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FISIOLOGIA PULMONAR

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Fisiologia II 
 
 
FISIOLOGIA PULMONAR 
 
Ventilação pulmonar – Aula 01 
 
 Porção condutora: boca, nariz, 
faringe, laringe, traqueia, 
brônquios e bronquíolos 
→ Função: passagem do ar, 
filtração, umedecimento e 
aquecimento 
 Porção respiratória: Pulmão: 
brônquios menores → bronquíolos 
→ bronquíolos menores → 
bronquíolos respiratórios → ductos 
e sacos alveolares → alvéolos 
→ Função: trocas gasosas, 
proteção contra partículas 
inaladas, regulação do pH, 
armazenamento do sangue, vocalização (cordas vocais na laringe), 
olfação (membrana olfatória nas narinas que detectam odores) e 
metabolização (o pulmão contém enzimas que ativam composto e 
inativam outros como a ECA que ativa angiotensina I e II). O sistema 
respiratório ajuda no equilíbrio ácido/base do corpo, porém o 
principal regular ácido/base do corpo é rim 
 A respiração pode ser dividida em quatro funções principais: 
1) Ventilação pulmonar: influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os 
alvéolos pulmonares 
2) Difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue 
3) Transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos 
corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo 
4) Regulação da ventilação 
 Músculos: os pulmões podem ser 
expandidos e contraídos por duas maneiras: 
1) Movimentos de subida e descida do 
diafragma para aumentar ou diminuir a 
cavidade torácica: durante a inspiração a 
contração diafragmática puxa as 
superfícies inferiores dos pulmões para 
baixo depois durante a expiração o 
diafragma relaxa e a retração elástica dos 
Fisiologia II 
pulmões da parede elástica e das estruturas abdominais comprime os 
pulmões e expele o ar 
→ Raciocínio Clínico: respiração vigorosa as forças elásticas não são 
poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração necessária 
assim a força extra é obtida principalmente pela contração da 
musculatura abdominal que empurra o conteúdo abdominal para 
cima contra a parte inferior do diafragma comprimindo os pulmões 
2) Elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o diâmetro 
anteroposterior da cavidade torácica: quando a caixa torácica é elevada 
as costelas se projetam diretamente para frente fazendo com que o 
esterno se mova anteriormente para longe da coluna aumentando o 
diâmetro anteroposterior do tórax 
→ Músculos mais importantes que elevam as caixa torácica: músculos 
da expiração – intercostais externos e os que os auxiliam são os 
- esternocleidosmastóideos que elevam o esterno 
- serráteis anteriores que elevam as costelas 
- escalenos que elevam as duas primeiras costelas 
→ Músculos que puxam a caixa torácica para baixo durante a 
expiração: principalmente: reto abdominal que exerce o efeito de 
puxar para baixo as costelas inferiores ao mesmo tempo em que os 
músculos abdominais comprimem o conteúdo abdominal para cima 
contra o diafragma 
- intercostais internos 
Trocas gasosas 
 Funcionamento do sistema respiratório é integrado ao 
sistema circulatório 
 A área de troca entre os alvéolos e o sangue é de 90 m2 sendo 
que possuímos dois tipos de alvéolos: 
→ Alvéolos tipo I: 95% e são responsáveis pelas trocas 
gasosas 
→ Alvéolos tipo II: 5% dos alvéolos e são responsáveis 
pela produção do surfactante pulmonar 
 Surfactante pulmonar: não deixa o alvéolo colabar pois 
diminui a tensão superficial alveolar, a tensão da superfície 
da água dentro dos alvéolos faz ele colabar por isso tem mais surfactante 
 Raciocínio Clínico: parto prematuro é perigoso porque o feto só produz 
surfactantes só depois do sétimo mês de gestação 
 Parede das vias aéreas: 
→ Fibras elásticas (pulmões e caixa torácica), cartilagem (traqueia) e 
musculo liso (brônquios e bronquíolos) cuja função é suporte, 
flexibilidade e extensibilidade 
→ Se ocorrer contração do músculo liso da parede ocorre broncoconstrição 
– aumentando a dificuldade de respirar consequentemente aumentando 
a resistência das vias aéreas relacionado a SNP receptor M3 proteína Gq 
Fisiologia II 
→ Se ocorre dilatação do músculo liso ocorre broncodilatação – facilitando 
a respiração 
 Mecanismos de proteção do sistema respiratório: 
→ Umidificação, aquecimento e filtração do ar 
→ Secreção de muco 
→ Cílios 
→ Células de defesa 
 O muco aprisiona partículas estranhas e os cílios batem e removem o 
muco 
 Lei de Laplace: 
→ A presença do surfactante diminui a tensão superficial em uma película, 
deste modo o surfactante ajuda a igualar a pressão interna em bolhas do 
tamanho diferentes 
 
