𝒎 bloco∆𝑻2 Também deve ser calculado às incertezas, cuja as fórmulas usadas foram: I) 𝜎C = ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 𝑋 )2 𝜎m 2 + ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Y )2 𝜎cAF 2+( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Z )2 𝜎T 2 II)𝜎c = ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 𝑋 )2 𝜎m 2 + ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Y )2 𝜎cAF 2+( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Z )2 𝜎T 2+ ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 W )2 𝜎C 2 Resultados: Os resultados obtidos para este experimento foram os seguintes: I) 𝒎AF=𝒎conjunto- 𝒎calorimetro 𝒎AF= 268,31- 147,60 𝒎AF= 120,71 ± 0,01 g II)∆𝑇1 = 𝑇equilibrio − 𝑇 i ∆𝑇1 = 51,0 -25 ∆𝑇1 = 26 °C III)∆𝑇2 = 𝑇equilibrio − 𝑇 i ∆𝑇2 = 30 -25 ∆𝑇2 = 5 °C IV) 𝒎AQ= 𝒎conjunto calorímetro, AF, AQ - 𝒎conunto calorímetro e AF 𝒎AQ= 285,92- 232,68 𝒎AQ= 53,24 g V) 𝐶 = − 𝒎AF CAF − (∆𝑇2 𝒎AQ c AQ/∆𝑇1) 𝐶 = -120,71* 1 - ( 5* 53,24 * 1/ 26) 𝐶 = -120,71 - (10,24) 𝐶 = - 130,95 ° C VI) C bloco =( 𝒎AFC AF ∆𝑻1+𝑪 ∆𝑻1)/ 𝒎 bloco∆𝑻2 C bloco = (120,71 * 1* 26+ (-130,95) * 26)/ 100,29 *5 C bloco = 78195,26/ 501,45 C bloco = 155,94 Além disso também foram calculadas as incertezas que estão representadas na tabela a seguir: 𝒎AF (g) σ𝒎AF (g) c AF (cal/g°C) σ c AF (cal/g°C) ∆𝑇1 (°C) σ∆𝑇1 (°C) ∆𝑇2 (°C) σ∆𝑇2 (°C) 120,71 0,01 1 0 26 0,5 5 0,5 𝒎AQ (g) σ𝒎AQ (g) 𝐶 (° C) σ C (°C) 𝒎bloco (g) σ𝒎bloco (g) c bloco (° C) σ c bloco (°C) 53,24 0,01 - 130,95 0,26 100,29 0,01 155,94 0,33 I) 𝜎C = ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 𝑋 )2 𝜎m 2 + ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Y )2 𝜎cAF 2+( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Z )2 𝜎T 2 𝜎C = ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 𝑋 )2 (0,1) 2 + ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Y )2 (0) 2+( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Z )2 (0,5) 2 𝜎C = 0,26 °C II) 𝜎c = ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 𝑋 )2 𝜎m 2 + ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Y )2 𝜎cAF 2+( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Z )2 𝜎T 2+ ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 W )2 𝜎C 2 𝜎c = ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 𝑋 )2 (0,1) 2 + ( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Y )2 (0) 2+( 𝑑 𝐹/ 𝑑 Z )2 (0,5) 2+ +( 𝑑 𝐹/ 𝑑 W )2 (0,26) 2 𝜎c = 0,3276 °C Com isso o resultado do calor específico do bloco de metal é: 𝐶 bloco = 𝐶 bloco +/- σ C bloco 𝐶 bloco = 155,94 +/- 0,33 𝐶 bloco = 156,27/ 155,61 Discussão: Através de toda análise do experimento feito é possível afirmar que foi um estudo satisfatório. Uma vez que os resultados obtidos foram comparados às previsões estabelecidas pela introdução teórica e estão de acordo com o esperado pelo modelo. Nota-se também a importância do cálculo das incertezas que foram feitas. Conclusão: Ao comparar os valores obtidos e os resultados conclui-se que o calor específico do bloco maciço de metal é 156,27/ 155,61. Nota-se também que Q cedido + Q absorvido = 0, sendo importante para o resultado final do experimento, assim como os cálculos das incertezas. Referências: ● VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Erros. Segunda Edição. São Paulo:Edgard Blücher Ltda, 1996. ● FÍSICA para cientistas e engenheiros – Volume I, TIPLER & MOSCA, Sexta Edição.
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