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Trauma no idoso

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Lysa Laura Figueiredo 
 
População mais idosa, comorbidades (complicação que é a soma das doenças), polifarmácia, desidratação e baixa imunidade. 
 
Principais doenças crônicas que afetam os idosos em todo o mundo: 
 Doenças cardiovasculares (tais como doença coronariana); 
 Hipertensão, derrame, diabete, câncer; 
 Doença pulmonar obstrutiva crônica; 
 Doenças músculo-esqueléticas (como artrite e osteoporose); 
 Doenças mentais (principalmente demência e depressão); 
 Cegueira e diminuição da visão. 
 
Trauma no idoso: 
Aumento de mortalidade em idosos comparado com a mesma lesão em jovens. 
Senescência de sistema orgânico, doença pré-existente, fragilidade, depressão e abuso/maus tratos. 
Avaliação em centro de trauma, multidisciplinar. Avaliar declínio da função celular, alteração adaptativa e homeostática que pioram com 
o estresse, reserva fisiológica reduzida e lesão pré-existe aumenta a morbi mortalidade. 
 
ALTERAÇÕES FISIO ANATÔMICAS DO IDOSO: 
Após 40 anos reduz 1 cm/década, reorganização do tecido adiposo, menor proporção de gordura subcutânea, esqueleto menos flexível, 
tônus muscular menos relaxado, reduz elasticidade (menos tecido subcutâneo), reduz rede capilar e melanócitos (palidez), hipotermia, 
comprometimento da circulação. 
 Lysa Laura Figueiredo 
Redução da atividade dos osteócitos, além da perda do Ca2+ da matriz (osteoporose) = mais acentuado nas mulheres. 
Estabilização precoce das fraturas (com lençol) = fêmur, bacia, úmero, pulso (Colles). 
Perda de neurônios progressiva, idosos respondem mal a mudanças de rotinas. 
Resposta adversa a benzodiazepínicos e cimetidina. 
Ciclo paranóico: indiferença familiar, de amigos e da sociedade. 
Aparelho cardiovascular: 
 Queda do IC e da FC; 
 Aumento da resistência do miocárdio; 
 Condução eletrofisiológica diminuída; 
 DC cai 1% ao ano após 20 anos. 
Aparelho respiratório: 
 Redução da expansibilidade torácica; 
 Redução da superfície de troca alveolar; 
 Queda da capacidade vital; 
 DPOC. 
Willian Osler: “pneumonia é amigo do velho”. > 50% dos idosos traumatizados morrem de pneumonia pneumocócica. 
 
Pulmão de choque: hipóxia refratária ao shunt. Resposta ao choque, reposição volêmica vigorosa, resposta à aspiração de vômitos. 
Função renal (menos perfusão): 
 Após 50 anos: inicia a perda de néfrons; 
 Após 60 anos reduz a capacidade de filtração renal; 
 Alterações vasculares com menor perfusão; 
 Dificuldade de esvaziamento vesical; 
 14-25% dos idosos tem bacteriúria assintomática: foco de sepses (urina com cheiro de “carniça”). 
Nutrição e metabolismo: 
 Doenças e “manias”: ingesta deficiente; 
 “Dieta livre” no prontuário não nutre o paciente. 
 
 Lysa Laura Figueiredo 
AVALIAÇÃO: 
 6 “I”S 
1. Iatrogenia; 
2. Instabilidade postural; 
3. Imobilidade; 
4. Incontinência; 
5. Insuficiência respiratória cérebro-vascular; 
6. Infecção. 
 
5 lesões pré existentes que pioram a morbimortalidade: 
Cirrose, coagulopatias, doença pulmonar obstrutiva crônica, cardiopatia isquêmica e diabetes. 
 
 
CAUSAS DE TRAUMAS DOS IDOSOS: 
Quedas (35-40%), acidentes de trabalho (25-30%) e queimaduras (5-10%). 
 
1. Queda: 
Lesão não fatal (sexo feminino), fraturas (sexo feminino), lesão cerebral traumática (50% dos óbitos por queda da própria altura), 50% 
dos idosos que fraturam o fêmur vivem dependentes. 
Adicionalmente, as quedas podem também resultar em síndrome pós-queda, que inclui dependência, perda de autonomia, confusão, 
imobilização e depressão, que levarão a restrições ainda maiores nas atividades diárias. 
 
