Buscar

Empreendedorismo: Histórico e Evolução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

15
INTRODUÇÃO
Atualmente, o empreendedorismo vem crescendo e ganhando importância, sendo tema de inúmeras palestras, seminários e cursos na área de Administração e Negócios, tornando-se, hoje, um diferencial cada vez mais requisitado. 
O empreendedorismo se constitui em um conjunto de comportamentos e de hábitos que podem ser adquiridos, praticados e reforçados nos indivíduos, ao submetê-los a um programa de capacitação adequado de forma a torná-los capazes de gerir e aproveitar oportunidades, melhorar processos e inventar negócios.
As constantes mudanças do mundo e consequentes alterações nas oportunidades, fazem com que o empreendedor tenha que se adaptar rapidamente.
O empreendedorismo é definido de forma abrangente por aquele que consegue se ajustar conforme as modificações que aparecem no decorrer de sua ocupação profissional. Assim, compreender o fundamento do empreendedorismo consiste em analisar uma oportunidade com o propósito de transformá-la em algo significativo (DORNELAS, 2005).
Para Chiavenato (2007), o empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comunidade.
1. HISTÓRICO
A palavra empreendedora (entrepreneur) surgiu na França por volta dos séculos XVII e XVIII, com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir.
Entretanto, foi o economista francês Jean-Baptiste Say, que no início do século XIX conceituou o empreendedor como o indivíduo capaz de mover recursos econômicos de uma área de baixa para outra de maior produtividade e retorno. Mais tarde, o austríaco Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século X que definiria esse indivíduo como o que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por meio do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga – o real papel da inovação.
Posteriormente, Peter Ferdinand Drucker, considerado “o pai da administração moderna”, é que amplia a definição proposta por Jean-Baptiste Say, descrevendo os empreendedores como aqueles que aproveitam as oportunidades para criar as mudanças. Os empreendedores não devem se limitar aos seus próprios talentos pessoais e intelectuais para levar a cabo o ato de empreender, mas mobilizar recursos externos, valorizando a interdisciplinaridade do conhecimento e da experiência, para alcançar seus objetivos.
 “Empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”. (HISRICH, 2014)
No Brasil o empreendedorismo surgiu nos anos 90 com muita força, quando entidades como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas, durante a abertura que o povo teve para a economia, a entrada de fornecedores estrangeiros começou a controlar os preços, sendo uma condição muito importante para o país voltar a crescer, mais trouxe problemas para alguns setores que não conseguiram competir com os produtos importados por falta de planejamento.
2. EVOLUÇÃO ATÉ OS DIAS ATUAIS
Mesmo que para muitos o campo de pesquisa em empreendedorismo seja relativamente novo, os pensamentos pioneiros sobre o termo não são.
Segundo Landström, Harirchi, Aström (2012), provavelmente a função é tão antiga como o intercâmbio e o comércio entre os indivíduos na sociedade, mas, no entanto, este conceito não era discutido, e somente a partir da evolução dos mercados econômicos os cientistas se interessaram pelo fenômeno.
Segundo Landström e Benner (2010), essa discussão ocorreu após um grande período de estagnação aplicado pelo sistema feudal na economia europeia, onde o direito de propriedade era restrito e os produtos altamente taxados. Mas durante a Idade Média, lentamente essas condições se modificavam e o sistema de empreendedorismo evoluía com base nas classes dos comerciantes e na ascensão das cidades.
Neste período o termo empreendedor "foi usado para descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projetos de produção" (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009, p. 28).
Para FILION (1999) Vérin em 1982 foi um dos primeiros a estudar a evolução do termo enter-preneur através da história, observando que no século XII, ele era usado para referir-se “àquele que incentiva brigas”.
Já no século XVII, representado na era econômica, o empreendedor estava ligado a pessoa que “tomava a responsabilidade e coordenava uma operação militar”, e, no fim deste século e início do século XVIII, o termo foi usado como referência à pessoa que “criava e conduzia empreendimentos”.
Murphy, Liao e Welsch (2006) destacam que a atividade empreendedora se expandiu ao longo séculos XVI e XVII, como o conhecimento experimental, e, portanto, epistemológico ou baseado nas habilidades, tornando-se cada vez mais instrumentais para corrigir as ineficiências ou fornece novas soluções, bens e serviços.
