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mapa conceitual A MÚSICA NO FINAL DO SÉCULO

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POLO FORTALEZA
Francisco Fábio de Sousa Magalhães
RA 8053932
PORTFÓLIO (3° CICLO) 
Fortaleza, 2020
Francisco Fábio de Sousa Magalhães
RA 8053932
PORTFÓLIO (3 CICLO)
Trabalho apresentado à disciplina de História e Critica Musical: do Classicismo à Música Contemporânea, sob a orientação do(a) Prof.(ª) Prof.(ª) . Mariana Galon da Silva, como requisito parcial para aprovação na disciplina.
Fortaleza, 2020
UNIDADE 3
A música sofreu influência dos movimentos nacionalistas da Europa, ou seja, um movimento ideológico.
 A MÚSICA NO FINAL DO SÉC. 19 E OS MOVIMENTOS NACIONALISTAS
 
O nacionalismo foi um fenômeno complexo, agindo como modelador da música oitocentista.
Um compositor reconhecido pelos russos, e pelos europeus, como voz genuinamente nacional foi Mikhail Glinka (1804-1857), “firmando a sua reputação com a ópera patriótica Uma Vida pelo Czar (1836)”
Na Rússia, até o século 19, a música de concerto estava nas mãos dos compositores importantes da Itália, França e Alemanha.
RÚSSIA
Correntes nacionalistas
Richard Strauss (1864-1949) 
Richard Strauss é o compositor pós-romântico alemão mais famoso e reconhecido como a figura dominante do panorama musical alemão na primeira metade do século 20.
Gustav Mahler (1860-1911) 
Mahler foi o último dos grandes compositores sinfônicos alemães do período pós-romântico.
No final do século 19 também surgiram novas correntes na Itália e França, influenciadas pelo nacionalismo. A tradição austro-germânica se consolidou e influenciou as práticas nos Estados Unidos e Brasil.
Hugo Wolf (1860-1903) 
Hugo Wolf é considerado um importante compositor, sobretudo, pelos seus 250 Lieder compostos a partir de poetas alemães, além de traduções de poemas em espanhol e italiano para alemão – e por adaptar o estilo de Wagner para o Lied.
No último quartel do século 19, Wagner causou um significativo impacto internacional e inspirou inúmeros compositores a seguir na mesma direção. A tradição de composição foi mantida no contexto austro-germânico nos mesmos gêneros – o Lied (canções para voz e piano)
A tradição austro-germânica
Nesse contexto, o grupo de compositores russos mais importantes na viragem do século foi chamado de Moguchay Kuchka, ou Grupo dos Cinco, e compreende: Mily Balakirev (1837- 1910); Alexander Borodin (1833-1887); César Cui (1835-1918); Modest Musorgsky (1839- 1881); e Nicolai Rimsky-Korsakov (1844-1908)
As melhores obras de Edvard Grieg são breves peças para piano, canções e a música de cena orquestral para diversas peças teatrais, fazendo o uso de melodias, harmonias e ritmos de danças tradicionais norueguesas, tais como Peer Gynt, de Ibsen (1875), e peças para piano nas Slatter (danças camponesas da Noruega, arranjadas para piano a partir das transcrições da música tradicional de rabeca).
No entanto, dois são considerados muito importantes no que se refere à corrente nacionalista que se espalhou por toda a Europa, além das Américas, no século 20: Edvard Grieg (1843-1907), da Noruega, e Edward Elgar (1857-1934), da Inglaterra.
Muitos compositores desse período, além do Grupo dos Cinco, destacam-se no que diz respeito ao nacionalismo, tais como Bedrich Smetana e Antonín Dvorák.
Edward Elgar foi o primeiro compositor nacionalista inglês, em um período de duzentos anos, a ser reconhecido internacionalmente; no entanto, suas obras não são influenciadas diretamente pelo folclore e, do mesmo modo, apresentam técnicas que não são, à primeira vista, derivadas da tradição musical nacional.
Correntes nacionalistas em outros países.
Na França, a fundação da Sociedade Nacional da Música Francesa, datada de 1871, marcou o início do renascimento musical Francês.
Gabriel Fauré (1845-1924) estudou composição em Saint-Saëns e posteriormente ocupou cargos de organista. Em 1896 foi professor de composição no Conservatório de Paris, e de 1905 a 1920 foi diretor, ano no qual se demitiu devido à sua surdez.
Novas Correntes na França e na Itália.
Na França, a fundação da Sociedade Nacional da Música Francesa, datada de 1871, marcou o início do renascimento musical Francês.
Na Itália do final do século 19 a ópera foi o principal gênero musical. As óperas veristas por excelência são Cavalleria rusticana (1890), de Pietro Mascagni, e I pagliacci (Os Palhaços, 1892), de Ruggiero Leoncavallo, e o compositor que mais se destacou apósGiacomo Puccini (1858-1924).
As artes e a condição humana moderna.
Em fins do século 19, a visão romântica trazia a ideia de que as artes eram expressão máxima do indivíduo, os seres humanos eram protagonistas de seus próprios dramas e os artistas eram pessoas visionárias e especiais.
Na sequência, o cubismo veio enfatizar ainda mais a proposta do impressionismo, aprofundando a impressão do observador sobre a realidade. Os principais artistas cubistas foram Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963).
