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DICA
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa 
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
Se prepare para o concurso público
O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se 
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre 
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do 
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua 
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até 
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior 
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras 
disciplinas.
Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante 
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, 
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante 
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso 
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA
Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. 
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir 
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes 
com seu sucesso.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances 
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br 
Vamos juntos!
ÍNDICE
Língua Portuguesa 
1. Interpretação de textos, com domínio de relações discursivas, semânticas e morfossintáticas. Tipos textuais: narrativo, descritivo, 
argumentativo e injuntivo. Gêneros discursivos. Coesão e coerência textual. Valor dos conectivos. Usos dos pronomes. . . . . . . . . 01
2. Semântica: sinonímia, polissemia, homonímia, hiperonímia, hiponímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Figuras de linguagem: hipérbole, metáfora, metonímia, personificação e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Estrutura e formação de palavras: composição, derivação e outros processos. Flexão nominal e verbal. Emprego de tempos e modos 
verbais. Classes de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
6. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Estruturação de períodos: coordenação, subordinação e correlação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
8. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
9. Variação linguística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
10. Ortografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Raciocínio Lógico Quantitativo
1. Entendimento Da Estrutura Lógica De Relações Arbitrárias Entre As Pessoas, Lugares, Objetos Ou Eventos Fictícios; Dedução De No-
vas Relações Em Função De Relações Fornecidas E Avaliação Das Condições Usadas Para Estabelecer A Estrutura Daquelas Relações. 
Compreensão E Análise Da Lógica De Uma Situação, Utilizando As Funções Intelectuais; Raciocínio Verbal, Raciocínio Matemático, 
Raciocínio Sequencial, Orientação Espacial E Temporal, Formação De Conceitos E Discriminação De Elementos . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3. Razões E Proporções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4. Regra De Três Simples E Composta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5. Princípio Fundamental Da Contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6. Problemas Utilizando As Operações Fundamentais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7. Noções De Probabilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
História do Acre
1. O processo de ocupação das terras acreanas, a ocupação indígena, a imigração nordestina e a produção da borracha, a insurreição 
acreana e anexação do Acre ao Brasil. A chegada dos “paulistas” nas terras acreanas a partir dos anos 70 do século passado: êxodo 
rural, conflitos pela terra e invasões do espaço urbano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. A evolução política do Acre: de Território a Estado. Desafios para um futuro sustentável. Trabalhos e produção nas diferentes nações 
indígenas, uso e posse da terra dos indígenas da Amazônia no auge do ciclo da borracha, ocupação e utilização da terra, ocupação e 
disputa pela terra entre povos indígenas e grupos de interesse socioeconômico e atividades econômicas mais relevantes no estudo da 
história da Amazônia e do Acre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Geografia do Acre
1. Aspectos geográficos e ecológicos da Amazônia e do Acre. Formação econômica do Acre. Processo de anexação do Acre ao Brasil: 
tratados e limites. Municípios e populações do Acre: população e localização. Nova configuração do mapa. Microrregiões. Atuais mu-
nicípios. Relevo, vegetação, clima, solo, hidrografia, fluxo migratório, extrativismo e Zoneamento Ecológico do Acre. A paisagem local 
e sua relação com outras paisagens (semelhanças e diferenças, permanências e transformações). Linguagem cartográfica: leitura de 
mapas. Modos de vida no campo e na cidade. Papel da tecnologia na configuração de paisagens urbanas e rurais e na estruturação da 
vida em sociedade. Apropriação e transformação da natureza. Preservação e cuidados com o meio: como o homem usa a natureza e 
constrói o seu espaço; o processo industrial e suas relações no município, no estado e no país . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Interpretação de textos, com domínio de relações discursivas, semânticas e morfossintáticas. Tipos textuais: narrativo, descritivo, 
argumentativo e injuntivo. Gêneros discursivos. Coesão e coerência textual. Valor dos conectivos. Usos dos pronomes. . . . . . . . . 01
2. Semântica: sinonímia, polissemia, homonímia, hiperonímia, hiponímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Figuras de linguagem: hipérbole, metáfora, metonímia, personificação e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Estrutura e formação de palavras: composição, derivação e outros processos. Flexão nominal e verbal. Emprego de tempos e modos 
verbais. Classes de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
6. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Estruturação de períodos: coordenação, subordinação e correlação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
8. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
9. Variação linguística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
10. Ortografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
LÍNGUA PORTUGUESA
1
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, COM DOMÍNIO DE RELA-
ÇÕES DISCURSIVAS, SEMÂNTICAS E MORFOSSINTÁTI-
CAS. TIPOS TEXTUAIS: NARRATIVO, DESCRITIVO, AR-
GUMENTATIVO E INJUNTIVO. GÊNEROS DISCURSIVOS. 
