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QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES
Prof. Msc. Yuri Serra Teixeira
Curso de Direito Bacharelado
1
DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS (CONCEITO)
Curso de Direito Bacharelado
2
FUNDAMENTAÇÃO DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS (ART. 92 e ss. do CPP);
Conceito: 
“É a solução de uma controvérsia que afeta a própria decisão sobre a existência de um crime. Cabe ao juiz analisar esse grau de prejudicialidade, que deve ser em torno de uma questão série e fundada, sobre o estado civil das pessoas. Em última análise, a prova da existência do crime depende da solução, na esfera cível, dessa questão. Nisso reside sua prejudicialidade: na impossibilidade de uma correta decisão penal sem o prévio julgamento da questão”. (Aury Lopes Jr.)
“É a questão jurídica, que se apresenta no curso da ação penal, versando elemento integrante do crime e cuja solução, escapando à competência do juiz criminal, provoca a suspensão daquela ação”. (Magalhães Noronha)
PRELIMINARES E PREJUDICIAIS 
QUESTÕES
PREJUDICIAIS 
PRELIMINARES
Dizem respeito ao mérito da causa; tem natureza de direito material; são autônomas; passíveis de análise tanto no juízo penal como no extrapenal. 
Natureza estritamente processual, portanto, ligadas ao direito processual penal (pressupostos processuais e condições da ação); não tem autonomia; restrita ao mesmo juízo criminal. Enfim, diz respeito unicamente ao regular desenvolvimento do processo. 
CARACTERÍSTICAS COMUNS
Ambas necessitam ser conhecidas e analisadas antes do mérito da causa. 
CLASSIFICAÇÃO DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS 
a) QUESTÕES PREJUDICIAIS HOMOGÊNEAS (comum, própria ou imperfeita): são aquelas que pertencem ao mesmo ramo do direito da ação principal, como a exceção da verdade e a suspensão do processo onde se apura o falso testemunho até o julgamento do processo onde este crime foi cometido, no caso do processo penal.
b) QUESTÕES PREJUDICIAIS HETEROGÊNEA (perfeita ou jurisdicional): são aquelas que pertencem a ramos diferentes do direito, como nos casos de anulação do casamento no crime de bigamia, da decisão que reconhece a posse nos crimes contra o patrimônio, esbulho possessório ou nulidade de patente nos crimes contra propriedade imaterial. 
	b.1) QUESTÕES PREJUDICIAIS DEVOLUTIVAS ABSOLUTAS (ou obrigatória): são as prejudiciais que devem ser apreciadas pelo juiz penal como nos casos de a questão prejudicial dizer respeito à matéria penal (furto e receptação, exceção da verdade e bigamia, por exemplo) – (Art. 92 do CPP)
	b.2) QUESTÕES PREJUDICIAIS DEVOLUTIVAS RELATIVAS (ou facultativa): que devem ser julgadas pelo juiz cível. – (Art. 93 do CPP). 
ORGANOGRAMA (QUESTÕES PREJUDICIAIS) 
EXERCÍCIO 
1) Surgindo no curso do processo questão prejudicial sobre a existência do crime, o juiz criminal deixa de suspender a ação penal, apesar do requerimento expresso da defesa do acusado. Contra o despacho denegatório da suspensão:
caberá reclamação.
caberá agravo de instrumento. 
caberá apelação. 
não caberá recurso. 
caberá recurso especial.  
EXERCÍCIO 
Assinale a alternativa correta.
Tratando-se de questão prejudicial heterogênea, o Código de Processo Penal adota o princípio do predomínio da jurisdição penal, uma vez que o juiz penal tem competência para apreciar a questão prejudicial.
Se o reconhecimento da existência da infração penal depender da decisão sobre questão da competência do juízo cível, independentemente da existência de ação já proposta para resolver a questão neste juízo, o juiz criminal suspenderá o processo e a prescrição, marcando um prazo de suspensão, que poderá ser razoavelmente prorrogado. 
É irrecorrível a decisão de indeferimento da suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial. 
