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PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • É aumento do volume (> 200g/dia) e frequência de evacuações (>3 em 24h) + redução da consistência das fezes o Aguda → até 14 dias o Persistente → quando uma diarreia aguda vai além de 14d o Crônica → diarreia além de 28 dias o Disenteria → diarreia com sangue e muco, em geral por infecção colônica • A diarreia pode ser classificada de acordo com sua localização ❖ Alta → provem do intestino delgado, caracterizada por episódios diarreicos mais volumosos o Perda de volume pode ser maior que 10L/dia → chances de choque hipovolêmico o Pode haver síndrome disabsortiva uma vez que o ID faz a absorção de nutrientes ❖ Baixa → provém do cólon, caracterizada por menor volume e maior frequência das evacuações o Se associa ao tenesmo e urgência fecal devido irritação retal EPIDEMIOLOGIA • Uma das principais causas de morbimortalidade infantil nos países em desenvolvimento → intimamente ligada a más condições econômicas, culturais, higiênicas e de saneamento básico • BR → acomete 16 milhões de indivíduos < 5 anos o Mortalidade ~20/1.000 nascidos vivos → variação de acordo com as regiões do país (norte e nordeste +) • Principais agravantes e fatores de risco para a mortalidade o BPN, desidratação/desnutrição grave, lactente jovem, febre elevada, pneumonia, baixo grau de instrução. • Maioria dos episódios diarreicos agudos é de origem infecciosa ou parasitária o Alergias, intolerâncias/erros alimentares e certos medicamentos → causas não infecciosas mais frequente • Transmissão ocorre principalmente via fecal-oral, pelo contato direto ou pela veiculação de toxinas ou microrganismos em água e alimentos contaminados VÍRUS • Rotavírus → principal responsável pela DDA na criança → 20-30% de todos os episódios de diarreia o Pico de incidência na faixa etária de 6 a 24 meses • Norovírus → tem alta infectividade, principais agentes de surtos epidêmicos de gastroenterites virais transmitidos por água ou alimentos, ocorrendo em todas as faixas etária o 30% dos casos são assintomáticos • Há, ainda, coronavírus, adenovírus, astrovírus e calicivírus BACTÉRIAS • Inicialmente, mesmo que não comprovada, prevalece a hipótese de infecção por Shigella diante de DDA invasiva o Diarreia invasiva e inflamatória, com enterocolite, SHU, febre alta, dor abdominal intensa o Acomete intestinos delgado e grosso → e age pela toxina Shiga + invasão celular • Outros agentes → E. coli enteroinvasiva, Yersinia, V. cholerae, C. difficile, Salmonella não tifoide. o E. coli tem vários tipos → enterotoxinogenica, enterohemorrágica, enteropatogênica, enteroinvasiva, enteroagressiva e enteroagregativa ▪ ENTEROTOXINOGÊNICA → diarreia dos viajantes → cepa que produz toxina que causa diarreia aquosa profusa → comum nos países tropicais → costuma acontecer só 1x (imunidade) • Diarreia líquida, abundante, sem sangue, dor abdominal e febre baixa → secretora ▪ ENTEROHEMORRÁGICA → grave diarreia e síndrome hemolítica urêmica → produz toxina altamente agressiva que leva à colite hemorrágica → diarreia sanguinolenta e intensa dor abdominal ▪ ENTEROPATOGÊNICA → causa comum de diarreia em crianças → cepa se adere à parede do intestino, causando inflamação e disabsorção → diarreia aquosa, com muco, sem sangue/dor/febre • Adultos costumam ganhar imunidade PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 ▪ ENTEROINVASIVA → quadro semelhante à disenteria ▪ ENTEROAGREGATIVA → crianças e adultos → diarreia líquida, persistente, portador assintomático o Salmonella → diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal, febre moderada ▪ Invasão de mucosa → infecção sistêmica o Clostridium Difficille → uso prévio de antibiótico, diarreia nosocomial o Vibrio Cholerae → início abrupto, vômitos e diarreia líquida semelhante à água de arroz, levando à desidratação e até choque hipovolêmico • Em imunodeprimidos → Klebsiella, pseudomonas... PARASITAS • Destacam-se protozoários como Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, entre outros o Associação de agentes em cerca de 20 a 30% dos casos • Os microrganismos rompem a barreira e aderem à mucosa, exercendo seus fatores de virulência por meio da produção de enterotoxina, citotoxina e lesão da mucosa intestinal o Dependendo do fator de virulência, podem ocorrem 4 mecanismos fisiopatológicos ❖ ÂNION-GAP fecal → há equilíbrio osmótico entre os dois lados da mucosa intestinal • Força osmótica exercida pelo conteúdo luminal deve ser igual à força osmótica exercida pelas células da mucosa o Fórmula: 290- 2x (Na+ + K+) fecal DIARREIA SECRETORA TOXIGENICA (NÃO INVASIVA) • Aqui há uma toxina que ativa a adenilciclase e eleva o AMP cíclico → leva a inibição do cotransportador Na/Cl • Cotransportador que leva a absorção passiva de agua e Na → quando inibido agua é perdida e Cl é secretado • Diarreia aquosa, com grande perda de volume de agua e eletrólitos • No geral é o principal mecanismo das diarreias agudas → infecção por E. coli, Clostridium, V. cholerae, S. aureus... o Tambem pode acontecer por laxativos, síndrome carcinoide, diarreia dos ácidos biliares e dos ácidos graxos SECRETORA INVASIVA • Os agentes se aderem firmemente ao epitélio, promovendo desarranjo da borda e escova • Há destruição das vilosidades intestinais com diminuição da absorção, que faz perder agua e eletrólitos o Tambem são liberadas citocinas e mediadores inflamatórios pela lesão da mucosa intestinal → estimula a secreção intestinal e o aumento da motilidade • Se caracteriza pela disenteria → com perda de hemácias, leucócitos e proteínas (sangue + pus + muco) o Com febre, mal-estar, vômitos, dor abdominal do tipo cólica • Shigella, Salmonella, Ameba... DIARREIA OSMÓTICA • Pode ocorrer por quadros virais, ingestão de sais de magnésio/fosfato, sorbitol, manitol, glicerina, lactulose, deficiência de lactase, enteropatias (lesão da borda em escova), diarreia dos antibióticos • Há presença de substância osmótica e não absorvível pelo epitélio intestinal, fazendo com que muita água seja retida no lúmen intestinal para manter o equilíbrio osmolar → -3,5L de agua para cada 1mOsm intraluminal • Nas infecções há lesão das vilosidades, com redução das enzimas da borda em escova (lactase, maltase, sucrase) o Causa má absorção dos açucares → ficam na luz intestinal aumentando a p. osmótica e “puxando” a agua e eletrólitos para serem eliminados ▪ Diarreia aquosa com distensão abdominal ▪ Principalmente rotavírus DIARREIA FUNCIONAL • Causada por hipermotilidade intestinal → síndrome do intestino irritável e diarreia diabética (neuropatia autonômica) SÍNDROME DISABSORTIVA → DIARREIA + ESTEATORREIA • O aumento da eliminação fecal de lipídios sempre tem origem numa doença do intestino delgado • Mecanismo da diarreia inclui o mecanismo secretório colônico (diarreia dos ácidos graxos), mecanismo osmótico da má absorção de carboidratos dissacarídeos, e a própria massa lipídica fecal PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 o Doença celíaca, espru tropical, doença de Crohn, doença de Whipple, giardíase, estrongiloidíase, linfangiectasia, linfoma intestinal • Perda de