 
 Pleura: envolve os pulmões 
→ Pleura visceral: pleura que está em 
contato direto com o pulmão 
→ Pleura parietal: mais distante do 
pulmão 
 Entre estas pleuras temos o líquido 
pleural, mas não é muito pois o 
sistema linfático está sempre sugando fazendo com que a pressão seja 
sempre negativa 
 Funções do líquido pleural: 
- Lubrificante (permite o deslizamento nos movimentos pulmonares) 
- Mantém as pleuras úmidas 
- Acopla o pulmão a caixa torácica 
 Pressão Pleural: - 3 mmHg (negativa) 
Fisiologia II 
→ Raciocínio Clínico: no líquido pleural a 
pressão pleural é igual a pressão 
atmosférica, porém se entrar ar entre as 
pleuras a pressão não fica mais 
negativa atrapalhando o 
funcionamento do pulmão 
 Ventilação Pulmonar: Ventilação 
pulmonar é diferente de ventilação alveolar 
→ Ventilação pulmonar: é tudo que entra 
pelo nariz 
→ Ventilação alveolar: é o que chega nos 
alvéolos para a troca gasosa 
→ Movimento dos gases: difusão 
- A difusão ocorre do local de maior concentração para o local de menor 
concentração, mas como estamos falando em gás ao invés de falar concentração 
usamos a palavra pressão 
Patm: 760 mmHg 
Ppulmonar: 760 mmHg 
Neste caso não há movimentação de gases devido à falta de diferença de pressão 
→ Inspiração: a pressão pulmonar fica menor que 760 mmHg fazendo com 
que o vá do locar de maior pressão para o local de menor pressão 
→ Expiração: ocorre o oposto, a 
pressão pulmonar está maior 
que 760 mmHg, ou seja, maior 
que a pressão atmosférica 
fazendo que o ar vá para fora 
dos pulmão 
 Pressão x Volume: 
→ Maior volume menor pressão 
→ Menor volume maior pressão 
 Repouso: 
→ Inspiração: 
1) Diafragma contrai 
2) Aumento do volume da caixa torácica e 
aumento do volume pulmonar 
3) Diminuição da pressão pulmonar 
4) Ppulmonar < Patm 
5) Ar entra 
6) Ppleural negativa 
→ Expiração: 
1) Diafragma relaxa 
2) Diminui volume da caixa torácica e diminui o volume pulmonar 
3) Aumenta a pressão pulmonar 
4) Ppulmonar > Patm. 
Fisiologia II 
5) Ar sai 
6) Ppleural positiva 
 
 Espirômetro: volumes e capacidades pulmonares, registra volumes 
pulmonares 
→ Volume corrente (VC): quantidade de ar movimentado em uma respiração 
tranquila tanto na inspiração quanto na expiração 
→ Volume de reserva expiratório (VRE0): é o que o paciente consegue expirar 
além do normal 
→ Volume de reserva inspiratório (VRI): é a capacidade que o paciente 
consegue inspirar mais que o normal 
→ Volume residual: volume que nunca sai do pulmão 
→ Capacidade inspiratória: volume corrente + volume de reserva inspiratória 
→ Capacidade vital: volume de reserva inspiratória + volume corrente + 
volume de reserva expiratório 
→ Capacidade residual funcional: volume de reserva expiratório + volume 
residual 
→ Capacidade pulmonar total: soma de todos os volumes 
 