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL. VALOR DOS CONEC-
TIVOS. USOS DOS PRONOMES
Compreensão e interpretação de textos
Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o 
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade 
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa 
prova de qualquer área do conhecimento. 
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de 
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto. 
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo 
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro. 
A interpretação é quando você entende o que está implícito, 
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto 
ou que faça com que você realize inferências. 
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas 
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. 
Percebeu a diferença? 
Tipos de Linguagem
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que 
facilitea interpretação de textos.
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela 
pode ser escrita ou oral. 
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, 
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra.
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as 
palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem 
verbal com a não-verbal. 
Além de saber desses conceitos, é importante sabermos 
identificar quando um texto é baseado em outro. O nome que 
damos a este processo é intertextualidade. 
Interpretação de Texto 
Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar 
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao 
subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir 
de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos 
prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado 
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça 
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao 
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma 
apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, 
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de 
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analítica 
e, por fim, uma leitura interpretativa.
É muito importante que você:
- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, 
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias 
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações 
ortográficas, gramaticais e interpretativas;
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais 
polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre 
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.
Dicas para interpretar um texto:
– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar 
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo. 
– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.
Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada 
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.
– Sublinhe as ideias mais importantes.
Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia 
principal e das ideias secundárias do texto. 
LÍNGUA PORTUGUESA
2
– Separe fatos de opiniões.
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo 
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e 
mutável). 
– Retorne ao texto sempre que necessário.
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os 
enunciados das questões.
– Reescreva o conteúdo lido.
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, 
tópicos ou esquemas.
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar 
palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu 
vocabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas 
são uma distração, mas também um aprendizado.
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a 
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula 
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora 
nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além 
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela 
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão 
do texto.
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é 
a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se 
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, 
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova. 
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um 
significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso 
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com 
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e 
nunca extrapole a visão dele.
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia 
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga 
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, 
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo 
significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um 
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o 
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre 
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito 
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências 
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com 
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos 
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício 
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto: 
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma 
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos 
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas 
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, 
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a 
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros 
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da 
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o 
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele 
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo 
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo 
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
As informações que se relacionam com o tema chamamos de 
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, 
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto 
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à 
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. 
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi 
capaz de identificar o tema do texto!
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
cundarias/
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM 
TEXTOS VARIADOS
Ironia
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que 
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou 
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). 
A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um 
novo sentido, gerando um efeito de humor.
Exemplo:
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO
1
ENTENDIMENTO DA ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE AS PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU 
EVENTOS FICTÍCIOS; DEDUÇÃO DE NOVAS RELAÇÕES EM FUNÇÃO DE RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAÇÃO DAS 
CONDIÇÕES USADAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES.COMPREENSÃO E ANÁLISE DA LÓGI-
CA DE UMA SITUAÇÃO, UTILIZANDO AS FUNÇÕES INTELECTUAIS; RACIOCÍNIO VERBAL, RACIOCÍNIO MATEMÁTICO, 
RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL, FORMAÇÃO DE CONCEITOS E DISCRIMINAÇÃO DE 
ELEMENTOS
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver problemas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das dife-
rentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte 
consiste nos seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.
- Geometria básica.
- Álgebra básica e sistemas lineares.
- Calendários.
- Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.
RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO 
Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.
ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL 
O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação 
temporal envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários
RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.
Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma 
vaga. Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do 
conhecimento por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirma-
ções, selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)
ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos 
atribuir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.
Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portan-
to, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro 
do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1 
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será consi-
derada uma frase, proposição ou sentença lógica.
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO
2
Proposições simples e compostas
• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. 
As proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposi-
ções simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras propo-
sicionais.
ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Proposições Compostas – Conectivos
As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que 
podemos vê na tabela a seguir:
OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE
Negação ~ Não p
Conjunção ^ p e q
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO
3
Bicondicional ↔ p se e somente se q
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Exemplo: 
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)
A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F 
correspondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a
( ) Certo 
( ) Errado
Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
R Q P [ P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
HISTÓRIA DO ACRE
1
O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DAS TERRAS ACREANAS, 
A OCUPAÇÃO INDÍGENA, A IMIGRAÇÃO NORDESTINA 
E A PRODUÇÃO DA BORRACHA, A INSURREIÇÃO ACRE-
ANA E ANEXAÇÃO DO ACRE AO BRASIL. A CHEGADA 
DOS “PAULISTAS” NAS TERRAS ACREANAS A PARTIR 
DOS ANOS 70 DO SÉCULO PASSADO: ÊXODO RURAL, 
CONFLITOS PELA TERRA E INVASÕES DO ESPAÇO UR-
BANO
O Estado do Acre desempenhou um papel relevante na história 
da região Amazônica durante a expansão da economia da borra-
cha no fim do século XIX pelo potencial de riqueza natural dos rios 
acreanos e pela qualidade e produtividade dos seringais existentes 
em seu território. O Acre foi cenário do surgimento de organizações 
sociais e políticas inovadoras nas últimas décadas do século XX ba-
seadas na defesa do valor econômico dos recursos naturais. E hoje, 
tendo optado por um modelo de desenvolvimento que busca con-
ciliar o uso econômico das riquezas da floresta com a modernização 
de atividades que impactam o meio ambiente, reassume importân-
cia estratégica no futuro da Amazônia. O Acre vem mostrando que é 
possível crescer com inclusão social e proteção do meio ambiente.
O povoamento humano do Acre teve início, provavelmente, en-
tre 20 mil e 10 mil anos atrás, quando grupos provenientes da Ásia 
chegaram à América do Sul após uma longa migração e ocuparam 
as terras baixas da Amazônia. Registros arqueológicos só recente-
mente estudados vem permitindo o conhecimento das origens des-
sas culturas imemoriais. Mas foi do conflito entre grupos indígenas 
e migrantes nordestinos que se originou a sociedade acreana tal 
como a conhecemos na atualidade.
Em meados do século XIX, quando a região amazônica come-
çou a ser conquistada e inserida no mercado, a ocupação dos altos 
rios Purus e Juruá pelos povos nativos apresentava uma divisão ter-
ritorial entre dois grupos linguísticos com significativas diferenças: 
no Purus havia o predomínio de grupos Aruan e Aruak, do mesmo 
tronco linguístico, no vale do Juruá havia o predomínio de grupos 
Pano. Cinco grupos nativos diferentes ocupavam os espaços da 
Amazônia Sul Ocidental.
A ocupação do território habitado por indígenas e que hoje for-
ma o Estado do Acre teve início com o primeiro ciclo econômico da 
borracha, por volta da segunda metade da década de 1800. Esse 
ciclo, que marcou os Estados da Amazônia, em geral, está associa-
do com a demanda industrial internacional da Europa e dos EUA, a 
partir de fins do século XIX. Para suprir à procura pela borracha, foi 
organizado um sistema de circulação de produtos e mercadorias co-
nectando seringueiros e seringalistas que comandavam a produção 
na Amazônia a comerciantes do Amazonas e Pará e grupos finan-
ceiros da Europa, lançando os fundamentos da empresa extrativa 
da borracha.
A ocupação do Estado do Acre, diferentemente de outros Es-
tados da Amazônia, apresenta algumas particularidades que mere-
cem destaque, por suas consequências sociais, culturaise políticas. 
Grande parte dessas particularidades está associada com questões 
fundiárias históricas e as lutas que essas desencadearam, desde 
1867, quando o governo do Império do Brasil assina o Tratado de 
Ayacucho, reconhecendo ser da Bolívia o antigo espaço que hoje 
pertence ao Estado do Acre.
