Buscar

Recursos Terapêuticos Manuais: Mobilização Passiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Recursos terapêuticos manuais
Aula 08: Mobilização passiva
Apresentação
Na aula anterior, aprendemos os efeitos �siológicos, indicações, contraindicações e manobras da drenagem linfática
manual.
Nesta aula, estudaremos as técnicas de mobilização passiva com ênfase nas articulações, bem como as principais
técnicas de mobilização articular, efeitos �siológicos, indicações e contraindicações.
Objetivos
Analisar as manobras de mobilização articular passiva;
De�nir benefícios e efeitos das técnicas de mobilização articular passiva articular;
Examinar indicações e contraindicações das técnicas de mobilização articular passiva articular.
Mobilização passiva: Generalidades
A mobilização passiva é de�nida como um recurso da terapia manual em que o terapeuta realiza o movimento sem ajuda do
paciente. Ou seja, neste tipo de abordagem da terapia manual não há contração muscular voluntária (músculo estriado
esquelético) do paciente. Os principais objetivos são o aumento da amplitude do arco de movimento e a diminuição da
sintomatologia dolorosa.
Nesta aula, abordaremos as articulações, levando em consideração que
passivamente outros sistemas poderão ter benefícios, como por exemplo: o
sistema visceral e o sistema nervoso periférico, através da técnica de
mobilização neural.
As técnicas de mobilização articular
envolvem desde os movimentos passivos
executados nos planos cardeais
�siológicos (osteocinemática) até os
movimentos intra-articulares
(artrocinemática).
As manobras poderão ser especí�cas e
semi-especí�cas de deslizamento,
associadas ou não à tração articular,
preferencialmente em posição com espaço
articular, conhecida como “ajuste frouxo
articular”.
Este ajuste se refere a ângulos especí�cos articulares em que os ligamentos e a cápsula articular estão com menos tensão
(tendão está perpendicular ao seu ângulo de inserção = 90 graus). O “ajuste frouxo” permitirá um aumento da distância entre as
superfícies articulares, o que consequentemente facilitará os movimentos intra-articulares.
Anatomia das articulações
As articulações poderão ser classi�cadas em:
1
Fibrosas
As articulações �brosas (sinartrose) serão subdivididas em:
Suturas: Planas, escamosas ou serreadas (denteadas);
Sindesmoses: Articulação revestida de tecido �broso.
Exemplo: Tíbio �bular distal.
2
Cartilaginosas
As articulações cartilaginosas (an�artroses), em que o tecido
cartilaginoso interpõe as superfícies articulares, serão
subdivididas em:
Sincondroses: Quando o tecido que interpõe as
superfícies articulares é a cartilagem hialina. Exemplo:
Esfeno-occiptal;
Sín�se : Quando o tecido �broso interpõe as
superfícies articulares. Exemplo: Sín�se púbica.
1
3
Sinoviais
Articulação Sinovial (diartrose)
São articulações em que as superfícies articulares não estão
diretamente unidas. A mobilidade dessas articulações é maior
quando comparada às articulações �brosas e cartilaginosas. O
tecido �broso ou cartilaginoso, a cápsula articular e o líquido
sinovial (ou sinóvia) são estruturas anatômicas que interpõem
as superfícies ósseas.
https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0419/aula8.html
 Figura 1 - Articulação sinovial | Fonte: Retirada do site toda matéria
Abaixo, listamos os principais componentes das
articulações sinoviais e suas respectivas funções (Figura 1):
Cápsula articular: Maior meio de união entre as
extremidades ósseas;
Cartilagem articular (cartilagem hialina): Reveste as
superfícies articulares, facilita os movimentos entre
superfícies articulares (artrocinemática);
Membrana sinovial: Produz o líquido sinovial, reveste
internamente a cápsula articular;
Líquido sinovial: Lubri�cação, facilita os movimentos
entre superfícies articulares;
Cavidade articular: Espaço articular interno;
Discos ou meniscos: Amortecimento, melhora a
relação entre as superfícies articulares (côncavo e
convexo), estabilidade articular;
Ligamentos: Estabilidade articular.