Fisiologia II 
 
 
 Ventilação – Minuto = Frequência respiratória x Volume corrente 
- Quantidade total de novo ar levado para as 
vias aéreas a cada minuto 
 Pressão transpulmonar: diferença entre 
Palveolar (abre o alvéolo) e Ppleural (pressão 
externa, tende a fechar o alvéolo) 
- Controla a quantidade de ar que entra ou sai 
do pulmão 
- Inspiração: a Palveolar > Ppleural 
- Expiração: Ppleural aumenta Complacência pulmonar: variação de 
volume em relação a variação de pressão 
- Na prática a complacência pulmonar é a 
capacidade de distensão do sistema 
- Quando a capacidade de distensão está 
diminuída diz-se que o pulmão tem a 
complacência reduzida e o contrário também é 
válido 
- Tanto de ar movimentando x o tanto de vezes 
que você respira (exemplo: 12 frpm x 500 mL) 
- Relacionada com a presença de fibras 
elásticas 
 Diferenças na ventilação pulmonar: 
- Ppleural é maior na base (-2) porque o alvéolo 
é mais fechado na base e os alvéolos da base 
são os primeiros a receber o ar por serem mais 
complacentes do que no ápice, a Ppleural tem que ser negativa, mas seu 
valor varia devido a gravidade do órgão 
- Regiões mais inferiores ventilam melhor 
 
 Energia para a respiração: 
Fisiologia II 
- 3 a 5% da energia consumida pelo corpo, no exercício pesado o consumo 
pode aumentar em até 50x 
- Trabalho elástico: expansão pulmonar e torácica, problemas restritivos 
podem prejudicar a expansibilidade do pulmão 
- Trabalho resistivo: para vencer a resistência da passagem do ar, resistência 
das vias aéreas (80%) e viscosidade tecidual (20%) problemas obstrutivos 
podem prejudicar 
Ventilação alveolar 
 Vias aéreas: 
- Vias aéreas maiores: a resistência é somada, o fluxo é laminar 
- Vias aéreas menores: o circuito é paralelo e a resistência é dividida, o fluxo 
é turbulento 
 Ventilação pulmonar é o ar que chega nos alvéolos para fazer a troca gasosa 
 Espaço morto: 
- Parte do ar que respiramos nunca alcança as áreas de trocas gasosas 
- Ar expirado: ar do espaço morto + ar alveolar 
- Homem adulto jovem: 150 mL 
- Espaço morto anatômico: é o ar que não está nas regiões de trocas gasosas, 
quando expiramos primeiro sai o ar do espaço morto anatômico para depois 
sair dos alvéolos 
- Espaço morto fisiológico: espaço morto anatômico + ar alveolar que não 
fazem troca gasosa 
- Fisiologicamente o espaço morto fisiológico é = o espaço morto anatômico 
 
 Ventilação alveolar por minuto 
(VA): 
- Volume total de novo ar que entra 
nos alvéolos e outras áreas de trocas 
gasosas por minuto 
- É um dos principais determinantes 
das concentrações de O2 e CO2 nos 
alvéolos 
 Raciocínio Clínico: alcalose pode levar a hipoventilação e acidose 
pode levar a hiperventilação já que mais CO2 mais ácido o sangue e 
mais O2 mais alcalino o sangue 
VA = FREQUENCIA RESPIRÁTORIA 
X 
(VOLUME CORRENTE – VOLUME DO 
ESPAÇO FISIOLÓGICO) 
 
