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Resumo da disciplina Didática e a Formação do Professor

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UNIDADE 1
RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO 
TÓPICO 1
Resumo do Tópico
Neste tópico, você estudou que:
• Para compreender a Pedagogia e a Didática, faz-se necessário conhecer a História da Educação.
• Por Educação, entendemos a influência intencional e sistemática sobre o ser juvenil, com o propósito de formá-lo e desenvolvê-lo. Mas significa também a ação genérica, ampla, de uma sociedade sobre as gerações jovens, com o fim de conservar a transmitir a existência coletiva. A educação é, assim parte integrante, essencial, da vida do homem e da sociedade, e existe desde quando há seres humanos sobre a terra.
• Pedagogia é a ciência da educação. Por ela é que a ação educativa adquire unidade e elevação. Educação sem Pedagogia, sem reflexão metódica, seria pura atividade mecânica, mera rotina. Pedagogia é ciência do espírito e está intimamente relacionada com filosofia, psicologia, sociologia e outras disciplinas, posto não dependa delas, eis que é uma ciência autônoma.
• A Pedagogia tem sua raiz na Grécia, passando por Roma e sendo utilizada e compreendida como forma de educação, associada a realidade de cada momento histórico.
• A Pedagogia é considerada na atualidade como uma ciência, que está articulada com a História da Educação, a Sociologia, a Psicologia, a Filosofia.
• A Pedagogia possui suas tendências que são assim classificadas: 
a) Pedagogia Liberal com suas tendências: tradicional, renovada progressista, renovada não diretiva (escola nova) e a tecnicista.
b) Pedagogia Progressista: com suas tendências: libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos.
• Tendência Tradicional: o professor é o detentor do saber, ao aluno cabe ouvir e aceitar os conteúdos e regras expostas, passível de punição. A decoreba é o meio de conseguir a obtenção de boas notas.
• Tendência Renovada Progressista: os conteúdos são desenvolvidos a partir do interesse dos alunos, o professor tem o papel de auxiliar o processo de ensino.
• Tendência Liberal Renovada não Diretiva (Escola Nova): nesta tendência, os problemas psicológicos são mais importantes que o processo pedagógico ou social. O professor é facilitador, aceitando a pessoa do aluno, demonstrando ser uma pessoa confiável e que acredita no autodesenvolvimento do aluno.
• Tendência Liberal Tecnicista: a escola funciona como modeladora do comportamento humano. Trabalha com o intuito de preparar o indivíduo para o trabalho. A comunicação é simplesmente técnica entre professor e aluno.
• Tendência Libertadora: é conhecida como pedagogia de Paulo Freire. A educação é não formal. Os professores e alunos constroem seus conhecimentos a partir da realidade. O conteúdo de ensino é através de temas geradores.
• Tendência Libertária: à escola compete manter a democracia, onde o professor é orientador e o mesmo mistura-se ao grupo para uma reflexão comum. Os conteúdos são colocados à disposição dos alunos.
• Tendência Crítico-Social dos Conteúdos: cabe a escola garantir bons estudos. Os conteúdos adquiridos historicamente precisam ser estudados e reavaliados frente as realidades sociais. O papel do professor é de mediar todo o processo.
Autoatividades
UNIDADE 1 TÓPICO 1
Caro acadêmico! Qual é sua opinião com relação às quatro tendências pedagógicas, até aqui estudadas? Será que elas ainda permeiam as práticas pedagógicas de nossas escolas? Por quê?
Confira a resposta esperada:
Muitas das tendências apresentadas estão ainda sendo vinculadas ao nosso cotidiano escolar. Se formos observar o que possuímos na atualidade, uma educação não somente voltada a uma tendência, mas um apanhado de todas. De cada uma é retirado algum exemplo, para ser utilizado em sala de aula. Isso não é negativo, mas é preciso que este professor esteja consciente do que, para que, e como está utilizando estes métodos. Não podemos acreditar que somente um método é eficaz, faz-se necessário reconhecer sua clientela, seu momento político e vislumbrar seus pontos positivos e negativos.
EVOLUÇÃO E CONCEITOS DA DIDÁTICA
TÓPICO 2
Resumo do Tópico
Neste tópico, você estudou que:
• Na linha histórica da Didática temos alguns pensadores a serem evidenciados como: Sócrates (século V a.C.). Para este filósofo, não ocorre uma mera transmissão de ideias, para ele o “saber, o conhecimento, é uma descoberta que a própria pessoa realiza. Conhecer é um ato que se dá no interior do indivíduo” (HAYDT, 2006, p. 15).
• Sócrates construiu um método que é conhecido como método socrático que foi nomeado de “ironia”, que possui dois tempos: a refutação e a maiêutica.
• João Amós Comenius (1592-1670) é conhecido como o pai da didática.
• Podemos ainda perceber que para Comenius, “o homem não pode chegar a ser homem se não for educado”. “Ninguém pode crer que é verdadeiro homem a não ser que haja aprendido a formar-se” (LUZURIAGA, 1985, p. 139).
• Comenius teve uma longa caminhada como professor, e dentro dessa sua vivência educacional, escreveu uma de suas maiores obras, que ainda hoje se busca referência, a “Didática Magna”, que é vista como um tratado e publicada em 1632.
• Para Comenius o objetivo da Didática é investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os alunos aprendam mais; nas escolas haja menos barulho, menos enfado, menos trabalho inútil, e, ao contrário, haja mais recolhimento, mais atrativo e sólido progresso; na Cristandade haja menos trevas, menos confusão, menos dissídios, mais luz, mais ordem, mais paz e mais tranquilidade (COMENIUS, 2001, p. 12).
• Johann Heinrich Pestalozzi preocupava-se com a formação do homem integral, acreditava que a formação do homem se dá de forma natural, do “aprender fazendo”.