A partir de 1878, a empresa seringalista alcançou a boca do 
rio Acre controlando a exploração em todo o médio Purus e, em 
1880, ultrapassou a Linha Cunha Gomes, limite final das fronteiras 
legais brasileiras, expandindo-se para território boliviano. Intensa 
seca ocorrida na região nordestina, em 1877, disponibilizou a mão 
de obra necessária para o empreendimento extrativista, população 
que não estava conseguindo a sobrevivência em fazendas e peque-
nas propriedades agrícolas do Nordeste. Na sequência, em 1882, 
os migrantes que vieram do Nordeste brasileiro, fugindo das secas, 
fundaram o seringal Empresa, que mais tarde veio a ser a capital do 
Acre, Rio Branco.
Nessa época, o governo da Bolívia pretendia passar o controle 
do território do Acre para o Anglo- Bolivian Syndicate de Nova York, 
por meio de um contrato que concedia não só o monopólio sobre a 
produção e exportação da borracha, como também auferia os direi-
tos fiscais, mantendo ainda as tarefas de polícia local. A reação dos 
acreanos se concretizou com a rebelião de Plácido de Castro. Tam-
bém o governo brasileiro iniciou ações diplomáticas, capitaneadas 
pelo Barão de Rio Branco.
Em 1901, Luís Galvez, com o apoio do governador do Estado 
do Amazonas, proclamou o Acre Estado Independente, acirrando os 
conflitos entre bolivianos, seringueiros e seringalistas. As negocia-
ções entre o governo brasileiro e o boliviano chegaram a um acor-
do em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, por meio 
do qual o Brasil incorporou ao território nacional uma extensão de 
terra de quase 200 mil km², que foi entregue a 60 mil seringueiros 
e suas famílias para que lá pudessem exercer as funções extrativas 
da borracha. 
Historicamente, a migração dos nordestinos ampliou as fron-
teiras do país na Região Norte e contribuiu para a geração de rique-
zas oriundas do crescente volume e valor das exportações brasilei-
ras de borracha no período. A crise de preços desse produto, nos 
primeiros anos do século XX, acabou dando origem a um modelo 
de ocupação baseado em atividades de subsistência e comerciais 
em escala reduzida, dependente diretamente dos recursos naturais 
disponíveis no local. Contudo, a partir de 1912, o Brasil perdeu a 
supremacia da borracha. Esse fato foi ocasionado pelos altos custos 
da extração do produto, que impossibilitavam a competição com as 
plantações do Oriente; inexistência de pesquisas agronômicas
em larga escala devidamente amparadas pelo setor público; fal-
ta de visão empresarial dos brasileiros ligados ao comércio da goma 
elástica; carência de uma mão de obra barata da região, elemento 
essencial ao sistema produtivo; insuficiência de capital financeiro 
aliada à distância e às condições naturais adversas da região. Os 
seringueiros que trabalhavam na extração do látex se mantiveram 
em alguns seringais, sobrevivendo por meio da exploração da ma-
deira, pecuária, comércio de peles e atividades ligadas à coleta e 
produção de alimentos.
Por mais de cem anos essa sociedade teve como base a explo-
ração da borracha, castanha, pesca, madeira, agricultura e pecuária 
em pequena escala. Se, por um lado, essa tradição contribuiu para 
a manutenção quase inalterada dos recursos naturais, gerou graves 
desigualdades sociais pela ausência de políticas de infraestrutura 
social e produtiva para a maioria da população.
Impacto sobre as sociedades indígenas
Como parte do mesmo processo desencadeado pela demanda 
da borracha, caucheiros peruanos vindos do Sudoeste cortavam a 
região das cabeceiras do Juruá e do Purus, enquanto os primeiros 
seringalistas bolivianos começavam a se expandir pelo vale de Ma-
dre de Díos e ocupar as terras acreanas
pelo sul. Frente a essas investidas, os povos nativos da região 
viram-se cercados por brasileiros, peruanos e bolivianos sem ter 
para onde fugir ou como resistir à enorme pressão que vinha do 
capital internacional, que dependia da borracha amazônica. Para 
os índios inaugurou-se um novo tempo: de senhores das terras da 
Amazônia Sul-ocidental passaram a ser vistos como entrave à explo-
ração da borracha e do caucho na região. 
