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Pedagogia do Ensino Básico-2020(1)

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Docente: Domingos Azarias Mindú 
Didáctica do Ensino Básico/Pedagogia do ensino Básico 
Nota introdutória 
A didática/Pedagogia é um instrumento a ser utilizado nos diferentes processos de ensino e 
aprendizagem visando a orientação técnica e pedagógica relativas à transmissão do 
conhecimento (informação) e o procedimento pelo qual o mundo dá experiência e da cultura é 
transmitido pelo educador ao educando. Assim, podemos dizer que é a parte da pedagogia que 
se ocupa em colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica sendo o alicerce de uma 
tradição didática centrada no método e em regras de bem conduzir a aula e o estudo. 
Diante desse contexto, se faz necessário um repensar nas práticas existentes e a busca de um 
novo sentido e uma nova postura que vise a ampliação do conhecimento a partir de uma reflexão 
da realidade do aluno como um todo e do ensino básico em particular. Nesta vertente, a 
Didáctica/Pedagogia do Ensino Básico ocupa-se dos conteúdos, das formas e com as condições 
de organização e da realização do processo de ensino e aprendizagem no ensino básico. Ou 
melhor, do processo/fenómeno educativo no Ensino Básico 
 
Objecto de estudo da Didáctica/Pedagogia do ensino Básico 
 
O Ensino Básico é definido como sendo o eixo do sistema educativo uma vez que, neste nível, as 
crianças deverão adquirir as competências necessárias para o seu desenvolvimento posterior. Ou 
seja, o sucesso da aprendizagem escolar da criança nos níveis subsequentes é condicionado, em 
larga medida, pela sua preparação no Ensino Primário, constituindo, assim, um dos seus 
objectivos. Ao mesmo tempo, de acordo com a Lei 6/92, a criança deverá, neste nível de ensino, 
adquirir bases que lhe permitam o ingresso na vida produtiva. 
 
A Pedagogia do Ensino Básico sendo uma sub-pedagogia, ela tem o seu objecto próprio de estudo que é 
o processo/fenómeno educativo no Ensino Básico, desde os conteúdos, as formas e com as 
condições de organização e da realização do processo de ensino e aprendizagem no ensino básico, 
ou seja, educação no EB. Assim, visa analisar as condições das quais ocorre o processo educativo, tendo 
em conta aos aspectos metodológicos e organizativos para o processo de transmissão1 e assimilação de 
 
1 Termo tradicional a ser substituido por medicação- ensino de estratégias ou aprender a aprender 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
conhecimentos e desenvolvimento de capacidades intelectuais e processos mentais dos alunos em vista o 
conhecimento crítico dos problemas sociais. 
O que é educação? 
Conceitos e Tipos de Educação 
Educação - Etimologicamente a palavra ”Educação deriva do Latim (educere), que significa por 
um lado, “conduzir”- chegar dum estado ao outro, de uma situação a outra, por uma lado significa 
”tirar de, “extrair”. No segundo, a educação seria a acção de tirar algo de dentro do homem. Assim, 
a educação seria definida, como o aperfeiçoamento intencional das competências especialmente 
humanas. 
Assim, existem vários conceitos que norteiam o termo educação, p.ex: 
 “Educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se 
encontram ainda preparadas para a vida social.” (Durkhein, 1987). 
 “Educação é uma prática social que acontece em todos os lugares onde exista uma 
sociedade. Ela é a condição da continuidade da vida social.” (Valdir, 2002). 
 Educação é a transmissão de conhecimento de velho para o jovem na aldeia africana e 
o ensino nas modernas escolas das grandes cidades, são modelos diferentes do processo 
educativo. Cada país, cada sociedade tem realidades e valores diferentes e, por isso tem 
uma concepção diferente de educação. 
Tipos de Educação 
 Educação formal (sistema educativo) e aquela estruturada, organizada, planejada 
intencionalmente e sistemática, ou seja, ensino cuticular. 
 Educação não formal- e toda actividade organizada e sistemática, realizada fora do 
quadro do sistema formal de educação, para promover determinados tipos de 
aprendizagem a grupos específicos de uma população, sejam adultos ou crianças. 
 Ė o processo que resultado da apropriação pelos alunos, do sistema de conhecimentos 
científicos, Habilidades, Experiencias cognitivas, na base das quais se formam a 
concepção do mundo e as qualidades morais. 
 Educação informal – corresponde a acções e influencia exercidas pelo meio, pelo 
ambiente sociocultural que se desenvolvem, pelo meio das relações dos indivíduos e 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
grupos com seu ambiente social, humano, ecológico e físico. É fornecida por grupos 
sociais através de experiencias não intencionalmente organizadas. 
 A educação informal pode definir-se como tudo que aprendemos mais ou menos 
espontaneamente a partir do meio em que vivemos, dos livros que lemos, da televisão 
que vemos, da multiplicidade de experiencias que vivemos quotidianamente. 
O que é processo de ensino aprendizagem? 
 
Existem várias teorias que explicam ou falam em torno do PEA, mas para nossa abordagem 
ficaremos pelo conceito que referencia como sendo uma sequência de actividades entre o 
professor e o aluno com vista alcançar resultados em termos de domínio de conhecimentos, 
habilidades, hábitos, atitudes, convicções e desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos 
alunos. 
 Ensino 
Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é “um processo bilateral de ensino e 
aprendizagem”. Daí, que seja axiomático explicitar que não existe ensino sem “aprendizagem”. 
Seu posicionamento sempre foi muito claro, quando estabeleciam entre ensino e aprendizagem, 
uma unidade dialética. 
 
Para Neuner, G. et al (1981, p. 254) “a linha fundamental do processo de ensino é a transmissão 
e apropriação de um sólido sistema de conhecimentos e capacidades duradouras e aplicáveis.” 
Destaca-se, por um lado, neste conceito a menção de “um sólido sistema de conhecimento”, e por 
outro lado, as “capacidades duradouras e aplicáveis”. No primeiro caso, referindo-se ao processo 
de instrução que procura atingir a superação dos discentes e o segundo caso ao treinamento, 
como forma de desenvolver as capacidades. 
 