A suspensão do processo pelo reconhecimento da existência de questão prejudicial somente ocorrerá mediante requerimento das partes.
A eficácia no processo penal de sentença civil transitada em julgado, que haja decidido questão prejudicial heterogênea, depende da prévia suspensão do processo penal.
DOS PROCESSOS INCIDENTES 
1. Das exceções processuais: “Art. 396-A.  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. ” “§1º A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código”. 
2. Divisão doutrinária:
Exceções dilatórias: São aquelas que não conduzem à extinção do processo, senão que dilatam seu curso pela necessidade de resolução do ponto atacado. Nessa linha situam-se as exceções de suspeição e incompetência do juízo. Tais questões apenas dilatam a discussão, sem, contudo, conduzir à extinção do processo.
Exceções peremptórias: Na medida em que, uma vez acolhidas, extinguem o processo. São os casos de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada. 
ORGANOGRAMA (EXCEÇÕES) 
DIVISÃO PROCESSUAL (ART. 95 DO CPP)
 Art. 95.  Poderão ser opostas as exceções de:
I - suspeição;
II - incompetência de juízo;
III - litispendência;
IV - ilegitimidade de parte
V - coisa julgada.
Regras comuns da exceção (menos suspeição):
Podem ser opostas verbalmente ou por escrito;
Devem ser apresentadas no prazo da resposta do acusado, nos termos do art. 396-A, §1º, do CPP;
Serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento do processo;
Podem ser reconhecidas, de ofício, pelo juiz, em qualquer fase do processo. 
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO (CPP)
Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
 Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
 Art. 255.  O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.
Art. 256.  A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO (DEFINIÇÃO)
De acordo com Pacelli (2017, p. 304), “as causas de suspeição dizem respeito a fatos e circunstâncias, subjetivos ou objetivos, que, de alguma maneira, podem afetar a imparcialidade do julgador na apreciação do caso concreto”; o mesmo raciocínio deve ser feito em relação às causas de impedimento. 
Em relação às causas de suspeição, previstas no art. 254, CPP, Pacelli (2017, p. 304) esclarece que estas causas “configuram situaçõesda realidade externa ao processo levado ao conhecimento do juiz”, ou seja, “em todas as situações, a razão da suspeição decorrerá de fato, evento, circunstâncias e convicções pessoais cuja origem esteja fora do processo judicial em que se questiona a imparcialidade do juiz.
Exemplo: Se o juiz for inimigo capital do réu ou amigo íntimo da vítima (art. 254, I, CPP) , este fato, que é externo ao processo, o torna suspeito para o julgamento porque afeta a sua imparcialidade e, consequentemente, o sistema acusatório. 
Exemplo: Se o juiz era membro do Ministério Público e logo após o oferecimento da denúncia era investido no cargo de juiz e designado para atuar na vara criminal em que o processo tramita, deve se dar por impedido, na forma do art. 252, II, CPP, pois essa circunstância refere-se diretamente ao processo. 
ORGANOGRAMA (EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO) 
OUTROS SUJEITOS PASSÍVEIS DE EXCEÇÃO
OBS.:¹Também é possível exceção de peritos, intérpretes e serventuários da Justiça, nos termos dos arts. 105, 274 e 281 do CPP. Os casos de suspeição desses agentes são os mesmos previstos para os juízos, nos arts. 252 a 256 do CPP. Em todos os casos, caberá ao juiz da causa decidir, seguindo o mesmo procedimento anteriormente explicado.
OBS.:² Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais, nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal, prevê o art. 107 do CPP. 
EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA
Conceito: A litispendência é uma exceção de natureza peremptória, pois o seu acolhimento acarreta a extinção do processo sem julgamento do mérito. Para que ocorra a litispendência, deve haver:
Procedimento:
Deverá ser oposta pela defesa, pelo Ministério Público, ou reconhecida de ofício a qualquer tempo;
Será por escrito, ou, se feita oralmente, àquela forma será reduzida;
Não há prazo para essa exceção, pois enquanto não for julgada a pretensão acusatória, surgindo contra o mesmo réu, pelo mesmo fato, novo processo, poderá ela ser arguida;
Será processada em autos apartados e não suspenderá o andamento do processo. 