Fisiologia II 
 
 
Respiração Descrição Exemplo 
Eupneia Respiração normal em 
repouso 
 
Hiperpneia Aumento da frequência 
ventilatória e/ou 
volume ao aumento do 
metabolismo 
Exercício físico 
Hiperventilação Aumento da frequência 
ventilatória e/ou 
volume SEM aumento 
do metabolismo 
Emocional (ansiedade, 
ataques de pânico) 
Taquipneia Respiração rápida, 
normalmente com 
frequência ventilatória 
aumentada com 
diminuição da 
amplitude 
Respiração ofegante 
Dispneia Dificuldade de respirar Várias doenças ou 
exercício pesado 
Apneia Cessação da respiração Suspensão voluntária da 
respiração, depressão 
dos centros de controle 
do SNC 
Hipoventilação Diminuição da 
ventilação alveolar 
Respiração superficial, 
ocorre em asma e 
doenças pulmonares 
restritivas 
 
Fisiologia II 
Aula 02 – CIRCULAÇÃO PULMONAR 
 
 Duas circulações: 
- Vasos brônquicos: baixo fluxo e alta pressão, sangue arterial sistêmico, 
também chamados de vasos nutridores, sangue rico em O2, fazem parte da 
grande circulação e o sangue nutre e oxigena os pulmões, o sangue vem do 
VE 
- Vasos pulmonares: alto fluxo e baixa pressão, sangue venoso do corpo 
levado aos capilares alveolares, pequena circulação, também podem ser 
chamados de vasos funcionais, o sangue é levado para ser oxigenado vem do 
VD 
- o débito cardíaco do VE e do VD são = 
 A circulação pulmonar é diferente da circulação sistêmica porque os pulmões 
precisam acomodar um volume de sangue muito grande por isso os vasos: 
- São mais distensíveis e mais complacentes (armazena sangue sem 
aumentar tanto a pressão) 
- Vasos são mais finos (menor pressão) 
- Existem muitos capilares 
- E no repouso os capilares ficam fechados (se abrem no caso de atividade 
física para suportar o sangue extra, característica que permitem que o 
pulmão possa acomodar todo o débito cardíaco que vem do VD e VE) 
 
 
- Pressões nos vasos pulmonares são menores que nos vasos sistêmicos (25 
mmHg x 8 mmHg enquanto na aorta 120 mmHg x 80 mmHg) 
Fisiologia II 
- PAE = 0 
- PAD = 0 
 
 Quatro fatores que influenciam o fluxo sanguíneo: 
1) Diferença de pressão (Δp): quanto > o Δp > o fluxo sanguíneo 
2) Viscosidade do sangue: quanto mais viscoso o sangue < o fluxo sanguíneo 
3) Resistencia (impedimento da passagem do sangue): quanto > a 
resistência < o fluxo sanguíneo 
4) Diâmetro do vaso: quanto > o diâmetro > o fluxo sanguíneo 
- A circulação pulmonar tem resistência muito baixo e vasos com pouco 
musculo liso e vasos com maior diâmetro, ou seja, aumento de fluxo mesmo 
com baixo Δp 
 Diminuição de fluxo no alvéolo: 
- Quando há uma diminuição de sangue no alvéolo há uma diminuição do 
fluxo sanguíneo para esse alvéolo porque não tem sentido esse sangue passar 
se não tem oxigênio (é o contrário do que acontece nos tecidos) 
- Ocorre vasoconstrição, o sangue é desviado para outro alvéolo ele vai 
procurar um alvéolo oxigenado, diminuição de 02 nos alvéolos, aumento da 
liberação de vasoconstritores, diminuição de O2, fecha canais de K+ no 
musculo liso do vaso 
 
 Pressões nas diferentes regiões dos pulmões: 
- A pressão arterial (gravidade) é maior na base do que no ápice do pulmão e 
isso altera o fluxo sanguíneo, ou seja, a pressão arterial pulmonar na porção 
mais superior dos pulmões é menor e a pressão na porção mais inferior dos 
pulmões é maior 
 
