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893-AULA-6-Práticas-Pedagógicas-6

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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: 
ESPORTES INDIVIDUAIS 
AULA 6
COMUNICADO SOBRE A PANDEMIA COVID-19 
Caro aluno, 
Devido à pandemia que enfrentamos neste momento, estamos passando por 
tempos desafiadores, juntos e com esforços de cada um, certamente 
venceremos essas adversidades. 
Pensando na saúde e bem-estar de todos os nossos alunos, corpo docente e 
administrativo, e seguindo as determinações dos órgãos municipais, estaduais e 
dos Ministérios da Saúde e da Educação, as práticas pedagógicas propostas 
pelo seu curso deverão ser desenvolvidas em casa. 
Precisamos nos assegurar de que nossos alunos estão em segurança e, por 
isso, pedimos que você utilize sua criatividade, mas não deixe de realizar suas 
práticas, pois elas são fundamentais para a sua formação. 
FLUXO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 
A parte de planejamento/organização e RELÁTORIO DAS ATIVIDADES devem 
ser realizados em sua casa... NÃO HÁ PERDA DA QUALIDADE DO PRODUTO 
A SER APRESENTADO! 
PARTE PRÁTICA DE EXECUÇÃO DO PROJETO 
Vale realizar as atividades propostas em cada projeto com os pais, irmãos, 
sobrinhos (QUE RESIDAM EM SUA CASA...), vale fazer videoconferência com 
a amiga que é professora, com o colega que trabalha como secretário, enfim, 
use sua imaginação, mas não deixe de fazer suas práticas pedagógicas e postar 
no portal, pois essas atividades compõem sua avaliação. 
Se você residir sozinho(a), utilize a sua CRIATIVIDADE, mas execute o 
plano da atividade que você está propondo para as PRÁTICAS 
PEDAGÓGICAS. 
Temos certeza de que essa pandemia se trata de algo que iremos superar e, 
rapidamente, poderemos normalizar nossas vidas. 
Um abraço, 
Equipe da UNIFAVENI 
Conteúdos 
de Ensino 
Abertura 
Olá!
A importância de organizar e selecionar os conteúdos é indiscutível. Alguns 
educadores acreditam que a organização do conteúdo se constitui numa só unidade, em que 
teoria e prática se fundem. Ou seja, no fazer, gera-se o saber. Outros procuram redefinir os 
conteúdos a partir de um determinado ponto de vista da classe. E existem aqueles que 
colocam a sistematização do conhecimento a partir de problemas postos pela prática social.
Acompanhe esta aula para saber mais sobre os conteúdos de ensino.
BONS ESTUDOS!
APRESENTAÇÃO CONCEITUAL 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM GESTÃO DA APRENDIZAGEM 
1 – O QUE É CONTEÚDO DE ENSINO? 
Conteúdos de ensino são um conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, 
modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e 
didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos na 
sua prática de vida. 
O ensino de conteúdos deve ser visto como a ação recíproca entre a 
matéria, o ensino e o conhecimento prévio dos alunos. O conteúdo de 
ensino a ser transmitido pelo professor oportuniza procedimentos de ensino 
que levam a formas de organização do estudo ativo pelos alunos. 
2 – COMO SE ORGANIZAM OS CONTEÚDOS DE ENSINO? 
Tais conteúdos estão organizados em matérias de ensino e dinamizados pela 
articulação objetivos-conteúdos-métodos e formas de organização do ensino, 
nas condições reais em que ocorre o ensino. 
Conhecimentos são produzidos e recriados no modo de vida e os 
conteúdos na escola são para assimilação das novas gerações, 
objetivando a ampliação da compreensão da realidade. 
A aquisição do domínio teórico-prático do saber sistematizado é uma 
necessidade humana, parte integrante das demais condições de 
sobrevivência, pois possibilita a participação mais plena de todos no 
mundo do trabalho, da cultura, da cidadania. 
3 – ESCOLHA DOS CONTEÚDOS DE ENSINO 
Deve ser o professor a determinar, selecionar e organizar os conteúdos, segundo 
critérios e princípios específicos para esse fim. Para tanto, é necessário atenção 
para que não haja distância entre o conteúdo programático e a realidade 
vivenciada pelos alunos. Para a escolha dos conteúdos, o professor 
deve estabelecer alguns critérios como validade, flexibilidade, 
significação elaboração pessoal e utilidade de conteúdo. 
A escolha dos conteúdos de ensino leva em conta não só a herança 
cultural manifestada nos conhecimentos e habilidades, mas também a 
experiência da prática social vivida no presente pelo aluno. 
São três fontes que o professor utilizará para selecionar os conteúdos do 
plano de ensino e organizar a sua aula: 
1. Programação oficial, na qual são fixados os conteúdos de cada matéria.
2. Conteúdos básicos das ciências transformadas em matérias de ensino.
3. Teorias e práticas desenvolvidas a partir da vivência dos alunos.
Libâneo (1992) nos apresenta que os conteúdos de ensino se 
compõem de quatro elementos: conhecimentos sistematizados, 
habilidades, hábitos, atitudes e convicções. 