O ICCP (1988, p. 31) define “o ensino como o processo de organização da atividade cognoscitiva” 
processo que se manifesta de uma forma bilateral: a aprendizagem, como assimilação do material 
estudado ou atividade do aluno, e o ensino como direção deste processo ou atividade do professor. 
 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Considerando estas ideias, fica claro que não é preciso a utilização da composição léxica “ensino 
aprendizagem” para destacar a importância da “aprendizagem” neste processo, pois ela é inerente 
ao ensino. 
 
A palavra aprendizagem neste contexto, não está sendo utilizada desde a perspectiva 
terminológica que distinguiria semanticamente os termos: aprendência, aprendizado e 
aprendizagem. 
 
Portanto, o ensino, como objeto de estudo e pesquisa da Didática, é uma atividade direcionada 
por docentes à formação qualificada dos discentes. Por isso, na implementação do ensino se dão 
a instrução e o treinamento, como formas de manifestar-se, concretamente, este processo na 
realidade objetiva. 
 
Diferenciando Educação, de Ensino, seria interessante refletir com as palavras de J.M. Guyau, 
quando diz que “educar a um homem não é ensinar alguma coisa que não sabia, senão fazer dele 
o homem que não existia.” (GUYAU, J apud. ISÓIS, J. 1976, p. 14). 
 
As componentes da DEB 
Toda aprendizagem precisa estar embasada num bom relacionamento entre os elementos que 
participam do processo: aluno, professor e colegas de turma. 
Resumindo, pode-se concluir que aprender não é a mesma coisa que ensinar, já que aprender é 
um processo que acontece com o aluno e do qual o aluno é o agente essencial. Dessa forma, 
torna-se essencial que o professor compreenda adequadamente esse processo, entendendo o 
seu papel comoo de facilitador da aprendizagem de seus alunos, ou seja, que não esteja 
preocupado em ensinar, mas sim em ajudar o aluno a aprender. 
 
De acordo com MOREIRA (1986), o processo de ensino-aprendizagem (se faz referências às 
componentes da DEB) é composto de quatro elementos –o professor, o aluno, o conteúdo e as 
variáveis ambientais (características da escola)–, cada um exercendo maior ou menor influência 
no processo, dependendo da forma pela qual se relacionam num determinado contexto. 
Analisando-se cada um desses quatro elementos, pode-se identificar as principais variáveis de 
influência do processo ensino-aprendizagem: 
Aluno: capacidade (inteligência, velocidade de aprendizagem); experiência anterior (conhe-
cimentos prévios); disposição e boa vontade; interesse; estrutura socioeconômica; saúde. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Escola: sistema de crenças dos dirigentes; entendimento da essência do processo educacional; 
liderança. 
Professor: dimensão do relacionamento (relaçãoprofessor-aluno); dimensão cognitiva (aspectos 
intelectuais e técnico-didáticos); atitude do educador; capacidade inovadora; 
comprometimentocom o processo de ensino-aprendizagem. 
O entendimento desses quatro elementos e das diferentes interações entre eles é que deve ser o 
cerne do processo de melhoria da qualidade de ensino nas instituições de ensino. 
Nesta linha de pensamento, é preciso entender que para além destas components, também se 
abrangem os objetivos, conteúdos e métodos, são elementos que garantem a assimilação do 
conhecimento e o desenvolvimento das habilidades. Eles devemestar à coordenação do professor 
e não podem ser considerados isoladamente. 
 
Objetivos: 
Dois níveis de objetivos educacionais: Gerais e Específicos 
 
(1) Objetivos Educacionais - Correspondem às expectativas dos grupos e classes sociais 
existentes e que fazem produzir objetivos gerais; 
 
