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No instagram: @estetodamaria Curta, salve e deixe seu comentário para me apoiar 😊 Digestão As proteínas são macromoléculas orgânicas formada por aminoácidos ligados por ligações peptídicas. Entre os aminoácidos mais comuns, temos: Aminoácidos essenciais: são aqueles que não conseguimos produzir e precisamos obter da natureza o Valina, leucina, isoleucina, treonina, metionina, histidina, fenilalanina e lisina. Aminoácidos não essenciais: são aqueles produzidos pelo corpo humano o Serina, alanina, cisteína, prolina, aspartato, asparagina, glutamato, glutamina, arginina, tirosina e glicina. Os aminoácidos podem ser classificados em neutros, básicos ou ácidos e isso irá determinar que tipo de enzima vai agir sobre eles para a digestão. Entre os tipos de proteínas que conseguimos obter, temos: Proteínas endógenas: resultantes das secreções salivar, gástrica, pancreática, biliar e intestinal. São enzimas, hormônios e imunoglobulinas e proteínas do muco, ou originárias da descamação das células da parede do TGI. Proteínas exógenas: provenientes de carnes e vegetais ingeridos na dieta. Em condições normais, todas as proteínas (endógenas e exógenas) são digeridas e absorvidas. Apenas de 6 a 12g de proteínas são excretados diariamente. 1) Digestão gástrica: Ácido clorídrico: o HCl, além da função bactericida, de ativação do pepsinogênio e de estimulador das células principais, desnatura proteínas globulares, facilitando a ação hidrolítica da pepsina. Pepsina: é uma endopeptidase que hidrolisa de 10 a 15% das proteínas ingeridas. Resulta da conversão do pepsinogênio em pepsina pela ação do H+ proveniente do ácido clorídrico. Sua ação não é essencial, pois outras enzimas conseguem ter a mesma função. o Ela tem capacidade para digerir o colágeno, que é pouco hidrolisado por outras enzimas proteolíticas. A digestão do colágeno pela pepsina facilita a penetração de outras enzimas proteolíticas nos tecidos a serem digeridos. Assim, disfunção péptica causa má digestão. o Proteínas → Oligopeptídeos A presença de oligopeptídeos no TGI estimula a produção de gastrina, pelo estômago, e a produção de CCK, pelas células I do duodeno. Dessa forma, as células acinares pancreáticas são estimuladas a secretarem suas enzimas. No instagram: @estetodamaria Curta, salve e deixe seu comentário para me apoiar 😊 2) Digestão intestinal: A maior parte da digestão proteica ocorre pela ação das enzimas pancreáticas principalmente no duodeno. A chegada do quimo ao duodeno serve de estímulo às células endócrinas do intestino. Assim, tem-se a secreção de secretina e CCK por células S e I, respectivamente. A secretina estimula a secreção de bicarbonato pelas células dos ductos pancreáticos. A CCK estimula a secreção de enzimas pelos ácinos pancreáticos. O tripsinogênio presente no suco pancreático é ativado a partir da ação da enterocinase/enteropeptidase presente nas células da borda em escova. O resultado disso é a formação de tripsina que, além de ter capacidade de autocatálise, atua na ativação das proenzimas produzidas e secretadas pelo pâncreas. As enzimas proteolíticas pancreáticas tem alta especificidade. Temos: Endopeptidases: o Tripsina: hidrolisa ligações cujo grupo é fornecido pela lisina e arginina. o Quimiotripsina: hidrolisa ligações envolvendo resíduos de fenilalanina, tirosina, triptofano e metionina. o Elastase: hidrolisa ligações peptídicas da elastina, proteína fibrosa do tecido conjuntivo. Exopeptidases: o Carboxipeptidases (A e B): são exopeptidases que removem, sucessivamente, aminoácidos das terminações COOH. Outras enzimas, como desoxirribonucleases e as ribonucleases, hidrolisam ácidos desoxirribonucleicos e ribonucleicos. A hidrólise dos oligopeptídeos é continuada pelas peptidases da borda