Com especialização do conhecimento, a descoberta de oportunidades comerciais e a atividade empreendedora se intensificou no século XVIII.
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) destacam que neste mesmo período o termo era utilizado para se referir às ocupações específicas, porém a continuidade da evolução foi ampliando-se e a figura da pessoa empreendedora tornou-se mais relevante que sua ocupação.
Nessa linha histórica, Landström e Benner (2010) descrevem os principais autores que preconizaram as primeiras concepções sobre empreendedorismo.
Uma figura importante foi Richard Cantillon (aprox. 1680-1734), pois suas contribuições descrevem que os empreendedores estavam envolvidos em trocas de mercadorias direcionadas ao lucro e decisões empresarias, tomadas em face das incertezas. Uma das características de análise para Cantillon foi a ênfase sobre o "risco e as incertezas" (FILION, 1999; HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009; BRUYAT; JULIEN, 2000).
Filion (1999) e Landström e Benner (2010) descrevem também as contribuições dos franceses, na figura de Jean Baptiste Say (1767-1832), o qual definia o empreendedor no papel de coordenação de produção e distribuição, ou seja, um coordenador que consistia em combinar os fatores (terra, capital e indústria humana) de produção que resultavam em novos empreendimentos.
Desta forma, o empreendedorismo foi evoluindo frente às ideias que dominavam a época, o que proporcionou uma conjuntura de Três Eras distintas do Pensamento Empreendedor.
A partir da visão que cada uma apresenta, conforme exposto sucintamente na figura 1, é possível verificar a evolução cronológica do processo apresentado por Landström e Benner (2010).
Na Era Econômica (1870-1940), o interesse pelo empreendedorismo por parte dos economistas vem desde a abordagem de Cantillon e o "risco" (CASSIS, MINOGLOU, 2005; MURPHY; LIAO; WELSCH, 2006), seguida pela tradição Knightian representada por Frank Knight com foco nas "incertezas" (CASSIS, MINOGLOU, 2005; DAVIDSSON, 2004; HISRICH, PETERS, SHEPHERD, 2009; AAJULIEN, 2010), e ainda, a Schumpeteriana - provavelmente a mais conhecida na figura de Joseph Schumpeter que constrói uma nova teoria econômica baseada na "mudança e inovação" (DAVIDSSON, 2004; CASSIS; MINOGLOU, 2005; FILION, 1999; HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009). Por fim, a escola Austríaca, destacando que para uma melhor compreensão do empreendedorismo é preciso o esclarecimento da ligação entre o empresário e a empresa (CASSIS; MINOGLOU, 2005).
Por outro lado, a Era das Ciências Sociais (1940-1970) foi um período marcado pela entrada dos estudiosos das áreas de psicologia e ciências sociais, que direcionaram seus interesses no empreendedor como um indivíduo e começaram a investigar suas obras e traços de personalidade. A ênfase doempreendedor no processo de mudança econômica torna-se o objeto de estudo por parte dos sociólogos, figuras como Max Weber são citados por suas contribuições. Já os psicólogos têm o foco nas ciências comportamentais e antropológicas, relacionando o empreendedorismo como um comportamento desviante, ligado à cultura (CASSIS; MINOGLOU, 2005) e também às discussões de pressuposto filosóficos quanto a questões: ontológicas, epistemológicas, além do foco sobre a natureza humana e da sociedade, que proporcionaram ganhos ao estudo do empreendedorismo (PITTAWAY, 2005).
A Era dos Estudos de Gestão (1970-), por sua vez, foi e está sendo marcada por mudanças políticas, econômicas e tecnológicas. Neste contexto, a dinâmica do empreendedorismo torna-se um tema dominante na sociedade. Para Murphy, Liao, Welsch (2006) ela é reconhecida como a era de base multidisciplinar, pelas pesquisas que envolvem oportunidades, redes de acesso às informações, aos fatores sociológicos, entre outros. Landström e Benner (2010) destacam que muitos estudiosos de diferentes áreas se interessam pelo tema empreendedorismo, com isso o campo cresceu consideravelmente, porém esse aumento de pesquisa não significa um consenso, apenas reforça a necessidade de pesquisas sistemáticas direcionadas a uma melhor compreensão do fenômeno.