Desde o estabelecimento da empresa extrativista da borracha 
até a década de 1980, os índios do Acre passaram por uma longa 
fase de degradação de sua cultura tradicional, que inclui expropria-
HISTÓRIA DO ACRE
2
ção da mão de obra, descaracterização da cultura e desestruturação 
da organização social. O encontro entre culturas indígenas e não-
-indígenas foi marcado pelo confronto, que se expressou de forma 
cruel e excludente. Entre os anos de 1880 e 1910, o intenso ritmo 
da exploração da borracha resultou no extermínio de inúmeros gru-
pos indígenas. Além disso, o estabelecimento da empresa extrati-
vista da borracha alterou a forma de organização social dos índios. 
Alguns pequenos grupos ainda conseguiram se refugiar nas cabe-
ceiras mais isoladas dos rios, mas a grande maioria foi pressionada 
a se modificar para não desaparecer.
A escassez da mão de obra levou ao emprego crescente das 
comunidades indígenas remanescentes nos seringais. Os comer-
ciantes sírio-libaneses substituíram as casas aviadoras de Belém e 
Manaus na função de abastecer os barracões e manter ativos os se-
ringais, e a população foi se estabelecendo na beira dos rios, dando 
origem a um segmento social tradicional do Estado, os ribeirinhos.
Ribeirinhos
No curso dos anos de exploração da borracha e mesmo entre 
as crises, às margens dos rios do Acre estabeleceram-se os ribeiri-
nhos, que constituíram comunidades organizadas a partir de unida-
des produtivas familiares que utilizam os rios como principal meio 
de transporte, de produção e de relações sociais.
O ribeirinho, em sua maioria, é oriundo do Nordeste ou des-
cende de pessoas daquela região. Destacamos que, com as agudas 
crises da borracha, muitos desses homens e suas famílias se fixaram 
nas margens dos rios, constituindo um tipo de população tradicio-
nal com estilo próprio na qual o rio tornou-se um dos elementos 
centrais de sua identidade.
Os produtores ribeirinhos desenvolvem uma economia de sub-
sistência bastante diversificada, ao mesmo tempo adaptada e con-
dicionada pelo meio ambiente, sem agredi-lo com práticas como 
queima e desmatamento da floresta. Por isso, sempre estiveram 
junto com os seringueiros na organização e defesa dos direitos de 
ocupação das áreas onde viviam.
Autonomia acreana
Apesar de o Tratado de Petrópolis ter reconhecido o território 
acreano como brasileiro, a incorporação ocorreu na forma de terri-
tório e não como um Estado independente. Isso desagradou o povo 
acreano, em razão de sua dependência do poder executivo fede-
ral, pois significava que o Acre não tinha direito a uma Constituição 
própria, não podia arrecadar impostos, dependia dos repasses or-
çamentários do governo federal e sua população não poderia votar 
nas funções executivas ou legislativas.
Além disso, os administradores nomeados pelo governo fede-
ral não tinham nenhum compromisso com a sociedade acreana, 
situação agravada pela distância e isolamento das cidades e inefi-
ciência dos serviços públicos.
A autonomia política do Acre tornava-se, então, a nova ban-
deira de luta. Começaram a ser fundados clubes políticos e organi-
zações de proprietários e/ou de trabalhadores em diversas cidades 
como Xapuri, Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Em poucos anos a si-
tuação social acreana se agravaria em muito devido à redução no 
preço da borracha, que passou a ser produzida no sudeste asiático. 
A radicalização dos conflitos logo produziria efeitos mais graves: o 
assassinato de Plácido de Castro, em 1908, um dos líderes da opo-
sição ao governo federal, e em 1910, registrou-se a primeira revoltaautonomista em Cruzeiro do Sul, sendo seguida por Sena Madu-
reira, em 1912, e em Rio Branco, em 1918, todas sufocadas à força 
pelo governo brasileiro.
A sociedade acreana viveu então um dos períodos mais difíceis 
da sua história. Os anos 20 foram marcados pela decadência econô-
mica provocada pela queda dos preços internacionais da borracha. 
