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Processo Penal - Questões e Processos Incidentais

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Camila Rodrigues Carbone 
4° Bimestre – Processo Penal I 
Resumo da Aula: 
Questões e Processos Incidentais 
CONFLITO DE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA: 
Questões incidentais são questões que podem surgir no curso de uma ação penal ou antes dela, 
as vezes até mesmo durante a fase do Inquérito Policial, e que, embora não estejam relacionados ao 
mérito da ação, são questões que precisam ser discutidas, pois as vezes pode, inclusive, mudar a 
competência do processo ou que há um impedimento do juiz e assim remeter os autos do processo 
para outro juiz. 
Não é uma questão de competência, mas uma questão de suspeição ou de impedimento, que vai 
colocar em risco, por exemplo, a sua imparcialidade (há nos Arts. 113 a 117 do CPP o conflito de 
jurisdição de competência). 
Noção acerca de conflito de jurisdição e competência: quando dois ou mais juízes se 
consideram igualmente competentes ou incompetentes para apreciar determinado fato ou ainda 
quando surgir uma controvérsia sobre a unidade de juízo, junção ou separação de processos. 
 
Art. 114. Haverá conflito de jurisdição: 
I - Quando duas ou mais autoridades judiciárias se considerarem competentes, ou incompetentes, 
para conhecer do mesmo fato criminoso; 
II - Quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de juízo, junção ou separação de processos. 
 
 Se dois ou mais juízes se consideram igualmente competentes, temos um conflito positivo de 
jurisdição. Se dois ou mais juízes se derem por incompetentes, temos um conflito negativo de 
jurisdição. 
Toda vez que tiver uma discussão a respeito de competência, é possível que os próprios juízes 
possam alegar e apresentar esse conflito ou, se não fizerem, as partes também poderão apresentar 
um conflito positivo ou negativo de jurisdição ou de competência. 
Por exemplo: pensando na competência territorial, o juiz pode entender que na verdade a infração 
não se consumou ali na sua comarca, então o que ele deve fazer? Ele mesmo pode fazer isso de 
ofício, encaminhando aquele processo ao juiz que ele entende como competente. Chegando o 
processo na outra comarca, o juiz pode entender que ele também não é competente para aquele caso, 
então estamos diante de um conflito negativo de jurisdição, portanto, deve ter um Tribunal Superior 
para poder resolver essa situação. 
O segundo juiz que não aceita a competência, pode encaminhar esse processo até para um terceiro 
juiz, mas se ele achar que a competência é do juiz anterior ele deve, se dando em incompetente, em 
forma de representação, encaminhar o processo ao Tribunal de Justiça, porque é o órgão 
hierarquicamente superior para poder decidir acerca da competência. 
Camila Rodrigues Carbone 
Isso são questões prejudiciais que estão abordadas entre os artigos 92 e 94 e algumas 
circunstâncias que podem surgir no curso da ação ou até mesmo antes dela e que precisam ser 
decididas, por isso que são chamadas de “ocorrências incidentais”, que não dizem respeito ao mérito 
principal da causa, mas são situações que precisam, às vezes, dar uma parada no processo para que 
possa decidir essa questão, embora não diga o mesmo respeito ao mérito da causa. 
A matéria de objeto de análise deste título no CPP são as questões prejudiciais, as exceções, dentre 
elas as exceções de suspeição e impedimento, a exceção de incompetência dos juízes, a exceção da 
ilegitimidade de parte, a exceção de litispendência e a exceção de coisa julgada. Essas duas últimas 
podem colocar fim a uma determinada ação penal, paralisando-a, sem que se decida o mérito. 
Quando temos uma coincidência de crime, de infração, de pedido e de partes, há uma hipótese de 
litispendência ou coisa julgada, por exemplo. A litispendência vai ocorrer toda vez que tivermos um 
segundo processo cuidando de um mesmo caso do mesmo crime que já tem um processo anterior 
em andamento, ou seja, ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato. A coisa julgada 
terá um segundo processo, mas o anterior já foi definitivamente julgado. Então, nessas duas situações, 
deve-se colocar fim ao segundo processo exatamente pelo fato de ninguém poder ser processado 
duas vezes pelo mesmo fato. 
Com relação às dúvidas quanto à autenticidade de um documento apresentado no processo isso 
deve ser discutido através do incidente de falsidade documental. 
Incidente de sanidade mental do acusado: discute-se a capacidade de entendimento do agente 
sobre o caráter ilícito do ato. 
Há uma discussão em apartado, mas um procedimento separado, apensado aos autos principais. 
Esses autos principais é a ação penal propriamente dita. 
A análise disso está nos arts. 92 a 154 do CPP.

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