Neste sentido de entendimento, Julien (2010) destaca a importância das raízes do empreendedorismo que estão ligadas em áreas mais antigas e consolidadas como a economia, ciência do comportamento (psicologia, ciência cognitiva) e sociologia (MURPHY; LIAO; WELSCH, 2006; BARON; SHANE, 2007). A esse respeito, estudiosos do empreendedorismo têm emprestados conceitos e teorias das disciplinas tradicionais e os adaptados para o estudo do empreendedorismo e essa importação de outros campos de pesquisa é muitas vezes um primeiro passo necessário para criar um campo que posteriormente desenvolve conceitos únicos com teorias próprias (LANDSTRÖM; HARIRCHI; ASTRÖM, 2012).
Fortalecendo a discussão, Cassis e Minoglou (2005) relatam que Cantillon, em 1755, já ligava o empreendedorismo às perspectivas das teorias econômicas, sociológicas, psicológicas, antropológicas e ciências políticas. Segundo Julien (2010), para a compreensão do termo, é necessário recorrer a outras disciplinas, não sendo possível restringir-se ao empirismo ingênuo de estudos que se limitam a fazer ligações entre algumas variáveis puramente econômicas.
Julien (2010) descreve esse pensamento apoiando-se em quatro abordagens: a antropológica e psicológica, sociológica, geográfica e econômica; citando que estas não esgotam o assunto, apenas delimitam o estudo. 
3. TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
O Empreendedorismo é muito mais amplo do que se imagina, podendo possuir várias categorias e focos diferentes, porém, no básico, se trata de uma forma diretamente responsável por produzir as riquezas de um país. Como se trata de algo além de iniciar atividades do mercado, o empreendorismo também pode possuir foco econômico, corporativo e até mesmo social dentre outras modalidades.
3.1. Empreendorismo Social
No Empreendorismo Social, a empresa obtém lucro assim como no modo tradicional, porém ela também ajuda a sociedade a sua volta. Ou seja, Empreendedorismo Social significa um negócio lucrativo, que, ao mesmo tempo, traz desenvolvimento social. As empresas sociais usam como sua atividade principal buscar soluções de problemas da sociedade com o uso de mecanismos de mercado, o que não acontece com empresas tradicionais e ONGS.
 	Os empreendimentos sociais estão presentes em diversos setores econômicos e em seu processo é exigido principalmente o replanejamento das relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de parcerias. O resultado final almejado é a elevação do nível da qualidade de vida social, cultural, econômica e ambiental com pauta na sustentabilidade. Também são oferecidos produtos e serviços de qualidade à população que focam na habilidade de gerar soluções como ajudar no combate à pobreza, além de serem economicamente rentáveis.
O termo Empreendedor Social foi cunhado por Bill Drayton, fundador e presidente da Ashoka, ao perceber a existência de indivíduos que combinam um bom êxito prático e visão de futuro para realizar profundas mudanças na sociedade. Mas atualmente existem muitas outras empresas em prol do mesmo ideal, como a Artemisia e a Fundação Schwab que são entidades importantes que possuem certo destaque.
No Brasil, o empreendedor social pode recorrer ao Sebrae, que tem o propósito de apoiar e disseminar os conceitos desse tema, bem como capacitar os empreendedores a lidar com a gestão dos seus negócios sociais. Assim como ocorre com o empreendedorismo tradicional, o negócio social precisa de estudo, pesquisa e preparo por parte do empreendedor. Para isso, o Sebrae possui cursos, capacitações, consultorias e informações técnicas. 
3.2. Empreendedorismo Corporativo
Se trata de um empreendedor interno, também pode ser chamado de intra-empreendedor, age criando um processo de visualizar, desenvolver, capturar e implementar novas oportunidades de negócios, dentro de uma empresa que já existe.
O empreendedor ou o grupo inovam criam e recriam dentro da organização. Nessa renovação sua estrutura, negócio ou estratégia podem ser alteradas. É a soma da inovação que a empresa pratica e desenvolve; de sua renovação; e dos esforços para implementação de novos negócios. 