As correntes que surgiram posteriormente, tais como expressionismo, surrealismo e a arte abstrata, não buscavam retratar a beleza ideal. Os artistas mais importantes do surrealismo foram Salvador Dali (1904-1989) e René Magritte (1898- 1967)
O impressionismo nas artes plásticas, movimento semelhante ao simbolismo da poesia, tinha como foco captar as impressões da atmosfera do que estava sendo retratado. Claude Monet (1840-1926) e Paul Cézanne (1839-1906) são importantes representantes desse movimento.
No campo do expressionismo, as obras dos principais artistas – Edvard Munch (1963- 1944) e do compositor Arnold Schoenberg (1874-1951) – podem ser interpretadas como o afloramento de sentimentos humanos, como ansiedade e alienação, que aparentemente se mostravam presentes na sociedade moderna do início do século 20.
Os rádios portáteis se tornaram acessíveis após a Primeira Guerra Mundial, promovendo entretenimento e música; e a fita cassete, inventada na década de 1930, passou a ser comercializada na década de 1950. O advento de novas tecnologias para a reprodução facilitou o acesso à gravação e manipulação dos sons – abrindo caminho para o desenvolvimento da música concreta.
Muitas foram as tecnologias que surgiram no final do século 19 e início do século 20 que mudaram a condição humana. Nessa mesma época foi inventada a gravação sonora e sua capacidade de reprodução foi se aprimorando ao longo do século 20, o que ocasionou um enorme impacto na difusão e reprodução da música. Com a criação dos rádios e das gravações surgiu o mercado da música de massa e valorização da música popular, impulsionando a rápida circulação de música.
A Revolução Tecnológica.
A música e os movimentos artísticos foram diretamente afetados com as mudanças e acontecimentos do início do século 20. Os músicos se vinculariam a diferentes campos de trabalho, bem distintos daqueles que visualizamos nos séculos anteriores, devido à perda de poder ou queda de grande parte das monarquias e, do mesmo modo, em decorrência da abertura de novos mercados para os músicos.
As mudanças no mundo da música.
As principais correntes do início do séc. 20
O Modernismo foi um movimento que durou décadas no início do século 20 e abrange vários compositores do início do século.
Muitos compositores do início do século 20 ainda compunham música tonal, no entanto, os compositores que buscavam diferentes plataformas de composição tiveram como problemática um "esgotamento" do sistema tonal, existente desde o período Barroco, principalmente depois das expansões das relações tonais de Wagner, deixando pouco a se acrescentar de novidade na harmonia. Os compositores que se destacaram foram os que desenvolveram seus trabalhos em novos sistemas ou propostas, os quais são chamados de pós-tonais – cuja obra não é claramente tonal – ou atonais – que não têm relação com o sistema tonal.
A primeira geração moderna.
Maurice Ravel (1875- 1937)
França: Claude-Achille Debussy (1862-1918)
Também de nacionalidade francesa, Ravel foi brilhante colorista orquestral, bem como Debussy, e tinhagrande capacidade de absorver as ideias das mais variadas origens.
O Modernismo foi um movimento que durou décadas no início do século 20 e abrange vários compositores do início do século.
Compôs obras impressionistas para piano, sendo as mais marcantes Jeux d’eau (1901), as cinco peças chamadas Miroirs (1905), de peças descritivas, e as três intituladas Gaspard de la nuit (1908), considerada uma das peças mais difíceis para o instrumento.
Inglaterra: Ralph Vaughan Williams (1859-1924)
Foi influenciado pela música barroca e publicou hinários nessa tradição. Sua principal obra é Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis (1910).
Vaughan Williams foi um dos principais nomes da nova escola de música inglesa. Buscou inserir elementos da tradição oral inglesa em suas obras e, juntamente com outros compositores ingleses, organizou coletâneas de peças folclóricas.
Espanha: Manuel de Falla (1876-1946)
As melhores obras da sua maturidade são Concerto para cravo e cinco instrumentos solistas (1926) e a peça cênica El Retablo de maese Pedro (1923),
O mais importante compositor espanhol do século 20, Manuel de Falla, teve suas primeiras obras baseadas nas características melódicas e rítmicas da música popular espanhola,
República Tcheca (Antiga Tchecoslováquia): Leos Janácek (1854-1928)
Sua obra passou a ser considerada madura após recolher material proveniente da música popular e compor a partir dos ritmos e inflexões do canto e da fala dos camponeses da Morávia, sua região nativa, fator que marcou as diferenças em relação à música austríaca.
Rússia: Sergei Rachmaninov (1873-1943) e Alexander Scriabin (1872-1915)
suas obras de maior destaque são: rapsódia Taras Bulba (1918) e Sinfonietta (1916).
Rachmaninov viveu de suas apresentações como pianista e suas principais obras são para piano e orquestra e piano solo, essas últimas mais famosas pelo seu virtuosismo e dotadas de extrema dificuldade técnica. Em sua produção agregou elementos da tradição russa, mantendo o caráter formal e harmônico do Romantismo. Suas obras mais significativas, que caracterizam sua personalidade, são Poema do Êxtase (1908) e Prometheus (1910).
Finlândia: Jean Sibelius (1865-1957)
Grande conhecedor da literatura de seu país, Jean Sibelius foi um dos maiores nomes da música da Finlândia, cuja principal fonte de inspiração foi a Kalevala, a epopeia nacional finlandesa, da qual extraiu textos para obras vocais e temas para poemas sinfônicos. As obras que lhe renderam reconhecimento são En Saga, O Cisne de Tuonela, e Finlândia – a mais famosa – todas da década de 1890.