 Zonas pulmonares: 
- Zona 1: sem fluxo, apenas em patologia, 
ocorre quando P ar alveolar > Pcapilar 
- Zona 2: fluxo intermitente, apenas na 
sístole, Pcapilar >Palveolar 
- Zona 3: fluxo contínuo, pessoa deitada ou 
no exercício físico Pcapilar > Palveolar 
 
 
 Exercício físico: 
- Fluxo sanguíneo aumenta de 4 a 7 vezes 
- Os pulmões acomodam o fluxo extra 
devido ao maior número de capilares aberto, distensão dos capilares, maior 
fluxo e aumento da PA pulmonar (pouco) 
 
 Troca de líquidos nos capilares pulmonares: fluxo contínuo de 
líquido dos capilares pulmonares para o líquido intersticial (sistema linfático 
importante) 
- Remoção de partículas 
Fisiologia II 
- Eliminação de excesso (drenagem) de líquido no 
espaço intersticial 
- Remoção de proteínas plasmáticas 
 
 
 Edema pulmonar: enchimento dos espaços 
intersticiais e alvéolos 
- Aumento de líquido para fora dos capilares 
- Impedimento da ação dos vasos linfáticos 
- Queda da Po2 
- Causas mais comuns: Insuficiência cardíaca 
esquerda e lesão dos capilares pulmonares 
- Fator de segurança do edema pulmonar: 21 mmHg 
- Para haver edema, a pressão capilar pulmonar deve se igualar a pressão 
coloidosmótica do plasma 
- Edema pulmonar agudo: morte em minutos/horas, se a pressão capilar se 
elevar entre 25 e 30 mmHg do nível do fator de segurança 
- Edema pulmonar crônico: vasos linfáticos se expandem, pressão capilar 
pode chegar a 40-45 mmHg sem ser letal (o sistema linfático aumenta sua 
capacidade e no agudo não por isso o edema agudo é letal mesmo a pressão 
no edema crônico aumentado mais) 
 
Aula 03 – trocas gasosas pela membrana respiratória 
 
 O O2 vai do alvéolo para o capilar e o CO2 vai 
ao contrário do capilar para o alvéolo 
 Difusão: 
- Movimento dos gases 
- Não gasta ATP, mas depende da energia 
cinética das moléculas (energia da própria 
molécula) 
- Ocorre do local de maior concentração em 
direção ao local de menor concentração, 
lembrando que quando falamosem gases 
falamos em pressão então a difusão ocorre do 
local de maior pressão em direção ao local de 
menor pressão 
- A intensidade de difusão é diretamente proporcional a pressão parcial de 
cada gás 
- Pressão parcial (nenhum gás está sozinho, é uma mistura de gases): 
depende da concentração do gás e da sua solubilidade gás-líquido, ou seja, 
quanto maior a concentração do gás maior a pressão parcial dele e a 
solubilidade nos dois meio é importante para difusão 
- Por exemplo: principal gás no ar é o nitrogênio, ou seja, o nitrogênio está 
em maior concentração que o oxigênio, 70% do ar é nitrogênio por isso não é 
Fisiologia II 
só concentração é solubilidade também que interfere pois se fosse só 
concentração passaria só nitrogênio pois sua concentração é maior no ar 
- CO2 se difunde 20x mais rápido que O2 
- O2 se difunde 2x mais solúvel que N2 
 Além da diferença de pressão parcial em cada fase: 
- Área: enfisema diminui a área o que prejudica a troca pois ocorre 
destruição de alvéolos 
- Distância que o gás deve percorrer: quanto menor a distância que o gás 
tem que percorrer melhor (patologia que aumenta a distância é o edema que 
acumula líquido no interstício e o gás percorre uma distância maior) 
- Peso molecular: depende de cada gás, quanto > o peso do gás mais difícil é 
a difusão 
- Temperatura do líquido: quanto > a temperatura > a difusão – energia 
cinética 
 Camadas da membrana respiratória: 
1) Surfactante 
2) Epitélio alveolar 
3) Membrana basal do epitélio 
4) Espaço intersticial (edema aumenta o espaço intersticial) 
5) Membrana basal capilar 
6) Endotélio capilar 
- São todas as camadas que o gás tem que atravessar do alvéolo para chegar 
no sangue ou vice-versa 
- A espessura da membrana afeta a difusão, na fibrose começa a formar 
fibras rígidas na membrana que dificulta as trocas e torna mais difícil a 
difusão 
- Diferença de pressão parcial: se a pressão parcial se inverter é ela que gera 
o movimento, os gases não sabem aonde ir, significa que a via área está 
obstruída 
 Fatores que afetam a difusão pela membrana respiratória: 
- Espessura da membrana 
- Área da superfície 
- Diferença de pressão parcial 
- Coeficiente de difusão do gás 
 