(2) Objetivos Gerais - São as metas estabelecidas para os alunos no âmbito dos sistemas 
educacionais, com suas abrangências específicas, que podem alcançar o macro sistema (Pais, 
estado), a escola (Proposta Pedagógica), o professor (com seu planejamento de curso 
expressando sua visão de educação e sociedade). Expressam propósitos mais amplos acerca do 
papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do 
desenvolvimento da personalidade dos alunos. É o ponto de partida, as premissas gerais do 
processo pedagógico. Refletem as opções políticas e pedagógicas dos agentes em face das 
contradições sociais existente na sociedade. 
São explicadas em três níveis: 
 Pelo sistema escolar – finalidade educativa determinada pela classe dominante; 
 Pela escola – estabelece princípios e diretrizes de orientação escolar – com base plano 
pedagógico – didático representando o consenso do corpo docente; 
 Pelo professor – concretiza o ensino da matéria – sua visão de educação de sociedade. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Objetivos educacionais gerais que auxiliam professores na seleção de objetivos específicos e 
conteúdo de ensino: 
 Colocar a educação escolar no conjunto de lutas pela democratização da sociedade, que 
consiste na conquista pelo conjunto da população, das condições materiais, sociais 
polícias e culturais da sociedade; 
 Garantir a todas as crianças, sem nenhuma discriminação de classe social, cor religião, 
sexo uma sólida preparação cultural e científica, através do ensino das matérias. 
 Assegurar a toda as crianças o máximo de desenvolvimento de suas potencialidades, 
tendo em vista auxilia-las na superação das desvantagens decorrentes das condições 
sócio-econômicas desfavoráveis; 
 Formar nos alunos a capacidade crítica e criativa em relação às matérias de ensino e à 
aplicação dos conhecimentos e habilidades em tarefas teóricas e práticas. A assimilação 
ativa dos conteúdos. Vinculação dos conteúdos com a vida prática. A capacidade crítica 
e criativa se desenvolve pelo estudo dos conteúdos e pelo desenvolvimento de métodos 
de raciocínio, de investigação e de reflexão. Sob a direção do professor. 
 Atender a função educativa do ensino, ou seja a formação de convicção para a vida 
colectiva. O trabalho do professor deve estar voltado para a formação de qualidade 
humanas, modos de agir em relação ao trabalho, ao estudo, a natureza, em concordância 
com princípios éticos. Destaca a educação física e educação estética – a primeira ocupa 
um lugar importante no desenvolvimento integral da personalidade integral, expressão 
corporal, alto-afirmação, competição construtiva, formação do caráter e desenvolvimento 
do sentimento de coletividade - a segunda os alunos desenvolvem o intelectual, 
aprendem o valor da arte, a apreciação, o sentimento e o desfrute da beleza expressa na 
natureza, nas obras artísticas, bem como a música, pintura escultura, etc. 
 (3) Objetivos Específicos - Referem-se ao esperado em termos de particularização sobre a 
compreensão da matéria de ensino e concorrem para alcançar os objetivos anteriores. 
Específicos: determinam exigências e resultados esperados das atividades dos alunos referente 
a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem 
em processo de transmissão assimilação ativa das matérias de estudo. 
IMPORTANTE: O trabalho docente é uma actividade que envolve convicções e opções sobre o 
destino do homem e da sociedade – tem haver diretamente com o nosso relacionamento com os 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
alunos. A importância do estudo, da formação do professor, pode revelar o conhecimento é 
necessário não somente porque está vinculado a diretrizes nacionais, estaduais e municipais de 
ensino, mas porque precisamos saber que concepções de homem a sociedade caracterizam os 
documentos oficiais. A partir dessa compreensão é preciso compreender o papel da matéria que 
leciona na formação de cidadãos activos e participantes na sociedade, os melhores métodos que 
concorrem para uma aprendizagem sólida e duradoura por parte dos alunos. 
OBS., As argumentações do Libânco destacam-se que não se trata simplesmente de copiar os 
objetivos e conteúdos previstos no programa oficial, mas de reaviva-los em função de objetivos 
sócio-políticos que expressem os interesses do povo, das condições locais da escola, da 
problemática social vivida pelos alunos, das peculiaridades sócio-culturalis e individuais dos alunos 
(Isso não significa negar o conhecimento ao aluno da favela com a justificativa de que ele não 
entenderá o proposto. 
Ele precisa sim, conhecer no mundo existe o conhecimento do computado, a cibernética, da física 
quântica, no sentido de elevar o mínimo necessário de conhecimento para que ele possa competir 
em igualdade com os demais. Isso é utópico, mas muitos professores utilizam o sistema de 
negação como justificativa de que o aluno não conseguirá). 
Esses objectivos não esgotam a riqueza da ação pedagógica escolar em relação a formação 
individual e social dos alunos em sua capacitação para a vida adulta na sociedade. 
Resumo: Os objectivos específicos particularizam a compreensão das relações entre escolas e 
sociedade e especialmente do papel da matéria de ensino. Tem sempre um caráter pedagógico 
dos conteúdos e são preparados para serem ensinados e assimilados. 
É necessário que haja vinculo entre os objetivos gerais. Os objetivos específicos devem seguir as 
seguintes recomendações: 
 Especificar conhecimentos, habilidades, capacidades; 
 Observar uma sequência lógica 
 Expressar os objetivos com clareza 
 Dosar o grau de dificuldades – expressar desafios, questões estimulantes viáveis, 
problemas; 
 Formular objetivos como resultados a atingir, facilitando o processo de avaliação 
diagnóstica e de controle; 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 Indicar resultados dos trabalhos dos alunos (o que devem compreender, saber, 
memorizar, fazer, etc…). 
Conteúdos:São o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação 
social, organizados pedagógica e didaticamente, tendo um vista a assimilação ativa e aplicação 
pelos alunos na sua práticas de vida. Englobam: Conceitos, idéias, fatos, processos, princípios, 
leis cientificas, regras, habilidades cognoscitivas, modos de atividades, métodos de compreensão 
e aplicação, hábitos de estudo, de trabalho e de convivência social, valores, convicções, atitudes. 
Os conteúdos retratam a experiência social da humanidade no que se refere a conhecimentos. 
São organizados em matérias de ensino e dinamizados pela articulação objetivos-conteúdos e 
formas de organização de ensino. A escolha dos conteúdos de ensino revela com estreito vínculo 
entre o sujeito do conhecimento (o aluno) e a sua prática social de vida (ou seja, as condições 
sociais de vida e de trabalho, o cotidiano, as práticas culturais, a linguagem etc…). não leva em 
consideração somente a herança cultural manifesta nos conhecimentos e habilidades mas 
também a experiência da prática social vivida no presente pelos alunos. Devem ser elaborados 
numa perspectiva de futuro, uma vez que contribuem para a negação das ações sociais vigentes 
tendo em vista a construção de uma sociedade verdadeiramente humanizada. Por isso, a 
Pedagogia para poder orientar os objetivos e meios do processo educativo, cabe a pergunta: 
 
