Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CIDADE DE TERESINA DO ESTADO PIAUÍ Protocolo nº00000000 TIAGO, já qualificado nos autos da ação tal processo em epígrafe, que move em face de GABRIEL, também já qualificado nos autos, vem, por via de sua advogada Joiceane de Sousa Machado que esta subscreve, não se conformando com a sentença proferida às fls.XX, dos autos de ação indenizatória, vem respeitosamente, com fulcro nos art. 1.009 do CPC, apresentar: RECURSO DE APELAÇÃO Com base nos artigos 1.009 a 1.014, ambos do CPC/15, requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Piauí para os fins de mister. Termos em que, Pede o deferimento. Teresina, 20 de Junho de 2021. Joiceane de Sousa Machado OAB/PI RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO Origem: 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CIDADE DE TERESINA DO ESTADO PIAUÍ Processo nº 0000000 Apelante: TIAGO Apelado: GABRIEL I- FATOS Ajuizou Tiago, ação de indenização na 2ª Vara Cível da Comarca de Teresina/Piauí, na tentativa de obter ressarcimento de danos ocasionados a seu veículo após colisão com o veículo de Gabriel, alegando que este é o responsável pelo ocorrido. No dia XX/XX/XXXX, narra o autor, ora, apelante, que conduzia seu veículo pela Avenida Raul Lopes na cidade de Teresina/Piauí, quando um veículo em alta velocidade conduzido por Márcio, colidiu na traseira de seu carro, Tiago relata, supostamente, que Márcio, estava desatento ao trânsito. Como resultado da colisão, Tiago ficou com seu carro completamente destruído e como pedido da ação ajuizada requereu que Gabriel arcasse com as despesas do conserto de seu veículo, já que é proprietário do veículo que era conduzido por Márcio, também lhe a cabe a reponsabilidade civil, num valor de R$ xx.xxx,xx. II - RAZÕES DA REFORMA A Sentença proferida pelo juiz na ação de cobrança proposta pela apelante em face do apelado, julgando o seu pedido improcedente, deve ser modificada in totum, uma vez que a importância reivindicada na inicial traduz-se em uma obrigação de única e inteira responsabilidade do comprador, conforme previsão contratual. A afirmação acima evidenciada, nos termos dos documentos acostados aos autos, encontra respaldo no fato de que vigoram no direito brasileiro, como vigas mestras de sustentação das relações jurídicas, os princípios da liberdade de contratar e do efeito vinculante dos contratos, entendimento este corroborado pela jurisprudência pátria, in verbis: "Em havendo estipulação contratual obrigando o comprador, não cabe declaração de indébito, uma vez que deve prevalecer o brocardo latino pacta sunt servanda". III - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA Na sentença proferida pelo MM Juiz da 2ª Vara Cível, o magistrado indeferiu a petição inicial de plano, extinguindo o processo sem resolução de mérito. O apelado tem legitimidade na ação, pois sendo o proprietário do veiculo também tem responsabilização civil. Nesta toada, se manifestam os Tribunais no entendimento de que a ação deve ser procedente aplicando-se a teoria do Fato da Coisa, que transcorre em o dono do veículo responder pelos danos decorrentes de acidente de trânsito. APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. RECONVENÇÃO. CULPA EXCLUSIVA DO AUTOR COMPROVADA. TEORIA DO FATO DA COISA. CULPA. TEORIA DO FATO DA COISA: É possível o proprietário do veículo responder pelos danos decorrentes de acidente de trânsito envolvendo seu bem, admitindo a responsabilidade pelo fato da coisa. DA-SE PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 78045302726, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Maria Canto da Fonseca, Julgado em... 25/02/2016). À vista disto, independente de dolo ou intencionalidade o apelado é o responsável do dano ocasionado ao veículo automotor de Tiago. IV – DOS PEDIDOS Antes o exposto, requer-se: a) Que o presente recurso de apelação seja conhecido e totalmente provido; b) Que seja reformada a sentença no sentido de extinguir o processo sem resolução do mérito por ilegitimidade passiva. (485, I e VI, e 330, II, do CPC) c) Caso não seja de entendimento desta corte, que a sentença seja anulada e tenha retorno para a fase instrutória; d) Que seja procedente o pedido do apelante, indenização por danos materiais em face do apelado no evento danoso; Termos em que, Pede deferimento. Teresina, 20 de Junho de 2021. Joiceane de Sousa Machado OAB/PI
Compartilhar