 Exercício físico: 
- A capacidade de difusão do gás no exercício físico aumenta porque 
aumenta as trocas gasosas já que aumenta a respiração que aumenta a 
energia cinética 
- Aumenta a ventilação e o fluxo sanguíneo e isso gera uma proporção ideal 
para as trocas gasosas 
- Ventilação e fluxo sanguíneo/perfusão: o ideal é que os dois estejam na 
mesma proporção para que ocorra a troca gasosa 
- No repouso os capilares são fechados e no exercício físico os capilares são 
abertos aumentando a área de superfície e aumento da temperatura 
Fisiologia II 
 Respiração: 
- Ar alveolar é apenas parcialmente substituído pelo ar atmosférico a cada 
respiração (renovação lenta) 
- Esta substituição lenta do ar é importante pois evita mudanças repentinas 
nas concentrações de gases no sangue 
- Inspiração: não sai tudo que acaba de entrar, eu preciso de 17 respirações 
para eliminar o ar que entrou em 1 respiração, vai eliminar aos poucos 
(porque o gás se mistura) 
- Na expiração tranquila não tem contração muscular apenas o diafragma 
que relaxa, mas nenhum outro músculo contrai, porém em casos de 
patologia é necessário ativar músculos respiratórios principalmente em 
patologias que mexem na distensibilidade do pulmão 
 
 Anormalidades da proporção VA/Q: 
Proporção ventilação (VA) – Perfusão (Q)/ Fluxo sanguíneo: 
- VA/Q = 1: ideal, conseguimos isso no exercício físico e mais próximo disto 
quando estamos deitados, mas há variações fisiológicas e patológicas 
- VA/Q < 1: significa que o fluxo sanguíneo está maior que ventilação, ou 
seja, o sangue não está sendo devidamente oxigenado = derivação 
fisiológica/sangue derivado/shunt 
- VA/Q > 1: a VA é maior que o fluxo, ou seja, esforço ventilatório 
desperdiçado, alvéolo hiperventilado não consegue fazer toda a troca gasosa. 
Espaço morto fisiológico 
(espaço morto anatômico + 
alvéolo que não está fazendo 
troca) 
- A parte mediana do pulmão 
fica próximo de 1, porém a parte 
superior do pulmão é VA > Q e 
porção inferior VA < Q (pessoa 
normal em pé) 
- Raciocínio Clínico: alvéolo 
obstruído não recebe ar na 
ventilação, PO2 tende a 
diminuir cada vez mais e o PCO2 começa a sair mais e a difusão para quando 
iguala, o corpo tenta compensar isso com vasoconstrição se VA = 0 agora se 
Q = 0 sem troca, composição diferente do ar atmosférico alvéolo não faz 
troca devido a essa composição pois não há equilíbrio com o sangue 
 