 Quais são os objetivos e conteúdos da escola selecionados para atender às expectativas 
e necessidades da sociedade? 
 O trabalho docente é pautado por qual currículo? 
 Qual proposta pedagógica? 
 Qual é o direcionamento formal? 
 Tem regulamento? 
 Tem objetivos gerais delineados? 
 Onde? 
 Ou os professores trabalham sem saber o que estão formando por não haver 
planejamento do trabalho docente, objetivos gerais a serem seguidos, metas a alcançar? 
 Os conteúdos indicados por outra instância devem se mesclar à realidade, expectativas e 
necessidades locais previstas no documento pedagógico formal da escola?. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Os elementos do conteúdo do ensino: 
A herança cultural construída pela atividade humana ao longo da história da sociedade é 
extremamente rica e complexa sendo impossível à escola básica abranger todo esse patrimônio. 
É tarefa da didática destacar o que deve constituir objeto de ensino nas escolas, selecionando os 
elementos dos conteúdos a serem assimilados ou apropriados pelos alunos, em função das 
exigências social e do desenvolvimento da personalidade. 
São 4 os elementos que compõe os conteúdos do ensino: 
 Os Conhecimentos Sistematizados: São a base da instrução e do ensino, os objetos de 
assimilação e meio indispensáveis para o desenvolvimento global da personalidade; 
Os conhecimentos sistematizados correspondem a conceitos e termos fundamentais das ciências, 
fatos e fenômenos da ciência e da atividade cotidiana, leis fundamentais que explicam as 
propriedades e as relações entre os objetos e fenômeno da realidade, métodos de estudo da 
ciência e a história de sua elaboração, problemas existentes no âmbito da prática social conexos 
com a matéria. 
 As Habilidades: São qualidades intelectuais para atividade mental no processo 
de assimilação de conhecimento. 
 Os hábitos: São modos de agir relativamente automatizados que tornam mais eficaz o 
estudo ativo e independente. 
Hábitos podem preceder habilidades que se transformam em hábitos ; 
Ex: Habilidade em leitura pode transformar-se em hábito de ler e vice-versa. 
 Atitudes e convicções: referem-se a modos de agir, de sentir e de se posicionar frente 
a tarefas da vida social. 
Ex. Os valores desenvolvem valores e atitudes em relação ao estudo e ao trabalho. 
Os elementos constitutivos dos conteúdos convergem para a formação das capacidades 
cognoscitivas. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Não é difícil observar que os elementos do conteúdo de ensino estão inter-relacionados. 
Habilidade e capacidade são impossíveis sem a base dos conhecimentos. Por sua vez, o domínio 
dos conhecimentos supõe as habilidades, as capacidades e os modos valorativos e atitudinais 
Quem deve escolher o conteúdo do ensino? 
A escolha e definição é, em última instância, tarefa do professor. 
O professor utilizará para selecionar os conteúdos do plano de ensino e organiza suas aulas três 
fontes: 
 A programação oficial na qual são fixados os conteúdos de cada matéria; 
 Os conteúdos básicos das ciências transformadas em matérias de ensino; 
 As exigências teóricas e práticas colocadas pela prática de vida dos alunos, tendo em 
vista o mundo do trabalho e a participação democrática na sociedade. 
Pode parecer que as três fontes não são conciliáveis. Como introduzir nos conteúdos as 
necessidades e problemas existentes na prática de vida dos alunos, se os conteúdos já estariam 
previamente estruturados? 
Ao estabelecer objetivos de âmbito nacional, o Estado não só organiza o sistema de ensino como 
pretende também unificá-lo nacionalmente e o desenvolvimento cultural da sociedade. 
Neste ponto, encontra-se a importância dos programas oficiais. Contudo devemos encara-los 
como diretrizes de orientação geral. As particularidades em relação ao desdobramento dos 
programas, a resseleção dos conteúdos, a escolha de métodos e técnicas são determinadas pelo 
professor de modo mais ou menos independente, tendo em sua conta as condições locais da 
escola, dos alunos, bem como as situações didáticas específicas frente, as diferente séries. Além 
disso, devemos avaliar criticamente os programas, confrontando-os com a nossa visão de 
homem/mulher, de mundo e do processo pedagógico. 
A escolha de conteúdo vai além portanto , dos programas sociais e da simples organização lógica 
da matéria, ligando-se as exigências teóricas e práticas da vida social. 
Tais exigências dever ser consideradas em 3 sentidos: 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 A participação na prática social requer o domínio de conhecimentos básicos e habilidades 
intelectuais; 
 Deve-se considerar que a prática da vida cotidiana dos alunos, na família, no trabalho, no 
meio cultural, urbano ou rural, fornece fatos, problemas a serem conectados ao estudo 
sistemático das matérias; 
 As condições de rendimento escolar dos alunos refletem as desigualdades sociais; 
É necessário o conhecimento do conjunto das características dos alunos para telo como ponto de 
partida para o trabalho escolar e, portanto, elementos de escolha dos conteúdos. 
LEMBRAR: O processo de ensino determina a contradição entre as exigências da socialização 
dos conteúdos sistematizados, as condições sócio-culturais e o nível de preparo dos alunos para 
realiza-la. 
A dimensão crítico-social dos conteúdos. 
Uma pedagogia de cunho crítico social reconhece a objetividade e universalidade dos conteúdos, 
assim como reconhece que nas sociedades capitalistas difunde-se um saber que reflete os 
interesses do poder. (hegemonia da classe dominante). 
Existe um saber objetivo e universal que constitui a base dos conteúdos de ensino, mas não se 
trata de um saber neutro. 
A objectividade e universalidade dos conteúdos se apóiam no saber científico, que se constitui 
no processo de investigação e comprovação de leis objetivas que expressão as relações internas 
dos fatos e acontecimentos da natureza e da sociedade. nesse sentido, o conhecimento é também, 
históricos, pois, ao investigar as relações internas dos fatos e acontecimentos, busca apanhar o 
movimento real, isto é, as transformações que ocorrem na realidade com a intervenção humana. 
Mas o conhecimento é sempre interessado, uma vez que é produzido “em sociedade” 
(socialmente), isto é, na relação entre as classes sociais e suas contradições. Apropriado pela 
força que detém o poder na sociedade, há interesse de que idéias e explicações vinculadas a uma 
visão particular de uma classe social afirmadas como válidaspara todas as demais classes sociais. 
Nesse sentido, a escola na sociedade capitalista controla a distribuição do saber científico, ora 
escondendo aspectos da realidade, ora simplificando esse saber contentando-se apenas com as 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
aparências dos fatos e acontecimentos, além disso, os fatos e acontecimentos não são tomados 
no seu desenvolvimento histórico, nas suas transformações, mas como algo acabado, estático, 
solidificado. 
Essa constatação entretanto não deve levar a sacrificar a riqueza do conhecimento científico e das 
experiências acumuladas pela humanidade. O que cabe é sbmeter os conteúdos de ensino ao 
crivo de seus determinantes sociais para recuperar o seu núcleo de objetividade. Tendo em vista 
possibilitar o conhecimento científico, vale dizer, crítico da realidade. É o que chamamos dimensão 
crítico-social dos conteúdos. 
A dimensão crítico-social se manifesta: 
 No tratamento científico dos conteúdos; 
 No entendimento do caráter histórico dos conteúdos; 
 Na vinculação dos conteúdos de ensino às exigências teóricas e práticas de formação dos 
alunos em função da, atividades da vida prática. 
Se os conteúdos são acessíveis e didacticamente organizados, sem perder o carácter científico e 
sistematizado, haverá mais garantia de uma assimilação sólida e duradoura, tendo em vista a sua 
utilização nos conhecimentos novos e a sua transferência para a situação práticas. 
 
