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Psicanálise e neurociência Nicolle Marcondes - 7º semestre As principais concepções contemporâneas da Psicopatologia a consideram multifatorial, e não determinada exclusivamente pela Biologia. As instâncias psicológicas e sociais são consideradas fundamentais para a compreensão, o diagnóstico e o tratamento de distúrbios psicopatológicos, por conceberem o homem como um ser biopsicossocial. A Neurociência também admite que fatores biológicos, psicológicos e sociais interagem na determinação de fenômenos psicopatológicos. Na atualidade, há psicanalistas e neurocientistas trabalhando em conjunto por acreditarem na colaboração das pesquisas nessas áreas. O conceito atual neurocientífico de plasticidade cerebral, das redes ou mapas neuronais com suas miríades de sinapses sempre em mudança de maneira ativa em contato com aquilo que vem da realidade interna e externa, dá uma base orgânica estrutural para a teoria e prática psicanalíticas atuais. A neurociência vem mostrando como o estar consciente depende da sincronização, da sintonia entre várias estruturas corticais e subcorticais. A psicanálise atual contribui cada vez mais para compreensão da mente humana, seus distúrbios e seu tratamento. Por outro lado, as neurociências vêm confirmando inúmeros postulados psicanalíticos modernos, no estudo das funções cerebrais mais diferenciadas. Entretanto, os neurocientistas não podem mais deixar de lado as contribuições da ciência do inconsciente, como os psicanalistas não podem desprezar os desenvolvimentos dos conhecimentos das ciências cognitivas e das neurociências em geral. Antônio, V. E. et al. (2008), ao realizarem uma revisão da literatura sobre neurologia das emoções, identificaram que as expressões faciais não apenas constituem uma das formas de manifestação emocional como servem de estímulo emocional nas relações interpessoais. Uma proposta integrativa para compreender a expressão emocional, referese à contribuição trazida pelas teorias psicoevolucionistas para o debate desse tema. A emoção pode abarcar um conjunto de pensamentos, e planos sobre um evento que aconteceu, está acontecendo ou que vai acontecer, e uma das formas de se manifestar é por expressões faciais específicas. As emoções podem desencadear mudanças endócrinas e autonômicas significativas, como por exemplo, sudorese, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração, rubor facial, incontinência urinária e intestinal e espasmos. NEUROCIÊNCIAS DAS EMOÇÕES As emoções, frequentemente manifestas por meio de expressões faciais, acham-se relacionadas a pensamentos, sensações e sentimentos, estejam estes associados a lembranças do passado, a projetos desenvolvidos no presente, ou a planos de realizações futuras. As relações entre lesões neurológicas e funções psíquicas têm se tornado compreensíveis devido aos estudos desenvolvidos na área de Neurociências, cujo objeto de investigação é o sistema nervoso e suas relações com a fisiologia de todo o organismo e que inclui a relação entre o cérebro e as funções psíquicas: atenção, memória, aprendizagem, emoções, linguagem e comunicação, entre outras.
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