Arnold Schoenberg (1874-1951)
Schoenberg desenvolveu o dodecafonismo, elaboração realizada a partir da técnica dodecafônica, que tem como base uma série contendo todas as doze notas da escala cromática.
Webern foi o compositor que, diferentemente de Berg, apresenta a atonalidade despida de romantismo em suas obras. Das principais obras de Webern destacam-se: Seis Bagatelas para quarteto de cordas – Op. 9 (1913); Cinco peças para orquestra – Op. 10 (1913); e Sinfonia – Op. 21 (1927-1928)
Anton Webern (1883-1945)
Alban Berg (1885-1935)
Berg foi o compositor dodecafônico mais acessível no que diz respeito à sua composição. Aluno de Schoenberg, Berg utilizou a técnica dodecafônica com grande emotividade romântica e muitas de suas obras contêm séries de notas que dão origem a acordes de sonoridade tonal. Suas composições mais importantes são Suíte Lírica para quarteto de cordas (1926), um Concerto para violino (1935), a ópera Lulu (1935, mas com orquestração incompleta à data de sua morte) e Wozzeck (1921).
MÚSICA, POLÍTICA E SOCIEDADE NO SÉCULO 20.
Erik Satie (1866-1925)
O Movimento avant-garde.
A música e a política nunca estiveram totalmente desvinculadas e, considerando as configurações políticas e o nacionalismo que foram surgindo no decorrer do século 20, passaram a estar cada vez mais atrelada.
Satie foi um compositor que desafiava a base da tradição. Suas obras mais conhecidas são: Trois Gymnopédies (1888), quatro mãos (1907), e Descrições Automáticas (1913).
As propostas do avant-garde, que significa "linha de frente", desafiavam as tradições dos compositores modernistas que buscavam a inovação dentro dos moldes do passado.
Os compositores futuristas italianos quebraram as relações com a forma tradicional de composição – no que diz respeito ao conteúdo – e ainda foram mais radicais, buscando alternativas para substituição do som. Alegando que os instrumentos musicais estavam defasados e que o mundo moderno e suas máquinas poderiam oferecer novos timbres, inventaram novos instrumentos e lançaram, em 1913, A Arte do Ruído: Manifesto Futurista.
Futurismo.
Entre 1920 e 1930, o movimento Futurista continuou existindo e influenciou movimentos que viriam surgir, tais como música eletrônica, concreta, composição microtonal, além da busca por novos timbres.
Durante a Primeira Guerra, os nacionalistas franceses assumiram que a música francesa era intimamente clássica, em oposição ao romantismo alemão.
França: o Neoclassicismo
Os compositores Arthur Honneger (1892-1955), Darius Milhaud (1891-1974), Francis Poulenc (1899-1963), Germaine Tailleferre (1892-1983), Georges Auric (1899-1983) e Louis Durey (1888-1979) formaram o grupo de compositores franceses chamado Grupo dos Seis, influenciados por Satie e pelo neoclassicismo. Organizavam concertos em grupo, mas com o passar do tempo, cada um seguiu um caminho e adquiriu sua linguagem musical individual. Dentre os seis, Honneger, Milhaud e Poulenc se destacam dos demais.
Grupo dos Seis
Fase Russa
Igor Stravinsky (1882-1971) 
Stravinsky foi um dos compositores mais famosos do século 20 e exerceu influência sobre três gerações de compositores. Nasceu na Rússia, viveu grande parte da sua vida em Paris e sua obra pode ser separada em três fases: a primeira é a fase russa; a segunda, neoclássica; e a terceira quando passou a compor música serialista.
Na primeira fase suas obras são filiadas à tradição russa, sendo O Pássaro de Fogo (1910), Petrushka (1910-1911) e Le Sacre du Printemps (Sagração da Primavera – 1913) suas composições mais importantes.
Fase Serial
Fase Neoclássica
Apesar de iniciado com Schoenberg e seus discípulos, o serialismo se firmou como movimento musical a partir da década de 1950. Tendo suas origens a partir da exploração extrema do dodecafonismo, o serialismo tem como premissa o controle sobre a ocorrência de parâmetros musicais, tais como ritmo, articulação e dinâmica, diferindo-se do dodecafonismo, que previa o controle apenas sobre a repetição das alturas. 
As principais obras de Stravinsky nesse estilo são: In Memoriam Dylan Thomas (1954); o Threni (1958), para voz e orquestra; e Movements (1959). Todas elas apresentam justaposição de blocos e métrica irregular.
Stravinsky talvez seja o melhor expoente e inspirador do neoclassicismo e influenciou a obra da maioria dos compositores contemporâneos. O neoclassicismo pode ser definido como uma adesão ao equilíbrio, frieza e objetividade dos princípios clássicos, cujas características são a economia de meios, textura contrapontística e harmonias cromáticas ou diatônicas, recorrendo ainda à imitação, à citação ou alusão a melodias ou estilos de compositores mais antigos, em detrimento das emoções intensas, irracionalidade e anseios oriundos do Romantismo.
No período entre 1919 e 1933, sob o regime da República de Weimar, diferentemente de Stravinsky, em Paris, e Bartók, em Budapeste, os compositores alemães declaravam sua discórdia política. No entanto, o Nazismo, que assumiu o poder em 1933, atacou a maior parte da produção musical, baniu a esquerda política e perseguiu judeus e outras minorias. Nesse momento, grande parte dos músicos e compositores buscou refúgio no exterior.
