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Lívia Mendes – UNIFG 2019.1 ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO ➢ O que mais mata no trauma? CHOQUE. ➢ O que mata mais rápido no trauma? A, obstrução de via área, falta de O2. PRIMEIRA REGRA (LEI OURO): SEGURANÇA DA CENA • Analisar segurança do local, da cena, da equipe, dos terceiros e em volta do paciente • Sinalização de via • Paramentação da equipe • Tratamento imediato da hemorragia • Passar o mínimo de tempo no cenário do acidente • Transporte para serviço adequado X – CONTROLE DE HEMORRAGIA EXTERNA TIPOS DE HEMORRAGIA: Venosa: Geralmente controlada mediante pressão direta no local Arterial: Mesmo uma ferida perfurante pequena e profunda em uma artéria pode produzir hemorragia com risco a vida CONTROLE DE HEMORRAGIA: ➢ Com a LUVA, avaliar profundidade da ferida e: PRESSÃO DIRETA: Associados ou não a preenchimento de ferida, agentes hemostáticos e bandagem exclusiva. ➢ Ex agentes hemostáticos: Quickclot, Selante de Fibrina Seca (DFS), Gaze de Comabte, Celox etc. TORNIQUETES: Eficazes no controle da hemorragia grave e também são utilizados quando a pressão direta ou curativo não controlam a hemorragia. ➢ Não improvisar torniquete ➢ Usar por 120 a 150m ➢ PROXIMAL AO FERIMENTO ➢ NÃO APLICAR SOBRE ARTICULAÇÃO ➢ VERIFICIAR AUSENCIA DE PULSO DISTAL ➢ Não aplicar em bebês e crianças pequenas ➢ Registrar a hora da aplicação A – TRATAMENTO DA VIA AREA ➢ Garantir que esteja permeável (aberta e limpa) ESTABILIZAÇÃO MANUAL DA CABEÇA ➢ Fazer antes da comunicação com o paciente, para evitar que ele vire a cabeça! ➢ Colar cervical e Head Block se disponível RETIRADA DE CORPOS ESTRANHOS ➢ Fala com o paciente, vê se ele consegue se comunicar e consequentemente se tem algo atrapalhando a via. PINÇA/MANUAL: Objetos sólidos (próteses, alimentos) ASPIRAÇÃO: Líquidos (sangue, saliva, vômitos) – ASPIRA COM SONDA RÍGIDA, se não disponível, usa o flexível. ABERTURA DAS VIAS AEREAS MANUAL: JAW THRUST E CHIN LIFT Lívia Mendes – UNIFG 2019.1 MECÂNICOS: Cânulas oro e nasofarigeas. (Utilizar se paciente estiver INCONSCIENTE) – Cânula de Guedel ETAPA B – BREATHE Oferecer eficazmente o oxigênio para os pulmões 1. VERIFICAR SE O DOENTE ESTÁ VENTILANDO 2. AVALIAR A QUALIDADE DA VENTILAÇÃO FREQUÊNCIA: ➢ Apneia: Doente não está ventilando ➢ Lenta: < 10vent/min ➢ Normal: 10-20 vent/min ➢ Rápida: 20-30 vent/min ➢ Anormalmente rápida: >30 vent/min OBS: As lesões que podem impedir a ventilação incluem pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, lesão raquimedular e lesões cerebrais traumáticas OBS: Ventilação assistida para paciente com frequência lenta ou em apneia. PROFUNDIDADE 3. OFERTA DE OXIGÊNIO Concentração de O2 no ambiente: 21% MÁSCARA NÃO REINALANTE: Paciente consegue respirar ESPONTANEAMENTE ➢ 80 a 100% FIO2 AMBU: Ventilação com pressão, NÃO RESPIRA ESPONTANEAMENTE. OBS: PACIENTE TRAUMATIZADO NÃO UTILIZAR CATETER DE O2. ETAPA C – CIRCULAÇAO MNEUMONICO: HPPP ➢ HEMORRAGIAS INTERNAS: TÓRAX, ABDOME, OSSOS LONGOS E PELVE ➢ PULSOS: PRESENÇA, QUALIDADE E REGULARIDADE. ▪ Rápido e fino: hipovolemia ▪ Pulsos centrais: femoral ou carótida e se ausentes, reanimação IMEDIATA. ➢ PELE: COR, TEMPERATURA, UMIDADE ➢ PERFUSÃO: ENCHIMENTO CAPILAR OBS: Em razão da sua reserva fisiológica aumentada, crianças com lesões hemorrágicas apresentam com sinais vitais ligeiramente alterados, caracterizando o choque compensado. Uma razão para uma rápida transição ao choque descompensado, é a perda de hemácias, e consequente aporte do transporte de oxigênio. ➢ Sinais precoces: taquicardia e redução da pressão de pulso Lívia Mendes – UNIFG 2019.1 ➢ Tardio: palidez, pele fria e úmida, hipotensão e cianose REPOSIÇÃO DE FLUIDOS Não envolve a restauração da pressão arterial ao normal, mas fornece fluido suficiente para garantir perfusão dos órgãos vitais ➢ RINGER LACTATO ➢ SOLUÇÃO SALINA INSTALAÇÃO DE CATETER VENOSO O objetivo é manter o debito cardíaco, e não recuperar plaquetas necessárias para coagulação ou hemácias perdidas É feito um acesso para manter o debito. Preferível colocar o acesso no transporte e não no local ETAPA D – DISFUNÇÃO NEUROLOGICA O rebaixamento do nível de consciência alerta o socorrista para quatro possibilidades a seguir: 1. Oxigenação cerebral diminuída 2. Lesão do SNC 3. Intoxicação por drogas ou álcool 4. Distúrbio metabólico A ferramenta utilizada para avaliar a função cerebral e predição do desfecho clínico e a ESCALA DE GLASGOW: AVALIAÇÃO DAS PUPILAS E SINAIS DE LATERALIZAÇÃO (HEMIPARESIA, PUPILAS ASSIMÉTRICAS ETC), APÓS APLICAÇÃO DO GLASGOW. HEMATOMA EPIDURAL Sintomas clássicos: ➢ Rápida perda de consciência, seguida de intervalo lucido ➢ Obnubilação, hemiparesia contralateral, pupila dilatada ipsilateral Sinal de Guaxinim: Fratura de um ou mais ossos da face (nasal, frontal, maxilar etc) e/ou base do crânio. Sinal de Battle: Fratura de base do crânio. CONCUSSÃO CEREBRAL Pancadas repetidas na cabeça e no cérebro, foi recentemente reconhecido, que resultam em dificuldades de longo prazo com relação a cognição, comportamento e função ➢ Rápida perda de consciência ➢ Dor de cabeça, náuseas, problemas no equilíbrio, confusão, fazer perguntas pausadas e repetidamente OBS: A recuperação da concussão pode demorar, semanas e até meses. ETAPA E – EXPOSIÇÃO Lívia Mendes – UNIFG 2019.1 EXPOR POR COMPLETO – despir o paciente, investigar como um todo. AVALIAR DORSO – girar o paciente para avaliar (monobloco) PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA – cobertor com manta térmica, cristaloide aquecido FIM? Acabou o “E” e agora? Volta pro A!!!!! Reavaliação. Depois, eu parto para a avaliação secundaria
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