1. Os conhecimentos sistematizados são a base da instrução e do ensino. 
Os objetos de assimilação são o meio indispensável para o 
desenvolvimento global da personalidade.
2. As habilidades são qualidades intelectuais necessárias para a atividade 
mental no processo de assimilação de conhecimentos.
3. Os hábitos são modos de agir relativamente automatizados que tornam 
mais eficaz o estudo ativo e independente.
4. As atitudes e convicções se referem a modos de agir, de sentir e de 
se posicionar frente a tarefas da vida social. Orientam, portanto, a tomada 
de posição e as decisões pessoais frente a situações concretas.
A dimensão crítico social dos conteúdos: submetem-se os conteúdos de 
ensino aos crivos de seus determinantes sociais para recuperar o 
seu núcleo de objetividade, tendo em vista possibilitar o conhecimento 
científico e crítico da sociedade. 
A dimensão crítico social se manifesta: 
1. No tratamento científico dos conteúdos.
2. Nos conteúdos, que possuem um caráter histórico, em estreita ligação
com o caráter científico.
3. Na vinculação dos conteúdos de ensino às exigências teóricas e práticas de
formação dos alunos em função das atividades da vida.
Referencial Teórico 
Para conhecer mais sobre os conteúdos, convidamos você a ler o artigo selecionado 
como referencial teórico desta aula.
COMO SELECIONAR CONTEÚDOS DE ENSINO
Maria Inácia Lopes
RESUMO 
O conteúdo trabalhado nas escolas ou o conhecimento que elas possibilitam ao aluno adquirir 
ocupa papel importante no processo educativo. O conteúdo comumente é entendido como um 
conjunto de assuntos que compõem determinada matéria ou a relação de temas a serem 
estudados em uma disciplina. Frente ao grande volume de informações científicas no mundo atual 
os conteúdos de ensino devem ser selecionados e organizados, não ampliando sua quantidade, 
mas dando ao aluno a bagagem de conhecimentos necessários para realizar sua atividade, 
garantindo a formação de habilidades e capacidades específicas da atividade profissional bem 
como os métodos de pensamento que possibilitem aplicar os conhecimentos adquiridos em 
situações típicas e novas. O perfil profissional que se pretende formar é um dos norteadores do 
processo de seleção de conteúdos de ensino. 
BOA LEITURA!
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
30 
COMO SELECIONAR CONTEÚDOS DE ENSINO
1
 
Maria Inácia Lopes
2
RESUMO 
O conteúdo trabalhado nas escolas ou o conhecimento que elas possibilitam ao aluno 
adquirir ocupa papel importante no processo educativo. O conteúdo comumente é 
entendido como um conjunto de assuntos que compõem determinada matéria ou a 
relação de temas a serem estudados em uma disciplina. Frente ao grande volume de 
informações científicas no mundo atual os conteúdos de ensino devem ser selecionados 
e organizados, não ampliando sua quantidade, mas dando ao aluno a bagagem de 
conhecimentos necessários para realizar sua atividade, garantindo a formação de 
habilidades e capacidades específicas da atividade profissional bem como os métodosde pensamento que possibilitem aplicar os conhecimentos adquiridos em situações 
típicas e novas. O perfil profissional que se pretende formar é um dos norteadores do 
processo de seleção de conteúdos de ensino. 
Palavras-chave: conteúdo de ensino; seleção; perfil profissional. 
INTRODUÇÃO 
A escola de hoje não pode trabalhar apenas o aspecto teórico ou acadêmico. 
Uma contextualização e ressignificação de conteúdos faz-se necessária. Não basta ao 
aluno saber as regras ou normas, mas utilizá-las de forma eficiente em seu dia-a-dia. Ao 
professor não interessa enumerar, por exemplo, os componentes de um plano de aula 
mas desenvolver, com segurança, uma aula bem planejada; não é suficiente a ele saber 
as teorias da aprendizagem mas desenvolver as aulas de tal forma que o aluno aprenda 
os conteúdos trabalhados. Há que se ensinar a teoria ancorada na prática de forma 
cuidadosa e explícita, fazer uma ligação entre a teoria e a prática. Essa ligação, essa 
ponte cabe à escola ajudar o aluno a fazer para não se perder a essência do que é uma 
boa educação. 
1
 Texto recorte da dissertação de mestrado da autora 
2
 Mestre em Ciências da Educação Superior pela Universidade de Havana/Pontifícia Universidade 
Católica de Goiás e Vice-Diretora Acadêmica da Faculdade Católica de Anápolis. 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
31 
 
CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE CONTEÚDOS DE 
ENSINO 
A concepção de uma escola voltada para a construção de uma cidadania 
consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes permitam 
identificar e posicionar-se frente às transformações em curso e incorporar-se na vida 
produtiva e sócio-política torna-se cada vez mais necessária. Reforça-se, também, a 
concepção de professor como profissional do ensino que tem como principal tarefa 
cuidar da aprendizagem dos alunos, respeitando sua diversidade pessoal, social e 
cultural e ligando os saberes teóricos à prática. 