 
Aula 04 – transporte de gases no sangue 
 
 O O2 passa dos alvéolos para o capilar sanguíneo e capilar para os tecidos 
onde se transforma em ATP, o trabalho dos tecidos produz CO2 que vai ser 
eliminado na troca gasosa entre capilares pulmonares e alvéolos, ocorre 
Fisiologia II 
aumento de PO2 conforme o sangue passa pelos capilares pulmonares até 
igualar PO2 alveolar 
 Os vasos brônquicos desembocam (quando saem do pulmão) nas veias 
pulmonares (PO2 = 104 mmHg) quando se iguala com a PO2 do alvéolo + 
sangue desoxigenado dos vasos brônquicos passa a 95 mmHg 
 
Transporte de Oxigênio 
 Os gases são lipossolúveis e o 
sangue é hidrossolúvel apenas 3% 
é dissolvido sendo que 97% do 
oxigênio é ligado a hemoglobina 
(Hb) que é uma proteína 
 Hb possui 4 cadeias, cada cadeia 
tem um ferro, o oxigênio se liga ao 
ferro portanto uma hemoglobina 
se liga a 4 O2 
 Na alta PO2 (alvéolo) a 
hemoglobina liga o O2 e na baixa 
PO2 (tecido) desliga/libera do O2 
 Sangue – Líquido – Interstício 
– Célula: no terminal arterial capilar a PO2 é 95 mmHg a do interstício 40 
mmHg e a da célula 23 mmHg isso corresponde a diferença de pressão que 
gera a difusão fazendo com que o O2 capilar tecidual entre nas células do 
tecido 
 
 
 Para as células é essencial apenas PO2 de 1-3 mmHg: 
1) Se aumenta metabolismo da célula é quando ela está 
trabalhando mais, necessitando de mais ATP e isso 
corresponde a um maior consumo de 02 o que causa 
diminuição de PO2 neste caso a tendencia da PO2 é 
diminuir imediatamente, porém essa queda de O2 
na célula é no interstício o que estimula o aumento 
do fluxo sanguíneo para o tecido = vasodilatação 
2) Se aumenta o fluxo sanguíneo a PO do interstício 
aumenta ou diminuiu? A tendencia é aumentar está 
PO2 pois está vindo uma PO2 de 95 mmHg do 
capilar pulmonar para o interstício 
3) Saturação de Hb: não libera os 4 O2 no repouso 
(apenas 2) 
 
Fisiologia II 
 
 
 
 
 
 Condições que aumentam 
metabolismo estimulam 
maior liberação de O2 pela 
hemoglobina: 
- Aumento de CO2 
- pH ácido 
- Aumento da temperatura 
- Aumenta 2,3 DPG/BPG essa substância aumenta na hemácia em condições 
de hipóxia/isquemia, é um sinalizador da própria hemácia e faz o oxigênio 
ser mais liberado 
- Hb do adulto: duas alfas e duas beta 
- Hb do feto: duas gama e duas beta 
- A Hb do feto tem maior afinidade com o O2, ou 
seja, pega O2 mesmo em baixa pressão de O2 já a 
Hb do adulto pega o 02 no alvéolo onde a PO2 é alta, 
a Hb fetal pega O2 pela placenta onde a P02 não é 
tão alta por isso é importante o feto ter a estrutura 
diferente de Hb 
- Raciocínio Clínico: CO (monóxido de carbono), a 
Hb ama CO que se liga no lugar de O2 em caso de 
intoxicação por monóxido de carbono o tratamento é O2 e CO2 porque o 
CO2 estimula o aumento da frequência respiratória 
 
 
 