Atenção
Sinartrose –In�exíveis; An�artrose – Semi móvel; Diartrose – Móvel.
A classi�cação funcional de uma articulação sinovial leva também em consideração os eixos de movimento.
Clique nos botões para ver as informações.
Quando uma articulação desliza em torno de um eixo. Estas articulações apresentam apenas um grau de movimento.
Exemplo: Articulação do cotovelo. Permite a �exão e a extensão;
Mono axial 
Quando uma articulação move-se em torno de dois eixos e apresenta dois graus de movimento. As articulações que
permitem �exão e extensão, adução e abdução. Exemplo: Articulação rádio cárpica ou articulação punho.
Bi axial 
Quando uma articulação move-se torno de três eixos, com três graus de movimento. Estas articulações permitem �exão e
extensão, adução e abdução e rotação. Exemplo: Articulações do gleno umeral.
Tri axial 
A classi�cação morfológica das articulações sinoviais depende das formas das superfícies articulares (encaixe ósseo).
Clique nos botões para ver as informações.
Permitem o movimento de deslizamento em qualquer direção, porém, bem limitado (discreto), por apresentarem cápsulas
articulares �rmes. São exemplos as articulações acrômio clavicular, sacro ilíaca, entre os ossos do carpo e tarso;
Articulações planas 
Referem-se mais ao movimento do que à forma da superfície articular, ou seja, é uma exceção. Permite apenas o
movimento de �exão e extensão, sendo classi�cado em mono axial. Exemplo típico é a articulação do cotovelo, que
lembra um carretel;
Articulações do tipo gínglimo ou dobradiça 
Apresentam superfície articular cilindróide. Permitem apenas o movimento de rotação, sendo classi�cado em mono axial.
São exemplos a articulação atlanto axial e radio ulnar proximal e distal;
Articulações do tipo trocóidea ou pivô 
Permitem os movimento de �exão e extensão, abdução e adução, sendo classi�cado em bi axial. São exemplos a
articulação rádio cárpica (punho), têmporo mandibular e metacarpo falangiana;
Articulações do tipo elipsóidea ou condilar 
Apresentam superfícies articulares em forma de sela, com concavidade em uma superfície e convexidade em outra.
Permitem o movimento de �exão e extensão, abdução e adução, sendo classi�cada em bi axial;
Articulações tipo selar 
Apresentam superfícies articulares em forma de esfera que se encaixam em estruturas ósseas ocas. Permitem o
movimento de �exão e extensão, abdução e adução, rotação e circundução, sendo classi�cadas em tri axial. Exemplos:
Articulações do ombro e quadril.
Articulações tipo esferóidea 
Biomecânica articular
A mecânica é o ramo da física responsável pelo estudo do movimento, sendo dividida em estática e dinâmica.
1
Estática
Condição em que a resultante das forças e a soma dos
momentos das forças, ou torques, são nulas. Quando na
situação de equilíbrio estático, os corpos encontram-se em
repouso.
2
Dinâmica
Área da Física que estuda os movimento de um corpo e as
causas desse movimento.
A dinâmica será subdivida em cinética e cinemática:
Cinética
Área da Física que estuda as forças que irão atuar em um determinado movimento;
Cinemática
Área da Física que estuda o movimento, sem levar em consideração as forças que irão atuar.
Os conceitos biomecânicos são de extrema importância para o entendimento das técnicas de mobilização articular. A
biomecânica (mecânica) é a aplicabilidade da física nos tecidos vivos e biológicos, em que a artrocinemática e a
osteocinemática são áreas de estudo relacionadas à biomecânica.
2
3
Saiba mais
Os principais movimentos artrocinemáticos são: Deslizamento (translação), rotação, rolamento, tração e compressão. O
deslizamento é considerado entre os autores o principal movimento artrocinemático.