É necessário dotar o aluno de capacidade para aprender a relativizar, confrontar 
e respeitar diferentes pontos de vista, discutir divergências, exercitar o pensamento 
crítico e reflexivo, comprometer-se, assumir responsabilidades. Além disso, é 
importante prepará-lo para ler criticamente diferentes tipos de texto, utilizar diferentes 
recursos tecnológicos, expressar-se e comunicar-se em várias linguagens, opinar, 
enfrentar desafios, criar, agir de forma autônoma, diferenciar o espaço público do 
espaço privado, ser solidário, cooperativo, conviver com a diversidade, repudiar 
qualquer tipo de discriminação e injustiça, isto é, educar para formação de valores. 
Faz-se necessário instaurar processos de mudança na escola para que possa 
responder às novas tarefas atribuídas a ela. A dinâmica gerada por essas novas tarefas 
impõe a revisão do trabalho docente em vigor na tentativa de responder às novas tarefas 
e aos desafios que incluem o desenvolvimento de disposição para atualização constante 
de modo a inteirar-se dos avanços do conhecimento nas diversas áreas, incorporando-os, 
bem como aprofundar a compreensão da complexidade do ato educativo em sua relação 
com a sociedade. 
Esse novo cenário impõe uma urgente revisão nos aspectos essenciais da 
formação de docentes, tais como a definição e estruturação dos conteúdos para que 
respondam às necessidades da atuação dos professores, os processos formativos que 
envolvem aprendizagem e desenvolvimento das competências do professor, a 
vinculação entre as escolas de formação inicial e os sistemas de ensino de modo a 
assegurar-lhes a indispensável preparação profissional. 
É comum ouvir professores comentando que sua matéria tem muito conteúdo 
para ser trabalhado, que o tempo disponível não é suficiente para se trabalhar todo esse 
conteúdo, que os alunos não são capazes de assimilar tudo que é trabalhado na 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
32 
 
disciplina e que não sabem o que fazer para adequar o tempo disponível ao conteúdo 
determinado. Percebe-se que faltou a eles, durante o curso de licenciatura, fundamentos 
que lhes auxiliem a selecionar conteúdos de forma científica, voltados para a formação 
integral do aluno, para o perfil do futuro profissional. 
O desenvolvimento harmonioso dos indivíduos e das sociedades está embasado 
na qualidade da educação que lhes é proporcionada. 
O primeiro objetivo da educação é fornecer aos educandos uma formação plena 
que lhes possibilite formar sua identidade e construir uma concepção de realidade que 
integre conhecimentos, valores éticos e morais permitindo-lhes exercer, de maneira 
crítica numa sociedade de múltiplos valores, a liberdade, a tolerância e a solidariedade. 
Na educação se transmitem e exercitam os valores que tornam possível a vida 
em sociedade, o respeito aos direitos e liberdades fundamentais, formam-se os hábitos 
de convivência democrática e respeito mútuo e se prepara para a participação 
responsável nas diferentes atividades e instâncias sociais. A maturidade das sociedades 
é conseqüência de sua capacidade para integrar, através da educação, as dimensões 
individual e coletiva. 
O conteúdo trabalhado nas escolas ou o conhecimento que elas possibilitam ao 
aluno adquirir ocupa papel importante no processo educativo. 
O que é conteúdo e o que é conhecimento? 
A noção de conhecimento designa ao mesmo tempo a função teórica 
do espírito e o resultado dessa função. Seu objetivo é tornar presente 
aos sentidos, ou à inteligência, um objeto tentando discerni-lo ou 
possuir uma representação sua geralmente adequada. A condição 
dessa colocação em contato com o objeto do pensamento é a distinção 
do sujeito e do objeto, e o saber decorrente disso só é transmissível 
graças ao discurso. (DUROZOI E ROUSSEL, 1996, p. 102) 
 
Emprega-se também o termo conhecimento para designar o ato vital em que um 
ser espiritual ou sensitivo, como sujeito cognoscente, se dá conta de um objeto. 
Para Aranha e Martins (1998) o conhecimento é o resultado da relação entre o 
sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. Pode designar o ato de conhecer quando 
se estabelece uma relação entre o ser que conhece e o mundo que é conhecido. Pode, 
também, se referir ao produto, ao resultado, ao saber adquirido e acumulado pelo 
homem. 
Para Pedro Demo (1997) o conhecimento moderno está mais ligado aos 
procedimentos metódicos de superação dos conteúdos do que aos próprios conteúdos. 
Exemplifica sua afirmação com a informática, onde a idéia de produtos e resultados 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
33 
 
acabados não existe. Essa perspectiva ressalta a importância do saber pensar e do 
aprender a aprender. O importante no conhecimento não é o conceito aprendido mas a 
forma, os procedimentos utilizados para aprender esse conceito e a utilização que se faz 
do conceito aprendido. Saber pensar aplica-se a qualquer conteúdo e implica a 
capacidade crítica frente ao próprio saber. Aí está o conhecimento como marca cultural 
histórica do ser humano. Saber pensar está perto da sabedoria. 