Ao se analisar o empreendedorismo corporativo em termos conceituais podemos observar que seus fatores fundamentais no processo corporativo são: a oportunidade; os recursos que a organização oferece e que serão alocados para a exploração da oportunidade identificada; e a equipe que colocará tudo isso em prática, ou seja, os empreendedores corporativos. 
O processo é influenciado por vários fatores, ou seja, tudo é contingente, o ambiente, as oportunidades dentro do negócio e as que os empreendedores estão dispostos a criar, o contexto em que a organização está inserida, os conceitos de negócio e até mesmo sua cultura interna.
A intensidade empreendedora é determinada por três variáveis fundamentais: a inovação, a propensão para assumir riscos e a iniciativa. A prática combinada dessas variáveis é que determinará o grau de empreendedorismo da organização. 
Portanto, empreendedorismo corporativo não se limita à coisas novas, considera também as extensão de risco e iniciativa, pois o empreendedor deve saber enxergar oportunidades, problemas e observar como e quando existem maneiras de crescer e desenvolver. Para incentivar outros funcionários a empresa empreendedora precisa possuir políticas de recompensas e aceitar certas falhas, para que assim os encorajem a tentar algo diferente, só assim surgirá inovações, exercitando a criatividade e estando abertas a ideias.
3.3. Empreendorismo Econômico
Muitos levam em consideração o acumulo de capitais como crescimento econômico, porém existe um grande papel do empreendedor nessa área, como agente de elevação do progresso econômico, afinal, é o empreendedor o responsável por decidir o que será investido ou quais serão as novas tecnologias.
 	Joseph Schumpeter (1883-1950), mostra a teoria da "destruição criativa" que expressa a ideia de que a economia capitalista moderna é caracterizada por uma luta incessante pela inovação, que é a palavra chave para o empreendorismo corporativo. Um empreendedor como parte dessa teoria, busca sempre novos mercados, novas ideias, novos produtos e o que for possível para que o atual se torne absoleto e o novo ocupe espaço, movimentando assim a economia.
4. DISSERTANDO: EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
Segundo Burgelman (1983), “Empreendedorismo corporativo refere se ao processo pelo qual as empresas se envolvem na diversificação através de desenvolvimentos internos. Tal diversificação requer combinações de novos recursos para ampliar a ação da empresa a outras áreas, ou mesmo às suas atuais áreas, de atuação, correspondendo ao conjunto de oportunidades que a empresa está buscando”. 
Ou outra definiçãoseria de acordo com Chung & Gibbons: “Empreendedorismo corporativo é um processo de organização que visa à transformação de ideias individuais em ações coletivas através do gerenciamento das incertezas. ” Com base nessas definições, o empreendedorismo corporativo é o processo sem a necessidade de abrir um negócio, mas atuando dentro da organização a qual trabalha. O empreendedor pode ser o próprio dono da empresa, como também líderes, gestores e até mesmo colaboradores. Esse profissional deve possuir uma visão sistêmica do negócio, propondo sugestões que possam aprimorar os processos de trabalho e maximizar os resultados da organização. 
Ele não restringe suas ações apenas ao seu departamento, busca conhecer todas as áreas e atividades da empresa, adquirindo uma visão sistêmica, enxergando pontos fortes e falhas, sugerindo ideias e soluções que vão minimizar os problemas e maximizar os resultados. Como de acordo com Covin e Slevin, que diz: “Empreendedorismo corporativo envolve a extensão do domínio de competência da empresa e corresponde a um conjunto de oportunidades através da combinação de novos recursos gerados internamente na organização. ” 
Como Covin e Slevin falam, para a implementação do empreendedorismo corporativo envolve dois tipos de fenômenos e de processos que os cercam. Primeiro, o nascimento de novos negócios dentro de organizações existentes. Isto é, inovações internas. Em seguida, a transformação das organizações por meio da renovação das áreas-chave sobre as quais a empresa é sustentada. Ou seja, renovação estratégica. 
Outra característica capaz de identificar uma organização empreendedora é a quantidade de produtos que ela cria e lança para o mercado. Tendo esse DNA inovador, essas empresas utilizam a tecnologia em seu favor e geram novas possibilidades aos seus consumidores. 
