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MARCELO SANTOS 1 Clínica Médica de Cães e Gatos Sistema Locomotor • O animal está mancando? • De que membro? Tipo de piso? • Houve pancada, trauma, atividade física exagerada Importância do exame clinico ortopédico? Possibilita identificar fraturas, doenças do desenvolvimento, processos inflamatórios, contusões, miopatias, patologias congênitas, luxações, neoplasias Anamnese • História clínica e queixa principal? Membro afetado, atividade do paciente, trauma recente ou anterior, tratamento? Eficiente? Enfermidade concomitante? • Já mancou? Faz atividade física. Está acima do peso? macho ou fêmea? Machos são mais pesados, fêmeas tem a questão gestacional • Inspeção visual • Avaliação da marcha (necessário realizar muitas vezes) • Aparecimento progressivo: neoplasias, Doenças degenerativas, ruptura parcial do ligamento cruzado cranial Identificação do paciente Espécie, raça, idade, sexo e peso – Predisposição as afecções do sistema locomotor No momento da consulta observar o desvio de peso cranialmente • Dorso arqueado • Membro abduzido • Cabeça baixa • Desvio de peso caudalmente Claudicação Causas: dor, instabilidade no esqueleto, anormalidade mecânica • Graus: grau 1- pouco perceptível, em casos de pequeno traumatismo, contusão, laceração, tensão • Grau2: perceptível, suporta o peso. Observa alteração na marcha. Acontece em casos de luxação patelar em desenvolvimento, panosteite MARCELO SANTOS 2 Grau 3: grave. O animal toca a pata no solo para ter equilíbrio. Osteodistrofia hipertrófica, infecções, neoplasia óssea, luxação patelar congênita Grau 4: severa, sem suporte do peso, o membro muitas vezes é arrastado. Fraturas, luxações, corpo estranho Plano diagnostico Exame ortopédico: qual o piso que se encontra? Qual a postura do animal? Como está a corrida ou trote? Como está o caminhar, e ao correr? Qual tipo de exercício que claudicou? Tem aumento de volume, atrofia, dor? Crepitação: osso batendo contra osso Exames • Radiológico (rotineiro); • Aspiração (citologia, cultura); • Cirurgia exploratória; Displasia coxofemoral: sulfato de condroitina 20000mg, 1 cap/vo/sid Sulfato de glucosamina 30000mg 1 cap vo/sid 60d Dipirona contole da dor Meloxicam 0,2mg ½ com vo/sid/10d Displasia Coxofemoral É uma doença de má formação genética, com degeneração da articulação do quadril dos cães e que envolve principalmente estruturas como a cabeça do fêmur, a capsula articular e o acetábulo. • Superfície acetabular tem desgaste com o passar da idade; • Poligênica: diversas alterações envolvidas; Transmissão • É uma doença hereditária, recessiva, intermitente e poligênica • Pode está associada com fatores nutricionais, biomecânicos e o meio ambiente Epidemiologia • Raças mais predispostas: pastor alemão, Golden. Raças que possuem desenvolvimento tardio ósseo Etiopatogenia • Estudos recentes demonstraram que modificações bioquímicas do liquido sinovial tem relação com a enfermidade • Diminuição do cloro e aumento do sódio e potássio tem aumento da osmolaridade, culminando no aumento da quantidade de liquido e sinovite com desidratação da cartilagem articular • Vai ocorrer somente no período dos 4 primeiros meses até 18 meses • Na fase adulta tem o fechamento de fise óssea, algumas raças demoram mais MARCELO SANTOS 3 • Observar crepitação: se o osso está crepitando, tem a redução de espaço articular • Exame ortolane: fazer movimento de abdução, jogar ele para trás. Categorias da displasia • A (-) Animal sem sinais de displasia • B (+/-) Articulações próximo do normal • C (+) Displasia coxofemoral leve • D (++) moderada • E (+++) severa Animal D e E não está apto a reprodução Sinais clínicos • São apresentados nos 4 primeiros meses e 18 meses; • Animal apresenta diferença em seu comportamento habitual devido as dores; • Dificuldades de locomoção (principalmente em pisos lisos e escorregadios); • Animal apresenta dificuldade em levantar, correr, subir escadas, frear rapidamente, andar cambaleante Classificação quanto ao grau Testes a realizar Quando o indivíduo chegar na clínica deve realizar o teste ficar em pé (normalmente ele arqueia os quartos por conta da coxofemoral) ele sente dor, e não suporta; Suspeitar de DAD e artrose porque é bem parecido • Flexão e extensão alternado: ver se o animal reclama, qual articulação doeu; • Abdução com rotação externa: abri e faz uma rotação total externa; • Distensão de capsula articular: palpa a articulação • Amplitude de movimento: observa tamanho da articulação, ver se tem atrofia de membros MARCELO SANTOS 4 • Apoia todo o seu peso nas patas dianteiras (causa atrofia das patas traseiras) • Há caso em que o cão é displasico, mas não apresenta nenhum sintoma clinico • Levantar – tem dificuldade principalmente na manhã (articulação está em repouso); • Dificuldade em correr; • Tem um andar cambaleante – andar de rebolar o quadril; • Quando corre arrasta as unhas traseiras no chão; • Arqueamento de dorso; • Projeção