 Figura 2 - Regra do côncavo e convexo | Fonte: Retirada do blog Olhar fisio.
Introduzida pelo �sioterapeuta norueguês Freddy Kaltenborn
na terapia manual, a regra do côncavo e convexo é uma
simpli�cada e didática maneira que explica o sentido do
deslizamento de uma determinada superfície articular.
Esta regra baseia-se na relação entre osteocinemática e os
componentes acessórios daartrocinemática. Se a
superfície côncava é a superfície que se move, a direção do
deslizamento é a mesma do movimento �siológico. Se a
superfície convexa é a superfície que se move, a direção do
deslizamento é oposta à do movimento �siológico.
https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0419/aula8.html
https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0419/aula8.html
Um paciente, ao chegar ao consultório de um �sioterapeuta,
relata fortes dores e diminuição de arco de movimento para
realizar o movimento de extensão de joelho (cadeia cinética
aberta). Devemos entender que: Fisiologicamente, quando
ocorre a extensão do joelho em cadeia cinética aberta
(Figura 3), a tíbia desliza anteriormente em relação ao
fêmur.
Diante deste sinal (bloqueio articular) e sintoma (dor),
poderemos correlacionar a uma tíbia posteriorizada (falha
posicional). Sendo assim, uma tíbia posteriorizada
(artrocinemática) limitará o movimento de extensão de
joelho em cadeia cinética aberta (osteocinemática).
Para que ocorra o desbloqueio articular, o �sioterapeuta
deverá mobilizar (deslizar) a tíbia em anterioridade.
 Figura 3: Extensão de joelho em cadeia cinética aberta | Fonte: Retirada do site
OrthoInfo.
Conforme descrito anteriormente, a osteocinemática são os movimentos �siológicos da diá�se óssea, e podem ser realizados
voluntariamente pelo paciente, de acordo com os planos cardeais do corpo.
Na posição anatômica, o corpo é referenciado de acordo com três planos, e os eixos são linhas imaginárias que atravessam os
planos do corpo perpendicularmente para possibilitar movimentos:
Clique nos botões para ver as informações.
Divide o corpo simetricamente em laterais direita e esquerda. As ações articulares ocorrem em torno de um eixo látero
lateral ou coronal e incluem os movimentos de �exão e extensão;
Plano Sagital 
Divide o corpo em partes anterior (ventral) e posterior (dorsal). As ações articulares ocorrem em torno de um eixo ântero
posterior (AP) e incluem a abdução e a adução;
Plano Coronal ou Frontal 
Divide o corpo em partes superior (cranial) e inferior (caudal). As ações articulares ocorrem em torno de um eixo
longitudinal ou vertical e incluem a rotação medial / lateral e pronação / supinação.
Plano Transversal, Axial ou Horizontal 
Atenção
Os termos que descrevem os movimento podem ser usados para diversas articulações, mas alguns são especí�cos para certas
regiões. A posição anatômica sempre será respeitada.
Técnicas de mobilização articular
Conceito Mulligan
Brian Mulligan, �sioterapeuta formado na Nova Zelândia em 1954, foi um aluno dedicado do norueguês, e também
�sioterapeuta, Fred Kaltenborn. Brian Mulligan desenvolveu o conceito Mulligan, um modelo de terapia manual de técnicas
simples que se baseiam na resposta sintomática do paciente.
Essas técnicas envolvem reposicionamentos articulares enquanto o
paciente realiza simultaneamente o movimento sintomático. Se o
reposicionamento for efetivo, ocorre a diminuição da sintomatologia
dolorosa.
Saiba mais
A teoria da falha posicional foi descrita por Brian Mulligan com a �nalidade de explicar os resultados favoráveis encontrados com
o tratamento.
Segundo essa teoria, após um trauma ou desequilíbrios musculares, de maneira adaptativa, a articulação colocar-se-ia em uma
posição ligeiramente anormal (falha posicional), não necessariamente detectada em exames de imagens, realizados na maioria
das vezes de forma estática. A falha posicional produzirá uma informação sensitiva (aferente) anormal. Como resultado, mais
espasmo muscular e dor.
