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Complexo respiratório canino Sanidade animal Introdução: • Chamado de complexo pois envolve mais de um agente • Vias aéreas superiores: cavidade nasal, laringe, laringe e traqueia - Nesses locais tem um agravante possível: a mi- crobiota, sendo um fator coadjuvante - A porção condutora tem como função: umedecer o ar, unificar o ar, barrar partículas — são meca- nismo naturais - Em uma parte da traqueia não deve ter esses agentes bacterianos: quando presentes —> ocor- re uma piora no caso - No epitélio das vias tem células ciliares, as quais realizam movimentos para repelir particular. As células produtoras de muco: produzem um muco viscoso que gruda nas partículas, os cílios fazem os movimentos, jogando essas para fora, para que nao cheguem nos alvéolos. • Vias aéreas inferiores: brônquios, bronquíolos e alvéolos. - Os alvéolos, são responsáveis pela troca gasosa de 02 e CO3, se tiver patógeno nesse local, tem um prejuízo na troca dos gases. • Todos as porções, exceto os alvéolos, são condu- tores - Alvéolos: porção respiratória • Alguns fatores podem alterar a barreira natural: pouca umidade, poeira • Streptococcus e Pasteurella: estão presentes nas vias respiratórias superiores, fazendo parte da microbiota. Quando os movimentos dos cílios diminuem ou param, a produção de muco é alte- rada, assim essas bactérias conseguem chegar no trato inferior • O desequilíbrio por uma bactéria, agente viral, fator externo, gera no animal uma imunossupres- são —-> processo inflamatório —> invasão nas vias aéreas inferiores. • Com tudo isso, a Bordetella bronchiseptica: bac- téria extracelular, causa uma infecção primária junto com a microbiota do trato superior • Agentes virais invasores: Adenovírus canino tipo 2 (CAV-2) e Parainfluenza canina (CPIV) Estes intracelulares, se multiplicam, destroem as célu- las, liberado uma porta de entrada pra infecções bacterianas • Infecção múltipla: agente bacteriano + viral + bactérias da microbiota ——> quando quadro agravado, pode causar uma broncopneumonia/ pneumonia Pneumonia: • É a inflamação dos alvéolos e bronquíolos • Nesse momento ocorre o aumento do fluxo san- guíneo, saída de células do vasos, presença de líquidos nos alvéolos (troca gasosa prejudicada —-> animal com dispneia e cansaço) • Com os bronquíolos inflamados: ocorre um es- pessamento das camadas e a presença de secre- ção purulenta, a qual tampona a passagem do ar • Coronavirus pode acometer e destruir as células **CINOMOSE: pode acometer o trato respiratório.** Agentes: Bordetella bronchiseptica • Possui uma parede GRAM - • Parede com pouco peptideoglicano membrana externa na parede, contendo LPS —- componen- te tóxico —> quando a bactéria é degradada ela libera esse componente, o qual causa efeitos tó- xicos, como, febre, calafrios e tremores. • É um bacilo e possui flagelos: assim, são móveis — grande mobilidade, sendo invasoras de outros tecidos • Aeróbicas • Fímbrias: são apêndices semelhantes a pelos. Es- sas estruturas recobrem a superfície da bactéria, assim faz sua adesão na célula. • Quando aderida na célula: faz a colonização —-> tem o aumento das bactérias pela presença do muco, o qual é um meio de cultivo para elas. O muco tem sua produção aumentada. • A hemaglutinina promove a interação da bactéria com os cílios do epitélio respiratório. Faz a para- lisia destes através da produção de uma citotóxi- ca que impede seus movimentos. Assim —-> tem um acúmulo de muco, pois estes não conseguem ser empurrados para fora —> o muco está com sujividades/partículas e bactérias —-> multiplica- ção desses agentes • O pico de multiplicação é do 3º ao 6º dia após a infecção (coincidindo com as manifestações cli- nicas = tosse seca, apatia e cansaço) • PI: 6º dia • Caso animal não produza AC: bactérias podem chegar nos alvéolos • Ao 10º, se animal tiver sistema imune competen- te, vai ter a produção de anticorpos. IgA nas mu- cosas e IgG nos líquidos corporais • Esses anticorpos fazem a neutralização do pató- geno. Aderem a superfície da bactérias, preve- nindo a aderências dessas nos tecidos. Muco as- sim, leva elas para o exterior • Animal na convalescença: continua excretando o agente. • O período de transmissão da bordetella pode durar de semanas a 3 meses • A transmissão após as manifestações clinicas continuam — mesmo quando o animal está assin- tomático • No ambiente: pouca resistência, pois sua mem- brana externa é de gordura —— hipoclorito de sódio. Parainfluenza - virus • É um virus envelopado - menor resistência ambi- ental —- limpeza com álcool, hipoclorito de só- dio, detergente, éter.. • Possui espiculas • Ácido nucleico: RNA • Mecanismo de agressão: precisa invadir a célula para se multiplicar —> infecta células do tecido respiratório - Causando essa destruição celular, fica facilitada a entrada de bactérias - O pico de multiplicação ocorre do 3º ao 6º dia depois da infecção —- pico de carga viral e de manifestações clínicas (o vírus destrói as células) - PI: 6º dia - Alguns sinais: tosse seca, apatia e cansaço, - Esse virus infecta o epitélio da traqueia, inflama- do - Tem a ação coadjuvante das bactérias da micro- biota, que podem ou não chegar no alvéolo = infecção secundária - Ao 10º dia - sistema imune adaptativo cria o IgA, esse faz a neutralização viral = vírus não conse- gue mais entrar na célula, sendo inativado - PE: Só ocorre a excreção viral, quando o virus esta dentro da célula. Período menor, de no má- ximo 10 dias Adenovirus canino tipo 2 • Vírus não envelopado • Ácido nucleico DNA • Desinfecção: amônia quaternária • Quando infecta a célula se multiplica e a destrói • Pico de multiplicação: 3º ao 6º dia — período de manifestações clinicas • Acomete células da traqueia e pode acometer os alvéolos • PE: do 9º ao 14º: vai depender da resposta imu- nológica do animal Transmissão aerógena • Veiculo de transmissão: ar • Contaminação se da VO • Via de eliminação: gotículas, secreções nasais e oculares • Adenovírus: - PI: menos de 1 semana. - Tendo seu pico de multiplicação no 10º dia • Bordetella: - PI: 1 semana - Multiplicação pode pendurar até 3 meses • Parainfluenza: - PI: menos de 1 semana. - Tendo seu pico de multiplicação no 10º dia Manifestações clinicas: tosse dos canis • Tosse seca, podendo se também produtiva • O início é agudo • Expectoração dependendo da intensidade • Secreção nasal e ocular • Falta de apetite • Febre • Fadiga/ cansaço • Infecção secundária: pode levar a morte Diagnóstico laboratorial • Direto: coleta de amostra — secreção nasal • Lavado traqueal: mais complexo • Cultivo e isolamento bacteriano: diagnóstico de bordetella • PCR: bordetella + parvoinfluenza + adenovirus Tratamento: Antibióticos: - Terapia sistêmica com ATB é indicada caso se desenvolva uma infecção respiratória mais pro- funda, como broncopneumonia - Mas ATB pode ajudar na redução da tosse e pode evitar a colonização da bordetella nas vias áreas inferiores - Amoxicilina ou ampicilina e associações de surfa com trimetoprim. Antitussígenos: - APENAS se a tosse for seca e persistente • Animais com acúmulo excessivo de secreção nos brônquios e traqueia: nebulização Vacinação: Intranasal: • Imunidade local • Não sofre interferência de AC maternos • Imunidade rápida: 72h após vacinação • Pico maior de IgA: neutralização da bactéria —- não consegue se aderir • Prevenção da infecção Subcutânea: • Vacinas multiplas • Pico maior de IgG (ac presente no sangue/ líqui- dos) • Para vacina funcionar: animal precisa ter a doen- ça • Vacina não protege da infecção mas previne da doença grave • Sofre interferência dos ACs maternos • Necessário mais de uma dose Vacina oral: • Efeito localizado • É oral e palatável • Estimula IgA • Previne da infecçãoCoronavírus • Familia coronavidae • Grupo alfacoronavirus: animais e grupo betaco- ronavirus: humanos • Vírus RNA: maior mutação —> variantes —> dife- rentes linhagens • Virus envelopado: pouca resistencia ambiental • Projeções/ espiculas de envelope: PROTEINA S — SPIKE (se ligado na membrana invade a célula) • Produção de AC contra a proteína S Relembrando imunoglobulinas: IgM: é a primeira Ig a ser produzida - Ativação do sistema complemento - Neutralização e aglutinação IgG: Maior concentração no sangue Predomina nas respostas secundárias Presente no feto e recém nascido IgA: Imunidade de mucosas — presentes nas secreções: colostro, saliva, trato respiratório, TGI, urinário e geni- tal IgE: Associada a receptores de mastócitos e basófilos Resposta anti - parasitária: helmintos Envolvidos em processos alérgicos: reações de hiper- sensibilidade do tipo I ou anafilático
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