• Cabe ressaltar que o método partia do que já era conhecido para algo novo, do concreto, para o abstrato.
• O Método de Pestalozzi consiste em: do mais fácil e simples, para o mais difícil e complexo, do conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, o ideal é aprender fazendo. O processo educativo deve englobar três dimensões humanas para uma formação também tripla: intelectual, física e moral. O método de estudo deveria reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número (posteriormente a linguagem); nas suas escolas não havia notas ou provas, castigos ou recompensas; mais importante que o conteúdo, o desenvolvimento das habilidades e dos valores.
• John Frederick Herbart (1776-1841): o ser humano é uma unidade e não um ser compartimentalizado, a partir de seu nascimento passa a conviver com todas as possibilidades de situações, conseguindo assim reagir “de forma global” (HAYDT, 2006, p. 20), através do amadurecimento de seu sistema nervoso.
• Herbat, na atividade educativa, aponta três momentos cruciais. São eles: o governo, a instrução e a disciplina. Ele é o criador do Método de Interesses.
• Os cinco passos que caracterizam um ensino eficaz para Herbart são: 
a) Preparação: ao professor cabe instigar seu aluno pelo que sabe e assim conseguir abrir novas possibilidades na obtenção de novos conteúdos. 
b) Apresentação: Com a estimulação do aluno junto ao que sabe, o professor apresenta novo conteúdo que tenha ligação com o que já foi obtido pelo aluno. 
c) Associação: O aluno realiza neste momento uma junção do que já sabia com o novo conteúdo. 
d) Sistematização: O aluno ao assimilar o conteúdo realiza uma ligação do que já sabe com o novo e assim constrói novos conhecimentos. 
e) Aplicação: Ao aluno é realizada avaliações através de provas que determinam se o mesmo adquiriu novos conhecimentos.
• Friederich Froebel (1782-1852) é considerado o “pai do jardim de infância”. Possuía uma maneira romântica de ver a sua filosofia pedagógica (HILGENHEGER, 2010, p. 11).
• Froebel é considerado o Pai do Jardim da Infância. Froebel vê: “o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas – ideia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor”. 
• Froebel via os jardins de infância como forma criativa de visualizar as brincadeiras. Os materiais utilizados e elaborados por Froebel, eram em formas geométricas,de fácil manuseio, leves e macios.
• Escola Nova: a sociedade estava passando por transformações econômicas e políticas, fazendo com que as pessoas buscassem as cidades para melhores condições de vida, através de trabalhos na indústria.
• A Escola Nova trazia em sua filosofia práticas educativas voltadas para uma nova visão de homem e de mundo.
• Dentro da Didática, podemos observar que a Psicologia passa a ser vista com maior ênfase a partir do século XX através dos psicólogos Jean Piaget e Lev Vygotsky.
• O homem, para conseguir repassar suas informações e conhecimentos as gerações futuras utilizou-se inicialmente da linguagem, passando para a escrita e assim chegando a necessidade de ordenar estas informações, cria a escola, “instituição social criada, especificamente, para educar e ensinar” (HAYDT, 2006, p. 12).
• Para Libâneo (2010) a Didática tem como objeto de estudo o processo de ensino na sua globalidade, isto é, suas finalidades sociopedagógicas, princípios, condições e meios de direção e organização do ensino e da aprendizagem pelos quais se assegura a mediação docente de objetivos, conteúdos, métodos, em vista da efetivação da assimilação consciente de conhecimentos.
• Para Haydt (2006) ensinar e aprender são como duas faces de uma mesma moeda. A Didática não pode tratar do ensino, por parte do professor, sem considerar simultaneamente a aprendizagem, por parte do aluno. O estudo da dinâmica da aprendizagem é essencial para uma Didática que tem como princípio básico não a passividade, mas sim a atividade da criança. Por isso, podemos afirmar que a Didática é o estudo da situação instrucional, isto é, do processo de ensino e aprendizagem, e nesse sentido ela enfatiza a relação professor – aluno.
• Para Candau (2012) a Didática necessita ser reformulada, saindo da Didática Instrumental, para uma Didática Fundamental. A Didática Instrumental é vista como mera utilização de técnicas. Já a Didática Fundamental busca seu embasamento dentro de um projeto ético, político e social.
UNIDADE 2
CONSTRUÇÃO DE ELEMENTOS NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM 
Resumo do Tópico
TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
• Na formação inicial, o(a) acadêmico(a) recebe conhecimentos relacionados aos fundamentos pedagógicos, históricos, técnicas de trabalho escolar, formação teórico-prática, métodos, idealizados por vários educadores, pensadores, entre outros.
• O papel que o professor deve ter no momento de sua formação inicial e em todo seu caminho profissional, é o de “repensar, refletir, indagar e inferir-se sobre a sua postura quanto à prática de ensino” (SILVA, 2012, p. 1).
• Conforme Freire (2002, p. 25): “É preciso que, [...] desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e (re)forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”.
• A palavra formar-se indica que estamos, enquanto profissionais da educação ou em nível pessoal, envolvidos com a busca incessante de conhecimentos, a troca de informações e a procura integral do ser humano. Investigações essas que nos auxiliam na manutenção de uma estrutura pedagógica e de vida de qualidade. 
• A busca do diálogo como meio de mudanças dentro da equipe escolar e da formação do professor é essencial.
• No formar-se podemos compreender que cabe ao professor buscar em seu interior a necessidade da mudança, construir seu conhecimento de maneira que auxilie em sua vida pessoal e profissional. O formar-se é uma atividade individualizada que emerge na busca de outros que também querem sentir-se e ver-se como professores.
• Candau (2003, p. 150) afirma que a formação continuada deve ser vista: “como um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal e profissional, em interação mútua”.