Biomecanicamente, as técnicas do conceito Mulligan são muito parecidas com as mobilizações do conceito Kaltenborn; o fato
de adicionarem movimento ativo sobre um componente de reposicionamento passivo as torna muito mais funcionais.
Atenção
É importante lembrar que esse método pode ser utilizado como tratamento e também como diagnóstico.
O conceito Mulligan aplica os princípios biomecânicos da artrocinemática e da osteocinemática nas avaliações e nos
tratamentos das falhas posicionais das articulações axiais e apendiculares. Brian Mulligan utilizou ferramentas dentro do seu
método que respeitam os princípios de Kaltenborn (planos de articular).
“Natural Apophysal Glides (NAGs), Sustained Natural Apophysal Glides
(SNAGs) e Mobilization with Moviment (MWM´s)” foram os modelos de
tratamento desenvolvidos por Brian Mulligan.
Os princípios de tratamento do conceito Mulligan são:
Reposicionamento articular passivo (componente artrocinemático);
Movimento ativo por parte do paciente (componente osteocinemático);
Overpressure no �nal do arco (exceto para técnicas oscilatórias como NAGs e NAGs reversos);
Auto tratamento;
Bandagens, caso seja necessário (Figura 4);
Os cintos de terapia manual em muitas manobras também serão utilizados (Figura 5).
 Figura 4: Conceito Mulligan: Bandagem | Fonte: Retirado do site Portal Secad
 Figura 5: Conceito Mulligan –MWM com cinto | Fonte: Retirado do site Portal Secad
As técnicas do conceito Mulligan são realizadas de forma indolor, o que
consiste em uma das diferenças entre este e outros modelos de terapia
manual.
Saiba mais
Plano de tratamento foi descrito originalmente na década de 1950 por Kaltenborn como plano articular. O plano de tratamento é
uma linha imaginária que passa sobre a superfície articular côncava, sendo o plano em que o deslizamento deve ser executado.
Se movimentarmos a superfície côncava, ocorrerá mudança no plano de tratamento, diferentemente, se movermos a superfície
convexa.
Atenção
Lembrar que sempre o deslizamento terapêutico deve ocorrer paralelamente ao plano de tratamento, que depende do
posicionamento e da anatomia articular. Se, após os procedimentos para execução do tratamento, o paciente ainda estiver
desconfortável, aconselhamos a mudança da técnica.
 Figura 6: Conceito Mulligan / NAGS | Fonte: Retirada da apostila de Terapia Manual
Aplicada a coluna vertebral
Principais técnicas do conceito Mulligan (NAGS - Natural
Apophysal Glides):
São movimentos acessórios passivos realizados pelo
terapeuta (Figura 6);
Nesta técnica pode-se utilizar tração como forma de
aliviar e facilitar o tratamento;
Geralmente aplicados desde C3 até T4;
NAGS poderá ser aplicado de forma central (processos
espinhosos) ou unilateral (lâminas articulares).
Clique nos botões para ver as informações.
Técnica aplicada quando houver insucesso com a utilização do NAGS;
Melhor resposta na região torácica alta e charneira.
NAGS reverso 
Combinação de um movimento acessório passivo sustentado com um movimento ativo. Trata especi�camente o
movimento biomecânico dentro do movimento em disfunção (Figura 7);
Técnica utilizada no esqueleto axial (coluna vertebral);
Indicada para articulações hipomóveis;
A melhora da mobilidade articular deve ocorrer antes do aparecimento da dor.
SNAGS (Sustained Natural Apophysal Glides) 
 Figura 7- Conceito Mulligan – SNAGS | Fonte: Retirada do site Slide Player
É um NAGs sustentado.