Alemanha e Áustria.
Na década de 1920, uma nova corrente se desenvolveu com a proposta de maior acessibilidade e maior conexão com as pessoas e com eventos sociais. Em detrimento dos românticos e expressionistas,a proposta girava em torno da busca por elementos familiares e menos complexos, os quais seriam conectados com o jazz, com a música popular e com procedimentos musicais clássicos e barrocos.
Novo Realismo.
Weill foi compositor de ópera em Berlim, esquerdista político e crítico ao nazismo, e sua obra, associada ao Novo Realismo, estava voltada para o público em geral. Sua música incorpora diferentes estilos, inclusive o jazz, que são percebidos, inclusive, na instrumentação, sua obra mais famosa foi A Ópera dos Três Vinténs (1928).
Kurt Weill (1900-1950)
Hindemith foi um professor que ensinou gerações de músicos. O seu legado, materiais didáticos desenvolvidos para o ensino, são referência no ensino da harmonia até hoje, sendo grande parte destinada a estudantes de música de nível intermediário.
Paul Hindemith (1895-1963)
Os nazistas possuíam um departamento de cultura sob a direção de Joseph Goebbels, do qual muitos músicos fizeram parte. Inclusive, Strauss foi apontado como presidente, mas foi obrigado a renunciar por ter trabalhos em parceria com um libretista judeu.
Música durante o regime nazista
No início do século 20, a União Soviética controlava todos os aspectos da vida social, inclusive as artes, por ser entendida como forma de doutrinação às ideologias impostas pelo Estado. Todas as instituições de difusão da arte, como teatros, conservatórios, salas de concerto, editores, foram todos nacionalizados e todos os programas – concerto e ópera – estritamente regulados.
A União Soviética
Prokofiev foi um pianista virtuoso que viveu fora da Rússia entre 1918 e 1934, e suas composições, de caráter modernista radical e de ritmos bem marcados e muitas dissonâncias, tinham pouca influência nacionalista. Fez várias turnês como pianista e satisfez grande número de encomendas como compositor durante o período em que esteve fora da Rússia.
Sergey Prokofiev (1891-1953)
UNIDADE 4
AS MUDANÇAS NO MUNDO DA MÚSICA A PARTIR DE 1945
Após a Segunda Guerra Mundial muitas foram as mudanças significativas no campo da música, resultando no aumento de público, no incremento de incentivos governamentais e em maior inserção da música nas escolas. Havia grande diversidade de estilos em todas as nações e cada vez menos compositores compartilhavam de princípios comuns; enquanto alguns buscavam preservar aspectos da tradição outros tinham como enfoque novas propostas.
Os herdeiros da tradição clássica.
Olivier Messiaen (1908-1992)
Tradicionalismo Tonal: Samuel Barber (1910-1981)
Benjamim Britten (1913-1976)
Britten foi um compositor inglês, formado pelo Royal College of Music de Londres. Diferentemente de Messiaen e suas obras de caráter contemplativo, Britten usava uma linguagem musical mais direta e comunicativa, resultado de sua relação estreita com composições para trilha sonora de filmes. sendo sua obra mais importante nessa temática o coral War Requiem (1961-1962).
Samuel Barber foi um compositor norte-americano que manteve uma linguagem tonal esteticamente vinculada ao Romantismo, diferentemente dos demais compositores, e teve sucesso com suas obras, sendo as mais célebres: o Adágio para Cordas (1936); Dover Beach (1931), para voz e quarteto de cordas; e três óperas. Em algumas de suas obras ele faz uso de estrutura dodecafônica em peças tonais, tais como Sonata para Piano (1949).
Messiaen foi organista da igreja Sainte Trinité desde 1931, professor no Conservatório de Paris a partir de 1941 e é considerado um dos compositores franceses mais representativos do século 20. 
Suas principais obras são de caráter religioso, relacionadas à sua devoção católica.
Complexidade Serial e não serial
Tem origem no dodecafonismo da Segunda Escola de Viena, cria séries que controlam diversos parâmetros musicais, como melodia, ritmo, registros, e difere do dodecafonismo, pois ele tem foco exclusivo no controle das alturas (frequências-notas).
Boulez é um conceituado regente e formador do grupo de câmara dedicado à música contemporânea, chamado Ensemble Intercontemporain. Sua principal obra mistura serialismo e pontilhismo – técnica de alocar sons, no tempo e no registro, de modo espaçado, sendo uma que se destaca nesse cenário a conhecida Le Marteau sans Maître (1953-1955).
Stockhausen foi um dos primeiros compositores a criar música serialista na Europa e ficou conhecido por suas excentricidades, como suas afirmações sobre possíveis contatos com seres de outros planetas. Suas primeiras obras serialistas são: Kreuzspiel (1951) para piano, oboé, clarone e percussão; e Kontra-punkte (1952-1953) para grupo de câmara.
Pierre Boulez (1925)
Karlheinz Stockhausen (1928-2007)
Elliott Carter (1908-2012)
Milton Babbitt (1916-2011)
Carter foi um compositor norte-americano que, diferentemente de Babbitt, não escreveu música serial. Suas composições são marcadas por inovações no ritmo e na forma, são complexas e de difícil execução, como resultado do uso da técnica modulação métrica por ele desenvolvida, que consiste em transformar gradualmente um padrão rítmico em outro de maneira proporcional. Suas principais obras são Sonata para Violoncelo (1948) e Quarteto de Cordas n. 2 (1959).