• Com isso, os saberes docentes, são compreendidos como o resultado do saber acadêmico que perpassa pelo científico e o social. Cabe salientar que o professor “é constituído de diferentes saberes” (LIMA, 2008, p. 1). Esses saberes são considerados por Tardif e Gauthier no Seminário de Pesquisa sobre o Saber Docente (1996, p. 11) como: “um saber composto de vários saberes oriundos de fontes diferentes e produzidos em contextos institucionais e profissionais variados”.
• Nóvoa (1999, p. 9) nos apresenta o triângulo do conhecimento, onde estão presentes os três grandes tipos de saberes: “o saber da experiência (professores); o saber da pedagogia (especialistas em ciências da educação); e os saber das disciplinas (especialistas dos diferentes domínios do conhecimento). ”
• O Planejamento é algo que realizamos a todo o momento em nossas vidas, seja ela a nível pessoal ou profissional. E para entrarmos em sala de aula é preciso que tenhamos muito bem planejado nossas aulas. Esse Planejamento nos auxilia a ter de maneira organizada tudo o que pretendemos desenvolver durante determinado tempo, seja ele a curto ou em longo prazo.
• De acordo com Candau (2012), o professor necessita buscar um planejamento que envolva aspectos técnicos, humanos e políticos. Onde se possa, enquanto professor, desenvolver ações que estejam adequadas a realidade do aluno.
• Os tipos de planejamento são: Planejamento de um sistema educacional; Planejamento escolar; Planejamento curricular; Planejamento didático ou de ensino que se subdivide em: Planejamento de curso; Planejamento de unidade didática ou de ensino; Planejamento de aula.
• Planejamento de um sistema educacional é um planejamento realizado nos três níveis: (nacional, estadual e municipal). Conforme Haydt (2008, p. 95): “Consiste no processo de análise e reflexão das várias facetas de um sistema educacional, para delimitar suas dificuldades e prever alternativas de solução”.
• Planejamento escolar é um processo que busca organizar, planejar todas as atividades propostas pela equipe gestora envolvendo os aspectos pedagógicos como administrativos. Estas ações necessitam ser planejadas de maneira que possam “ser executadas por toda a equipe escolar, para o bom funcionamento da escola” (HAYDT, 2008, p. 95).
• Planejamento curricular é elaborado a partir das diretrizes curriculares nacionais que estão apresentadas no Caderno de Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica.
• Planejamento didático ou de ensino é um documento que será elaborado pelos professores a partir do Planejamento Curricular. O professor encontrará nas diretrizes curriculares nacionais materiais que auxiliarão na construção de seu Planejamento de Ensino.
• As etapas do Planejamento didático ou de ensino são: conhecimento da realidade, onde o deverá se observar a clientela, as aspirações dos alunos, quem são eles, realizando assim a sondagem, que é a busca de dados sobre a clientela (alunos).
• Os objetivos a serem alcançados junto aos alunos. Estes objetivos necessitam estar condizentes com o que foi obtido através da sondagem e análise. Estar na frequência das necessidades da clientela.
• A seleção e organização dos conteúdos que nortearão todo o trabalho do professor. Lembrando sempre, que os conteúdos nacionais estão expressos no caderno de Diretrizes Curriculares Nacionais, que auxiliarão na seleção e organização dos conteúdos que você, professor estará elaborando para seus alunos.
• Seleção e organização dos procedimentos de ensino, estes são planejados pelo professor, também conhecidos como técnicas de ensino. Essas técnicas devem auxiliar o professor no processo de ensino-aprendizagem, instigando os alunos em suas atividades
• A seleção dos recursos de ensino é tudo o que você, professor, estará utilizando em seu ambiente de aprendizagem que auxiliará na estimulação dos alunos. Estes recursos estão classificados em humanos e materiais.
• A seleção dos procedimentos de avaliação, o qual nos dá, enquanto professores, a possibilidade de avaliar todo o processo e verificar, de acordo com Piletti (1998, p. 69) “o grau e a quantidade de resultados alcançados aos objetivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido”.• A estruturação do plano de ensino, o qual possui três níveis. São eles: Planejamento de Curso; Planejamento de Unidade; Planejamento de Aula.
• Planejar não é algo simples, mas também não é complexo para quem busca os meios para construir seus planos. Planejar é estar com o outro, que busca crescer enquanto profissional e que busca dar a seus alunos meios do mesmo construir seus conhecimentos.
TRABALHANDO OS PLANOS DE ENSINO
UNIDADE 2 TÓPICO 2
Resumo do Tópico
Neste tópico, vimos que:
• O planejamento é a chave para o professor construir, através de atividades de reflexão, ações que auxiliarão no caminho que pretendemos construir junto com nossos alunos, para uma sociedade democrática ou alienada.
• Em todas as instituições escolares, sejam estaduais, municipais ou particulares existe o Plano de Curso. Este plano, conforme Haydt (2008, p. 100), “é a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos e das atividades a serem realizadas em uma determinada classe, durante um certo período de tempo, geralmente durante um ano ou semestre letivo”.
• O Plano de Curso faz parte do Plano Político Pedagógico (PPP) da escola, dando assim a oportunidade do professor de ajustar o plano à realidade de sua turma; orientar a aprendizagem; auxiliar no desenvolvimento do trabalho a ser realizado e dar subsídios para perceber se o método utilizado foi eficiente ou não.
• De acordo com Haydt (2008, p. 101), o Plano de Curso possui a seguinte sistematização:
a) Levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma sondagem inicial.
b) Propor objetivos gerais e definir os objetivos específicos a serem atingidos durante o período letivo estipulado.
c) Indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o período.
d) Estabelecer as atividades e procedimentos de ensino e aprendizagem adequados aos objetivos e conteúdos propostos.
e) Selecionar e indicar os recursos a serem utilizados.
f) Escolher e determinar as formas de avaliação mais coerentes com os objetivos definidos e os conteúdos a serem desenvolvidos.
