Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 Aníbal Miguez dos Santos Eanes dos Santos Guimarães Heitor Souza de Jesus Pedro Vinicius Nascimento de Oliveira Eletromagnetismo: Lei de Ampère São Cristóvão Julho 2023 CIRCUITOS ELÉTRICOS: CAPACITORES DATA DE REALIZAÇÃO: 19/07/2023 COMPONENTES DO GRUPO: Aníbal Miguez dos Santos Eanes dos Santos Guimarães Pedro Vinicius Nascimento de Oliveira São Cristóvão Julho 2023 Resultados e Discussão: 1. Construa o gráfico de B versus I e determine μ0 com incerteza (propagada) a partir do coeficiente angular da reta, utilizando o valor de L determinado com a régua e sabendo que o número de espiras do solenóide utilizado é 300. No experimento foram inseridas diferentes correntes na fonte ligada ao solenóide de comprimento e número de voltas , o que eventualmente(𝐿 = 0, 215 𝑚) (𝑁 = 300) ocasiona uma variação do campo magnético medido no centro do solo. Foram utilizadas 10 correntes diferentes, os dados coletados são expostos na tabela abaixo: Tabela 1 - Campo Magnético central (X=0) Corrente (A) σ 𝑏 (𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒) (A) Campo Magnético (T) σ 𝑏 (𝐶𝑎𝑚𝑝𝑜) (T) 𝑖 1 0,1 0,01 0,00009 0,00001 𝑖 2 0,2 0,01 0,00028 0,00001 𝑖 3 0,3 0,01 0,00038 0,00001 𝑖 4 0,4 0,01 0,00062 0,00001 𝑖 5 0,5 0,01 0,00081 0,00001 𝑖 6 0,6 0,01 0,00093 0,00001 𝑖 7 0,7 0,01 0,00116 0,00001 𝑖 8 0,8 0,01 0,00140 0,00001 𝑖 9 0,9 0,01 0,00149 0,00001 𝑖 10 1 0,01 0,00172 0,00001 Com os dados da tabela e com o auxílio do software do SciDavis, foi construído um gráfico de versus e feito o devido ajuste linear com objetivo de encontrar a𝐵 𝐼 melhor reta que trace os pontos e conseguir determinar o coeficiente angular ,(𝐶 𝑎 ) que nesse caso vai representar a constantes de permeabilidade do vácuo (µ 0 ) vezes a razão entre o número de voltas e o comprimento do solenóide :( 𝑁𝐿 ) Com o ajuste linear feito é possível verificar se os dados obtidos com o experimento respeitam as premissas da lei de ampére, sabendo que o valor da constante de permeabilidade do vácuo é tabelado, ,µ 0 = 4π × 10−7 ≃ 12, 5663 × 10−7 𝑇×𝑚𝐴 basta substituir os valores de , e o coeficiente angular encontrado(𝑁) (𝐿) na equação:(𝐶 𝑎 = 0, 0018) 𝐶 𝑎 = µ 0 ×𝑁 𝐿 µ 0 = 𝐶 𝑎 ×𝐿 𝑁 = 0,0018 × 0,215 300 ≃ 0, 00000129 ≃ 12, 9 × 10 −7 Após calculado o valor experimental da constante de permeabilidade do vácuo vamos determina a sua respectiva incerteza, propagando a equação utilizada anteriormente, tendo em vista que conhecemos a incerteza do comprimento do solenóide, como foi feito apenas uma medida com a régua é considerado a incerteza instrumental do mesmo , e também conhecemos a(σ 𝑏 = σ 𝐿 = 0, 0005 𝑚) incerteza do coeficiente angular, que é fornecida quando o ajuste linear dos pontos é feito no software do Scidavis ), com esses dados basta(𝐶 𝑎 = 0, 000040916 substituir : σ µ 0 = ∂µ 0 ∂𝐿 σ𝐿( ) 2 + ∂µ 0 ∂𝐶 𝑎 σ 𝐶 𝑎 ( )2 Sabendo que: ∂µ 0 ∂𝐿 = 𝐶 𝑎 𝑁 ∂µ 0 ∂𝐶 𝑎 = 𝐿𝑁 Substituindo os dados : σ µ 0 = 𝐶 𝑎 𝑁 σ𝐿( ) 2 + 𝐿𝑁 σ𝐶 𝑎 ( )2 σ µ 0 = 0,00004091300 × 0, 0005( ) 2 + 0,215300 × 0, 00004091( ) 2 σ µ 0 = 6, 8183 × 10−11( ) 2 + 2, 9318 × 10−8( ) 2 σ µ 0 = 46, 4892× 10−22 + 8, 5954 × 10−16 σ µ 0 = 0, 00004668 × 10−16 + 8, 5954 × 10−16 σ µ 0 = 8, 59544668 × 10−16 σ µ 0 = 2, 9317 × 10−8 2. Compare o valor do item anterior com a permeabilidade magnética do vácuo (4. 