Babbitt foi o principal compositor serialista nos Estados Unidos, cujas obras ficaram mais complexas com o tempo. Suas principais obras são: Três Composições para Piano (1947), que utiliza técnicas seriais aplicadas à duração; e Composição para Quatro Instrumentos (1949). Retornaremos mais adiante em Babbitt ao falarmos da música eletrônica.
Luciano Berio (1925-2003)
O italiano Luciano Berio escreveu obras de grande virtuosismo e complexidade. Um claro exemplo dessa proposta é a série de 14 Sequenzas (1995-1996), cuja escrita não convencional explora possibilidades técnicas e sonoras de diferentes instrumentos em cada sequenza ao limite. Escreveu peças em outros estilos, inclusive ópera e música eletroacústica.
NOVAS SONORIDADES E TEXTURAS
Novos instrumentos, sons e escalas.
No período pós-guerra uma das características mais evidentes da nova música foi a exploração de novos recursos musicais, incluindo sons até então não convencionais que passaram a ser considerados como utilizáveis do ponto de vista musical.
Na segunda metade do século 20, boa parte dos compositores buscou novos materiais musicais para suas composições, recorrendo inclusive a novos materiais sonoros. 
O norte-americano Harry Partch (1901-1974) dividiu a oitava em 43 notas e construiu instrumentos que pudessem executá-las, explorando sons além do sistema temperado de afinação.
1) Uso de novos instrumentos, sons e escalas. 
2) Inserção de instrumentos e sons não ocidentais. 
3) Música eletrônica. 
4) Música de texturas e processos. 
Outro compositor que produziu obras nesse aspecto foi George Crumb (1929), inovando o campo do uso de timbres em suas composições. Na obra Ancient Voices of Children (1970) utiliza um piano de brinquedo, um serrote, uma gaita, um bandolim afinado um quarto de tom abaixo do usual, pedras de oração tibetana, sinos de templos japoneses e piano elétrico.
Estilos e instrumentos não ocidentais.
Com o decorrer do século 20 e seus avanços tecnológicos, de maneira crescente os compositores, músicos e musicólogos ocidentais tiveram acesso à música e instrumentos do oriente, em especial de origem asiática. O continente asiático gerou grande curiosidade por parte dos compositores, dentre eles Henry Cowell (1897-1965), que Música eletrônica, concreta e eletroacústica viajou ao Irã, Índia e Japão e suas obras posteriores mesclam elementos orientais com ocidentais – tais como Persian Set (1957) para orquestra de câmara, e Ongaku (1957) para orquestra.
Música eletrônica, concreta e eletroacústica.
Pierre Schaeffer (1910-1995) trabalhava com sonoplastia na Rádio Francesa e foi um dos criadores da música concreta, desenvolvida a partir de experimento de colagens em sequência de diferentes trechos de fitas magnéticas. Esse procedimento, naquela época, se dava pelo corte manual e colagemde pedaços de fita magnética unindo-os uns aos outros em diferentes sentidos, buscando a construção de uma obra musical. A música resultante desse processo foi Symphonie pour un homme Seul (1950) e, com base no resultado de seus experimentos, escreveu o Tratado dos Objetos Musicais (1993).
Música de texturas e processos sonoros.
A obra de Edgar Varèse (1883-1965) foi decisiva para que houvesse reconhecimento sobre a importância do timbre na produção musical. Varèse foi um compositor que mesclou os sons gerados artificialmente com sons acusticamente gravados, criando o que ficou conhecido como música eletroacústica.
Instrumentos de sons artificiais.
Varèse considerava os sons como componentes estruturais básicos da música e mais essenciais do que a melodia, a harmonia ou o ritmo, e sua concepção musical criou uma forma que se define pelas massas e blocos sonoros contrastantes, movendo-se no espaço musical e interagindo com outros sons.
Iannis Xenakis (1922-2001).
Krzysztof Penderecki (1933). 
Um dos primeiros compositores a escrever música nessa orientação, que foi aluno de Messiaen e aplicou conceitos matemáticos em sua produção musical. 
Sua obra mais significativa foi Metastasis (1953-1954), na qual os músicos tocam sem a existência de naipes, cada um tocando uma parte única, e fazem glissandos em velocidades diferentes.
Na sua obra mais importante, Threnody for the Victims of Hiroshima (1960), os instrumentos tocam uma parte única, explorando sonoridades diferentes em cada uma delas, e as medidas de tempos se dão em segundos, e não em figuras musicais. Outras obras de destaque que relacionam essas características às estéticas mais tradicionais são St. Luke Passion (1963-1966) e a ópera The Devils of London (1968).
VANGUARDA (AVANT-GARDE) 
os compositores dos movimentos avant-garde buscam o rompimento com os antecessores e, no caso de alguns, questionam o próprio conceito de música e o conceito de criação musical.
John Cage (1912-1992)
Esse compositor concebeu a ideia do piano preparado, que consiste na colocação de materiais diversos (pedaços de metal, madeira, borracha etc.) na caixa acústica do piano, sobre as cordas e, com isso, modificar o som. Por meio dessa técnica, escreveu Sonatas e Interlúdios para piano preparado (1946-1948), cujas partituras possuem orientações de como preparar o piano, ou seja, de quais objetos e em qual posição devem ser colocados.