• O plano de unidade para ser desenvolvido com eficácia, é necessário observar três etapas que são: 
a) Apresentação: nesta etapa, o professor procurará identificar e estimular os interesses dos alunos, relacionando-os com o tema da unidade. Para tanto, poderá desenvolver as seguintes atividades: pré-teste oral ou escrito, para sondagem das experiências anteriores dos alunos, contendo os conceitos que eles deverão aprender na unidade; diálogo com a classe a propósito do tema; comunicação aos alunos dos objetivos da unidade; utilização de material ilustrativo, tais como jornais, revistas, cartazes, objetos históricos etc., que permitam introduzir o tema; aula expositiva com a mesma finalidade.
b) Desenvolvimento: nesta etapa, os alunos deverão chegar à compreensão do tema. Aqui o professor poderá lançar mão das seguintes atividades: estudos de textos; estudo dirigido; solução de problemas; projetos; trabalhos em grupo, pesquisa.
c) Integração: nesta etapa, os alunos deverão chegar a uma síntese dos temas abordados na Unidade. Isso poderá ser alcançado através das seguintes atividades: organização de resumos; relatório oral que sintetize os aspectos mais importantes da Unidade.
• Para Silva (2016, p. 1) “Um plano de aula é um instrumento de trabalho do professor, nele o docente especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos alunos”.
• O Plano de Aula significa que o professor precisa observar em que momento se encontra a turma ou classe. É preciso que o professor realize uma sondagem para ver em que nível a turma está e a partir deste diagnóstico dar continuidade ao trabalho de ensino-aprendizagem.
• Objetivos gerais também podem ser compreendidos como educacionais. Estes objetivos são os “previstos para um determinado grau ou ciclo, uma escola uma certa área de estudos, e que serão alcançados a longo prazo”. (HAYDT, 2008, p. 114). 
• Os objetivos gerais e específicos são subdivididos em: 
a) Cognitivos: para Piletti (1994, p. 82) “[...] o cognitivo refere-se à razão, à inteligência e à memória, compreendendo desde simples informações e conhecimentos intelectuais, até ideias, princípios, habilidades mentais de análise e síntese etc.”. O autor dá exemplo deste domínio cognitivo: “Informar-se sobre os principais recursos naturais”.
b) Afetivos: para Piletti (1994, p. 82) “o afetivo refere-se aos valores, às atitudes, às apreciações e aos interesses”. Um exemplo em relação ao domínio afetivo poderia ser assim apresentado conforme Piletti: “Cooperar para a manutenção da ordem, da conservação, da limpeza e do embelezamento da comunidade”.
c) Psicomotores: Piletti (1994, p. 82) afirma que “o psicomotor refere-se às habilidades operativas ou motoras, isto é, habilidades para manipular materiais, objetos, instrumentos ou máquinas. Um exemplo com relação a este domínio é dado por Piletti (1994): Desenhar o mapa do Brasil. Consertar um relógio.
• Os objetivos específicos particularizam a compreensão das relações entre escola e sociedade e especialmente do papel da matéria de ensino. Eles expressam, pois, as expectativas do professor sobre o que deseja obter dos alunos no decorrer do processo de ensino. Têm sempre um caráter pedagógico, por que explicam o rumo a ser imprimido ao trabalho escolar, em torno de um programa de formação (LIBÂNEO, 2011).
• As funções dos objetivos específicos são: 
a) definir os conteúdos a serem dominados, determinando os conhecimentos e conceitos a serem adquiridos e as habilidades a serem desenvolvidas para que o aluno possa aplicar o conteúdo em sua vida prática; 
b) estabelecer os procedimentos de ensino e selecionar as atividades e experiências de aprendizagem mais relevantes a serem vivenciadas pelos alunos, para que eles possam adquirir as habilidades e assimilar os conhecimentos previstos como necessários, tanto para sua vida prática como para a comunicação dos estudos; 
c) determinar o que e como avaliar; isto é, especificar o conteúdo da avaliação e construir os instrumentos mais adequados para avaliar o que pretende;
d) fixar padrões e critérios para avaliar o próprio trabalho docente; 
e) comunicar de modo mais claro e preciso seus propósitos de ensino aos próprios alunos, aos pais e a outros educadores.
SELEÇÃO E CONTEÚDO DE ENSINO
UNIDADE 2 TÓPICO 3
Resumo do Tópico
Neste tópico, vimos que:
• Conteúdos de ensino são para Libâneo (1994, p. 128): “o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social, organizados pedagógica e didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e a aplicação pelos alunos na sua prática de vida”.
• Libâneo (2011, p. 128) ainda ressalta que os conteúdos de ensino englobam “conceitos, ideias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras; habilidades cognoscitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudo, de trabalho e de convivência social; valores, convicções, atitudes”.
• Os quatro pilares da Educação são: aprender a conhecer; aprender a fazer, aprender a viver junto, aprender a ser.
• Zabala (1998, p. 42-48) aborda os conteúdos em três categorias: “atitudinais, conceituais e procedimentais. Os conteúdos conceituais referem-se à construção ativa de capacidades intelectuais para operar símbolos, imagens, ideias e representações que permitam organizar as realidades. Os conteúdos procedimentais referem-se ao fazer com que os alunos construam instrumentos para analisar, por si mesmos, os resultados que obtém e os processos que colocam em ação para atingir as metas que se propõem e os conteúdos atitudinais referem-se à formação de atitudes e valores em relação à informação recebida, visando a intervenção do aluno em sua realidade. ”
• Os conteúdos possuem critérios de seleção que são: validade, utilidade, significação. Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno; flexibilidade.