EXCEÇÃO DE ILEGITIMIDADE DA PARTE
Esta exceção tem por finalidade garantir a regularidade dos requisitos indispensáveis ao exercício da ação penal, especificamente no que se refere à legitimidade ativa e passiva. 
A exceção abrange a ilegitimidade ad causam (o ofendido a ajuíza ação penal de iniciativa pública) e a ilegitimidade ad processum (o menor figurando como réu no processo penal). 
O reconhecimento da ilegitimidade de parte acarreta a anulação do processo desde o início (art. 564, II, do CPP). 
É possível o oferecimento de outra denúncia ou queixa, desde que sanado o equívoco anterior, salvo se tiver ocorrido a decadência ou a prescrição.
A coisa julgada ocorre quando não se interpõe recurso no prazo previsto ou quando são esgotadas todas as vias recursais cabíveis. 
No processo penal, em se tratando de absolvição, existe a chamada coisa soberanamente julgada, ou seja, em nenhuma hipótese poderá ser a decisão modificada. 
Em se tratando de condenação, mesmo após o trânsito em julgado, é possível o ajuizamento das ações de habeas corpus e de revisão criminal, para reverter a decisão condenatória. A coisa julgada pode ser formal ou material.
Coisa julgada formal: reflete a imutabilidade da sentença no processo em que foi proferida; tem efeito preclusivo, impedindo nova discussão sobre o fato na mesma ação. Nessa hipótese, não há discussão do mérito da causa. 
Coisa julgada material: reflete a imutabilidade da sentença que se projeta fora do processo, impedindo que o fato seja novamente discutido em outra ação. A coisa julgada material contém a coisa julgada formal. 
EXCEÇÃO DE COISA JULGADA
A coisa julgada, assim como a litispendência são exceções peremptórias, que acarretam a extinção do processo, evitando o ne bis in idem. Para identificação da coisa julgada, deve-se observar, como você estudou na litispendência, se o fato natural é o mesmo, independente da classificação jurídica que se dê a ele e se o sujeito passivo é idêntico. 
A diferença entre a litispendência e a coisa julgada é que naquela há dois processos tramitando concomitantemente, enquanto nesta, um dos processos já foi definitivamente julgado e encerrado. Da identidade dos sujeitos passivos e do mesmo fato é que decorrem os limites objetivos e subjetivos da coisa julgada. 
Os limites objetivos da coisa julgada referem-se “ao fato natural objeto do processo e posterior sentença, não interessando a qualificação jurídica que receba”, enquanto os limites subjetivos são “dados pela identidade do imputado ou imputados. Ou seja, impossibilidade de novo processamento em relação ao mesmo fato e mesmo autor”. (LOPES JR., 2016, p. 346).
EXCEÇÃO DE COISA JULGADA (IMPORTANTE)
INCIDENTE DE FALSIDADE
Trata-se da possibilidade de arguição de falsidade de documento constante dos autos. O conceito de documento pode ser extraído do art. 232, CPP: "documentos são quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares”. 
O incidente de falsidade não se refere ao documento que constitui o objeto material do crime, arts. 297 e seguintes, CP, mas sim aqueles documentos como meio probatório que possam interferir na apreciação da causa. 
O documento que constitui o objeto material da infração “deve, necessariamente, ser periciado, independentemente da arguição por parte da defesa, para fins de comprovação da existência do crime, não como incidente, mas como questão principal, ligada à própria materialidade do delito” (Pacelli, 2017, p. 329)
Legitimidade: conforme o art. 146, do CPP, a parte poderá arguir por si mesma, ou outorgar poderes especiais a procurador para que o faça. 
	
•  O Juiz poderá suscitá-lo de ofício? De acordo com o art. 14, CPP, desde que suspeite da inidoneidade do documento. 
