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1 Trocadores de Calor Profa. Dra. Lorena Oliveira Pires Engenharia Química Instituto de Química Unesp - Araraquara Casco e Tubos 1 – Casco ou carcaça 4 – Chicanas 7 – Espaçadores de chicana 2 – Tubos 5 – Carretel 8 – Bocal – lado tubo 3 – Espelho 6 – Tampa do carretel 9 – Bocal – lado casco • Um fluido escoa no interior dos tubos, o outro dentro do casco e por fora dos tubos Área de troca de calor será: LdNA t ...= Principais Características • É o trocador de calor mais comumente utilizado na indústria química; • Pode ser projetado praticamente para qualquer aplicação; • Normalmente é o único tipo que pode ser usado para grandes áreas, com pressões acima de 30 bar e temperaturas > 260 oC; • Fornece grandes áreas de troca; • Ampla faixa de vazão, pressão e temperatura; • Vários materiais de construção → fluidos corrosivos; • Pode operar com líquidos, gases, vapores; • Horizontais ou verticais; 2 • Métodos de projeto disponíveis. Tubos do feixe • Em FT 1, OP1 e trocador de calor duplo tubo → normas de tubos utilizados para transporte • Em trocadores de calor casco e tubos → norma BWG • Dimensão do tubo é indicada pelo diâmetro externo e espessura da parede • No BWG define a espessura da parede qualquer que seja o diâmetro; varia de 7 a 24 D.E. (in) D.E. (mm) BWG Espess. (in) D.I. (in) D.I. (mm) ½ 12,70 16 0,065 0,370 9,40 ¾ 19,05 10 0,134 0,482 12,24 19,05 13 0,095 0,560 14,22 19,05 14 0,083 0,584 14,83 19,05 16 0,065 0,620 15,75 19,05 18 0,049 0,652 16,56 1 25,4 16 0,065 0,870 22,10 25,4 18 0,049 0,902 22,91 1¼ 31,75 16 0,065 1,120 28,45 • Podem ser lisos (mais comum) ou aletados (dependendo das características do fluido que escoa no lado casco; • Vários materiais (aço carbono, cobre, latão, aço inox); • Comprimentos, diâmetros e espessuras. Dimensões dos trocadores Comprimento 3 • Maior comprimento possível • Fornecedores • Layout da instalação: espaço para retirada do feixe • Padronização dos trocadores da unidade: limpeza, manutenção e substituição dos tubos • Padrão: 8, 10, 12, 16 e 20 ft • Normalmente a relação entre comprimento e diâmetro do casco está entre 5 e 10 Diâmetro • O diâmetro é escolhido de acordo com as características do fluido (incrustação, viscosidade e corrosão). Mais utilizados: de = 3/4 e 1 in (19,05 e 25,4 mm) Fluidos limpos: 1/4 in ; Óleos pesados: 2 in ou mais Padrão: 1/4, 3/8, 1/2, 5/8, 3/4, 1, 1¼, 1½, 2, 2½ • Espessura de parede Depende da pressão, incrustação e corrosão Serviços convencionais: BWG 16 Fluidos Incrustantes: BWG 14 no mínimo Disposição dos tubos • Existem normas e práticas que governam a disposição dos tubos para formar o feixe tubular (arranjos) • PT: Passo (pitch) → distância de centro a centro entre tubos adjacentes • C’: Abertura (clearence) → diferença entre o passo e o diâmetro externo do tubo Arranjo triangular • Trocadores mais compactos • Dificuldade de limpeza mecânica do lado casco • Fluidos com altos fatores de incrustação no interior dos tubos 4 Arranjo Quadrado • Utilizado se houver problema de incrustação no lado casco • Passo que possibilite limpeza mecânica • Abertura entre os tubos de no mínimo ¼ de polegada (6,35 mm) Tubo de Feixes • BWG • Diâmetro • Espessura da parede • Dimensão do trocador • 𝐴=𝜋.𝑑.𝐿 • Disposição dos tubos • Arranjo Triangular • Arranjo Quadrado Casco • Feito a partir de chapa metálica soldada ou para diâmetros de até 24 in com tubos (“pipes”) que seguem a norma IPS. 5 • Tamanhos típicos: 8 a 60 in, existem maiores que 120 in. • Diâmetros internos de 12 a 24 in com espessura de 3/8 in suportam pressões de 300 psi (20 atm) Bocais • Normalmente são seções de tubos soldadas ao casco. • Posição : Regra Geral • Fluidos sendo aquecidos ou vaporizados: do fundo para o topo • Fluidos sendo resfriados ou condensados: do topo para o fundo • Dimensões: diâmetro da tubulação conectada (se já definidas). • Tabelas: diâmetro do bocal em função do diâmetro do casco • normalmente de 2 a 10 in Chicanas • Função: suportar os tubos • Evitar curvaturas e possível vibração • Direcionar o escoamento do lado casco • Melhorar a transferência de calor • Evitar regiões mortas • Espaçamento padronizado pelas normas de trocadores de calor (TEMA) • Espaçamento mínimo: Ds/5 ou 2 polegadas (o que for maior) • Espaçamento máximo: comprimento máximo de tubo não suportado • Comprimento máximo de tubo não suportado • Tabelas que consideram o diâmetro externo e o material do tubo 6 • Aproximadamente representado pela equação abaixo para tubos de aço carbono e suas ligas, níquel e suas ligas. 