• Os critérios de organização dos conteúdos são: 
a) A continuidade: a qual se refere ao tratamento deum conteúdo repetidas vezes em diferentes fases do curso.
b) A sequência: está relacionada com a continuidade, massa transcende. A sequência faz com que os tópicos sucessivos de um conteúdo partam sempre dos anteriores, aprofundando-os e ampliando-os progressivamente. 
c) A integração: por sua vez, está ligada à ordenação horizontal e se refere ao relacionamento entre as diversas áreas do currículo, visando garantir a unidade do conhecimento.
• Os métodos de ensino possuem sua classificação que é assim apresentada: 
a) Métodos individualizados de ensino: são aqueles que valorizam o atendimento às diferenças individuais e fazem adequação do conteúdo ao nível de maturidade, à capacidade intelectual e ao ritmo de aprendizagem de cada aluno, considerando individualmente. Entre estes estão o trabalho de fichas, estudo dirigido e o ensino programado. 
b) Métodos socializados de ensino: são os métodos que valorizam a interação social, fazendo a aprendizagem efetivar-se em grupo. Incluem as técnicas de trabalho em grupo, a dramatização e o estudo de casos. 
c) Métodos socioindividualizados: são os que combinam as duas atividades, a individualizada e a socializada, alternando em suas fases os aspectos individuais e sociais. Abrangem, entre outros, o método de problemas, as unidades de trabalho, as unidades didáticas e as unidades de experiências. 
• A aula expositiva é a mais antiga forma de prática pedagógica em sala de aula. Foi aplicada com a chegada dos jesuítas ao nosso país, no período colonial. No século passado, as aulas expositivas foram vistas com desprezo, pois se caracterizavam pelo mero repasse das informações, não dando ao aluno a possibilidade de discussão.
• Aula dialogada: nesta prática pedagógica o aluno expõe suas ideias, as quais são levadas em conta pelo professor, ocorrendo uma troca de conhecimentos e de construção desse. Observa-se que o professor se utiliza dos conhecimentos prévios do aluno, sendo o professor “mediador” deste processo, levando ao aluno a questionar, dar opiniões, ser reflexivo e reconstruir seu conhecimento.
• Estudo dirigido: nesta prática de ensino o aluno estuda um assunto delimitado, a partir de um roteiro idealizado pelo professor.
• Método Montessori: Para Montessori seu método consiste em uma concepção que “considera a vida e seu pleno desenvolvimento como um bem supremo” (HAYDT, 2008, p. 165).
• O método Montessoriano baseia-se nos seguintes princípios: liberdade, atividade, vitalidade, individualidade.
• Centros de interesse: Foi criado por Ovídio Decroly, nascido na Bélgica. Seu sistema pedagógico levava em conta “a evolução natural dos interesses da criança” (PILETTI, 1998, p. 111). Para Menezes (2001, p. 1) “Decroly elaborou a ideia de “centros de interesse” que seriam uma espécie de ideias-força em torno das quais convergem as necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais do aluno”. 
• Procedimentos socializados de ensino são: 
a) Jogo: a utilização do jogo trata-se de uma atividade que envolve o físico e mentalmente a criança através de um sistema de regras. Podemos dizer que o jogo é uma atividade lúdica, pois “joga-se pelo simples prazer de realizar este tipo de atividade. Jogar é uma atividade natural do ser humano” (HAYDT, 2008, p. 175).
• Dramatização: Ao falarmos da dramatização estamos nos referindo à representação que alunos realizam em determinado espaço. Na escola essa técnica vem a auxiliar na socialização da criança “pois integra as dimensões cognitivas e afetivas do processo educacional e instrucional” (HAYDT, 2008, p. 179). As dramatizações não ficam apegadas apenas a textos que são dados para serem representados, busca-se também através de situações do cotidiano a dramatização, onde envolve o aluno em seu cotidiano.
• Trabalho em grupo: os objetivos do trabalho em equipe sejam: facilitar a construção do conhecimento; permitir a troca de ideias e opiniões; possibilitar a prática da cooperação para conseguir um fim comum. Outro ponto a ser ressaltado em relação ao trabalho em equipe é que esta técnica beneficia a formação de hábitos e atitudes dentro do convívio social.
• Estudo de casos: É uma técnica interessante também de ser aplicada, pois podemos enquanto professores utilizar filmes, artigos jornalísticos, resenhas, ou através de casos hipotéticos, tendo sempre o cuidado de ter como parâmetro a realidade. Nela, o aluno é convidado a dar sua opinião, a tentar resolver o problema ali apresentado buscando possíveis saídas ou respostas.
• Estudo do meio: é uma prática pedagógica que envolve o meio natural e social que envolve o aluno.
• Os procedimentos socioindividualizantes são: 
a) Método da descoberta: onde são propostos aos alunos experiências que levarão o aluno a observação e que “formulem por si próprios conceitos e princípios utilizando o raciocínio indutivo” (HAYDT, 2008, p. 205).
b) Método de solução de problemas: é dada ao aluno uma situação problema para que encontre uma solução. Pode ser realizado individual ou coletivamente. Salienta-se que neste método é preciso possuir uma postura científica tendo como base as cinco fases fundamentais que são: formulação e delimitação do problema; coleta e organização dos dados; elaboração de hipóteses; seleção de uma hipótese; verificação da hipótese escolhida.
c) Método de projetos: o ensino passa a ser realizado “através de amplas unidades de trabalho com um fim em vista e supõe a atividade propositada do aluno, isto é, o esforço motivado com um propósito definido”. O aluno é levado a realizar este método de maneira individual ou coletiva, buscando resolver algo através de atitudes concretas executando-as.
• Unidades Didáticas: Consiste em: “organizar e desenvolver o ensino através de unidades amplas, significativas e globalizadas de conhecimento de forma a integrar os conteúdos de uma mesma disciplina ou de várias disciplinas curriculares” (HAYDT, 2008, p. 215). Existe aqui um ensino globalizado, interdisciplinar, cabendo ao professor ser o facilitador do processo ensino-aprendizagem “orientando os alunos quanto à aquisição de conhecimentos e habilidades cognitivas” (HAYDT, 2008, p. 215).