Métodos de Ensino: 
Os métodos de ensino dizem respeito às ações bem planejadas a serem tomadas pelos alunos e 
professor para atender os objetivos e conteúdos do ensino de uma determinada unidade. Ou seja, 
é o caminho para atingir um objetivo. 
O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos 
utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos, condições externas e procedimentos, a 
que chamamos de métodos de ensino. O método de ensino não se reduzem a quaisquer medidas, 
procedimentos e técnicas. Eles decorrem de uma concepção de sociedade, da natureza da 
atividade humana prática no mundo, do processo de conhecimento e, particularmente, da 
compreensão da prática educativa numa determinada sociedade. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
O método de ensino implica ver o objecto de estudo nas suas propriedades e nas suas relações 
com os outros objetos e fenômenos e sob vários ângulos, especialmente na sua implicação com 
a prática social. 
Método de ensino se reduz a um conjunto de procedimentos. 
O procedimento é um detalhe do método, formas específicas de ação docente utilizadas em 
distintos métodos de ensino. 
A escolha e organização dos métodos de ensino e às condições concretas da situações didáticas. 
Deve haver correspondência: 
 Entre os métodos de ensino e os objetivos gerais e específicos da disciplina; 
 Entre os métodos de ensino e os métodos específicos a cada disciplina; 
 Entre a escolha dos métodos de ensino e as características sócio-culturais, cognitivas e 
intelectuais dos alunos. 
Em suma: a escolha dos métodos de ensino, vai depender da adequação aos objectivos 
estabelecidos para o ensino e aprendizagem; A natureza do conteúdo a ser ensinado e tipo de 
aprendizagem a efetivar-se; As características dos alunos, como, por exemplo, sua faixa etária, o 
nível de desenvolvimento mental, o grau de interesse, suas expectativas de aprendizagem; e as 
condições físicas e o tempo disponíveis, entre outros factores. 
Devem sempre corresponder às condições concretas da situação didática. Os métodos de ensino 
sempre devem estar relacionados aos objetivos e conteúdos que estão sendo trabalhados. 
 
Primeiramente tem-se os objetivos gerais e específicos e a partir daí seleciona-se os conteúdos. 
O segundo passo é o planejamento do método e técnicas possíveis para o atendimento dos 
objetivos determinados, sendo que devem atender às características dos conteúdos selecionados. 
O motivo de os métodos de ensino estarem limitados às condições concretas do processo didático 
é pelo fato de as ações planejadas nem sempre combinarem com os recursos disponíveis, 
costumes dos alunos, desenvolvimento intelectual (Ex.: técnica de júri simulado para uma classe 
leiga em prática forense), estarem inseridos dentro de uma instituição que não visa a prática 
científica, como é o caso da igreja, contrariarem objetivos gerais. 
A relação objetivo-conteúdo-método. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Os métodos não tem vida independentemente dos objetivos e conteúdos, assim como a 
assimilação dos conteúdos depende tanto dos métodos de ensino como dos de aprendizagem. 
A relação objetivo-conteúdo-método tem como característica a mútua iterdependência. 
Podemos dizer assim que o conteúdo determina o método, pois é a base informativa concreta para 
atingir os objetivos. Mas o método pode ser um conteúdo quanto é também objeto de assimilação, 
ou seja, requisitos para assimilação ativa dos conteúdos. 
Estas considerações procuram mostrar que a unidade objetivo-conteúdo-métodos constitui a linha 
fundamental de compreensão do processo didático, os objetivos explicando propósitos 
pedagógicos intencionais e planejados de instrução dos alunos, para participação social, os 
conteúdos, constituindo a base informativa concreta para alcançar os objetivos e determinar os 
métodos, formando a totalidade dos passos, das formas didáticas e meios organizativos do ensino 
que viabilizam a assimilação dos conteúdos e, assim, o atingimento dos objetivos. 
Os princípios básicos do ensino. 
Definidos como aspctos gerais do processo de ensino que expressam os fundamentos teóricos de 
organização do trabalho docente. Devem levar em conta: 
 A natureza da prática educativa em determinada sociedade; 
 As características do processo de conhecimento; 
 As peculiaridades metodológica das matérias e suas manifestações concretas na prática 
docente; 
 As relações entre ensino e desenvolvimento dos alunos 
 As peculiaridades psicológicas de aprendizagem e desenvolvimento conforme idades. 
Tais princípios seriam (lembrando que não formam um conjunto acabado) 
1 – Ter caráter científico e sistemático. 
Os conteúdos de ensino devem estar em correspondência com os conhecimentos científicos 
atuais e com os métodos de investigação próprios de cada matéria. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Devem ser organizados a partir de uma estruturação lógica do sistema de conhecimento de cada 
matéria ao longo das séries escolares. Cada unidade de ensino ou aula é parte de um conjunto 
maior, logicamente concentrado. 
2 – Ser compreensível e possível de ser assimilado. 
A cinentificidade e sistematicidade devem ser compatíveis com as condições prévias com as quais 
os alunos se apresentam em relação à assimilação de novos conteúdos. 
3 – Assegurar a relação conhecimento- prática. 
O estudo dos conhecimentos sistematizados e a aquisição de habilidades e hábitos decorrem das 
exigências e necessidades da vida prática, isto é, preparação do indivíduo para o mundo do 
trabalho, para a cidadania, para a participação nos vários setores da vida social, dominar 
conhecimentos, portanto, servem não só para explicar os fatos, acontecimentos e processos que 
ocorrem na natureza, na sociedade e no pensamento humano, mas também pra transforma-los. 
OBS.: Ligar teoria à prática não significa ensinar ao aluno só “conhecimentos práticos”. 
4 – Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem. 
A direção pedagógica do professor consiste em planejar, organizar e controlar as atividades de 
ensino, de modo que sejam criadas condições em que os alunos dominem conscientemente os 
conhecimentos e métodos da sua aplicação e desenvolvam a iniciativa, a independência de 
pensamento e a criatividade. 
OBS.: Dirigir e controlar não significa ser autoritário. 
Atividade autônoma e independência não significa deixar o aluno “trabalhar sozinho” sem 
orientação como objetivo de mantê-lo sempre “ocupado”.5 – Garantir a solidez dos conhecimentos. 
O desenvolvimento das capacidades mentais e modos de ação é o principal objetivo do processo 
de ensino (…..) 
A assimilação do conhecimento não é conseguida se os alunos não demonstram resultados 
sólidos e estáveis por um período mais ou menos longo. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Para isso é necessária: 
 A recaptulação da matéria; 
 Exercício de fixação; 
 Trabalho individualizado para solucionamento das dúvidas. 
 