Como características de um Empreendedor Corporativo temos abaixo algumas fundamentais competências necessárias que devem ser desenvolvidas em seu quadro de colaboradores para uma organização se beneficiar em muitos aspectos estimulando a cultura empreendedora: 
· Iniciativa;
· Visão Sistêmica;
· Ousadia;
· Foco;
· Organização;
· Criatividade;
· Positividade;
· Bom relacionamento interpessoal;
· Proatividade;
· Boa comunicação;
· Flexibilidade;
· Alta Produtividade; 
O empreendedor corporativo também intitulado como empreendedor interno, enxerga nos problemas e mudanças oportunidades de crescimento, estimulando os demais colaboradores a enxergarem a solução nas diversas situações. Ele tem sede de aprendizado e os coloca em prática, faz questão de compartilhar seus conhecimentos, identifica o momento certo para propor suas ideias e tem seus objetivos bem alinhados com os da organização. Age como se fosse dono da empresa e se dedica para que ela seja bem-sucedida. 
Esse novo perfil do Empreendedor Corporativa cada vez mais importante para organizações, traz também um grande potencial de crescimento e desenvolvimento nas empresas recém-nascidas, as chamadas “start ups”. Isso acontece principalmente porque os seus criadores são empreendedores visionários, incansáveis e que acreditam em seu projeto de negócio. Essas empresas conseguem inovar e se recuperam rapidamente de quedas e desvios de mercado. Como têm profissionais com espírito empreendedor por trás do negócio, se adaptam facilmente e conseguem atingir excelentes índices de crescimento. 
Hoje as grandes empresas também buscam esse tipo de perfil em seus candidatos. Isso porque eles trazem seu espírito de “start up” para a companhia, fazendo com que mesmo as mais tradicionais sejam arejadas por ideias inovadoras. Em outras palavras, os empreendedores corporativos inspiram as empresas e as ajudam a sobreviver em um mercado competitivo. 
Muitas, porém, ainda não estão abertas para esse tipo de perfil. O empreendedor corporativo muitas vezes tem um comportamento diferente do que mandam as regras definidas por algumas empresas. Tende a fugir de processos rígidos e se incomoda com excesso de burocracia. Acima de tudo, há companhias que não estão preparadas para ouvir questionamentos. 
Para estimular o empreendedorismo corporativo dentro do seu negócio, é preciso promover uma renovação organizacional. Esse processo consiste em duas esferas: inovação e novos negócios, e renovação estratégica. 
Então, mantenha vivo o espírito empreendedor dentro da sua empresa, por mais consolidada que ela esteja, e a observe explorar novos horizontes. 
CONCLUSÃO
O crescimento da competitividade no mundo dos negócios exige das empresas estratégias de negócios como o empreendedorismo, estratégia esta que pode leva-las a se destacar no mercado.
A visão de que o empreendedor é uma pessoa que abre seu próprio negócio ou funda uma empresa também foi contestada, pois se evidenciou que também há o empreendedor corporativo, que é o indivíduo que vê a necessidade da inovação e a promove dentro da organização da qual faz parte. Desse modo, quem tiver capacidade de detectar oportunidades, assumir riscos, inovar continuamente, promover mudanças, certamente será um empreendedor de sucesso. 
A busca pelo empreendedor corporativo vem crescendo, pois, apesar de haver algumas similaridades entre o administrador e o empreendedor, o último apresenta características além dos atributos do administrador, visto que ele é mais visionário. 
Dessa forma, pode-se concluir que, para ser um administrador de sucesso, é necessário ser empreendedor, pois não basta somente administrar, deve-se também saber empreender, inovando e arriscando de maneira calculada, analisando, assim, os riscos decorrentes dessa nova forma de administrar. 
BIBLIOGRAFIA
ANGELO, E. B. Empreendedor corporativo: a nova postura de quem faz a diferença. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2. ed. rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2007. 
DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo corporativo. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando Ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. Tradução de Teresa Cristina Felix de Souza. 7. ed. Porto alegre: Bookman, 2009.
JULIEN, P. A. Empreendedorismo regional e a economia do conhecimento. Tradução de Maria Freire Ferreira Salvador. São Paulo: Saraiva, 2010.
VERGA, E.; SOARES DA SILVA, L. F. Empreendedorismo: evolução histórica, definições e abordagens. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n. 3, p. 3-30, 2014.

Continue navegando