Cage foi o mais importante compositor de vanguarda do período pós-guerra, iniciando suas atividades de composição com peças para percussão, instrumentos tradicionais e não tradicionais. Transitou por diversas correntes estéticas e fez uso de propostas inovadoras em todas elas, experimentando, por exemplo, a música eletroacústica com uso de amplificação de sons de objetos.
Indeterminismo em obras de outros compositores.
Tecnologias digitais.
Morton Feldman (1926-1987) foi um dos inspiradores de John Cage no uso do indeterminismo. Na obra Projection I para violoncelo, Feldman especifica timbre e ritmo; no entanto, substitui a cabeça das notas por quadrados de modo a tornar indefinida a altura, permitindo ao intérprete escolher.
As novas tecnologias digitais, tais como síntese digital e novas técnicas de gravação e reprodução de som desenvolvidas a partir da década de 1970 modificaram a escuta musical pelos ouvintes e, em função da ampliação dos métodos e materiais de composição, os compositores passaram a explorar suas inúmeras possibilidades na música eletroacústica. Algumas obras de destaque produzidas com esses recursos são: Speech Songs (1972), de Charles Dodge (1942) – uso de vozes sintetizadas; e Night Traffic (1990), de Paul Lansky (1944) – uso de sons urbanos digitalmente modificados.
Outro compositor, Hans Koellreutter (1915-2005), no Brasil, criou uma bola com indicações musicais que deveriam ser interpretadas pelo músico conforme ela gira, de forma indeterminada, transformada em sons. A obra Acronon (1978-1979) é executada dentro desse padrão de escrita.
Minimalismo e pós-minimalismo.
Muitos compositores na segunda metade do século 20 foram em direção a uma tendência que se definiu como minimalismo. Essa corrente é baseada na simplicidade musical, em reação à complexidade do serialismo.
Essa estética consiste na limitação intencional do vocabulário rítmico, melódico, harmônico e instrumental e na repetição constante de padrões musicais, que são pouco modificados a cada repetição.
John Adams (1947) foi o compositor que iniciou seus trabalhos com o minimalismo, mas pode ser considerado pós-minimalista, devido à mistura do minimalismo com outras estéticas. Suas principais obras são: Phrygian Gates (1977-1978), ainda na abordagem minimalista; Harmonielehre (1985); e El Niño (1999-2000) e On the Transmigration os Souls (2002), obras em que é possível perceber gradativo distanciamento do minimalismo.
Philip Glass (1937) é o compositor mais representativo do minimalismo, profundamente influenciado pela organização rítmica, progressões harmônicas e ênfase nos aspectos melódicos da música indiana. Suas obras mais significativas são: a trilha sonora para o filme Koyaanisqatsi (1982); a ópera Einstein on the Beach (1976).
Apesar de manterem a complexidade, muitos compositores conseguiram, de forma inovadora, tornar a música modernista acessível ao público, mostrando certa preocupação com a recepção da sua obra, como acontecia antes do século 20.
Györg Ligeti (1923-2006) foi um dos compositores que buscou tornar acessível sua obra e ficou famoso pelo uso de três de suas obras – Atmosphère (1961), Requiem (1963-1965) e Lux Aeternae (1966) – na trilha sonora do filme 2001: A Space Odyssey (2001: Uma Odisséia no Espaço) de 1968, do diretor e produtor Stanley Kubrick.
O modernismo acessível e a simplificação radical.
Arvo Pärt (1935) usou materiais mais simples em suas composições, muitos com base em polifonia medieval e canto gregoriano. Uma obra importante é Sieben Magnificat Antiphonen (1988, revisada em 1991).
Com o objetivo de atingir um público maior, os compositores voltaram a utilizar, com base em uma estética Romântica, o tonalismo. Como consequência foi suscitado o movimento neorromântico.
George Rochberg (1918-2005) inseriu em suas obras, no decorrer da década de 1970, elementos do romantismo e modernismo, após experiências com o serialismo e composições por citação na década de 1960.
Neorromantismo
David Del Tredici (1937) também adotou, na década de 1970, o neorromantismo e, em seu caso, buscou a melhor representação para as crianças. Sua principal obra é Final Alice (1975), a qual faz menção aos personagens do conto.
Música de imagens e alusões extramusicais.
Os compositores tinham a expectativa de maior aceitação de diferentes sonoridades por parte do público, buscando sempre torná-las compreensíveis. Com esse objetivo, buscavam remeter sua produção musical a sentidos e a imagens extramusicais, como, por exemplo, a espiritualidade.
Sofia Gubaidulina (1931) colocou expressão espiritual em quase todas as suas obras, mesmo se declarando ateia. Sua sonata Rejoice (1981), para violino e violoncelo, tem como base textos devocionais do século 18 e busca expressar a transcendência da realidade ordinária para um estado de alegria.
Murray Schafer (1933), educador musical e compositor, escreveu em inúmeros estilos; no entanto, grande parte de suas obras tem inspiração extramusical. Escreveu o livro A Afinação do Mundo (2001), destinado à educação musical, e nessa obra expôs seu conceito mais revolucionário: música ambiente, a qual necessita de participação ativa do público e não se restringe à sala de concerto. Uma obra que demonstra essa proposta é Music for Wilderness Lake (1979).
Evocando a música popular.