Esta técnica poderá ser aplicada em indivíduos com cefaleias cervicogênicas;
Essa manobra também poderá ser utilizada como meio de diagnóstico. É utilizada em pacientes com cefaleia
crônica, e que está ausente no momento do tratamento. A rotação é o movimento utilizado, seja para avaliação
como para tratamento.
SNAGS cefaleia 
É aplicada no esqueleto apendicular (articulações periféricas) (Figura 8).
O plano de tratamento deverá respeitá-lo (de forma paralela ou perpendicular). O objetivo destas técnicas é melhorar
os movimentos artrocinemáticos e diminuir a sintomatologia dolorosa. Usa-se um movimento acessório na linha
articular. Também serve como diagnóstico e recurso de tratamento.
MWM (Mobilization with Moviment) 
 Figura 8- Conceito Mulligan – MWM | Fonte: Retirada do site Portal Secad
Método Maitland
O método surgiu na Austrália, na década de 1960, pelo seu idealizador, Geoffrey Douglas Maitland (1924-2010), um dos
fundadores da International Federation of Orthopedic Manipulative Therapists (IFOMT) quedesenvolveu um sistema graduado
de avaliação e tratamento através de movimentos passivos oscilatórios e rítmicos.
O método Maitland também tem como objetivo a restauração dos
movimentos artrocinemáticos (deslizamento e rotação), a melhora da
congruência entre as superfícies articulares, e consequentemente a
diminuição do atrito mecânico intra-articular.
 Figura 9: Método Maitland: PA coluna cervical | Fonte: Retirada do site Terapia
Manual.
No método Maitland, os exames, as técnicas e as
avaliações estão inter-relacionados e são interdependentes
(graus I – V). Neste método, a avaliação tem como ênfase o
uso dos teste passivos (movimentos articulares �siológicos
e acessórios). É de extrema importância que os exames
subjetivo e objetivo sejam realizados para que seja tomada
a decisão do procedimento terapêutico.
O local de aplicação da mobilização / manipulação é
escolhido levando em consideração a apresentação clínica
do paciente, utilizando sempre o raciocínio clínico para
identi�car tecidos comprometidos. Após a avaliação, o
�sioterapeuta irá decidir o grau, a carga, o local, a duração e
a amplitude de movimento.
O tratamento através do método Maitland consiste em cinco graus de movimentos:
Grau I: Mobilização de pequena amplitude que não chega à barreira restritiva;
Grau II: Mobilização de grande amplitude que não chega à barreira restritiva;
Grau III: Movimento de grande amplitude, além do limite patológico, usado quando a dor e a resistência do espasmo da
tensão estática do tecido inerte ou tensão de compressão limitam o movimento próximo ao �nal da amplitude;
Grau IV: Mobilização de pequena amplitude que chega à barreira restritiva;
Grau V: Mobilização de pequena amplitude feita em alta velocidade após a barreira restritiva, conhecida como manipulação
articular (Thrust).
Normalmente, os graus I e II são mais efetivos na redução da dor. Os graus III, IV e V são mais efetivos no aumento do arco de
movimento.
Atenção
As técnicas são aplicadas em eixo ântero posterior ou transversal independentemente do ângulo da articulação. Articulações
periféricas são tratadas em eixo ântero posterior, transversal ou longitudinal.
Clique nos botões para ver as informações.
Hipomobilidade articular reversível;
Dor e espasmo muscular;
Processos in�amatórios sem efusão articular;
Patologias que causam uma hipomobilidade articular progressiva (Exemplo: Artrite reumatoide);
Falha posicional articular;
Limitação de arco de movimento.
Indicações de mobilização passiva 
Dor signi�cativa no repouso (câncer?);
Todas as atividades associadas à dor severa;
Articulação hipermóvel;
Luxação articular;
Processo in�amatório ativo;
Terapia anti coagulante;
Condição de extrema irritabilidade;
Distúrbio psicológico signi�cante;
Fraturas recentes;
Compressão da medula espinhal, compressão da cauda equina;
Tonturas posicionais;
Fraturas recentes / osteoporose;
Câncer;
Hérnia de disco e gravidez – contraindicações relativas.