10−7 T. m/A), mais uma vez determinando um erro relativo em percentual. Com o valor experimental da constante de permeabilidade do vácuo encontrado podemos calcular o erro relativo ou erro experimental em relação ao valor tabelado da constante, , aplicando na seguinteµ 0 = 4π × 10−7 ≃ 12, 5663706 × 10−7 fórmula: 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 × 100 Como o valor experimental da constante encontrado foi : ,µ 0 = 12, 9 × 10−7 𝑇×𝑚𝐴 então temos que : 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 12,9×10 −7 − 12,5663×10−7 12,5663×10−7 × 100 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 0,333712,5663 × 100 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 2, 65 % Com esse resultado em mãos pode-se dizer que o valor experimental da constante que foi encontrado foi muito próximo do valor tabelado tendo uma variação de apenas 2,65 % acima do valor esperado. 3. Construa o gráfico de B/B0 versus a posição e verifique sua similaridade com o gráfico da Figura 2. Note que B0 é o campo em x = 0 (valor máximo). Na segunda parte do experimento foi feito a medida do campo magnético em 53 posições diferentes no interior do solenóide com relação ao seu centro até a borda do mesmo, para que assim fosse possível observar o efeito de borda, e então foi feito a razão com campo magnético máximo com os valores(𝐵 0 = 0, 00172 𝑇) encontrados e os resultados obtidos colocados na tabela abaixo: Campo Magnético ao longo do Eixo X Corrente = 1 A / 𝐵 0 = 0, 00172 𝑇 Deslocamento direção positiva Deslocamento direção negativa Posição (cm) 𝐵 (𝑇) σ 𝐵 (𝑇) 𝐵 𝐵 0 Posição (cm) 𝐵 (𝑇) σ 𝐵 (𝑇) 𝐵 𝐵 0 0,5 0,00172 0,00001 1 -0,5 0,00173 0,00001 1,005 1 0,00173 0,00001 1,005 -1 0,00174 0,00001 1,011 1,5 0,00173 0,00001 1,005 -1,5 0,00173 0,00001 1,005 2 0,00172 0,00001 1 -2 0,00175 0,00001 1,017 2,5 0,00173 0,00001 1,005 -2,5 0,00175 0,00001 1,017 3 0,00172 0,00001 1 -3 0,00175 0,00001 1,017 3,5 0,00172 0,00001 1 -3,5 0,00174 0,00001 1,011 4 0,00174 0,00001 1,011 -4 0,00176 0,00001 1,023 4,5 0,00174 0,00001 1,011 -4,5 0,00174 0,00001 1,011 5 0,00173 0,00001 1,005 -5 0,00174 0,00001 1,011 5,5 0,00173 0,00001 1,005 -5,5 0,00173 0,00001 1,005 6 0,00173 0,00001 1,005 -6 0,00173 0,00001 1,005 6,5 0,00174 0,00001 1,011 -6,5 0,00173 0,00001 1,005 7 0,00174 0,00001 1,011 -7 0,00173 0,00001 1,005 7,5 0,00174 0,00001 1,011 -7,5 0,00173 0,00001 1,005 8 0,00174 0,00001 1,011 -8 0,00172 0,00001 1 8,5 0,00174 0,00001 1,011 -8,5 0,00168 0,00001 0,976 9 0,00173 0,00001 1,005 -9 0,00147 0,00001 0,854 9,5 0,00171 0,00001 0,994 -9,5 0,00120 0,00001 0,697 10 0,00147 0,00001 0,854 -10 0,00090 0,00001 0,523 10,5 0,00121 0,00001 0,703 -10,5 0,00042 0,00001 0,244 11 0,00093 0,00001 0,540 -11 0,00022 0,00001 0,127 11,5 0,00064 0,00001 0,372 -11,5 0,00012 0,00001 0,069 12 0,00030 0,00001 0,174 -12 0,00010 0,00001 0,058 12,5 0,00015 0,00001 0,087 -12,5 0,00003 0,00001 0,017 13 0,00012 0,00001 0,069 -13 0,00003 0,00001 0,017 13,5 0,00012 0,00001 0,069 -13,5 0,00002 0,00001 0,011 14 0,00011 0,00001 0,063 -14 0,00001 0,00001 0,005 Com os dados da tabela acima, podemos plotar um gráfico com os pontos encontrados no SciDavis : Após construído o gráfico é possível analisar a curva que foi criada e perceber que é perceptível o momento em que o sensor que realizou a medida do campo magnético estava no interior do solenóide, que vai corresponder a parte mais uniforme do gráfico, e o instante em que o sensor começa a sair de dentro do solenóide, tanto pela esquerda como pela direita, e acaba sofrendo o efeito de borda, e quanto mais distante do solenóide mais o campo tende a zero, se aproximando do eixo das abscissas. Os valores das distâncias e seus respectivos sinais estão representando a direção em que o sensor está se distanciando do centro do solenóide, para a esquerda com o sinal negativo e para a direita com o sinal positivo. No gráfico é possível perceber também uma pequena interferência no momento em que a razão tende a 0, nos dois lados, sendo mais perceptível a direita do𝐵𝐵 0 gráfico, ao invés de se aproximar cada vez mais do eixo das abscissas ela acaba tendendo a um valor um pouco acima, o que muito provavelmente pode ser explicado pela fiação que fornece corrente ao solenóide e que se encontra bem próximo da borda do mesmo e acaba sendo detectado pelo sensor. 