Transporte de gás carbônico 
 A célula tem uma PCO2 de 46 mmHg e o interstício de 45 mmHg e o sangue 
uma PCO2 de 40 mmHg 
 Porque a o PCO2 da célula é maior? Porque a célula produz CO2 essa 
diferença de pressão gera 
difusão do mais 
concentrado para o 
menos concentrado e 
para de passar quando 
igualar 
 Transporte de CO2 
no sangue: 
1) Livre 7% 
2) Ligadoa Hb ou outras proteínas plasmáticas 23% 
3) Na forma de HCO3 (bicarbonato) 
Fisiologia II 
- CO2 entra na hemácia se liga com a água sofre efeito da anidrase carbônica 
e forma H2CO3 se dissocia e forma H+ e HCO3- sai da Hb por 
contratransporte e entra Cl-, no alvéolo a chegada do O2 na hemácia faz a 
hemoglobina soltar o CO2 
- Processo inverso: HCO3 entra na hemácia em troca do Cl reage com H+ 
que é acido e forma H2CO3 sofre ação da anidrase carbônica que dissocia em 
H2O e CO2 e esse CO2 vai para o alvéolo 
- Raciocínio Clínico: aumento 
do metabolismo (trabalhando 
mais), ocorre aumento da 
PCO2 da célula esse aumento 
da PCO2 vai para o interstício 
aumentando a PCO2 do 
interstício e para resolver esse 
problema ocorre vasodilatação 
para aumentar o fluxo 
sanguíneo portanto 
aumentando o fluxo sanguíneo 
diminuímos PCO2 da célula e 
do interstício 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia II 
Aula 5 – centro respiratório 
 
 Grupo de neurônios do tronco encefálico (bulbo e ponte) é que controlam a 
respiração 
 Divisões: 
1) Grupo respiratório dorsal: são tônicos, neurônios que controlam a 
respiração tranquila, estão a todo momento controlando o diafragma que 
controlam o ritmo respiratório básico 
2) Grupo respiratório ventral: grupo de neurônios que se ativam quando a 
respiração deixa de ser tranquila, ativam os músculos acessórios 
(inspiratórios e expiratórios) 
3) Centro pneumotoráxico: controla a frequência respiratória 
- Todos esses 3 se comunicam quanto mais o 3 se ativam mais a frequência 
respiratória aumenta (morfina deprime o centro respiratório) 
 NTS (Núcleo do Trato Solitário): também faz parte do centro 
respiratório próximo do grupo respiratório dorsal, recebe sinais conscientes, 
emocionais, quimiorreceptores (podem ser centrais localizados no SNC e 
periféricos que estão nos músculos respiratórios e nos pulmões) e 
mecanorreceptores 
 Reflexo de Hering-Brewer: mecanorreceptores nos pulmões detectam 
estiramento, excesso de estiramento pulmonar pode gerar lesão. 
Mecanorreceptores ativados levam essa informação pelo nervo vago até o 
NTS que ativa o centro pneumotoráxico que aumenta a frequência 
respiratória e não deixa estirar tanto é uma forma de proteção pois deixa 
entrar a mesma quantidade de ar sem estirar, ou seja, proteção contra lesão 
 Área quimiossensível: possui quimiorreceptores centrais que respondem 
ao CO2 (pouco) e principalmente ao H+, localizado entre o grupo 
respiratório dorsal e o grupo respiratório ventral 
- O CO2 atravessa a BHE (barreira hematoencefálica) porque é um gás 
lipossolúvel, quando atravessa estimula o seu receptor (estímulo fraco) o H+ 
não atravessa a BHE porque não consegue atravessar então o H+ precisa 
virar CO2, o CO2 atravessa se liga a água com a ajuda da anidrase carbônica 
vira H2CO3 que se dissocia e vira HCO3 e H+ 
- O que estimula mais o centro respiratório é o CO2 
- Essa área não detecta oxigênio 
- Quando diminui pH estimula H+ a virar CO2 (processo inverso) 
- Raciocínio Clínico: CO2, diminuição de pH, diminuição de O2, ativam o 
centro respiratório o paciente hiperventila 
 Quimiorreceptores periféricos: 
1) No arco da aorta – nervo vago – NTS 
2) No seio carotídeo – nervo glossofaríngeo – NTS 
- Respondem muito pouco a CO2 e H+, principal estímulo é a queda de O2, 
estão no SNP. 
- A queda de O2 fecha canais de K+ no quimiorreceptores que não sai da 
célula causando despolarização gerando potencial de ação

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