•  O processo principal ficará suspenso? O CPP não determina a suspensão da marcha processual, mas caso o reconhecimento da falsidade afete a qualificação jurídico-penal do fato objeto do processo, o incidente terá força de prejudicial, devendo ocorrer a suspensão da marcha processual, produzindo-se, no entanto, as provas urgentes e ouvidas as testemunhas. Por outro lado, caso o documento, objeto do incidente, não tenha relevância para a decisão, deve-se manter a marcha processual. 
INCIDENTE DE FALSIDADE (ATENÇÃO)
  A falsidade será arguida por escrito, sendo o requerimento assinado pela própria parte, ou por procurador com poderes especiais e dirigido ao juiz da causa principal. 
•  O juiz intimará a parte contrária para que no prazo de 48horas se manifeste sobre o incidente, contestando ou não a impugnação do documento. 
•  Caso a parte confesse a falsidade, mesmo assim deverá o juiz, de ofício, determinar a produção de diligências para a sua averiguação. 
•  Caso haja a contestação, o juiz intimará as partes para que cada uma, no prazo de 03 dias, prove as suas alegações, a não ser que as provas com as quais as partes desejem fortalecer as suas alegações sejam grafoscópicas (art. 174 do CPP), cuja produção demande de tempo. 
•  Colhidos os elementos de prova, deverá o juiz prolatar a decisão, que será recorrível via recurso em sentido estrito (art. 581, XVIII do CPP). 
•  Com o trânsito em julgado, será desentranhado dos autos o documento falso, caso seja verdadeiro, ali permanecerá.
INCIDENTE DE FALSIDADE (PROCEDIMENTO)
INCIDENTE DE INSANIEDADE MENTAL DO ACUSADO
O incidente de insanidade mental do acusado tem por objetivo verificar se este era, ao tempo da infração, inimputável. Imputabilidade é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser atribuída a prática de fato punível. 
Assim, o acusado será inimputável quando não possuir capacidade para apreciar o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com a apreciação. O incidente pode ser instaurado tanto na fase investigativa como na processual. 
•  Requisito para instauração: É necessário que haja dúvida séria e fundada sobre as condições mentais do acusado.
•Legitimados para instaurar o incidente - art. 149, CPP: O juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público; defensor ou curador do acusado; ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
Instaurado o incidente em autos apartados, o juiz dará curador ao réu; o processo ficará suspenso, podendo haver diligências de urgência, as partes apresentam os quesitos, o perito tem, em regra 45 dias para apresentação do laudo, podendo ser prorrogado. Com a apresentação do laudo, os autos que estavam apartados serão apensados ao processo principal. 
•  Do resultado do exame e seus efeitos O resultado do exame pode ser em três sentidos: 
O acusado não tem qualquer comprometimento mental. Efeito: O processo retoma seu curso normal, sendo realizada a instrução, para, ao final, haver uma decisão de mérito, condenando ou absolvendo o acusado. 
O acusado era, ao tempo da infração, inimputável (total ou parcialmente) Efeito: Prosseguimento do feito, com nomeação de curador para decidir sobre a aplicação de medida de segurança (art. 96 e seguintes do CP). Nessa hipótese, temos duas situações distintas:
INCIDENTE DE INSANIEDADE MENTAL DO ACUSADO (PROCEDIMENTO)
INCIDENTE DE INSANIEDADE MENTAL DO ACUSADO (PROCEDIMENTO)
INCIDENTE DE INSANIEDADE MENTAL DO ACUSADO (PROCEDIMENTO)
A doença mental é posterior à infração penal. 
Efeito: O processo continuará suspenso – art. 149, § 2º, CPP, até o restabelecimento do acusado, sem prejuízo dos atos considerados urgentes- art. 152, CPP, não havendo suspensão do prazo prescricional. O art. 152, § 1º, CPP traz a previsão de que o juiz pode determinar a internação do acusado em manicômio judicial. 
APOIADOR OFICIAL
Estácio.
Há 45 anos, nossa vida é transformar a sua.
Obrigado.
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