• Movimento Freinet: este procedimento de ensino baseia-se nas ideias de seu fundador Freinet que defendia “a ideia que o professor deve considerar os interesses de seus alunos, deixando que eles se manifestem espontânea e livremente para, em seguida, fazer um trabalho pedagógico que tenha por base a livre expressão dos alunos” (HAYDT, 2008, p. 220).
UNIDADE 3
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 
TÓPICO 1 - AMPLIANDO SEU OLHAR ACERCA DA AVALIAÇÃO – ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS 
Resumo do Tópico
Neste tópico, você estudou que:
• De acordo com a Enciclopédia de Pedagogia Universitária: glossário (2006), Avaliação refere-se a processos de construção de sentidos e conhecimentos sobre sujeitos, objetos ou coisas, atividades e instituições, colocados em relação educativa ou profissional durante determinado período de tempo.
• Avaliação Educacional ou da Aprendizagem: refere-se à avaliação de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos submetidos a processos ou situações com vistas à aquisição de novo conhecimento, competências, habilidades ou atitudes. Enciclopédia de Pedagogia Universitária: glossário (2006).
• Avaliação do Desempenho do Aluno: termo que designa a avaliação de um ato ou efeito de uma ação do aluno frente à uma exigência externa de medida ou comparação apoiada em critérios. Enciclopédia de Pedagogia Universitária: glossário (2006).
• Avaliação de Competências: processo que verifica o grau de desempenho dos sujeitos para resolver problemas que exigem a mobilização e utilização de um conjunto de saberes adquiridos. Enciclopédia de Pedagogia Universitária: glossário (2006).
• Testar significa submeter a um teste ou experiência, com o objetivo de verificar o desempenho de alguém através de situações antecipadamente organizadas. Testes estes, que são aplicados em larga escala atualmente. (HAYDT, 2000).
• Medir significa determinar a quantidade de alguma coisa baseado num sistema de unidades convencionais.Em nosso cotidiano usamos constantemente diferentes medidas, litro, quilo, metro, hora, etc. Essa medida é expressa por números e refere-se ao aspecto quantitativo. (HAYDT, 2000).
• Avaliar é julgar ou fazer a análise de alguém ou alguma coisa, observando uma escala de valores. A avaliação incide numa escala de valores quantitativos e qualitativos e se tem por base critérios e objetivos definidos previamente. (HAYDT, 2000).
• As teorias tradicionais discutidas no campo do currículo iniciaram no ano 1918, nos EUA, com o lançamento da obra The Curriculum, escrita por Franklin Bobbitt.
• Ralph Tyler escreve o livro Princípios Básicos de Currículo e Ensino em 1949, traduzido no Brasil, na década de 1970. Fortificando as ideias de Bobbitt, quando afirma que os objetivos do ensino devem ser muito bem definitivos para que consigam atingir a sua finalidade.
• Haydt (2000) descreve os princípios básicos que norteiam a avaliação: A avaliação é um processo contínuo e sistemático, faz parte de todo o processo ensino-aprendizagem. A avaliação é funcional, é realizada a partir dos objetivos previstos nos planejamentos. A avaliação é orientadora, tem como principal característica orientar os alunos durante todo o processo. A avaliação é integral, considera o aluno como um todo.
• Em 1932, um grupo de intelectuais, preocupados em elaborar um programa de política educacional amplo e integrado, lançou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, atualmente conhecido como MEC.
• A sigla MEC surgiu em 1953, quando a Saúde ganhou autonomia e surgiu o Ministério da Educação e Cultura, Lei nº 1.920, de 25 de julho de 1953, que Cria o Ministério da Saúde e dá outras providências.
• Alguns dos principais mitos da avaliação abordados do ponto de vista de Thereza Penna Firme.
1) Faça uma reflexão sobre o método utilizado quando você cursou a Educação Básica.
Uma das reflexões a fazer é a longa historia em que vivi na minha época de estudante a aproximadamente 25 anos atrás quando se ouvia em que “Os pais não concordam que seus filhos passem sem saber nada”. Que nunca foi uma verdade. Pois existia sempre um feedeback a família informado que apesar de ter algumas lacunas, o educando alcançou progressos satisfatórios em alguns aspectos de aprendizagem, tendo melhorado em vários aspectos, é era possível a família compreender que existia grande possibilidade das dificuldades virem a ser superadas na série seguinte, pois houve aprendizagem significativa. E possível dizer que é necessário uma construção de um dialogo afirmativo e frequente entre educador e família para que seja possível alcançar os objetivos esperados. 
2) Qual é a sua opinião acerca da abordagem sobre os mitos da avaliação. Posicione-se de forma crítica acerca de um dos mitos.
A partir dos mitos relacionados no livro digital “Os alunos não podem passar de ano sem saber ler”. Não é verdade. Pois a leitura é uma aprendizagem contínua, que não se completa em determinada série, ela começa antes da criança entrar na escola e continua ampliando-se durante toda a vida. É preciso que se respeite o ritmo de cada um, e não punir. É possível destacar que avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa. Avaliação é, fundamentalmente, acompanhamento do desenvolvimento do aluno no processo de construção do conhecimento. O professor precisa caminhar junto com o educando, passo a passo, durante todo o caminho da aprendizagem. Esse caminho pode ser a longo prazo mas é possível adquirir um bom resultado. 
UNIDADE 3
TÓPICO 1 - AVALIAÇÃO ESCOLAR ABORDAGENS E CARACTERÍSTICAS
Resumo do Tópico
Neste tópico, você viu que:
• Haydt (2000), descreve os princípios básicos que norteiam a avaliação. A avaliação é um processo contínuo e sistemático, é funcional, é orientadora e é integral. Neste sentido, podemos perceber a abrangência que a avaliação precisa apresentar no ambiente educativo.