6 – Levar à vinculação trabalho coletivo-particularidades individuais. 
O trabalho docente deve ser organizado e orientado para educar a todos os alunos da classe 
coletivamente. O professor deve empenhar-se para que os alunos aprendam a comportar-se tendo 
em vista o interesse de todos ao mesmo tempo em que presta atenção às diferenças individuais 
e as peculiaridades de aproveitamento escolar. 
Classificação dos métodos de ensino. 
Dentro da concepção de processo de ensino defendida por Libânco, o critério de classificação dos 
métodos de ensino resulta da relação existente entre ensino e aprendizagem, concretizada pelas 
atividades do professor e alunos no processo de ensino. 
De acordo com esse critério e eixo do processo é a relação cognoscitiva entre o aluno e a matéria. 
Nesse sentido, os métodos de ensino consistem na medição escolar tendo em vista ativar as forças 
mentais dos alunos para assimilação da matéria. 
Os métodos são classificados segundo aspectos externos (conteúdos) do processo de ensino e 
neles são elencadas funções didáticas e procedimentos lógicos e psicológicos de assimilação de 
conhecimento, segundo os aspectos internos (condições mentais e físicas dos alunos para o 
processo de assimilção de novos conhecimentos) do mesmo processo. 
 
 
Método de exposição pelo professor 
Este método continua sendo bem necessário ao desenvolvimento das capacidades e habilidades 
dos alunos. A atividade dos alunos, neste caso é receptiva não sendo necessário que seja passiva. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
A aula expositiva pode ocorrer por meio da exposição verbal, da demonstração, da ilustração e da 
exemplificação. 
Em suma: 
 Exposição Verbal ou dialogada: ocorre em circunstância em que não é possível prover a relação 
direta do aluno com o material de estudo. Sua função principal e explicar de modo 
sistematizado quando o quando o assunto é desconhecido ou quando as ideias que os 
alunos trazem são insufiientes ou imprecisas; 
 Demonstração; é uma forma de representar fenômenos e processos que ocorrem na 
realidade; 
 Ilustração: é uma forma de apresentação gráfica de fatos e fenômenos da realidade, por 
meio de gráficos mapas, esquemas, gravuras, etc… a partir dos quais o professor 
enriquece a explicação da matéria; 
 Explicação: ocorre quando o professor realiza uma atividade objetiva servir de ponte 
entre o conhecimento existente e o novo. Ex. Apresentar o método de modo correto de se 
usar o dicionário. Fazer uma leitura destacando a pontuação do texto; 
 Exposição dogmática: é uma posição em que a mensagem transmitida não pode ser 
contestada, devendo ser aceite sem discussões e com obrigação de repeti-la. 
 