A lógica do saber muito é substituída pelo valor de poder lidar com esse conhecimento, 
recriando a realidade em múltiplas formas, abordagens e relações. 
O conhecimento não é fim, mas um meio de formação da competência humana, “a 
propedêutica básica do saber pensar e do aprender a aprender” (DEMO, 1997, p. 176). 
O conteúdo comumente é entendido como um conjunto de assuntos que 
compõem determinada matéria ou a relação de temas a serem estudados em uma 
disciplina. 
Os conteúdos, dentro do processo ensino-aprendizagem, têm sido objeto de 
estudos por parte de vários autores e, às vezes, até se encontram posições antagônicas 
sobre o seu papel nesse processo. 
Nogueira (2001, p.19) chama os professores de “conteudistas” por se 
preocuparem com o cumprimento integral dos conteúdos selecionados paraum 
determinado ano letivo em detrimento, até, do processo de aprendizagem. O conteúdo 
passa a ser o mais importante e a ele se submetem professor e alunos. 
Conteúdo conceitual é o conhecimento que o professor detém e transmite de 
forma teórica ao aluno. Não se discute este tipo de conteúdo mas, sim, o fato de se ficar 
apenas nessa categoria tratando-o como fim e não como meio, não o relacionando com 
o dia-a-dia do aluno, não o tornando significativo. 
Conteúdo procedimental é citado nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN-
como 
procedimentos que expressam um saber fazer, que envolvem tomar 
decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não 
aleatória, para atingir uma meta. Os conteúdos procedimentais sempre 
estão presentes nos projetos de ensino pois realizar uma pesquisa, 
desenvolver um experimento, fazer um resumo, construir uma 
maquete são proposições de ações presentes nas salas de aula. (PCN 
Apud NOGUEIRA, 2001, p. 20) 
 
Os procedimentos devem se constituir em um objeto no processo de ensino-
aprendizagem e complementar a informação teórica, ou seja, o conteúdo conceitual. 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
34 
Conteúdo atitudinal é formado pelas normas e valores que, através da função 
socializadora e mediadora da escola, possibilitam ao aluno diferentes leituras e 
interpretações do mundo em que vive. 
Libâneo (1994, p.127) faz uma abordagem sobre o tema ressaltando sua 
relevância não só na vida escolar mas, também, na formação de uma sociedade justa. 
Critica a forma estática e sem significado vital para o aluno como muitas vezes os 
conteúdos são trabalhados, aspecto apenas conceitual, não valorizando a capacidade e 
habilidade do aluno para adquirir conhecimentos, aspecto procedimental e separados 
das condições sócio-culturais e individuais do aluno, aspecto atitudinal. Define 
conteúdo de forma abrangente incluindo não só conhecimentos mas habilidades, 
hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social visando sempre sua aplicação 
na vida prática dos alunos. Conteúdo, para ele, engloba conceitos, idéias, fatos, 
processos, princípios, leis científicas, regras, habilidades cognoscitivas, modos de 
atividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudo, de trabalho e de 
convivência social, valores, convicções, atitudes. 
Para esse autor o ensino dos conteúdos é um processo dinâmico, uma ação 
recíproca entre matéria, ensino e estudo dos alunos. Os conteúdos devem ser 
significativos, isto é, interessantes, expressivos, incluir elementos da vida dos alunos 
para serem assimilados de forma ativa e consciente. O domínio de conhecimentos, 
conteúdos conceituais e das habilidades, conteúdos procedimentais, visa ao 
desenvolvimento das funções intelectuais como o pensamento independente e criativo. 
O conteúdo de ensino é uma construção social, dinâmica e localizada. A visão 
que se tem do aluno, cultura e função social da educação expressam os valores que a 
escola difunde através dos conteúdos selecionados. 
A palavra conteúdo, na tradição das instituições escolares, significa elementos 
de disciplina, matérias, informações diversas, os resumos da cultura acadêmica, reflete a 
visão dos que decidem o que ensinar e dos que ensinam, o que se pretende transmitir e o 
que deve ser assimilado. Essa concepção é diversa dos resultados dos conteúdos não 
específicos que o aluno obtém. 
A ampliação da escolaridade alargou a concepção de conteúdos do currículo, 
englobando as finalidades da escolaridade e as aprendizagens que os alunos obtém da 
escolarização. Conteúdos passam a ser “todas as aprendizagens que os alunos devem 
alcançar para progredir nas direções que marcam os fins da educação numa etapa da 
escolarização, em qualquer área ou fora delas, e para tal é necessário estimular 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
35 
comportamentos, adquirir valores, atitudes e habilidades de pensamento, além de 
conhecimentos”. (SACRISTÁN, 1998, p. 150). 
Nogueira (2001) apresenta algumas questões que ajudam o professor a 
selecionar conteúdos tornando-os exeqüíveis, significativos, contextualizados e 
dotando-os de uma roupagem didática: 
- para que é importante esse tópico?