Os seringais faliram. Toda a riqueza acumulada havia sido drenada, 
ficando o Acre isolado. A população local buscou novas formas de 
organização social e de encontrar novos produtos que pudessem 
substituir a borracha no comércio internacional. Os seringais se 
transformaram em unidades produtivas mais diversificadas. Tive-
ram início a prática de agricultura de subsistência que diminuía a 
dependência de produtos importados, a intensificação da colheita 
e exportação da castanha e o crescimento do comércio de madeira 
e de peles de animais silvestres da fauna amazônica. Começavam 
assim, impulsionadas pela necessidade, as primeiras experiências 
de manejo dos recursos florestais acreanos. A situação de tutela 
política sobre a sociedade acreana, entretanto, mantinha-se inal-
terada. Nem mesmo o novo período de prosperidade da borracha, 
provocado pela Segunda Guerra Mundial, foi capaz de modificar 
esse quadro. Durante três anos (1942-1945), a “Batalha da Borra-
cha” trouxe mais famílias nordestinas para o Acre, repovoando e 
enriquecendo novamente os seringais. Essa melhoria do contexto 
econômico fez com que os anseios autonomistas ganhassem nova 
força e, em 1962, depois de uma longa batalha legislativa, o Acre 
ganhou o status de Estado e o povo passou a exercer plenamente 
sua cidadania.
Sulistas no Acre
Os anos 70 e 80 desenharam outro contexto para o Acre com 
a vinda dos chamados “paulistas”. Essa identidade foi atribuída de 
forma genérica a grandes empresários sulistas e migrantes rurais 
que vieram para o Acre com objetivo de especular com a compra 
de grandes seringais. É importante salientar que, apesar de núme-
ro razoável de pessoas oriundas das regiões Sul e Sudeste para os 
Projetos de Colonização, houve um grande número de pessoas re-
sidentes em áreas de florestas ou rurais dirigidas para os Projetos 
de Assentamento. Nesse sentido, os assentamentos serviam para 
atenuar pressões do Sul e Sudeste, mas principalmente das existen-
tes no Acre, pela qual muitas pessoas foram mortas e expulsas de 
suas terras.
Embora dados do Incra indiquem a atual existência de concen-
tração de áreas nas mãos de grandes proprietários, mesmo dentro 
dos projetos de colonização, esse fato não ocorria na época da cria-
ção deles. Naquela oportunidade, esses espaços foram loteados e 
ocupados por famílias pobres e sem-terra, basicamente seringuei-
ros e posseiros. 
Pressões vindas de vários segmentos sociais contribuíram para 
a criação dos projetos de colonização do Acre, entre os quais se des-
tacaram os ex-seringueiros e posseiros expulsos dos seringais por 
ocasião do processo de transferência das terras acreanas para os 
fazendeiros do Centro-Sul.
Em meados de 70 do século XX, as tensões entre pecuaristas 
e latifundiários de um lado e seringueiros do outro fomentaram a 
expropriação destes dos seringais, dando origem a um contingente 
de desempregados nos bairros e no entorno das cidades acreanas. 
Parcela significativa de famílias migrou para os seringais da Bolívia, 
ali constituindo família e criando novas identidades. Esse novo ator 
social foi designado por um grupo de estudiosos como “brasivia-
nos”. Contexto diferente ocorreu nos anos 80, quando os seringuei-
ros passaram a se organizar politicamente devido as fortes tensões 
e pela expropriação de suas terras e da proibição do uso dos recur-
sos naturais.
Ao custo de muitos conflitos e mortes, a sociedade acreana 
conseguiu redirecionar o modelo econômico implantado pelos mi-
litares na década de 60. O assassinato de líderes representativos 
como Wilson Pinheiro e Chico Mendes, entre outros, evidenciou a 
força da reação da sociedade local aos agentes externos e produziu 
o recuo daqueles investidores que apenas buscavam exploração de 
curto prazo dos recursos naturais e da força de trabalho. 