Michael Daugherty (1954) compôs suas obras com influência de todas as referências com as quais teve contato – rock, jazz e nuevo tango – e com elementos da cultura pop norte-americana. Suas obras representativas são: Metropolis Symphony (1988-1993),que faz menção ao personagem Super Homem; e Dead Elvis (1993), que faz referência a Elvis Presley.
As expressões música erudita e música popular foram perdendo o sentido no decorrer da segunda metade do século 20, devido às conexões que passaram a ser feitas entre esses diferentes universos musicais. Dentre as músicas de destaque está a música brasileira, não somente pelas suas características melódicas, harmônicas e rítmicas, mas também pela habilidade em unir textos e música, cujas técnicas se comparam com os madrigais renascentistas ou aos lieder românticos de Schubert e Schumann.
No decorrer do século 20, diferentemente de outros períodos, a música popular passou a ser elaborada de maneira complexa e muitos movimentos musicais ganharam visualização no mundo, destacando-se a música das Américas, com o jazz, nos Estados Unidos, e o choro e o samba no Brasil, estilos que influenciaram a composição da música de concerto.
A MÚSICA NO BRASIL NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO 20.
Até o ano de 1857, a música de concerto brasileira recebia influência da produção italiana e germânica e, a partir dessa data, deu-se os primeiros passos para o início de um processo de redefinição nacionalista, por meio da fundação da Ópera Nacional, que previa a formação de músicos e a apresentação de uma ópera brasileira por ano.
Brasil: retrospectiva do final do século 19 e a virada para o século 20.
Antônio Carlos Gomes (1836-1896), indicado por Miguez, foi o primeiro compositor brasileiro a atingir prestígio internacional. Nascido em Campinas, na antiga província de São Paulo, em 1836, filho de músico, esteve envolvido desde cedo no meio musical, participando da banda da cidade, regida por seu pai.
Nesse movimento, conforme indicado, surge a figura de Carlos Gomes, que apresentou sua primeira ópera em 1961, obtendo grande sucesso, e ganhou uma bolsa de estudos do Imperador para que pudesse estudar na Europa.
Do Monarquismo para a República.
Os músicos defensores da estética italiana, afastados das atividades do Instituto, foram representados por Oscar Guanabarino.
Nesse período, dois nomes de destaque na busca pela movimentação em torno da criação de uma música brasileira foram Alberto Nepomuceno (1864-1920) e Alexandre Levy (1864-1892).
Nepomuceno, de sólida formação musical, inclusive na Europa, tornou-se diretor do Instituto Nacional de Música em 1902, após ter atuado em diversas instituições musicais no Rio de Janeiro.
Já Alexandre Levy viveu na província de São Paulo e atuou como compositor e editor de partituras. Teve boa formação musical, indo à França por alguns meses e afirmava que para o Brasil ter uma identidade musical era necessário que se fossem estudadas as músicas e os folclores de todas as regiões do país.
Seguindo esse movimento nacionalista podemos citar Francisco Braga (1868-1947), que, como boa parte dos compositores do período, também teve formação na Europa e sua obra, apesar de ter linguagem europeia, é inspirada no nacionalismo.
Henrique Oswald (1850-1931) foi diretor do Instituto Nacional de Música a partir de 1903, situado como um compositor brasileiro que não aderiu ao movimento nacionalista. Suas principais obras, Concerto para Piano Op.10, Elegia para piano e violoncelo, e Il Neige (1902) – sua obra mais famosa – são para piano, por não se interessar pela produção operística, e possuem forte influência do Romantismo europeu.
Glauco Velasquez (1884-1914) tem origem Italiana, mas ainda criança mudou-se para o Brasil, onde fez carreira. Foi o primeiro compositor no Brasil a experimentar harmonias originárias do impressionismo.
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) 
Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro.
É conhecido como o maior compositor brasileiro, contando com um grande número de obras, e suas composições abrangem praticamente todos os gêneros de sua época.
Villa-Lobos realizou inúmeros feitos no âmbito musical, tais como: foi membro da banca do Concurso Internacional de Canto e Piano da Música de Viena, em 1936, tendo sido o único americano convidado; organizou o cordão carnavalesco Sôdade do Cordão, em 1940, buscando animar o espírito nacionalista e servir de documento oficial do Instituto de Cinema Educativo do Ministério da Educação; com seu projeto de educação musical totalmente implementado, dirigiu o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, criado em 1942, no qual se manteve até o final de sua vida; e participou do processo de fundação da Academia Brasileira de Música, em 1945, após ter terminado as Bachianas Brasileiras e um ano antes de Vasco Mariz iniciar sua biografia.
Outros compositores nacionalistas e modernistas.
Um dos grandes inspiradores do movimento nacionalista modernista foi Mário de Andrade, que lançou a obra Ensaio sobre a Música Brasileira (de 1928) (ANDRADE, 1972) e norteou o caminho de muitos compositores. Dentre os músicos de destaque estão: Luciano Gallet (1893-1931); Francisco Mignore (1897-1986); Lorenzo Fernandez (1897-1849); Camargo Guarnieri (1907-1993); e Radamés Gnatalli (1906-1988).