- Qual é a relação dessa unidade com as anteriores e com as próximas ?
- Como contextualizar esse conteúdo no cotidiano de meu aluno?
- Como posso trabalhar essa unidade de forma procedimental e atitudinal ?
- O que aconteceria para o aluno se eu não ministrasse essa unidade ?
A essas questões pode-se acrescentar outras: 
- O que pretendo atingir trabalhando esse conteúdo?
- Que habilidades e atitudes pretendo formar em meus alunos trabalhando
esse conteúdo?
- Que valores posso ajudá-los a desenvolver estudando esse conteúdo?
Uma reflexão sobre essas perguntas leva o professor a repensar a forma como 
tem selecionado os conteúdos e a importância deles para o aluno, para sua formação 
como cidadão e como profissional. Um conteúdo que não é trabalhado 
procedimentalmente e atitudinalmente, que não tem significado para a vida do aluno 
deve ser questionado quanto a sua relevância e, talvez, nem sequer fazer parte do Plano 
do professor. 
Não se pode desprezar a importância dos conteúdos, deve-se repensar a forma 
como estão sendo tratados. 
O professor, ao selecionar os conteúdos, torna-se o mediador que vai possibilitar 
ao aluno apropriar-se do patrimônio cultural e científico da sociedade. 
O princípio básico para selecionar o conteúdo são os conhecimentos e modos de 
ação que surgem da prática social e histórica dos homens revelando um vínculo entre o 
aluno, sujeito do conhecimento, e sua prática social de vida. 
Para se selecionar um conteúdo é necessário considerar a herança cultural, a 
experiência da prática social e do contexto em que o aluno vive e a perspectiva de 
futuro, tendo em vista a construção de uma sociedade humanizada. 
Como a herança cultural é rica e complexa cabe à escola selecionar o que deve 
ser objeto de estudo, isto é, o conteúdo a ser trabalhado pelo aluno. Este conteúdo, 
segundo Libâneo (1994), é composto por quatro elementos: 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
36 
- conhecimentos sistematizados;
- habilidades;
- atitudes; e
- convicções.
Um dos pontos importantes do trabalho do professor é selecionar os conteúdos 
de ensino que possibilitem preparar o aluno para as atividades práticas. Para isso ele 
utilizará de fontes como programações oficiais que fixam o conteúdo de cada matéria, 
os conteúdos básicos das ciências transformadas em matérias de ensino e as exigências 
teóricas e práticas do mundo do trabalho e da participação democrática na sociedade. 
O conteúdo a ser trabalhado num curso traz inerente a si um conjunto de valores 
pois não é apenas o conteúdo em si, mas tudo o que o envolve ao ser trabalhado, que é 
transmitido e absorvido pelo aluno. Pode-se dizer que é impossível trabalhar um 
conteúdo de forma neutra. São os valores educacionais que levam o professor a 
selecionar ou enfatizar um conteúdo em detrimento de outros. 
A participação do professor da matéria na seleção do conteúdo fará com que ele 
se comprometa e entenda o porquê e o significado daquele assunto, o que o levará a 
trabalhar de forma mais abrangente e significativa fazendo com que o conteúdo 
contribua para a consecução dos objetivos. Dará também ao professor mais segurança e 
tranqüilidade para desenvolver esse conteúdo com os alunos. 
A participação dos discentes na seleção dos conteúdos tem sido através de 
avaliações da programação no final da disciplina, o que acarreta modificações 
constantes visando a atender suas necessidades. 
A aprovação da sociedade geradora da cultura é que faz um conteúdo ser valioso 
e legítimo; por isso, além dos critérios psicopedagógicos é preciso considerar, na 
seleção de um conteúdo, a idéia de homem e sociedadea que se serve. 
Entre os fundamentos para selecionar conteúdos de ensino-aprendizagem estão 
as considerações sobre as necessidades sociais, as forças dominantes e os valores 
historicamente delineados, os sistemas de influência e mecanismos de decisão que 
consideram valiosos uns conteúdos enquanto outros não. 
A determinação do que existe na cultura e que deve ser conservado - 
retrospectiva, as respostas às necessidades atuais – perspectiva presente e o modelo de 
sociedade que se quer construir – perspectiva de futuro, são fontes da discussão 
curricular e seleção de conteúdos. 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
37 
Como os fenômenos educativos são construções sociais não se pode pensar 
numa resposta única e certa à pergunta “como determinar os conteúdos de ensino” 
porque existem soluções múltiplas, as decisões básicas são sociais e morais com um 
significado político sobre que cultura ensinar e a quem ensinar. 
Ao selecionar o conteúdo deve-se considerar sua relevância para o exercício 
profissional privilegiando a pessoa e o cidadão. 
Nota-se que existe aí uma visão ampla de conteúdos abrangendo conceitos, 
procedimentos e a interligação com outras áreas de modo a levar o aluno a adquirir um 
conhecimento significativo para sua vida pessoal e profissional. 