• Conforme Sanmartí (2009, p. 8), “As atividades de avaliação deveriam ter como finalidade principal favorecer o processo de regulação, de maneira que os próprios alunos possam detectar suas dificuldades, e a partir daí, desenvolvam estratégias e instrumentos para superá-los”.
• O conceito de avaliação pode ser utilizado em muitos sentidos, com finalidades diversas e através de meios variados. Uma atividade de avaliação pode ser identificada como um processo caracterizado por: recolher informações; analisar essa informação e emitir um juízo e tomar decisões conforme o juízo emitido. (SANMARTÍ, 2009, p. 18).
• Análise entre o Modelo tradicional e o Modelo adequado de avaliação e suas implicações, de acordo com Luckesi (2002), traça uma comparação entre a concepção tradicional de avaliação com uma mais adequada a objetivos contemporâneos, relacionando-as com as implicações de sua adoção.
• Os novos modelos de avaliação devem contemplar o qualitativo, descobrindo a essência e a totalidade do processo educativo, pois se pensarmos a avaliação como aprovação ou reprovação, logo tomará um fim em si mesma, pois se encontrará cada vez mais distanciada e sem relação com as situações de aprendizagem significativas.
• De acordo com a LDB, artigo 24, inciso V, avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
• As dimensões quantitativas e qualitativas referem-se ao mesmo fenômeno a ser medido, controlado e acompanhado. A primeira diz em conceitos ou notas a intensidade com que atributos da segunda se manifestam no fenômeno mensurado. 
• A avaliação qualitativa leva em consideração todo o processo pedagógico, onde o educador realiza uma análise individual referente a aprendizagem de cada aluno com o objetivo de verificar a sua evolução e assim, dar continuidade no seu trabalho alterando, diversificando ou não a sua prática.
• Para coletar dados acerca do processo de ensino-aprendizagem, o MEC desenvolve diversas avaliações de aprendizagem no âmbito nacional. As avaliações da aprendizagem são coordenadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep.
• Para que possam alcançar resultados satisfatórios em relação ao processo de ensino-aprendizagem em âmbito nacional, o MEC também promove e oferece vários cursos de formação continuada, bem como fornece subsídios para que os educadores aperfeiçoem constantemente a prática docente. 
• Avaliação inicial – também chamada de diagnóstica, esse tipo de avaliação tem o objetivo de verificar o conhecimento do aluno relacionado a cada assunto/conteúdo e assim poder realizar ou adaptar o planejamento baseado na coleta das informações/dados.
• A avaliação durante o processo de aprendizagem – é considerada a mais importante para os resultados da aprendizagem, é quando o professor tem a oportunidade de identificar as dificuldades dos alunos e superar os obstáculos no momento real, isso oportuniza o aluno a compreendê-las e autorregulá-las.
• A avaliação final – é realizada ao final do estudo de um determinado conteúdo para verificar o que o aluno não conseguiu interiorizar e verificar o que precisa ser ajustado na metodologia do professor para obter melhores resultados.
• O processo avaliativo precisa se fazer presente ao longo de todo o processo de ensino aprendizagem, identificando as dificuldades e compreender as suas causas e posteriormente encontrar estratégias que possibilitem ao aluno avançar.
Autoatividades
A que tipo de avaliação as tirinhas a seguir lhe remetem? Reflita a respeito.
A resposta é à abordagem qualitativa que leva em consideração todo o processo pedagógico, onde o educador realiza uma análise individual referente a aprendizagem de cada aluno com o objetivo de verificar a sua evolução e assim, dar continuidade no seu trabalho, alterando, diversificando ou não a sua prática.
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 
Tópico 3 - AVALIAÇÃO ESCOLAR FUNÇÕES E INSTRUMENTOS
Resumo do Tópico
Neste tópico, você viu que:
• As principais responsabilidades dos docentes em relação à avaliação expressos no Art. 13da Lei nº 9.394, de 20/12/1996.
• Luckesi (2002) apresenta as avaliações em três modalidades: a avaliação somativa, avaliação formativa e avaliação diagnóstica.
• A avaliação somativa tem como principal objetivo classificar os alunos segundo níveis de aproveitamento. (Haydt 2000).
• Avaliação formativa é realizada com o propósito de informar todos os envolvidos acerca do resultado da aprendizagem ainda durante o desenvolvimento das atividades.
• A avaliação diagnóstica é constituída inicialmente por uma sondagem referente à situação de desenvolvimento do aluno.
• Para que a avaliação assuma o seu verdadeiro papel como um instrumento dialético de diagnóstico para o crescimento, esta precisa preocupar-se com a transformação social. 
• A diversificação dos instrumentos avaliativos, por sua vez, viabiliza um maior número e variedade de informações sobre o trabalho docente e sobre os percursos de aprendizagem.
• O professor tem papel fundamental no processo avaliativo, sendo assim, este precisa estimular e incentivar o aluno durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
• Para desenvolver uma avaliação coerente, é preciso conhecer as especificidades de cada aluno e o avaliar individualmente de acordo com as suas habilidades.
• Para que sejamos capazes de analisar os avanços das crianças, precisamos criar boas situações de avaliação e boas estratégias de registro.
• Para que a avaliação seja coerente é preciso determinar os objetivos e verificar se foram atingidos ou não durante determinado período. 
• Nas Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (2010, p. 29): “As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação.”
• A avaliação, de acordo com o RCNEI (1998) deve permitir que as crianças acompanhem suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo de seu processo de aprendizagem e o professor precisa compartilhar com elas a sua análise, mostrar os avanços e elencar possibilidades de superação das dificuldades que possam vir a existir.
• Um dos documentos mais importantes que precisa subsidiar a prática do professor no processo de avaliação são os PCN. Ele traz abordagens significativas em relação a todo o processo, bem como orientações valiosas acerca da avaliação em cada disciplina.