4. Determine o comprimento L do solenóide a partir do gráfico e compare com o valor medido em sala. Utilizando o mesmo gráfico de versus distância do centro dosolenóide, é𝐵𝐵 0 possível estimar o comprimento do solenóide pela largura a meia altura, conforme demonstrado no no gráfico : Após traçar algumas linhas como base, foi utilizado a ferramenta de “Screen Reader” para determinar os dois pares ordenados, o (-x,y) e (x,y), sendo “x” nos o valor da metade do comprimento do solenóide . O par ordenado a esquerda foi( 𝐿2 ) (-10,54 ; 0,5), e o da direita foi (10,5 ; 0,5), sendo o sinal negativo do primento par ordenado apenas a representação da direção, logo o comprimento estimado do solenóide pode ser dito como a soma de .𝐿 = 10, 54 + 10, 5 = 21, 04 𝑐𝑚 O comprimento do solenóide medido no momento do experimento foi de , para comparar os dois valores calculamos o erro𝐿 = 21, 5 ± 0, 05 𝑐𝑚 experimental: 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 × 100 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 21,05 −21,521,5 × 100 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 =− 0, 0209 × 100 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = − 2, 09 % Com o cálculo do erro, podemos concluir que o valor encontrado foi bem próximo com um erro de -2,09 %, com o sinal negativo representando que foi pra menos. Conclusão: Após o experimento, podemos concluir que a circulação do campo magnético ao longo do solenóide é igual à permeabilidade magnética no vácuo multiplicada pela corrente vezes a o número de voltas do solenóide dividido pelo seu respectivo comprimento .𝐵 = µ 0 × 𝑁×𝑖𝐿( ) Na primeira parte do experimento, a partir dos dados coletados foi traçado uma reta em que os pares ordenado são a corrente, gerada pela fonte, e o campo magnético gerado no sistema, a reta foi ajustada pelo software do SciDavis com o intuito de obter a melhor inclinação possível, percebemos que o gráfico se comporta como uma função afim e pela inclinação do gráfico é possível determiná utilizando a constante de permeabilidade multiplicado pelo número de voltas dividido pelo comprimento do solenóide , obtemos o coeficiente angular µ 0 ×𝑁 𝐿( ) (𝐶𝑎 = 0, 0018) determinado pelo software quando feito o ajuste linear. De forma análoga, foi possível calcular a constante de permeabilidade magnética e encontrar um(µ 0 ) valor bem próximo ao do valor tabelado,µ 0 = 4π × 10−7 ≃ 12, 5663706 × 10−7 𝑇×𝑚𝐴 , comparando o valor encontrado experimentalmente, e utilizando a fórmula do erro relativo paraµ 0 = 0, 00000129 ≃ 12, 9 × 10−7 𝑇×𝑚𝐴 calcular o erro experimental, chegamos a um percentual de , confirmando que os dados obtidos no experimento foram𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 2, 65 % dentro do esperado. A segunda parte do experimento foi coletado os valores do campos magnéticos em diferentes posições no interior e no exterior do solenóide, com objetivo de perceber o efeito de borda, quando ocorre a queda do campo magnético, e conseguir calcular experimentalmente o comprimento do solenóide, através da largura da meia altura no gráfico da razão versus a distância do centro do solenóide, foi encontrado a𝐵𝐵 0 largura de , após isso foi calculado o erro𝐿 = 10, 54 + 10, 5 = 21, 04 𝑐𝑚 experimental com relação ao comprimento do solenóide medido com a régua no momento do experimento, , o erro encontrado foi𝐿 = 21, 5 ± 0, 05 𝑐𝑚 do valor de referência. Com isso podemos concluir𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = − 2, 09 % que os dados coletados foram dentro do esperado, já que se aproximou muito do valor base medido no momento do experimento.
Compartilhar