A MÚSICA NAS AMÉRICAS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO 20
A vanguarda: Música Viva e Música Nova
O movimento Música Viva foi originado a partir de um grupo de compositores contrários ao nacionalismo e a favor de uma música universal, influenciados pelo dodecafonismo, ainda desconhecido no Brasil, trazido pelo compositor alemão radicado no país Hans-Joachim Koellreuter, em 1937. Esse movimento não buscava o abandono da pesquisa folclórica, mas uma adequação desta nas propostas dodecafônicas, e publicou um manifesto, em 1946, que foi rebatido por Camargo Guarnieri em 1950, acarretando em um debate acalorado entre nacionalistas e vanguardistas
Dois compositores importantes nesse movimento foram: Claudio Santoro (1919-1989) e César Guerra-Peixe (1914-1993).
Guerra-Peixe seguiu caminho semelhante ao de Santoro e tem extensa produção, com destaque para as obras Mourão e a Sinfonia n. 2 – Brasília. Apesar de ser um dos fundadores do Grupo Música Viva, abandonou o movimento em 1949 quando assistiu a diversas apresentações folclóricas em Recife; a riqueza do maracatu local lhe impressionou de tal maneira que decidiu abandonar definitivamente o dodecafonismo, voltando a professar o nacionalismo musical.
Santoro foi fundador do departamento de música da Universidade de Brasília e vencedor do importante prêmio Lili Boulanger; foi do movimento Música Viva e, após a fase dodecafônica, na qual produziu 12 prelúdios, começou a compor com caráter folclórico-nacionalista, cuja principal obra foi Ponteio.
Música Nova foi um movimento de vanguarda da década de 1960, cujo manifesto, publicado em 1963, propõe uma estética associada à escola de Darmstald de uso do atonalismo e experimentalismo em detrimento do nacionalismo. Foi protagonizado pelos compositores Gilberto Mendes (1922-2016) e Willy Correa de Oliveira (1938).
POLO FORTALEZA
Francisco Fábio de Sousa Magalhães
RA 8053932
PORTFÓLIO (3º CICLO) 
Fortaleza, 2020
Francisco Fábio de Sousa Magalhães
RA 8053932
PORTFÓLIO (3º CICLO)
Trabalho apresentado à disciplina de História e Critica Musical: do Classicismo à Música Contemporânea, sob a orientação do (a) Prof.(ª) . Mariana Galon da Silva, como requisito parcial para aprovação na disciplina.
Fortaleza, 2020
Plano de Ensino sobre História da Música
• Público Alvo: Alunos de 10 anos.
• Números de Aulas: 2 aulas.
• Objetivos Gerais: O que pretendo alcançar com essas aulas e expor aos alunos
os acontecimentos referentes ao período da vida do compositor , proporcionar o
contato com a música clássica por meio da obra do compositor. Conhecer e ouvir
música erudita, sonata, sinfonia , quarteto de corda s e concerto com orquestra e
sua história.
• Conteúdo: Abordarei o século XVIII, o período Clássico. Compositor a ser
apresentado será Wolfgang Amadeus Mozart um dos principais representantes da
primeira escola de Viena e do período clássico e suas obra s a serem retratadas
serão: Eine kleine Nachtmusik“Pequena Obra Noturna” ( 1787) e Rondo Alla
Turca “Marcha Turca” (1783) por serem bastante populares.
• Metodologia : 1º aula iniciarei uma conversa descontraída com os alunos sobre
música, depois perguntarei qual o estilo e quem gosta de ouvir música. Abordarei
a importância da música no nosso dia a dia e as diversas sensações que nos
proporciona, questionando aos alunos se conhecem ou já ouviram música clássica .
Em seguida farei uma análise de cada resposta para dar prosseguimento a aula.
2º aula será basicamente expositiva, aplicadas com auxilio didático variados. As
explicações serão acompanhadas de exibição e audição , comentada das obras e de
uma breve passagem sobre a vida do compositor de forma lúdica . Para fixar o
assunto recomendarei aos alunos a leitura de textos da literatura básica do
conteúdo apresentado.
As obras a serem abordadas para apreciação serão: Eine kleine Nachtmusik
“Pequena Obra Noturna” de Wolfgang Amadeus Mozart e m duas versões, sendo
uma tocada com orquestra para a compreensão do período aborda do e a outra uma
versão mais moderna para os alunos perceberem as diversas formas a serem
executadas.
https://www.youtube.com/watch?v=Qb_jQBgzU-I
https://www.youtube.com/watch?v=hjbb7CbU28A
A outra será: Rondo Alla Turca “Marcha Turca” também de Mozart em duas
versões, sendo uma no piano e a outra com o talentoso violinista David Garrett
durante uma apresentação em 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=A_THdzBnHy0
https://www.youtube.com/watch?v=WJNvpvq7xxk
Assim, espero ter contribuído para o aprendizado e esclarecimento dos alunos e a
importância da música não somente dentro da sala de aula , como também para seu
cotidiano.
• Avaliação: Observar nos alunos o interesse deles pela música clássica e
questionar qual a sensação provocou nelas . Realizar uma avaliação prática e somativa que julgara a atuação e compreensão do aluno no decorrer das aulas e
pôr em prática as atividades sugeridas em sal a de aula e extraclasse.
• Recursos: Será usado em sala de aula note book com projetor, smartphone ou
Tablet, caixa de áudio, todos os aparelhos conectados na internet para facilitar a
interação e aprendizado no ensino do conteúdo em sala de aula .
• Referências: MEDEIROS, A. R. História e Crítica Musical: do Classicismo
à Música Contemporânea. Batatais: Claretiano, 2016 .

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