peso, esteatorreia (fezes amareladas, brilhantes, fétidas, aderentes e que boiam), distensão abdominal • Pacientes com vômitos, febre, diarreia → além de anorexia, mialgia, cefaleia • Sintomas que duram geralmente 7 dias, mas a diarreia pode persistir até 14d • Diarreia aquosa, abundante → com risco de desidratação o Em geral são brandas, com 3-7 evacuações diárias e perda de < 1L de liquido o Em casos graves como cólera → pode evacuar > 20x / dia e perder > 5L • Geralmente causado por infecçõesvirais ou intoxicação alimentar → ingestão de toxinas pré-formadas presentes em alimentos mal preparados/estragados, os quais foram previamente contaminados por algum patógeno ❖ ORIGEM BACTERIANA • Comum disenteria + sintomas sistêmicos mais pronunciados, com febre alta, prostração • Podendo ter sintomas específicos da bactéria o Shigella → convulsões o Campylobacter jejuni → sd. Guillain-Barré o Salmonella → sepse, principalmente em < 3 meses, desnutridos, imunodeficiência ❖ DIAGNOSTICO • Anamnese → duração da diarreia, características das fezes, número de evacuações diarreicas por dia, vômitos (número de episódios/dia), febre, diurese (volume, cor e tempo decorrido da última micção), medicamentos o Sede, apetite, tipo e quantidade de líquidos e alimentos oferecidos após o início da diarreia o Doenças prévias, presença de queixas relacionadas a outros sistemas, viagem recente o Contato com pessoas com diarreia e ingestão de alimentos suspeitos, uso recente de antibiótico Exames Laboratoriais → na diarreia aguda não há necessidade por ser autolimitado • Pesquisa etiológica somente em pacientes graves, casos de surtos e diarreia persistente o Croprocultura ou pesquisa de vírus nas fezes • Na persistente, em geral há perda da secreção da lactase devido ao dano epiteliar → lactose chega no intestino grosso e são metabolizadas pelas bactérias o Ph fecal → acido o Presença de substancias redutoras • Na diarreia crônica os exames são fundamentais Diarreias Agudas Inflamatórias → geralmente afetam o cólon o Diarreia de pequeno volume e vários episódios ao dia, dor no QIE do abdome, tenesmo e urgência fecal (sinais de irritação retossigmoide) Diarreias Agudas Não Inflamatórias → geralmente afetam o intestino delgado o Diarreia de grande volume, poucos episódios e dor periumbilical, não raro sendo acompanhadas pelos demais sinais e sintomas que constituem a síndrome de gastroenterite aguda • Muito importante nos primeiros meses de vida porque o corpo é mais suscetível às perdas hídricas nessa faixa o Proporção de água corpórea no neonato é 80%, com 50% no espaço extracelular → no adulto, a proporção é ~60%, e 20% permanecem no espaço extracelular • O balanço hidroeletrolítico é mantido pelo equilíbrio entre ingestão e perdas, das quais: o Insensíveis → pele, respiração e metabolismo fisiológicos – 50 mL/100 kcal metabolizados o Renais → variam conforme o volume de solutos a serem excretados – concentração urinária o Fecais → desprezíveis em condições normais – 10 g/kg/d ▪ Na diarreia, a perda fecal de água e eletrólitos pode ser muito intensa → em casos graves chega a volumes fecais de até 200 g/kg/d com perdas de sódio de 100 mEq/kg/d • FR → idade < 2meses, vômitos frequentes, 8 evacuações/dia, comorbidades PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 ❖ Pode ser isonatremica, hipernatremica ou hiponatremica • Cálculo da osmolaridade plasmática → (2x Na) + (glicose/18) → normal entre 285 e 295 mOsm/kg Isonatremica → perca de agua = perca de eletrólitos o Na 135-145 mEq/L // Osm 280-310 mOsm/L o Forma mais comum Hipernatremica → perda de agua >>> perda de eletrólitos o Na 145-155 mEq/L // Osm > 310 mOsm/L o Na alto aumenta osmolaridade → meio extracelular absorve água do intracelular ▪ Sintomas de desidratação intracelular → sede, irritabilidade • Hipernatremia subestima a desidratação o FR → lactentes < 3 meses (só bebem agua se oferecer), diabetes insipidus, uso de soro hipertônico Hiponatremia → perda de eletrólitos >>> perda de agua o Na < 135 mEq/L // < 280 mOsm o Queda de osmolaridade no plasma → meio intracelular absorve água → ingurgitação celular ▪ Agrava sintomas de desidratação intravascular → choque hipovolêmico, convulsões, pulso alterado.. • Os sinais de desidratação são evidentes precocemente o FR → crianças desnutridas, com vômitos mto frequentes, uso de soro hipotônico AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO EXAME FÍSICO Peso → percentual de perda ponderal o Em geral não se sabe o peso do dia anterior, mas ainda é importante medir pois se houver reidratação, se espera que comece a recuperar o peso ▪ Leve → perda < 5% ▪ Moderada → 6-9% ▪ Grave → > 10% Ectoscopia (observar) o Condição Geral → alerta / irritado / comatoso* o Olhos → normais / fundos / muitos fundos o Lagrimas → presente / ausente / ausente o Boca e língua → úmidas / secas / muito secas o Sede → normal / bebe avidamente / bebe mal* ▪ *indicam desidratação grave Exame direto (explorar) o Sinal da prega → desaparece rapidamente / lentamente / muito lentamente ▪ Pega na barriga, puxa e solta (deve voltar p lugar de imediato) o Pulso → cheio / débil / ausente* (quase que imperceptível) o Enchimento capilar → normal (ate 2s) / lento (entre 2 e 5s) / muito lento* (> 5s) ❖ Com essa avaliação se deve diagnosticar e definir tratamento o Não tem desidratação → nenhum ou 1 sinal alterado ▪ Plano A → paciente não toma nada na unidade, vai p casa com recomendações o Tem desidratação → 2 ou mais sinais alterados ▪ Plano B → hidratação oral o Tem desidratação grave → 2 ou + sinais alterador, com pelo menos 1 sendo sinal de gravidade ▪ Plano C → hidratação venosa direta ❖ Manejo adequado consiste em evitar e tratar a desidratação, manter a alimentação e evitar medicamentos • O objetivo não é limitar a diarreia, pois ela é autolimitada e dura em geral 1sem → a preocupação é o estado de hidratação do paciente • A dieta é liberada para que o paciente mantenha bom aporte calórico, de maneira que facilite a recuperação do epitélio intestinal o quanto antes PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 ❖ Sais Para Reidratação Oral • Revolucionário, pois mesmo com o epitélio intestinal agredido, a absorção conjunta de glicose acoplada ao sódio continua acontecendo, trazendo consigo a água o NaCl 3,5g / Citrato 2,9g / KCl 1,5g / Glicose 20g o Concentração em mEq/L → Na 90 / Cl 80 / Citrato 10 / K 20 / Glicose 111 → total 311 mOsm ▪ Osmolaridade discretamente mais elevada que a do plasma → pode gerar um pequeno efeito osmótico e piorar um pouco a diarreia • OMS recomenda um soro com NaCl 2,6g e Na 75 mmol/L, com pequena diminuição dos outros elementos → com osmolaridade total 245 o Esse soro diminui a necessidade de hidratação venosa, o volume de fezes e a frequência dos vômitos ▪ Em situações que a perda de Na é muito elevada, recomenda soro padrão • No Brasil ainda é usado o padrão PLANO A • Dar mais liquido do que o habitual, manter a alimentação habitual para prevenir desnutrição • Se o pcte não melhorar em 2 dias ou apresentar sinais de perigo, leva-lo ao serviço de saúde o ALERTA → piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa alimentar, febre, sangue