• O que confere a relevância e a importância a um instrumento de avaliação não é a sua sofisticação, mas como é utilizado pelo professor e se dá conta de recolher as informações necessárias em relação ao objetivo que se pretende atingir.
• A avaliação precisa estar relacionada diretamente ao processo de ensino-aprendizagem, por isso, a utilização de uma variedade de instrumentos oportuniza a inclusão dos alunos neste processo.
• A observação (avaliação do olhar) é tão relevante quanto a avaliação de trabalhos e provas, pois permite a interferência imediata do professor, que pode rever suas estratégias de ensino e possibilita a revisão do seu planejamento com o objetivo de adequá-lo às necessidades dos alunos.
• Na autoavaliação o aluno deixa de ser apenas um executor de atividades, mas para que a autoavaliação seja realizada de forma correta, é necessário que o professor direcione o processo com perguntas norteadoras.
• O portfólio é um conjunto de atividades, trabalhos, pesquisas, produções individuais ou em grupo realizadas pelo aluno ao longo de um período com o objetivo de proporcionar um diálogo entre os envolvidos no processo avaliativo referente a aprendizagem e desenvolvimento de cada aluno ou do grupo, quando for confeccionado o portfólio coletivo.
• A prova escrita dissertativa é composta por um conjunto de questões que devem ser respondidas pelos alunos com o objetivo de verificar o que aprenderam referente ao assunto, essas perguntas precisam ser respondidas com as próprias palavras. 
• De acordo com Libâneo( 1994), a prova escrita objetiva tem o intuito de avaliar a extensão de conhecimentos e habilidades dos alunos, em vez de possibilitar respostas abertas, o aluno precisa escolher uma que considera correta entre as alternativas apresentadas.
• De acordo com o documento do MEC, Avaliação no Ciclo de Alfabetização (2012, p. 30): “Ao trabalharmos em sala de aula com produção textual, seja com gêneros orais ou escritos, uma variedade de aspectos podem ser alvo de reflexão e avaliação. Diante dos textos produzidos, o professor pode perceber o modo como os alunos compreenderam as situações de ensino que os levaram a escrever de determinado modo, os conhecimentos que possuem diante do gênero e da temática proposta.”
• É de extrema importância que o professor, em seu planejamento, elenque as formas e os critérios de avaliação e os aplique de forma coerente com o intuito de diagnosticar as aprendizagens dos alunos e, a partir dos resultados redimensionar a sua prática, sempre que necessário, buscando a progressão das aprendizagens deforma significativa.
Autoatividades
UNIDADE 3 TÓPICO 3
1 ) Chegamos ao final dessa Unidade 3. Faça uma redação a partir do tema:
ANTES DE AVALIAR É PRECISO CONHECER O ALUNO
Resposta pessoal, mas espera-se que o acadêmico mencione sobre a importância do diagnóstico inicial, sondagem para detectar os conhecimentos prévios e a partir deles realizar um planejamento coerente. Mencione que os alunos apresentam conhecimentos e habilidades diferentes e por isso é necessário diversificar os métodos de avaliação.
O momento de avaliação dos alunos é essencial para verificar se a fixação do conteúdo está acontecendo de maneira eficaz e, também, para mapear as principais dificuldades da turma. Em primeiro lugar, o professor deve planejar e executar uma avaliação contínua de seus alunos, e não apenas em períodos de provas. Observar comportamentos, conversar com os alunos, esclarecer possíveis dúvida tudo isso contribui para uma avaliação ocorra mais complexa e holisticamente. 
Além disso, utilizar diversos estilos de avaliação é bom para o aluno, o professor e para o aproveitamento das aulas como um todo. Diversificar as atividades, propor novas dinâmicas e incentivar a participação dos alunos são fatores-chave. Bons exemplos são trabalhos em grupo, debates e discussões em sala, fichamentos e resumos de determinados conteúdos. 
Outra coisa da qual o professor deve estar ciente é que, para fazer uma boa avaliação de aprendizagem, é necessário também saber fazer uma boa elaboração dessas avaliações. Afinal, uma avaliação só será bem sucedida se seus Por isso é tão importante ser criterioso, estabelecer padrões de correção e criar questões que, de fato, façam a diferença no aprendizado dos alunos.
Uma boa avaliação é aquela que promove a reflexão e o poder argumentativo daquele que está sendo avaliado. As questões a serem cobradas devem ser coerentes, contextualizadas e exigir competências do aluno que vão muito além da famosa “decoreba”. Nesse sentido, é recomendável fazer buscas em bancos de questões confiáveis, já que nem sempre os professores têm tempo ou inspiração para criar questões super elaboradas.
Outro fator que contribui para a criação de uma prova bem elaborada é sua organização — tanto de conteúdo quanto de diagramação. O Prova Fácil também oferece os recursos de diagramação e criação automáticas de provas, o que facilita e otimiza muito a vida dos professores.
Especificamente nas questões, o conteúdo a ser cobrado deve ser relevante e ter sido discutido em sala de aula. Textos de apoio, exemplos, comparações, imagens — todos esses elementos contribuem para questões mais ricas. 
Ao fazer provas, é importante que o professor acredite que avaliar é um processo pedagógico muito mais amplo do que dar notas. O modelo tradicional de ensino é focado para o aspecto quantitativo: qual foram à nota, quantas questões o aluno acertou… essa é uma das formas possíveis de se avaliar o aprendizado, uma unidade de medida, mas dentre tantas outras possíveis, não deve ser a única nem a principal. 
É preciso considerar a capacidade doaluno de assimilar o conteúdo e de argumentar. Se uma avaliação é bem elaborada, o aluno estudioso consegue de expor e desenvolver seus conhecimentos; e, se ele o faz, é porque o processo de aprendizagem está sendo eficiente.

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