2- Método de trabalho independente 
 
Este método corresponde à tarefas orientadas e dirigidas pelo professor para que os alunos as 
resolvam de forma criativa e independe. Terão que ser atividades que possam realizar sem a 
orientação direta do professor. É indicado para tarefa preparatória (observações, questionários, 
testes, redação, etc.), tarefa de assimilação de conteúdo (exercícios de aprofundamento e/ou 
aplicação da matéria tratada, estudo dirigido, solução de problema, pesquisa com base em um 
problema novo, leitura de um determinado texto, desenho de mapas, etc.), tarefa de elaboração 
pessoal (exercícios nos quais os alunos produzem respostas surgidas do seu próprio pensamento: 
uma pergunta de incentivo é necessária para incentivar a imaginação e a criatividade do aluno). 
Ou seja: 
O trabalho independente pode ser adotado em qualquer que seja a modalidade de tarefa 
planejada pelo professor para estudo individual. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 Na tarefa preparatória: que serve para verificar as condições prévias dos alunos, levantar 
problemas que depois serão aprofundados, despertar o interesse pelo assunto, provocar 
uma atitude interrogativa do aluno, etc. 
 Nas tarefas de assimilação do conteúdo: que são exercícios de aprofundamento e 
aplicação dos temas já tratados. Os resultados desta tarefa podem não ser perfeitos ou 
corretos, mas mesmo os erros cometidos e as soluções incorretas servem para preparar 
os alunos para revisar conhecimentos e assimilar a solução correta; 
 Nas tarefas de elaboração pessoal: que são exercícios nos quais os alunos produzem 
respostas surgidas de seu próprio pensamento. 
O estudo dirigido: cumpre-se basicamente por meio de duas funções: 
 Primeira função: é a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos 
e habilidades, seguindo-se à exposição verbal, demonstração, ilustração ou 
exemplificação, que são formas didáticas do método expositivo. A combinação da 
exposição do professor com exercícios é um recurso necessário para uma boa 
consolidação dos conhecimentos. “Consolidação de conhecimento” 
 A segunda função: é a proposição de questões que os alunos possam resolver 
criativamente, de modo que assimilem o processo de busca de solução de problemas. 
Esse tipo de estudo dirigido consiste de uma tarefa cuja solução e cujo resultado são 
desconhecidos para o aluno, mas dispondo de conhecimentos e habilidades já 
assimilados, ele pode buscar a sua solução. As questões ou problemas devem pois, ser 
compatíveis com as capacidades dos alunos “aplicação dos conhecimentos novos” 
O procedimento de INVESTIGAÇÃO E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS contém os seguintes 
elementos: colocação do problema, coleta de dados e informações para torna-lo bem 
caracterizado, identificação de possíveis soluções e escolha de soluções viáveis em face das 
condições existentes (conhecimento e tecnologia disponíveis, possibilidades concretas de atuação 
sobre o problema). 
O uso desta técnica visa não apenas a aplicação de conhecimentos a situações novas no âmbito 
da matéria, mas também a situação da vida prática. Favorece o desenvolvimento das capacidades 
criadoras e incentiva a atitude de participação dos alunos na problemática que afeta a vida coletiva 
e estimula o comportamento crítico perante os fatos da realidade social. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
Qualquer que seja a forma do estudo dirigido devem observados alguns requisitos: Ter claro os 
objetivose os resultados esperados, corresponder aos conteúdos da matéria, observar o tempo 
disponível , ter os meios de trabalho à mão ( livros, mapas, ilustrações, dicionários, Atlas, etc.), 
utilizar os resultados obtidos no trabalho de cada aluno para a classe toda. 
Outras formas de trabalho indepandente são as chamadas fichas didáticas, a pesquisa escolar e 
a instrução programada. 
As fichas didáticas programadas englobam fichas de anotações, de exercícios e de correção. 
3- Método de elaboração conjunta 
O Método de Elaboração Conjunta é a interação entre alunos e professores de forma ativa, visando 
a apropriação do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades, atitudes e convicções. Ele 
exige, por parte dos alunos, entendimento dos objetivos, conhecimento básico do assunto, aptidão 
para conversar sobre o tema em estudo. A forma mais típica do método é a conversação didática 
(aula dialogada). Por este método o professor leva aos alunos conhecimento sistematizado, bem 
como experiências; a conversação leva os alunos à apropriação do saber e ao domínio de 
esquemas de elaboração de idéias. Organiza-se a conversação didática por meio de perguntas, 
sem se transformar em interrogatório: é para incentivar o raciocínio, a observação, o pensamento, 
a dúvida, a tomadade partido. É necessário ao professor que faça perguntas claras, utiliza 
corretamente os pronomes interrogativos (o quê, quando, quanto, por quê, etc.), que valorize 
respostas pensadas, que tenha atitude positiva face às respostas, bem como evite reações 
nervosas nos alunos. 
 
4- Método de trabalho em grupo 
Os grupos são organizados regularmente com três a cinco membros e deverão conter as funções 
de líder, Secretário e Relator, com o cuidado de garantir sempre atribuições a todos os membros. 
Exige-se que uma atividade grupal seja precedida de exposição informativa para que os alunos 
tenham consciência dos objetivos, da forma de trabalho, do conteúdo. A conclusão dos trabalhos 
ocorre com apresentação dos alunos mostrando os resultados do estudo e com a conversação 
dirigida pelo professor.Para evitar indisciplinas é razoável que o professor tome medidas 
necessárias para a formação dos grupos. Veja alguns itens necessários: ter todos os meios 
necessários disponíveis, bibliografia para consulta, mesas e cadeiras preparadas; se desejar 
formar cinco grupos, numerar os alunos de 1 a 5 seria excelente: cada aluno, com o mesmo 
número cardinal, seria membro de um mesmo grupo. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 
Vejamos algumas técnicas diferentes de trabalho em grupo: 
(1) Debate - Indica-se alunos para discutir, com os restantes dos alunos como platéia, um tema 
polêmico, cada um defendendo uma posição; 
(2) Philips 66 - Tantos grupos com a mesma quantidade de membros discutem uma questão em 
poucos minutos e depois apresentam suas conclusões. O importante é verificar o nível de retenção 
de conhecimento sobre um determinado assunto no início de aula ou após uma explicação; 
 
(3) Tempestade Cerebral -A partir de um assunto, os alunos falam o que vem à mente. Estas 
palavras são anotadas na lousa e o professor prossegue com a aula associando as anotações ao 
assunto em estudo; 
 
(4) Grupo de Verbalização e Grupo de Observação (GV-GO) - Uma parte da classe forma um 
círculo central para discutir um tema (GV), enquanto os demais formam um círculo ao redor para 
observar (GO) e depois, no grande grupo, fazer comentários necessários a respeito do 
comportamento do GV e dos assuntos discutidos. Posteriormente, ou na mesma aula, os papéis 
dos grupos podem se inverter; 
 
(5) Seminário - Um aluno ou grupo de aluno prepara um tema para apresentá-lo à classe de forma 
expositiva e formal; é permitida a conversação entre os apresentadores e os restantes dos alunos 
desde que haja interesse e planejamento do grupo apresentador; 
 