Importante: As técnicas de mobilização articular não devem ser usadas para tratar dores em repouso, exceto quando são
mínimas ou têm pouco signi�cado para o paciente nessa situação, exacerbando-se com movimentos ativos.
Muitos casos de sintomas signi�cantes no repouso estão associados a patologias adjacentes que estão além das
anormalidades biomecânicas comumente tratadas em �sioterapia e terapia manual.
Contraindicações da mobilização passiva 
Os efeitos �siológicos das mobilizações articulares compreendem diminuição do espasmo articular, aumento da
extensibilidade dos tecidos Peri articulares, aumento da produção de líquido sinovial, aumento da vascularização,
in�uências neuromusculares no tônus muscular, aumento da consciência proprioceptiva, e diminuição de edema (quando
presente).
Efeitos �siológicos 
Atividades
1. É considerada uma indicação para as técnicas de mobilização articular:
a) Hipomobilidade articular.
b) Osteoporose.
c) Hipermobilidade articular.
d)Luxação articular.
e) Processo inflamatório ativo.
2. Qual é o sentido de deslizamento da cabeça do úmero, no movimento de abdução do ombro, acima de 90 graus?
a) Inferior.
b) Superior.
c) Lateral.
d) Antero medial.
e) A cabeça do úmero não se movimenta durante esse movimento.
3. Qual o objetivo da mobilização articular para um paciente com diminuição do arco de movimento de extensão do joelho em
cadeia cinética aberta?
a) Anteriorizar a tíbia.
b) Posteriorizar o fêmur.
c) Lateralizar a tíbia.
d) Anteriorizar o fêmur.
e) Rodar a tíbia medialmente.
Notas
Sín�se 1
São as articulações entre os corpos vertebrais. Discos �brocartilaginoso interpõem as superfícies articulares – Disco
intervertebral.
Artrocinemática 2
A artrocinemática são movimentos que ocorrem entre as superfícies articulares, ou seja, são movimentos intra-articulares,
também chamados de movimentos acessórios, ou jogo articular.
Osteocinemática 3
A osteocinemática são os movimentos �siológicos ou clássicos da diá�se óssea. Estes movimentos podem ser realizados
voluntariamente pelo indivíduo de acordo com os planos cardeais do corpo.
Referências
AMERICAN ACADEMY OF ORTHOPAEDIC SURGEONS. Knee Conditioning Program, 2018. Disponível em:
https://orthoinfo.aaos.org/en/recovery/knee-conditioning-program/. Acesso em 14 ago. 2020.
DANGELO, J.G.; FATTINI, C.C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
DUTTON, M. Fisioterapia ortopédica: exame, avaliação e intervenção. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
EDMOND, S.L. Manipulação e mobilização. Técnicas para membros e coluna. 1.ed. São Paulo: Manole, 2000.
MONNERAT, E. Terapia manual aplicada a coluna vertebral. (s.l: s.n), 2020. 50 páginas. Apostila.
TERAPIA MANUAL. Conceito Maitland: O que é? Disponível em: https://www.terapiamanual.com.br/site/noticias/?
id=170&c=2&t=Conceito+Maitland+O+que%E9%3F. Acesso em: 15 ago. 2020.
TORRIERI, J.P.; PILDERWASSER, D.G. Conceito Mulligan. 2016. Disponível em:
http://www.portalsecad.com.br/_mostraEpubDemo.php?&p=33. Acesso em: 16 ago. 2020.
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);
Próxima aula
Técnicas de tração articular;
Indicações e contraindicações das técnicas de tração;
Efeitos �siológicos das técnicas de tração.
Explore mais
Leia o livro Maitland manipulação vertebral
Leia o livro Terapia Manual
Leia o livro Mobilização Manual das Articulações: método do Kaltenborn de Exame e Tratamento das Articulações

Outros materiais