nas fezes • Administrar zinco VO 1x ao dia, durante 10-14 dias → diminui risco de reincidência em 3 meses e mostra pequena diminuição do tempo da diarreia atual o Ate 6 meses – 10 mg/dia / maiores de 6 meses – 20 mg/dia PLANO B • Administrar Sais de Reidratação Oral → 50-100 ml/kg por 4 a 6h ▪ Funciona bem na MAIORIA dos pctes o Durante a reidratação, reavaliar o paciente o A princípio não se da alimentos durante a TRO → mas em lactentes, mantem alimentação ao seio o Se vômitos ou febre → muitas vezes a própria TRO já ameniza as náuseas e controla a hipertermia ▪ Não usar antitérmico em febres não muito altas → pois da sonolência e pode atrapalhar a TRO o Tentar uso de sonda nasogástrica → quando perda de peso até 2h de TRO ▪ Vômitos persistentes (4+ por hora), distensão abdominal grande, dificuldade de ingestão ▪ Velocidade 20-30 ml/kg/h o Hidratação venosa após uso da SNG ▪ Perda de peso após 2h, vômitospersistentes, crise convulsiva, sinais de choque ❖ Manutenção do Estado de Hidratação em casa o Fornecer envelopes de SRO o Oferecer soro após cada evacuação o Manter aleitamento ao seio o Tentar fazer 1 refeição a mais que o usual até a recuperação nutricional PLANO C • Hidratação venosa se crise convulsiva, alteração do nível de consciência, choque, íleo paralítico ❖ FASE DE EXPANSAO → recuperar a volemia, mantendo o intravascular em níveis adequados • Infusão de SF cristaloide 20 ml/kg em 20 min, podendo repetir ate que a criança esteja hidratada o Segundo o MS, em menores de 5 anos: ▪ SF 0,9% → 20ml/kg por 30 min, repetir ate estar hidratado, reavaliando os sinais clínicos após cada fase de expansão administrada ▪ Para RN começa com 10 ml/kg o Em maiores de 5 anos: ▪ SF 30 ml/kg em 30 min ▪ Ringer lactato ou solução polieletrolitica 70 ml/kg por 2h30min • Alimentação deve ser mantida → não diluir alimentos e não restringir gordura PEDIATRIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 • Evitar antieméticos, antiespasmódicos e antipiréticos o Antieméticos podem causar sintomas extrapiramidais, antiespasmódicos diminuem a peristalse e podem reter germes perigosos no intestino • Suplementação com zinco ❖ FASE DE MANUTENÇÃO → administração de soro glicosado 5% + soro fisiológico 0,9% o Proporção de 4:1 em volume adequado para o peso ❖ FASE DE REPOSIÇÃO → administração de soro glicosado 5% + soro fisiológico 0,9% o Proporção 1:1 em volume de 50 ml/kg/dia, junto de KCl (2 ml para cada 100ml de solução). Antibioticoterapia • Restringe-se a situações como → diarreia causada pelo Vibrio cholerae, evolução para quadro séptico, imunodeprimidos, doença prolongada e debilitante • PELA SBP o 1ª escolha é o ciprofloxacino → dose em crianças em 15 mg/kg, 2x/d, por 3 dias ▪ Em adultos, 500 mg 2x/d por 3 dias o 2ª escolha é azitromicina → 10-12 mg/kg no primeiro dia e 5-6 mg/kg por mais 4 dias, VO ▪ Para tto dos casos de Shigella suspeita ou comprovada o Ceftriaxona → 50 a 100 mg/kg IV por dia por 3 a 5 dias ▪ Casos graves que requerem hospitalização • PELO MS o 1ª opção → ceftriaxona 50 mg/kg/d IM por 3 dias o 2ª opção → sulfametoxazol-trimetoprima, 40 mg/kg/d durante 5 dias ▪ Recomenda-se checar o perfil de resistência da Shigella da região antes de escolher o antibiótico o Suspeita de giardíase ou de amebíase → metronidazol de 15 a 30 mg/kg/d, a cada 12 horas, durante 5 dias Prevenção → seio materno, imunizações (rotavírus 2 e 4 meses), saneamento básico, lavagem das mãos LITERATURA: - Tratado de Pediatria da SBP 4ª Ed. - 2017 - MEDCURSO 2019 PEDI - MEDCEL
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