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DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA (DMH) OU SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) DMH / SDR • A Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) é uma patologia causada por imaturidade pulmonar e está relacionada à deficiência primária de surfactante. • Acomete freqüentemente recém nascidos pré- termos (RNPT) de peso inferior a 1500g, normalmente do sexo masculino e se manifesta nas primeiras semanas de vida. DMH/SDR FALTA DE SURFACTANTE PULMONAR QUADRO DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO CONDUTA E INDICAÇÃO: HALO, CPAP OU VENTILAÇÃO MECÂNICA MATERIAIS PARA INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL: (USO PARA VENTILAÇÃO MECÂNICA) Lâmina de laringoscópio reta ou curva número zero Laringoscópio pediátrico Luva estéril Sonda de aspiração traqueal Tubo orotraqueal: 2, 2.5, 3.0 ou 3.5 sem cuff. Reanimador manual Máscara e gorro para equipe. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL SURFACTANTE • O surfactante é uma substância que e tem como propriedade diminuir a tensão superficial do alvéolo pulmonar e evitar o colabamento dos mesmos no momento da expiração; impede atelectasias e edemas, aumenta a complacência pulmonar. 4ml/kg/dose 1.2ml/kg/dose INCIDÊNCIA • BRASIL: Alto índice de RNPT (antes de 37 semanas); Fato que eleva a mortalidade infantil; • 50% dos óbitos em UTIN estão relacionados a problemas respiratórios, sendo 80 a 90% por DMH. ETIOLOGIA • FATORES PRÉ-NATAIS: gemelaridade, DM (materno), eritroblastose fetal. • FATORES PÓS-NATAIS: Hipovolemia, choque, hipotermia, alterações metabólicas e hipóxia prolongada. DIAGNÓSTICO - DMH • Dados maternos • Dados do parto • Dados do recém-nascido • Dados dos exames complementares e na exclusão de outras causas de dificuldades respiratórias. • Após o nascimento: angústia respiratória neonatal • RX de tórax • Trabalho respiratório que pode ser seis vezes maior que o normal exigindo altas concentrações de oxigênio (O2) no ar inspirado (hipoxemia geralmente irreversível), o que aumenta a produção de gás carbônico, gerando cansaço rápido e apnéias bruscas. ASPECTOS RADIOLÓGICOS • Aspecto reticulogranular ou de “vidro moído” representado pelas áreas atelectasiadas. Esse quadro varia em 4 graus: • Grau I – leve (granulações finas); • Grau II – moderada (granulação bem evidente em “vidro moído”); • Grau III – grave (broncograma aéreo alcançando a periferias dos campos pulmonares, discreto borramento cardíaco); • Grau IV (opacidade total dos campos pulmonares, área cardíaca imperceptível); QUADRO CLÍNICO • Os sintomas são: • Taquipnéia oubradipnéia • Gemido expiratório • Batimento da asa do nariz • Retração da caixa torácica • Cianose • Edema de extremidades • Múrmúrios vesiculares diminuídos • Hipotonia, hipotensão e hipoatividade. ETIOLOGIA • FATORES PRÉ-NATAIS: gemelaridade, DM (materno), eritroblastose fetal. • FATORES PÓS-NATAIS: Hipovolemia, choque, hipotermia, alterações metabólicas e hipóxia prolongada. PREVENÇÃO • Nível primário: acompanhamento do pré-natal; • Nível segundário: inclui o uso de corticosteróides nas gestantes com alto risco de ter um parto prematuro; • Nível terciário: uso preventivo de surfactante em recém-nascidos prematuros nos primeiros minutos de vida. TRATAMENTO • Administração de surfactante exógeno: diminui a necessidade de suporte ventilatório para manter uma adequada troca gasosa,reduzindo assim o risco de volutrauma e de toxidade do oxigênio. • Fisioterapia respiratória: previne o acúmulo de secreções e complicações como atelectasias e auxilia na relação ventilação-perfusão. • Medicamentos: drogas boncodilatadoras, drogas vsoativas (dopamina e dobutamina); • Oferta hídrica: Solução glicosada TRATAMENTO • Controle de densidade Urinária: 1005 a 1010 • Controle do peso • Correção de glicemia capilar: normal de 40 a 150mg/dl. • Magalhães 2008, considera normal: 50 a 130mg/dl CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Manter o aquecimento em incubadora • Manter posicionamento: supina ou prona • Manter decúbito ventral elevado: induz a respiração diafragmática, abaixamento das vísceras, melhorando a expansibilidade • Uso de coxins para evitar extensão excessiva dos membros e reflexo de Moro. • Realizar aspiração traqueal: evita obstrução do TOT e consequente atelectasias. • Evitar manipulação intensa para evitar o aumento do consumo de O2 e fadiga. • Manter oxigenoterapia eficaz: Halo, CPAP ou VM. • Monitoras saturação de O2: manter acima de 90% OUTROS CUIDADOS • Verificar gasometria arterial periodicamente para acompanhar ventilação pulmonar e oxigenação sanguínea. • PH: 7.35 – 7.45 • PaCO2: pressão parcial de gás carbônico arterial: 35 a 45mmHg • PaO2: pressão parcial de oxigênio arterial: 60 a 100mmHg • HCO3: Bicarbonato de sódio: 22 a 28meq PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • Padrão respiratório ineficaz relacionado a doença e fadiga da musculatura acessória, caracterizado por dispnéia e batimento de asa nasal. • NIC: PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • Ventilação espontânea prejudicada relacionado a fadiga da musculatura acessória caracterizado por saturação de O2 diminuída. • NIC: PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • Risco de glicemia instável relacionado ao estresse (manipulação intensa) e alterações metabólicas. • NIC: PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • Troca de gases prejudicada relacionado a mudanças na membrana alveolocapilar (falta de surfactante), caracterizado por gasometria alterada e dispnéia. • NIC: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Artigo: Doença da membrana Hialina:aspectos clínicos e abordagem fisioterapêutica. • MAGALHÃES, M.; RODRIGUES, F. P. M. Normas e condutas em Neonatologia. São Paulo : Atheneu , p.96- 99,2008. BOM FIM DE SEMANA À TODOS
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