Os conteúdos estão ligados aos objetivos que se deseja alcançar e aos métodos 
de ensino que possibilitarão atingir tais objetivos. Devem preparar os alunos para 
solucionar problemas e trabalhar em equipes, comunicar-se, emitir juízos de valor, 
assumir posição de líder e de subordinado, desenvolver valores e qualidades de 
personalidade e desenvolver uma cultura científica, ética profissional e 
responsabilidade social. 
Na visão de Hernández, para se selecionar um conteúdo faz-se necessário 
considerar sua identificação e relação com os objetivos do perfil profissional, com os 
objetivos a serem atingidos em cada nível ou ano de estudo, com as atividades 
acadêmicas, profissionais e de pesquisa e com a formação básica, humanista e 
profissional. Essa posição orienta bem o professor na sua tarefa de selecionar conteúdos 
que sejam significativos para o aluno e para o profissional que se deseja formar. 
Os objetivos a serem atingidos por ano ou nível de ensino orientam também a 
seleção de conteúdos permitindo a integração e globalização do currículo. Determinadas 
as habilidades, os conhecimentos e valores que o aluno deve dominar ao final do ano ou 
nível de estudo tem-se facilidade para selecionar os conteúdos a serem trabalhados. 
As atividades acadêmicas, profissionais e de pesquisa, que também são formas 
de integrar o currículo surgem como conseqüência dos conteúdos selecionados a partir 
dos objetivos do perfil profissional, do ano ou nível de ensino. Se as atividades 
profissionais começarem desde o início do curso o aluno de hoje, futuro profissional, 
terá mais condições de desempenhar bem a profissão escolhida. 
A correspondência entre os objetivos de formação ligados ao perfil e ao ano ou 
nível de ensino leva à seleção dos conteúdos de formação básica, formação humanista e 
formação profissional. 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
38 
 
O vínculo entre conteúdo e ciência, ou seja, a dimensão científica, tem 
selecionado os conteúdos através de temas tradicionais e atuais de uma ciência. São 
reprodução dos temas dessa ciência e ordenados cronologicamente. 
Sendo uma das finalidades da educação o desenvolvimento de um pensamento 
científico no aluno, um dos primeiros critérios de seleção de conteúdos deve ser o 
desenvolvimento dos conhecimentos científicos, os princípios, leis, métodos e técnicas, 
problemas a resolver visando a oferecer um sistema já consolidado e desenvolver uma 
atitude questionadora da realidade. 
Outro critério para selecionar conteúdos é o desenvolvimento histórico da 
ciência com seus conhecimentos sistematizados, seus códigos verbais particulares e sua 
ética profissional. 
O desenvolvimento acelerado da ciência tem provocado o surgimento de 
conteúdos de fronteira, novos conteúdos e a necessidade de resgatar os vínculos entre as 
disciplinas que a excessiva fragmentação fez perder. 
Apesar do critério baseado no vínculo com a ciência ser importante ele não pode 
ser o único, isto é, não se pode reduzir o conteúdo de ensino ao desenvolvimento 
histórico das idéias científicas de um determinado campo do conhecimento. Outros 
critérios como as exigências do contexto sócio-histórico e da profissão também devem 
ser utilizados. 
De acordo com a Teoria da Atividade, para se formar profissionais faz-se 
necessário vincular os conteúdos programáticos com a realidade em que o aluno irá 
atuar e a análise da atividade profissional A atividade é entendida como um processo 
que possibilita ao homem, sujeito, relacionar-se com o objeto da realidade. É 
constituída por: 
- sujeito ou agente da atividade; 
- objeto que, sob a ação do sujeito, se transforma no produto final; 
- os meios materiais ou ideais usados pelo sujeito para chegar ao produto 
final; e 
- objetivos da ação que estabelecem uma relação entre os componentes da 
atividade, levando-a ao resultado final. 
A análise da atividade possibilita determinar os objetivos gerais do perfil 
profissional e delimitar os conteúdos disciplinares necessários para a sua formação 
através: 
De Magistro de Filosofia – Ano V no. 09 segundo semestre de 2012 
39 
- da determinação dos conteúdos gerais fundamentais para o desempenho
profissional numa época e contexto social considerando as perspectivas
futuras e os objetivos gerais que o profissional deve conseguir;
- dos conteúdos gerais essenciais a partir dos quais se pode integrar e
explicar outros particulares; e
- da reconstituição dos vínculos entre as disciplinas construindo um
caminho para a interdisciplinaridade. 
Pelo exposto vê-se que selecionar conteúdos não é tarefa simples, requer do 
professor, além de vasto conhecimento, noção clara do tipo de homem e profissional 
que sua disciplina ajuda a formar e a orientação de uma linha de pensamento ou 
corrente pedagógica. 
A seleção dos conteúdos é um momento importante na elaboração do plano de 
estudos. Vários métodos e critérios de seleção são propostos e, mesmo assim, os 
critérios empíricos ainda estão presentes 
Os conteúdos selecionados e a forma como são trabalhados devem garantir a 
consecução dos objetivos visados para a situação ensino-aprendizagem; devem também 
estar relacionados com outros temas e disciplinas ligadas ao perfil; mostrar de maneira 
clara o vínculo com a atividade do futuro profissional no contexto social e histórico 
concreto permitindo ao aluno enfrentar criticamente essa realidade. 