Fatores de risco para quedas: tapete solto, pouca iluminação, superfície escorregadia e escadas. 
 Fatores de risco biológicos: características dos indivíduos que são relacionadas ao corpo humano (idade, gênero e raça). Mudanças 
devidas ao envelhecimento (declínio das capacidades físicas, cognitivas e afetivas) e comorbidade associada às doenças crônicas. 
 Fatores de risco comportamentais: ações humanas, emoções ou escolhas diárias. São potencialmente modificáveis. Comportamentos 
de risco como o uso de múltiplos medicamentos, uso excessivo de álcool e comportamento sedentário, podem ser modificados 
através de intervenções estratégicas para mudança comportamental. 
 Fatores de risco ambientais: interação das condições físicas dos indivíduos e o ambiente, inclui alguns problemas e aspectos 
problemáticos dos ambientes públicos. São eles: degraus estreitos, superfícies de escada escorregadias, tapetes soltos e iluminação 
insuficiente, design inamistoso de prédios, pisos escorregadios, calçadas quebradas ou 
 irregulares e iluminação insuficiente em locais públicos são os fatores que contribuem para as quedas responsáveis por lesões. 
 
2. Queimaduras: 
Redução do tempo de reação devido a deficiência auditiva ou de visão. Incapacidade de escapar das chamas, escassez de folículos 
pilosos. 15% de área queimada = 80% de óbito. 
 
No Brasil, o Estatuto do Idoso (2003) e a Política Nacional do Idoso (1994) asseguram que é função do Estado promover a qualidade de 
vida de indivíduos desta faixa etária, visto que a prática de hábitos saudáveis deve ser fator preventivo contra a maior predisposição dos 
idosos a acidentes, os quais, muitas vezes, podem ser evitados. 
 Lysa Laura Figueiredo 
Suas particularidades (déficits sensoriais, funcionais e cognitivos) facilitam a exposição aos fatores de risco para queimaduras, presentes 
principalmente no ambiente doméstico. 
Pele mais frágil com uma pobre microcirculação, resposta imunológica deficiente e maiores taxas de infecções e morte por infecção da 
corrente sanguínea. As comorbidades, como a hipertensão arterial sistêmica, as doenças cardiovasculares, o diabetes, a insuficiência 
renal crônica e as doenças neurodegenerativas também são fatores que agravam as lesões nestes pacientes. 
 
 
3. Acidente automobilístico: 
Fatores predisponentes: redução de tempo de resposta reflexa, mobilidade cervical reduzida e comprometimento de audição e cognição. 
Doença prévia cardíaca: aumenta o risco de IAM e síncope. 
Medidas preventivas de engenharia: considerar fatores de risco como baixa velocidade de marcha e baixa acuidade visual e auditiva; 
Hoxie e Rubenstein, 1994: 27% dos idosos não era capaz de alcançar o outro lado de grandes avenidas com o sinal aberto. 
 
Não tão comuns: asfixia, envenenamento, agressão (FAF e FAB), acidentes e lesões auto provocadas. 
 
TRATAMENTO: 
“Na verdade o prognóstico destas laparotomias está baseado em 2 condições: a natureza e a multiplicidade das lesões e o momento mais 
ou menos precoce da intervenção, fator este que nos torna responsáveis em grande parte pelo resultado final. 
 
Atendimento: 
A (AIRWAY): 
 Intubação precoce; 
 Oxigênio suplementar precoce; 
 Dificuldade de abrir a boca (lesão de medula); 
 Dentição (broncoaspira); 
 Macroglossia (língua maior que o normal); 
 Artrite cervical; 
 Considerar intubação naso-faríngea ou crico faríngea ou crico; 
 Fragilidade do tecido nasofaríngeo; 
 Alterações degenerativas da cartilagem laríngea. 
Perda de reflexo, uso de prótese (cuidado = obstrução de via aérea). 
 
B (BREATHING): 
 Perda da reserva respiratória pelas doenças crônicas e pelo envelhecimento; 
 O2 cuidadoso (DPOC); 
 Pneumotórax e hemotórax são mal tolerados; 
 Controle adequado da dor e higiene pulmonar rigorosa; 
 Riscos com excesso de volume. 
Alta chance de insuficiência respiratória, má resposta cardíaca à hipóxia. 
 
