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LINGUÍSTICA
PROFESSORA MARCIA DIAS LIMA DA SILVA
AULA 7 – A TEORIA GERATIVISTA (AULA 2)
O QUE É COMUM NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO?
As crianças captam o que é regular no sistema e criam uma regra.
Exemplo. Pincel/pincelar; vassoura/vassourar?
As crianças adquirem primeiro palavras de conteúdo (substantivos, adjetivos, verbos) e depois palavras estruturais (pronomes, preposições).
Nomear = substantivos (concreto)
Verbos e adjetivos = mais abstrato
No início: uso de estruturas simples; depois: estruturas coordenadas e subordinadas.
O QUE POSSIBILITA A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM?
Nascemos com uma capacidade inata para desenvolver a linguagem (nascemos com a GU e seus princípios).
A exposição à língua aciona o gatilho e permite que a Gramática Universal libere informações. Assim, a partir da GU, criamos a GP de nossa língua natural.
GENIE. Inserida no convívio social com 13 anos e 7 meses: adquiriu vocabulário, mas apresentou problemas na sintaxe e na morfologia.
Conclusão: a experiência desempenha importante papel no processo de aquisição da linguagem.
Chomsky: experiência = gatilhos (trigger).
A LATERALIZAÇÃO DO CÉREBRO
Lateralização. O processo através do qual um dos hemisférios do cérebro é especializado para o desempenho de certas funções.
A lateralização é comumente considerada como uma pré-condição evolutiva do desenvolvimento de inte​ligência superior no homem.
Lateralização é sujeita à maturação, no sentido de que é geneticamente pré-programada e é específica aos seres humanos. Esse processo relaciona-se à capacidade das crianças para aprenderem uma língua natural.
A lateralização começa quando a criança tem mais ou menos dois anos e completa-se em algum ponto da faixa entre os cinco anos e o início da puberdade. 
Idade crítica para a aquisição da linguagem:
Lenneberg que considera que a lateralização só termina na puberdade parecendo ser esse o limite máximo para a aquisição da linguagem. 
Krashen, considera que a lateralização pode estar concluída entre os 5 e 6 anos de idade. Talvez seja por isso que nessa idade uma criança já adquiriu a maior parte da gramática. 
QUAL É A FUNÇÃO DA EXPERIÊNCIA?
A função da experiência é ativar a competência linguística, ou seja, temos o gatilho e a GU passa a liberar informações para que construamos nossa GP. Desse modo, temos: 
Produtividade - fato de a criança produzir, quando ainda jovem, construções gramaticais que jamais ocorreram antes em sua experiência.
Criatividade - fato de a linguagem humana ser independente de estímulo, na medida em que “o enunciado que alguém profere em dada ocasião é, em princípio, não predizível, e não pode ser descrito apropriadamente, no sentido técnico desses termos, como uma resposta a algum estímulo identificável, linguístico ou não linguístico” (Lyons, 1987:212-213).
A chamada regularização, por exemplo, mostra a criança aplicando rigorosamente, também a formas sujeitas a casos especiais, as regras gerais que já internalizou. 
*fazi ou *trazi - regra que gera as formas regulares como bati, comi etc.; 
abrido, *cobridO *fazido, *escrevidO pelos modelos regulares dormido, comido, batido etc.;
 *eu pego tu; *não empurra eu; * mais grande, * mais bom, como mais alto, mais fraco etc..
A COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA
A Linguística deve estudar a competência; ela é puramente linguística.
	
A competência é o conhecimento do indivíduo sobre sua língua natural.
Competência relaciona-se à cognição; a principal função da língua é expressar o pensamento.
Competência - conjunto de normas que o falante internaliza e que lhe permite emitir, receber e julgar os enunciados em sua língua.
COMPETÊNCIA x DESEMPENHO
Saussure: langue x parole
Chomsky: competência x desempenho.
Desempenho - O uso que o falante faz do conhecimento que tem sobre a língua; comportamento do indivíduo. 
O desempenho por estar sujeito a fatores extralinguísticos não seria analisado pela linguística e sim pela psicologia.
 Desempenho (Chomsky) = Fala (Saussure)
O desempenho é variável: se falamos em público, se estamos aborrecidos etc.
A COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA
A competência (Chomsky) NÃO corresponde à língua de Saussure.
Saussure: língua é fato social, uma instituição humana, cujo objetivo é a interação social, estando a língua incluída nas ciências sociais. 
Competência (processo mental) - conjunto de normas que o falante internaliza e que lhe permite emitir, receber e julgar os enunciados em sua língua.
A principal função da língua é cognitiva, ou seja, expressar o pensamento. Sob essa perspectiva, a função comunicativa está em segundo plano. 
A análise linguística deve descrever as regras que governam a estrutura da competência fornecendo subsídios para a compreensão da organização da mente humana. 
	A menina comprou a blusa. 
		SN	 SV 
			 A menina
	 SN	 Art	 N
 comprou a blusa
	 SV V SN
COMPETÊNCIA GRAMATICAL
Competência gramatical - conhecimento que têm os falantes/ouvintes da língua e da linguagem, independentemente de qualquer informação extralinguística. 
Formação das frases - gramaticais (bem formadas sintaticamente) e agramaticais (com problemas sintáticos). 
Gramaticalidade é um conceito que define as sequencias que pertencem ou não à língua. 
As sequencias geradas pela gramática da língua, em acordo com essas regras internalizadas, são gramaticais e as que não pertencem à gramática da língua, desobedecendo, portanto, tais regras, são agramaticais. 
	
Chomsky considera que frases agramaticais não ocorrem já que o falante não as ouve e, portanto, não as internaliza.
Atenção: frases agramaticais não estão formadas seguindo as regras da língua, não sendo compreendidas pelos falantes. 
Chomsky afirma que não se produzem frases agramaticais: se não internalizamos a regra, não produzimos a sentença.
Gramaticalidade estabelece quais sentenças pertencem ou não a uma língua e quem decide isso é o falante nativo, escolarizado ou não. 
Exemplos. 
Viu ele x viu-o; tu vais x você vai; fui à praia x fui na praia.
O falante nativo decide se uma sentença é gramatical ou não baseado no seu conhecimento da língua, ou seja, na sua competência.
COMPETÊNCIA PRAGMÁTICA
Competência pragmática ultrapassa o nível da informação sobre a forma e o significado das sentenças. (aceitável / inaceitável)
Aceitabilidade - julgamentos dos falantes; fenômeno intuitivo; baseia-se no fato de a sentença ser ou não gramatical, mas considera também fatores relacionados ao desempenho como limitação de memória, fatores semânticos etc. 
Toda frase agramatical é inaceitável (cf. o viu cinema Beto no), mas uma frase pode ser gramatical e ser inaceitável devido outros fatores. 
GRAMATICALIDADE X ACEITABILIDADE
Toda frase agramatical é inaceitável: Na vai praia nós.
Uma frase gramatical do ponto de vista gerativo, nada tem a ver com correção do ponto de vista normativo.
	Exemplo. 
	Nós vai na praia.
	Gramatical e aceitável do ponto de vista gerativo.
“Ele é viúvo, mas a mulher dele ainda não morreu.” (Lobato: 1986: 51)
Gramatical mas inaceitável (problemas em termos de julgamento).
GRAMATICALIDADE X ACEITABILIDADE
O rapaz saiu.
2. O rapaz que o homem viu saiu.
3. O rapaz que o homem que a moça convidou viu saiu.
4. O rapaz que o homem que a moça que João beijou convidou viu saiu.
 
Até a próxima aula!

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