Ao selecionar os conteúdos em função dos objetivos a trabalhar no 
curso, é de vital importância vinculá-los com a profissão e seus 
aspectos éticos. Não conceber uma programação rígida dos conteúdos 
mas trabalhá-los de maneira flexível, considerando a conveniência de 
que os estudantes possam propor seus interesses na inclusão de novos 
temas. Estimular no aluno o interesse pela profissão e seus problemas, 
de modo que possam trazer para a sala de aula suas inquietações, tanto 
técnicas e científicas como éticas acerca do mundo profissional para o 
qual se estão formando desenvolvendo, assim, seu espírito crítico e 
sensibilidade social frente à profissão .(OJALVO, 2001, p. 224) 
Selecionados os conteúdos surge a pergunta: como estruturá-los de forma 
adequada? 
A seleção dos conteúdos leva ao primeiro desenho do Plano de Curso e eles 
podem ser agrupados em uma disciplina isolada, ou numa unidade temática ou, ainda, 
em módulos ou problema profissional. 
Os conteúdos básicos devem ser incluídos no início da formação, os conteúdos 
humanistas, por seu caráter geral, podem ser incluídos em qualquer momento da 
formação e os conteúdosda lógica da profissão devem aparecer desde os primeiros 
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momentos da preparação profissional como forma de familiarizar o estudante com o 
campo de trabalho em que irá atuar. 
“A seleção e organização de conteúdos não é tarefa rápida ou fácil. Exige muito 
conhecimento do assunto e do grupo de alunos, além do embasamento seguro em 
termos da estrutura da disciplina”.(TURRA apud MARTINS, 1996, p. 69) 
Segundo Abreu e Masetto a forma como os conteúdos são organizados e 
apresentados aos alunos influi na sua motivação para a aprendizagem. Cabe ao 
professor escolher a melhor ordem de trabalhar os conteúdos favorecendo os processos 
mentais de conceituação, reflexão, análise e solução de problemas. 
A estrutura lógica da matéria, as condições psicológicas para a aprendizagem, as 
necessidades sócio-econômicas e culturais auxiliam o professor na tarefa de selecionar 
conteúdos significativos para a aprendizagem dos seus alunos. A esses critérios deve-se 
acrescentar a validade, flexibilidade, significação, possibilidade de elaboração pessoal e 
utilidade do conteúdo. 
Selecionados os conteúdos eles precisam ser organizados sequencialmente. 
Vários autores apresentam propostas para essa organização e entre esses autores está 
Lafourcade, citado por Martins (1996), que sugere o mapeamento do conteúdo através 
da identificação dos conceitos básicos, dos conceitos conectados aos básicos, dos 
princípios e generalizações, das teorias e fatos específicos. Selecionar e organizar 
conteúdos não é apenas listá-los mas interrelacioná-los de forma orgânica e dinâmica. 
Decroly, um dos representantes da Escola Nova, defende a idéia de que os 
conteúdos de ensino devem ser organizados em blocos de acordo com os interesses e 
necessidades dos alunos, eliminando a apresentação fracionada de conhecimentos e 
substituindo-a por uma abordagem globalizada e integrada da realidade. 
Uma outra forma de organizar os conteúdos é apresentada pela perspectiva da 
inteligência artificial que sugere as estruturas hierárquicas, redes semânticas, blocos de 
conhecimento sobre um objeto, seqüência de fenômenos ou fatos, regras de produção e 
representação de incertezas. Todas estas formas, porém, abrangem apenas a dimensão 
cognitiva ou os conteúdos específicos, deixando de considerar a dimensão 
procedimental e atitudinal, conteúdos não específicos; o conhecimento é tratado 
parcialmente. 
Frente ao grande volume de informações científicas no mundo atual os 
conteúdos de ensino devem ser organizados, não ampliando sua quantidade, mas dando 
ao aluno a bagagem de conhecimentos necessários para realizar sua atividade, 
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garantindo a formação de habilidades e capacidades específicas da atividade 
profissional, bem como os métodos de pensamento que possibilitem aplicar os 
conhecimentos adquiridos em situações típicas e novas e obter conhecimentos. 
Não se pode tratar do tema conteúdos sem abordar a questão da educação de 
valores. 
Isto não significa que o professor deva incorporar novos conteúdos a sua 
disciplina, mas que procure trabalhar os conteúdos já selecionados conciliando os 
conhecimentos, as habilidades e atitudes ou valores de forma tal que o aluno se envolva 
de modo ativo e afetivo nas atividades que desenvolve, tomando decisões e se 
responsabilizando por elas, pesando as conseqüências de seus atos. 
Na educação de valores a seleção, organização e trabalho dos conteúdos devem 
possibilitar ao aluno trabalhar o objeto do conhecimento fazendo valorações, assumindo 
posições e tomando decisões relacionadas com sua atividade profissional escolhida. 