de cabeça para diminuir o peso; • Atrofia de pata traseira; Exame clinico / físico • Teste de flexão e extensão alternadas e abdução com rotação externa (observa se tem crepitação) • Ângulo de norberg: mensura a angulação da articulação coxofemoral • Para fechar diagnóstico tem q fazer norberg flexão e extensão alternada Exame radiográfico • Realizar contenção do animal • Utilizar associações farmacológicas capazes de determinar perfeito relaxamento do animal • Posicionamento: decúbito dorsal com os membros pélvicos em extensão caudal; manter as articulações femoro-tibio- patelares rotacionadas medialmente; a pelve deve ficar em posição horizontal • Uma segunda radiográfica pode ser realizada com os membros pélvicos flexionados- frog position (posição de rã) MARCELO SANTOS 5 Método PennHIP Método avaliativo da qualidade dos quadris dos cães, utilizado em paciente até 16 semanas de vida para identificar se o animal vai ter displasia. Tratamento conservativo • Aines, analgésico e condroprotetores. Redução de exercício, controle de peso, fisioterapia • Carprofeno 2,2 – 4,4 mg/kg/ vo bid ou sid 14 dias • Firocoxib 5mg/kg/vo • Sulfato de condroitina 20000mg 1 cap/vo/sid • Sulfato de glucosamina 30000mg 1 cap/vo/sid/60d • Meloxicam 0,2mg/kg/vo/sid/10 dias Cirúrgico • Pectinectomia • Osteotomias corretivas • Artroplastia das bordas acetabulares • Osteotomia pélvica tripla • Sinfisiodese • Denervação Luxação patelar em cães É uma das mais comuns anormalidades que acomete o joelho dos cães. A afecção pode ser congênita ou traumática • Acomete principalmente raças de pequeno porte como, Lhasa Apso, Pequinês, Pomerania, Poodle Sinais clínicos • Claudicação intermitente ou defeitos conformacionais • Dor • Arrasamento da fossa troclear é um sinal corriqueiro • Retulancia em se mover • Não conseguem encostar a pata no chão por muitos dias • Indícios de desconforto • Articulação fêmur-tibio-patelar grossa e inchada, dor ao movimento • Crepitação • Rotação lateral do terço distaldo fêmur • Deslocamento parcial do grupo muscular do quadríceps Diagnóstico • Exame ortopédico joelho (teste de sentar, sinal de gaveta, teste de compressão tibial, teste de função dos ligamentos colaterais) Tratamento • Recolocação da rotula na posição original e prevenção da luxação, evitando que fique entrando e saindo do lugar; • Os seguintes procedimentos devem ser empregados sozinhos ou combinados para manter o joelho funcional. Anti-inflamatório não esteroidal tem ação melhor em problemas articulares MARCELO SANTOS 6 Artrose • Caracterizada pela degeneração da cartilagem articular e proliferação óssea no bordo das superfícies articulares Sinais • claudicação (frio), dificuldade na locomoção, dores fortes ou não, estalos na movimentação, evitar subir escadas, ganho de peso, rigidez nas articulações, corre mantendo os posteriores juntos Diagnostico Animal obeso e senil, redução do espaço articular Rx, desgaste da cartilagem, áreas de proliferação ósseas na borda da articulação • Observa o espaçamento da capsula articular Tratamento • regime alimentar equilibrado, redução de peso, controle de dor AINES • Corticosteroides • vitamina c (potente antioxidante e anti- inflamatório, estimulante imune vital para a proteção das articulações) • Tramadol 1mg/kg/bid/vo • Carprofeno 2,2-4,4 mg/kg/vo/bid ou sid – 14 dias • Meloxicam 0,2mg/kg/vo/sid/10dias Cirúrgico • Estabilizar a articulação • Reduzir a progressão Alternativos • Acupuntura • Terapia a laser • Fisioterapia a laser Doença Articular Degenerativa (DAD) Sinais Rigidez articular, claudicação após esforço, intolerância ao exercício, atrofia muscular, claudicação constante Diagnostico Histórico, exame físico (dor, redução da amplitude do movimento). Raio x: formação de cistos, redução do espaço articular, ruptura de ligamentos, deformidade • Analise do liquido sinovial: inflamação mínima ou ausente; contagem de leucócitos normal ou aumentado Tratamento • Aines • Condroprotetores: glucosamina 15-20 mg/kg bid • Sulfato de condoitina 15-20 mg/kg bid • Cirúrgico MARCELO SANTOS 7 Panosteite Doença causada pela escassez óssea, na qual se tem a produção de um novo osso a partir de uma cavidade formada • Ocorrência em cães de rápido crescimento • Manifestação sob forma de claudicação intermitente de um ou mais membros • Causa desconhecida (estresse, viral ou genética) • É caracterizada por fibrose medular • Acomete mais a diafisaria, metafisaria e tubulares de ossos longos • Cães jovens possuindo 5-14 meses • Femeas acometidas no primeiro estro Sintomas • Claudicação aguda • Anorexia e letargia • Prejuízo muscular em membros lesionados • Ossos afetados radio, úmero, fêmur e tíbia Radiografia • Lesões radiográficas caracterizam-se por aumento da densidade, acentuando a cavidade medular • Diagnostico: sintomas clínicos associado a radiografia Tratamento • N tem especifico • AINES • AIES em casos severos Ruptura de ligamento cruzado cranial – tíbia se projeta p frente (teste de gaveta)