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Direito Penal - Crime de Incêndio

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Camila Rodrigues Carbone 
Crime de Incêndio
ARTIGO 250 DO CÓDIGO PENAL: 
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio 
de outrem: 
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
 
Bem jurídico: Incolumidade Pública. 
O crime de incêndio protege a vida, saúde e patrimônio de pessoas indeterminadas. Entretanto, 
não é necessário, para a ocorrência do crime, que haja risco à vida, saúde e patrimônio de pessoas 
indeterminadas ao mesmo tempo, basta um deles, apenas. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o dono do objeto material da conduta. 
Sujeito passivo: coletividade ou sociedade e pessoas afetadas. 
Tipo objetivo: é causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física e o patrimônio de 
outrem. 
Esse crime exige perigo concreto. 
Tipo subjetivo: tem que haver dolo, ou seja, a pessoa tem que ter conhecimento de que causará 
perigo concreto a pessoas indeterminadas. 
Consumação: se dá quando ocorre o incêndio e o perigo concreto à pessoas indeterminadas. 
Tentativa: É possível. Trata-se de crime plurissubsistente. 
Se em razão do incêndio gerar uma explosão, essa explosão não vai gerar perigo a pessoas 
indeterminadas diferentes, visto que é o mesmo perigo, não é um novo perigo  isso desde que seja 
em um mesmo nexo causal. 
O crime de explosão não existe como um crime autônomo. Mas, como houve mais perigo por conta 
dessa explosão, aumenta-se a pena base do crime de incêndio. 
Sempre que ocorre no mesmo nexo causal, os crimes de perigo subsequentes são absorvidos. 
Também são absorvidos os crimes de dano, porque se protege o patrimônio de todos, protege o 
patrimônio de quem está sendo destruído. Então, protege-se o patrimônio da coletividade  A pessoa 
que teve o bem destruído faz parte da coletividade, então está englobado. 
Dano simples: Muitas vezes confunde-se com o dano qualificado quando é feito por fogo. Se 
destruir algo por meio de fogo não quer dizer que configura dano qualificado por substancia inflamável. 
Camila Rodrigues Carbone 
Dano qualificado por substância inflamável: é quando ainda que o objeto que eu vá destruir seja 
inflamável, eu vou usar outra substancia inflamável como um acelerador. Por exemplo: jogar gasolina, 
querosene, álcool, de forma que facilite e acelere o fogo. 
O incêndio (fogo que gera perigo à pessoas indeterminadas) pode decorrer de um fogo causado 
por um dano simples ou por uma substancia inflamável. 
O dano sempre é absorvido porque ele protege o patrimônio de todo mundo, logo protege o 
patrimônio da pessoa que é afetada. 
O dano qualificado por substancia inflamável é um crime subsidiário, então ele sempre vai ser 
absorvido pelo incêndio pois trata-se de um crime subsidiário. 
O dano simples NÃO é subsidiário, então ele não pode ser absorvido pelo incêndio. 
Casos de aumento de pena: §1° do art. 250: 
As penas aumentam-se de 1/3 se o crime for cometido com intuito de obter vantagem pecuniária 
em proveito próprio ou alheio ou se o incêndio é acontecer em: 
- Casa habitada; 
- Em casa habitada ou destinada a habitação; 
- Em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura; 
- Em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; 
- Em estação ferroviária ou aeródromo; 
- Em estaleiro, fábrica ou oficina; 
- Em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; 
- Em poço petrolífico ou galeria de mineração; 
- Em lavoura, pastagem, mata ou floresta. 
 
Incêndio por inconformismo político: 
 
Quando o incêndio for por inconformismo político ou destinado a manutenção de organizações 
políticas, clandestinas ou subversivas, configura o crime do art. 20 da Lei de Segurança Nacional.

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