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ESTUDO DIRIGIDO I 1. Qual a relação entre Direito, moral e religião? A tríade moral-direito-religião possuem características semelhantes, sendo a mais importante o fato de serem fontes de criação e prescrição de padrões de conduta social. Nos primórdios do Direito, a moral e a religião sempre tiveram uma conexão. Tanto a moral quanto a religião foram os principais fundamentos utilizados para distinção do que era certo e errado consequentemente dando origem as primeiras leis, um de vários exemplos é o primeiro ordenamento jurídico o Código de Hamurabi. Nós tempos atuais há uma separação, pois a moral aplicada na Seara jurídica já difere da moral encontradas nas religiões. 2. O Direito inicia-se com as primeiras leis escritas? O direito já existia antes das leis escritas e era baseado em costumes, crenças e religião. Segundo Niklas Luhmann existem três grupos de manifestações do direito, sendo um deles o Direito Arcaico – característico dos povos sem escritas .A sociedade era organizada em tribos ou clãs, com pouca diferenciação de papéis sociais e fortemente influenciada por aspectos místicos ou religiosos. A sociedade pré histórica era fundamentada no princípio do parentesco, tendo, portanto, os laços de consanguinidade, as práticas de convívio familiar, unido por crenças e tradições, como base geradora do jurídico.Segundo Fustel do Coulanges, o direito antigo não é resultante de uma única pessoa, tendo nascido nos antigos princípios que constituíram a família, derivando das crenças religiosas. Não, tendo em vista que o direito não se limita as normas escritas, sendo estas um dos vários componentes do Direito, e não a sua totalidade. A história do Direito, no entanto, surge com a escrita. Mas o Direito propriamente dito não pode ser reduzido somente às normas escritas. Era um Direito essencialmente oral e prático. Não, o direito existia antes mesmo das leis escritas, era disseminado de forma oral aos cidadãos e estava muito ligado a religião e a moral. Contudo, a história do direito, está ligada com o surgimento da escrita na Mesopotâmia. 3. O código de Hamurabi era válido apenas na Babilônia? Não, o código de Hammurabi era válido por todo o império de Hammurabi, o que caracteriza outras cidades da Mesopotâmia que ele conquistou, dominou, e se tornou Rei. Assim, criou um código que buscava ordenar todo o seu império.Criado com o intuito de estabelecer normas e auxiliar no governo de todas as cidades que estavam sobre seu comando. 4. O que significa ‘Lei de Talião’? Consiste na justa reciprocidade . Esta lei é frequentemente simbolizada pela expressão “olho por olho, dente por dente”. O princípio por trás da lei é de trazer o equilíbrio. O mal causado a alguém deve ser idêntico ao castigo imposto. A Lei de Talião é anterior ao próprio código de Hamurabi, na verdade foi uma das leis que baseou o código, isso por ser um princípio da lei divina. Pode ser entendida como uma vingança controlada. A lei de Talião significa uma limitação para a vingança e sede de justiça. É a justa reciprocidade de maneira exata e idêntica. 5. Havia separação de poderes nos povos antigos da mesopotâmia? Não a época o Direito, os costumes, a religião, moral tudo era misturado. Não existia separação dos poderes políticos, religiosos e militares ao contrário havia concentração de poderes. Não tem separação de poderes na antiguidade, o poder era concentrado, como por exemplo Hamurabi rei da Babilônia, era líder militar,religioso,político,jurídico ,etc. A divisão de poderes é uma noção moderna, já antiguidade era apenas uma coisa só, concentrada em uma única pessoa. 6. Por que o Código de Hamurabi não pode ser entendido como um código? Porque a expressão “código” para descrever as normas de direito escrito produzidas na Mesopotâmia está fundamentada apenas na tradição, não devendo ser compreendida como documento sistematizado, dotado de princípios gerais, categorias, conceitos e institutos, pensado para vigorar como um conjunto de preceitos gerais e abstratos. Um código pode ser entendido como uma compilação organizada metodicamente de leis ou disposições legais acerca de um assunto específico. É um documento sistematizado, dotado de princípios gerais, categorias, conceitos e institutos, pensado para vigorar como um conjunto de preceitos gerais e abstratos sobre um determinado ramo do Direito. Já o código de Hamurabi apresenta normas que ostentam o perfil de costumes reduzidos a escrito, e de decisões anteriormente proferidas em algum caso concreto, sendo uma grande compilação de normas anteriormente dispostas em outros documentos e de sentenças, que serviram de base para a elaboração dos artigos. Sendo assim, apesar do emprego da expressão ‘código’ de Hamurabi, ele não pode ser entendido como código, uma vez que sua configuração não apresenta toda a complexidade, abstração e especificação de um código. Pois, de acordo com Gilissen: “São antes recolhas de textos jurídicos agrupados de uma maneira que parece ilógica, mas seguindo aquilo que parece ser o mecanismo instintivo da associação de ideias” Ou seja, não é apenas um código, mas várias leis.