Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GLICOSILAÇÃO DE PROTEÍNA @pamelaguimaraes._ glicação não envolve a participação de enzimas glicosilação envolve a participação de enzimas GLICOPROTEÍNAS Glicoproteínas são conjugados carboidrato-proteína nos quais os glicanos são menores, ramificados e mais estruturalmente diversos comparados aos proteoglicanos; O carboidrato pode constituir de 1 a 70% ou mais da massa da glicoproteína; ● Os oligossacarídeos adicionados não possuem uma unidade de repetição, como nos proteoglicanos, e geralmente contêm açúcares aminados (N-acetilglicosamina ou N-acetilgalactosamina), açúcares neutros (galactose, manose, fucose) e o açúcar ácido: ácido siálico (ácido N-acetilmurâmico). Função dos carboidratos nas glicoproteínas ● auxilia o enovelamento da proteína na formação correta ● aumenta a solubilidade da proteína ● estabiliza a proteína contra desnaturalização ● protege a proteína da degradação proteolítica ● direciona a proteína para localização subcelulares específicas ● serve como sinal de reconhecimento para proteínas ligantes de carboidratos (lectina) Muitas proteínas secretadas por células eucarióticas são glicoproteínas, como: imunoglobulinas (anticorpos), hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) e o hormônio estimulante da tireoide, (TSH); para acontecer tudo isso , precisa fazer a glicosilação GLICOSILAÇÃO DE PROTEÍNAS Glicosilação = adição covalente de carboidratos a aminoácidos específicos em uma proteína (aa específicos) No processo da N-glicosilação a proteína tem o carboidrato ligado através do nitrogênio da amida de resíduos de asparagina; ocorre em 90% das glicoproteínas; (N é no retículo endoplasmático) No processo O-glicosilação, a ligação é feita entre o grupo hidroxila da serina ou treonina e o carboidrato; ( O acontece no Golgi) A glicosilação pode ocorrer concomitante à tradução, isto é, enquanto a proteína está sendo sintetizada (cotradução, N-glicosilação) após sua síntese (pós-tradução, O-glicosilação). N-Glicosilação - Modificação da proteína no RE A maioria das proteínas sintetizadas no RE rugoso é N-glicosilada dentro do RE (glicoproteína); ✓ Metade das proteínas eucarióticas é glicosilada; ✓ N-glicosilação: ▪ Ligação de oligossacarídeo ao grupo –NH2 da cadeia lateral da Asn (asparagina) Oligossacarídeo precursor ligado ao Dolicol; GLICOSILAÇÃO DE PROTEÍNA @pamelaguimaraes._ ✓ Oligossacarídeo precursor é transferido em bloco para a Asn; ▪ Oligossacarídeo-transferase(transfere o oligossacarídeo para a asparagina ) (lúmen RE) dolicol serve como base para a síntese dos oligossacarídeos Dolicol O dolicol é uma molécula longa e hidrofóbica: suas unidades de cinco carbonos podem atravessar mais de três vezes a espessura de uma bicamada lipídica (90 a 100 carbonos). GLICOSILAÇÃO DE PROTEÍNA @pamelaguimaraes._ Os oligossacarídeos são utilizados como “rótulos” para marcar o estado de enovelamento da proteína A proteína chaperona (auxilia no enovelamento) ligada à membrana do RE, calnexina, liga-se a proteínas incompletamente enoveladas contendo uma glicose terminal nos oligossacarídeos ligados ao N, mantendo a proteína no RE; ➔ A remoção da glicose terminal por uma glicosidase libera a proteína da calnexina. Uma glicosiltransferase é a enzima que determina se a proteína está enovelada de forma adequada ou não: se a proteína ainda está incompletamente enovelada, a enzima transfere uma nova glicose da UDP-glicose para o oligossacarídeo ligado ao N, renovando a afinidade da proteína pela calnexina e retendo-a no RE. O ciclo se repete até a proteína ter se enovelado completamente; ➔ A calreticulina atua de modo semelhante, exceto pelo fato de que é uma proteína solúvel residente no RE. O-Glicosilação - Modificação da proteína no aparelho de Golgi (não tem dolicol) Receptor de LDL (é um receptor de glicoproteína) (reconhecimento da apoB100 presente na LDL, endocitose mediada pelo receptor) Eritropoetina Hormônio glicoprotéico secretado pelos rins que estimula a produção de eritrócitos; Utilizado em doping esportivo mas detectado por eletroforese dos padrões de glicosilação. Mucinas As mucinas contêm cerca de um terço de aminoácidos sendo serinas ou treoninas, e a maioria desses sendo modificados com oligossacarídeos O-glicanos; São glicoproteínas secretadas pelas células epiteliais de revestimento dos tratos respiratório, gastrointestinal e genitourinário; Formam uma barreira protetora na GLICOSILAÇÃO DE PROTEÍNA @pamelaguimaraes._ superfície epitelial, promovendo lubrificação entre as superfícies e facilitando os processos de transporte, como o movimento do alimento através do sistema gastrintestinal. proteína de forma linear de forma viscosa . protege contra infecções Função das interações lectina-ligante durante a movimentação de leucócitos para um sítio de infecção ou ferimento Selectina envolvida na adesão de leucócitos ao endotélio vascular na cascata de eventos que levam ao processo de inflamação. Vírus influenza (adesão a carboidratos da superfície celular) CONTEXTO CLÍNICO DAS GLICOPROTEÍNAS ● TUNICAMICINA é um antibiótico glicosídico que inibe o primeiro passo na síntese de N-glicanos, isto é, a formação de dolicol-PP-GlcNAc; porção protéica da glicoproteína é sintetizada, mas na ausência de seu carboidrato é mal enovelada, se agrega e é degradada na célula; O tratamento das células com tunicamicina induz frequentemente estresse no retículo endoplasmático (RE). ● Defeitos congênitos de glicosilação (DCG) grupo de doenças genéticas raras que afeta a biossíntese das glicoproteínas. Os pacientes mostram comprometimento multissistêmico, com grave envolvimento do sistema nervoso; -“As CDGs são caracterizadas pela deficiência total ou parcial de diversas enzimas envolvidas na glicosilação de proteínas, -mutações em genes que codificam glicosiltransferases, -defeitos no tráfego vesicular e defeitos de homeostase.” ● Mudanças na composição ou estrutura do açúcar podem ser marcadores diagnósticos de alguns tipos de câncer, -incluindo melanomas, câncer de ovário e carcinoma hepatocelular. -Níveis aumentados da enzima GlcNAc transferase V são altamente expressos em algumas células transformadas, resultando em aumento das ramificações e produção de oligossacarídeos N-ligados maiores; -Essas alterações não são consideradas causas da doença, ( mas para avaliar a detecção precoce da doença e ver o grau da gravidade https://lume.ufrgs.br/handle/10183/1957 45 https://lume.ufrgs.br/handle/10183/195745 https://lume.ufrgs.br/handle/10183/195745
Compartilhar