CONCLUSÃO 
A formação dos alunos se faz através de objetivos de aprendizagem classificados 
em informativos e formativos. O ponto de partida para essa formação é a definição 
correta do perfil do egresso que vai orientar todas as ações posteriores dessa formação. 
Nogueira destaca os conteúdos atitudinais como responsáveis pelo atingimento dos 
objetivos formativos e Hernández ressalta o perfil como o ponto inicial do processo de 
ensino-aprendizagem. 
Para se selecionar conteúdos, recomenda-se: 
- partir dos objetivos gerais do perfil e, a partir deles, determinar o papel que
a disciplina desempenha na formação profissional, identificar os conceitos e
procedimentos gerais e específicos da profissão que essa disciplina deve
ajudar a formar;
- considerar outras disciplinas com as quais a que está em questão se vincula
e pode contribuir e o conjunto de conhecimentos e procedimentos que
requerem; e
- respeitar a lógica da própria ciência que contém um corpo de conhecimentos
e métodos concatenados logicamente. Isto faz incluir conhecimentos e
procedimentos que, embora não estejam ligados diretamente ao perfil ou a
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outras disciplinas do plano de estudos, são necessários para a compreensão 
de outros conteúdos ou para a cultura da disciplina. 
Um ensino que vise à formação integral do aluno deve trabalhar com conteúdos 
orientados para a profissão, conteúdos relativos à caracterização da condição humana e 
conteúdos que forneçam os fundamentos teóricos das questões axiológicas e éticas. 
Em todas as disciplinas se deve exercitar o pensamento crítico, analítico e 
valorativo através do diálogo e dos princípios éticos que sustentam a sociedade. O 
professor precisa planejar seu trabalho de modo que os conteúdos adquiram um sentido 
moral para inserir o exercício da profissão no âmbito da realização moral e pessoal. 
“A aplicação dos valores no processo ensino-aprendizagem é um momento vital 
para o ato educativo, pois implica a concretização dos níveis anteriores de elaboração do 
plano de estudos e programas em uma relação direta entre professor e alunos”. 
(OJALVO, 2001, p. 176). 
ABSTRACT 
The contents of working in schools or knowledge that they allow the student to acquire 
occupies an important role in the educational process. The content is commonly 
understood as a set of issues that make up matter and determined the relation of 
subjects to be studied in a discipline. Faced with the large volume of scientific 
information in today's world, the teaching contents should be selected and organized, 
not increasing its quantity, but giving students the base of knowledge needed to carry 
out their activity, ensuring the formation of skills and capabilities of the professional 
activity as well as methods of thinking that allow to apply the knowledge acquired in 
typical situations and new. The professional profile that is intended to form is one of the 
guiding of selection’s process of teaching content. 
Keywords: teaching content, selection, professional profile. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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prática e princípios teóricos. São Paulo: MG Ed. Associados, 1990. 
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Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1998. 
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Papirus, 1996. 
HERNÁNDEZ, Herminia Fernandez. Curriculo Integrado e Investigacion. CEPES: 
Universidade de La Habana, 2001 a. 
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formación Profesional. (inédito, en imprenta). 
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LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 
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organização?” In: Repensando a Didática. Campinas: Papirus, 1996, p. 65-82. 
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos Projetos. São Paulo: Érica, 2001. 
OJALVO, Victoria Mitrany et al. La Educación deValores en el Contexto 
Universitario. CEPES: La Habana, 2001 
SACRISTÁN, J. Gimeno. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed,1998. 
Portfólio 
PRÁTICA PEDAGÓGICA 1
Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a 
Base Nacional Comum Curricular deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das 
Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e 
privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.
A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os 
estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, 
políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base 
soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e 
para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Acesse este documento e conheça os conteúdos propostos para cada etapa do ensino escolar.
ACESSE PRÁTICA PEDAGÓGICA 893 - AULA 06 - ATIVIDADE 1
ATIVIDADE
Após estudar a BNCC, descreva quais conteúdos devem ser ensinados em EDUCAÇÃO FÍSICA 
durante o Ensino Médio.
OBS: OBS: Para Para redigir redigir sua sua resposta, resposta, use use uma uma linguagem linguagem acadêmica. acadêmica. Faça Faça um um textotexto 
comcom nono mínimo mínimo 20 20 linhas linhas e e máximo máximo 25 25 linhas. linhas. Lembre-se Lembre-se de de não não escrever escrever emem 
primeiraprimeira pessoapessoa do do singular, singular, não não usar usar gírias, gírias, usar usar as as normas normas da da ABNT: ABNT: texto texto comcom efontfonte 
tamanhotamanho 12, 12, fonte fonte arial arial ou ou times, times, espaçamento espaçamento 1,5 1,5 entre entre linhas, linhas, textotexto .ojustificadjustificado.
CONTINUAÇÃO PRÁTICA PEDAGÓGICA 1 
Com base em seus aprendizados nesta aula, elabore o conteúdo de ensino de 
EDUCAÇÃO FÍSICA do 2° ano do Ensino Médio.
N
Portfólio

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