(6) Maria Não Vai com as Outras - Todos os alunos, a partir de estudo de um tema, escreve um 
argumento falso ou verdadeiro, ou seu ponto de vista, em uma ficha, e a coloca numa cesta em 
cima de uma linha de barbante que dividirá a sala de aula ao meio: um lado da sala se chama 
Concordo e o outro Discordo. O Professor indica um aluno para retirar uma ficha e a partir 
da leitura cada indivíduo deverá se posicionar indo para o Discordo ou para o Concordo e 
justificando sua escolha; 
 
(6) Júri Simulado - Dado um assunto polêmico, é separado da turma, para julgar a ilegalidade do 
acto de um fato ou coisa polêmica, o Juiz, para presidir o julgamento e ler o veredicto, o réu, para 
representar a coisa ou fato em estudo, o advogado de devesa do réu, o promotor, para acusar o 
réu, refutando os argumentos do advogado de defesa. O júri, que se convencerá ou não do crime 
do réu, se pronunciará por escrito, será constituído pelos demais membros da turma ou parte dela. 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 
5- Atividades Especiais 
Métodos de Atividades Especiais são atividades que complementam os métodos de ensino 
proporcionando apropriação ativa do conhecimento. Estas atividades são estudo do meio, jornal 
escolar, uso de biblioteca, apresentações extraclasse, etc. Destacamos o estudo do meio como 
técnica elementar neste método. É atividade realizada por meio de visitas, passeios, ou excursões 
para possibilitar o levantamento de dados, a discussão e a compreensão de problemas do 
cotidiano do aluno, da família, da sociedade, da igreja. Esta atividade deve ser bem planejada para 
evitar problemas legais, falta de objetividade da visita e indisciplina do pessoal. Aconselha-se a 
solicitar as devidas autorizações por escrito junto aos responsáveis pelo aluno e à direção do 
estabelecimento de ensino, providenciar pessoal da segurança, formular perguntas a serem 
respondidas no local de destino, preparar roteiros estudo para acompanhamento dos alunos 
durante a visita, organizar palestras no local da visita. Estudo do meio não se resume em visitas. 
 
Há uma sequência de fases para realização de estudo do meio: 
 Planejamento preparação dos alunos para o trabalho de campo através de leituras 
prévias, estabelecimento de pontos a serem observados etc. 
 Execução: coleta de dados e observação do material; 
 Exploração dos resultados e avaliação; tratamento dos dados coletados do processo. 
Assim são designados todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor pelos alunos 
para organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem. 
Meios de ensino: 
Assim são designados todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos 
para organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem. 
Os professores precisam dominar, com segurança, esses meios auxiliares de ensino, conhecendo-
os e aprendendo a utiliza-los. 
Avaliação: 
É utilizada para constatar os progressos e as dificuldades do trabalho e a partir daí para reorientar 
o trabalho para as correções necessárias. Serve para ver o nível do trabalho escolar, o que indica 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
que tanto aluno como professor, são sujeitos que devem ser alcançados pela avaliação. Pensa-
se que a avaliação é utilizada somente para provar o que o aluno alcançou em termos de instrução: 
pode ser o caso de o aluno não ter desenvolvido o esperado por falha no sistema escolar, ou no 
planejamento, ou no professor. 
 
 
 
As três funções da Avaliação: 
 
(1) função pedagógico-didática - refere-se à verificação sistemática dos resultados do processo 
de ensino em termos de objetivos gerais e específicos; 
 
(2) função de diagnóstico - permite verificação dos progressos e dificuldades dos alunos e 
atuação do professor, que por sua vez determinam modificações no processo de ensino; 
 
(3) função de controle - refere-se aos meios e à freqüência das verificações e de qualificação 
dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didácticas. 
 
Características da avaliação: 
Reflecte a unidade objetivos-conteúdos-métodos; possibilita a revisão do plano de ensino; ajuda 
a desenvolver capacidades e habilidades; Ser objetiva sem excluir a subjetividade; é termômetro 
do esforço do professor. Instrumentos de verificação do rendimento: prova escrita dissertativa, 
prova escrita objetiva; questões certo-errado, questões de lacunas, questões de correspondência, 
questões e múltipla escolha, interpretação de texto, questões de ordenação, questões de 
identificação/localização. Procedimentos auxiliares de avaliação: observação (desenvolvimento 
afetivo, intelectual; relacionamento, organização e hábitos pessoais); entrevista. 
 
Princípios da avaliação 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 
 
 
Etapas da avaliação 
As etapas da avaliação decorrem, em parte, dos princípios básicos que acima se referenciam. 
Temos os seguintes: 
 Determinar o que vai ser avaliado; 
 Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação; 
 Seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação; 
 Realizar aferição dos resultados. 
Utilização dos resultados da avaliação 
Docente: Domingos Azarias Mindú 
 Verificar até que ponto os objetivos foram alcançados, para eventualmente fazer um 
replanejamento (recuperação); 
 Promover os alunos, seeles tiverem alcançado os objetivos propostos; 
 Iniciar novo planejamento e estabelecer novos objetivos; 
 Retomar todo o planejamento, se os objetivos não tiverem sido atingidos satisfatoriamente 
(repetência). 
 
 
Bibliografia Básica Usada 
 
BARANOV, S.P. et al. Pedagogia. La Habana: Pueblo y Educación, 1989. 
HAYDT, R. C. Cazaux; Curso de Didáctica Geral; 8ª ed. Ática Editora; São Paulo-
2009. 
LANDESHEERE, Viviane; Educação e Formação; Edições ASA; Lisboa:1994 
LIBANEO, J. Carlos; Didáctica; Cortez Editora, São Paulo-1994. 
NEUNER,G. et al, Pedagogía. La Habana: libros para la educación,1981. 
PILETTI, Didáctica Geral; 23aed. Editora Ática, São Paulo: 2004.

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