 Lysa Laura Figueiredo 
C (CIRCULATION): 
 PA e FC “normal”; 
 Monitorização precoce; 
 Níveis de hemoglobina > 10 gr; 
 Fast/LPD precoce; 
 Consistência de choque hipovolêmico e cardiogênico; 
 Cuidados com anticoagulantes. 
PA < 110mmHg = 65 anos (hipotensão), checar perfusão e monitorização precoce. 
 
 
D (DISABILITY): 
Maior risco de hematoma epidural, uso de anticoagulante e antiplaquetário, além do risco de fratura e lesão medular.E (EXPLOSURE): 
Perda de gordura subcutânea, estado nutricional (desnutrição) e condição médica crônica. 
 
 
TRAUMA CRANIANO: 
Peso do cérebro diminuí 10% na idade de 70 anos e é substituída por líquor, o que causa estiramento das veias parasagitais e maior 
movimentação do cérebro. O fluxo sanguíneo cerebral se reduz em 20% ao redor dos 70 anos. 
Degeneração das articulações e estenose espinhal e osteoporose. 
Maior morbimortalidade: incapacidade do idoso de se recuperar. 
Delírio / demência / depressão: confundem com TCE. 
Uso de anticoagulante e anti agregante plaquetário: difícil conduzir. 
Tomografia de crânio: mandatório. 
Achados da TC: atrofia cerebral pré-existente / demência / AVC prévio. 
Maior incidência de HSD e intraparenquimatoso. 
Lesões de coluna são mais difíceis de diagnosticar pela osteoporose e osteoartrite. 
Degeneração dos ligamentos intervertebrais: subluxação intervertebral fisiológica. 
Estenose do canal: aumenta risco de síndromes da medula central e anterior. 
 
 
 
 Lysa Laura Figueiredo 
FRATURA DE COSTELA (MAIS FREQUENTE): 
Perda da densidade óssea. Causada por queda da própria altura, acidente automobilístico... 
Complicação: pneumonia. 
Tratamento: controle da dor + higiene pulmonar. 
 
FRATURA DE PELVE: 
Aumenta devido a osteoporose, maior necessidade de transfusão de sangue e no idoso possui maior permanência hospitalar. Lençol para 
a estabilização. 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE MEDICAÇÕES: 
20% dos idosos com doença coronariana usam beta bloqueadores. 
10% dos idosos com HAS usam beta bloqueador. 
Bloqueio a resposta a hipovolemia. 
Uso de anticoagulante e AAS = maior exposição ao sangramento. 
 
MAUS TRATOS: 
Provocação intencional de lesão, confinamento sem motivo, intimidação ou castigo cruel que resulte em dano físico, dor, angústia 
mental, ou qualquer privação por parte do indivíduo que cuida do idoso. 
Divide-se em 6 categorias: maus tratos físicos, sexuais, negligência (considerada como violência), maus tratos psicológicos, exploração 
financeira/material, violação de direitos. 
 
Tratamento: 
Pós-operatório: 
CTI (grave) 
Idosos com ISS > 50 (mais comorbidades) = 100% de mortalidade. 
Mobilização: melhora função respiratória, protege de escaras e protege de TVP e TEP. 
Complicações: 
Taxa de complicação de 33,4% (jovem 19,1%); 
Pulmonar: 21,7%; 
Infecção de ferida: 16,7%; 
Cardiovascular 12,2%; 
Renal 03,9%. 
Prognóstico: 
Depende da gravidade das lesões, mecanismo de trauma, sistema orgânico 
Mortalidade 15-30% (jovens 4-8%); 
Índices de trauma (controverso). 
GTSS (De Maria): idade, ISS, complicações sépticas e cardiovasculares. 
 
Fatores prognósticos: TCE, hipotensão (PA < 80mmHg por mais de 15 minutos) e intubação orotraqueal. 
 
Osteoporose favorece as fraturas com maiores riscos de queda. 
Queda com fratura de fêmur: maior mortalidade. A longo prazo ocorre a diminuição de mobilidade, embolia gordurosa, trombose venosa 
e dependendo da idade paciente tem que ficar anticoagulado (por isso ocorre a trombose). 
Alterações da coluna: cifose (cuidado na mobilização com coxim na cervical do paciente). 
Estado neurológico: delirium, rebaixamento (Alzheimer ou Parkinson), hematoma (difícil de discernir)

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