em escova e pelas enzimas contidas no citosol dos enterócitos. As enzimas da borda em escova são: Amino-oligopeptidases: hidrolisam peptídios com 3 a 8 resíduos de aminoácidos; Aminopeptidases: hidrolisam di e tripeptídios; Dipeptidil aminopeptidases: hidrolisam di e tripeptídios com resíduos de prolina e alanina As enzimas citosólicas hidrolisam di e tripeptídeos e são: Prolidase Dipeptidase Tripeptidase No instagram: @estetodamaria Curta, salve e deixe seu comentário para me apoiar 😊 Absorção Ao contrário do que ocorre com a absorção de carboidratos no intestino, di e tripeptídeos, além de aminoácidos, conseguem ser absorvidos pela membrana luminal dos enterócitos por vários sistemas transportadores. Através da membrana basolateral, só aminoácidos livres são absorvidos. A digestão e absorção de proteínas completam- se até a região do jejuno distal/ íleo proximal. O transportador envolvido na absorção de di e tripeptídeos para o interior dos enterócitos é o PepT1. É um tipo de transporte acoplado a prótons, os quais têm um gradiente gerado pela ação dos trocadores de sódios/hidrogênio também na membrana apical. A absorção de di e tripeptídeos apresenta uma vantagem cinética, pois: Ocorre mais rapidamente que a absorção de aminoácidos livres Evita problemas de competição com os transportadores da membrana luminal dos enterócitos, pois o PepT1 é inespecífico É energeticamente mais vantajosa para as células Os peptídeos são mais resistentes ao jejum, às carências proteico-calóricas, às carências vitamínicas e às doenças intestinas que os aminoácidos → os peptídeos oferecem maior eficiência do seu aproveitamento, pois sua absorção consegue reter mais nitrogênio Os transportadores envolvidos na absorção de aminoácidos são vários e podem ser divididos em sistemas de transporte, sendo o sistema B predominante. No instagram: @estetodamaria Curta, salve e deixe seu comentário para me apoiar 😊 O transporte de aminoácidos através da membrana basolateral pode ocorrer tanto no sentido absortivo como no sentido do compartimento vascular para o enterócito. A absorção de proteínas, peptídeos e aminoácidos varia de acordo com o período de desenvolvimento ontogenético do indivíduo, lactação, gestação e em resposta a doenças. Em recém-nascidos, ocorre absorção de proteínas intactas, principalmente de imunoglobulinas do colostro. Em adultos, pode se dar endocitose de proteínas imunologicamente ativas, pelas células M dos domos foliculares. Vários hormônios, parácrinos e neurotransmissores regulam os processos absortivos de nutrientes orgânicos em geral. No caso dos aminoácidos, a somatostatina diminui a absorção de lisina, glicina e leucina. O peptídeo vasoativo intestinal (VIP) reduz o transporte de leucina, enquanto a neurotensina, a colecistocinina (CCK) e a secretina o aumentam. O fator de crescimento epidérmico eleva o transporte de alanina e glutamina. Correlações clínicas Doença de Hartnup ou aminoacidúria: doença genética recessiva que consiste num defeito na absorção intestinal e renal de aminoácidos neutros (especificamente do sistema B de transporte da membrana luminal). Apresenta sintomas semelhantes aos da pelagra a e aminoacidúria (como o triptofano). Cistinúria: defeito genético dos sistemas Bo,+ e bo,+ da membrana luminal tanto do enterócito quanto do túbulo proximal do néfron. Excreção renal de lisina, arginina e cisteína. Manifestação clínica em forma de cálculos renais. Intolerância lisinúrica proteica: defeito genético no sistema IMINO da membrana luminal. Prolina e hidroxiprolina são excretadas na urina. Não acarreta carência nutricional. Intolerância proteica lisinúrica: defeito genético do sistema Y+ da membrana basolateral dosenterócitos. Não há problemas nutricionais.
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