75,0.74 em dl = lm e de [in] • Subtrair 12% se outros metais • Diferentes tipos • Escoamento aproximadamente perpendicular aos tubos ou paralelos a eles • Maioria das aplicações: direcionar o escoamento • Mais comum: Segmentar Chicana Segmentar • Janela (J): por onde escoa o fluido do lado casco • lc: altura da janela da chicana • Corte da chicana: lc/Ds (expresso em %) (entre 15 e 40%; mais comum: 25%) • Duplamente segmentar • Corte restrito a 20 – 30% • As janelas das chicanas 1 e 2 devem ter a mesma área livre • Triplamente segmentar 7 • Orifício por onde passa o tubo na chicana: 0,4 a 1 mm > que o diâmetro externo do tubo • Abertura diametral casco-chicana: 3-12 mm. • Estas aberturas devem existir devido à montagem do trocador: Montar o feixe, com as chicanas e colocá-lo dentro do casco. • Estes “vazamentos” reduzem o desempenho do trocador. • Disco e Anel • Formada por uma placa circular da qual se retira um disco central • Orifício • Placas circulares sem cortes • Orifícios por onde passam os tubos com diâmetros maiores que os padrões definidos para as chicanas segmentares. • Escoamento paralelo ao feixe • Elevada perda de carga • Sem vibração por não existir escoamento cruzado • Outros tipos • Não têm a forma de placas perfuradas ou com cortes • Tentativa de eliminar vibração nos tubos e reduzir a perda de carga 8 • Normalmente patenteadas pelas empresas que as desenvolveram Configurações Mecânicas Trocadores Casco e Tubos • Podem ser classificados quanto a suas características mecânicas • Visão geral • Trocadores de Espelho Fixo • Trocadores de Espelho Flutuante com feixe removível Espelho Fixo • Mais simples e mais barato; • Espelhos soldados; • Não é possível manutenção ou limpeza mecânica na superfície externa dos tubos • Fluidos não incrustantes no casco • Orifícios dos tubos devem ser vedados nos espelhos se tubo danificado; • Inexistência de vedação interna • Não há pontos de vazamento • Altas pressões • Substâncias perigosas Espelho ou cabeçote flutuante • Possuem um espelho fixo, porém não soldado ao casco; • Outro espelho livre para expandir • Possível retirada do feixe para manutenção e limpeza da superfície externa dos tubos 9 Espelho Flutuante removível pelo carretel • Configuração com anel bipartido • Diâmetro do carretel flutuante > diâmetro do casco • Maior número de tubos no feixe Tubos em U • Construção com apenas um espelho estacionário • Diferentes raios de curvatura • Possível limpeza da parte externa dos tubos • Dificuldade de limpeza mecânica no interior dos tubos • Vazio no centro do feixe • Para efeito de área de troca considera-se a parte reta dos tubos Comparação quanto ao custo • Espelho Fixo $ • Tubos em U $$ • Cabeçote Flutuante • Removível pelo carretel $$$ • Anel bipartido $$$$ Comparação e indicação 10 Fator de incrustação (h.ft2.oF/Btu) Tipo do feixe Tubo Casco ≤ 0,002 > 0,002 Tubos em U Qualquer valor ≤ 0,002 Espelho fixo com limpeza química do lado casco > 0,002 > 0,002 Cabeçote Flutuante DesignaçãoTEMA • Código com 2 números e 3 letras que define as dimensões e tipo de trocador casco e tubos. • Os números são o diâmetro nominal do casco (in) e o comprimento dos tubos. • As letras referem-se ao tipo de trocador (cabeçote anterior, tipo de casco e cabeçote posterior). 11 • Tipos de cabeçote anterior, casco e cabeçote posterior Número de Passagens dos fluidos • Passe ou passagem • Percurso de um fluido de uma extremidade a outra do trocador • Trocador casco e tubos n-m • n passagens no casco • m passagens nos tubos • Trocador de calor casco e tubos 1-1 12 • Operações em contracorrente ou paralelo • Válidas as deduções feitas para o trocador duplo tubo • Trocador de calor casco e tubos 1-2 • 1 passagem no lado casco • 2 passagens no lado tubo – 1 em paralelo e 1 em contracorrente • Casco e tubos 2-4 com feixe removível • Não é possível soldar a chicana longitudinal • Problemas de vazamento entre as passagens • Não há casco com mais de duas passagens • Existe trocador 4-8 ? • 4 trocadores 1-2 em série • 2 trocadores 2-4 em série • Trocador 3-6 13 Diferença de Temperatura Média • A dedução para a verdadeira diferença de temperatura, por meio da integração da equação tdAUdq = .. não é simples e pode ser encontrada nos trabalhos originais ou em livros específicos (Kern) • Soluções apresentadas na forma de gráfico • Fator de correção F • Adimensionais de temperatura • Fator de correção F (ou FT) contr real MLDT Δt F = Diferença de temperatura média real no trocador MLDT em contracorrente • Indicação de penalidade por escoamento não ser totalmente em contracorrente • Adimensionais de Temperatura 11 12 12 21 tT tt =S ; tt TT =R − − − − Efetividade Térmica queda de temperatura do fluido quente aumento de temperatura do fluido frio aumento de temperatura do fluido frio máximo aumento que o fluido poderia ter 14 Gráfico típico para obtenção de F Gráfico Çengel Diferença de Temperatura Média • F definirá o número de passagens no casco • Será a configuração mais simples (menor número de passagens no 15 casco) que forneça F ≥ 0,8 • Para trocador com diferentes passagens contrMLDTFAUtAUq ..... == Termos utilizados • Aproximação • Valor de T2 – t2 quando T2 > t2 (temperature approach) • Interseção • Valor de t2 – T2 quando T2 < t2 (temperature cross) • Exemplo: uma aproximação de 10 oC significa que o fluido quente sai com 10 oC acima da temperatura de saída do fluido frio • Apenas em contracorrente pode-se operar com interseção de temperaturas Fluxo Cruzado Fluido 1 Fluido 2 16
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