GEOGRAFIA DO ACRE
1
ASPECTOS GEOGRÁFICOS E ECOLÓGICOS DA AMAZÔNIA E DO ACRE. FORMAÇÃO ECONÔMICA DO ACRE. PROCESSO 
DE ANEXAÇÃO DO ACRE AO BRASIL: TRATADOS E LIMITES. MUNICÍPIOS E POPULAÇÕES DO ACRE: POPULAÇÃO E 
LOCALIZAÇÃO. NOVA CONFIGURAÇÃO DO MAPA. MICRORREGIÕES. ATUAIS MUNICÍPIOS. RELEVO, VEGETAÇÃO, CLI-
MA, SOLO, HIDROGRAFIA, FLUXO MIGRATÓRIO, EXTRATIVISMO E ZONEAMENTO ECOLÓGICO DO ACRE. A PAISAGEM 
LOCAL E SUA RELAÇÃO COM OUTRAS PAISAGENS (SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS, PERMANÊNCIAS E TRANSFORMA-
ÇÕES). LINGUAGEM CARTOGRÁFICA: LEITURA DE MAPAS. MODOS DE VIDA NO CAMPO E NA CIDADE. PAPEL DA TEC-
NOLOGIA NA CONFIGURAÇÃO DE PAISAGENS URBANAS E RURAIS E NA ESTRUTURAÇÃO DA VIDA EM SOCIEDADE. 
APROPRIAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA NATUREZA. PRESERVAÇÃO E CUIDADOS COM O MEIO: COMO O HOMEM 
USA A NATUREZA E CONSTRÓI O SEU ESPAÇO; O PROCESSO INDUSTRIAL E SUAS RELAÇÕES NO MUNICÍPIO, NO ES-
TADO E NO PAÍS
Fonte: IBGE
O Estado do Acre, antes território pertencente à Bolívia, foi incorporado ao Brasil em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis. 
Está situado no extremo sudoeste da Amazônia brasileira, entre as latitudes de 07°07S e 11°08S, e as longitudes de 66°30 W e 74°WGr 
(Figura 1 e 2). Sua superfície territorial é de 164.221,36 Km2 (16.422.136 ha) correspondente a 4% da área amazônica brasileira e a 1,9% 
do território nacional (IBGE, ITERACRE,2006). Sua extensão territorial é de 445 Km no sentido norte-sul e 809 Km entre seus extremos leste 
oeste. O Estado faz fronteiras internacionais com o Peru e a Bolívia e, nacionais com os Estados do Amazonas e de Rondônia.
Acre: limites e localização na Bacia hidrográfica do Amazonas
Com vistas a uma melhor gestão, o Estado do Acre divide-se, politicamente, em regionais de desenvolvimento: Alto Acre, Baixo Acre, 
Purus, Tarauacá/Envira e Juruá, que correspondem às microrregiões estabelecidas pelo IBGE e seguem a distribuição das bacias hidrográ-
ficas dos principais rios acreanos.
Outro aspecto a considerar é o das fronteiras internas nos limites com outros Estados federativos. Uma nova configuração cartográfica 
na divisa entre o Estado do Acre e o Estado do Amazonas foi delineada com base nas coordenadas constantes do cumprimento do Acórdão 
lavrado pelo Supremo Tribunal Federal, através da Ação Cível Originária nº 415-2, Distrito Federal, de 4 de dezembro de 1996. A divisa é 
considerada uma Linha Geodésica, limite legal que separa os Estados do Acre, Amazonas e Rondônia denominada anteriormente de Beni-
-Javari, ou Javari-Beni, cuja origem data do Tratado de Petrópolis (1903). É uma grande geodésica que aparece nos mapas como uma reta 
extensa, que vai da cabeceira do rio Javari à confluência do rio Beni com o Mamoré.
GEOGRAFIA DO ACRE
2
A divisa entre o Estado do Acre e Rondônia é definida pelo trecho da Linha Geodésia Beni-Javari, entre a intersecção com o curso do 
rio Abunã, limite internacional Brasil-Bolívia, e o cruzamento do divisor das sub-bacias dos rios Ituxi e Abunã com a citada geodésia. Com 
o Estado do Amazonas é demarcada pela Linha Cunha Gomes, desde que foi definida por Plácido de Castro. Essa delimitação sempre foi 
considerada provisória e, em decorrência dessa imprecisão, as populações da faixa limítrofe até pouco tempo não sabiam oficialmente se 
pertenciam ao Estado do Acre ou do Amazonas, tanto que esses limites ao longo dos anos já sofreram várias modificações.
Principais cidades
Além da capital, Rio Branco, outros centros urbanos importantes do Acre são as seguintes cidades:
- Cruzeiro do Sul
- Sena Madureira
- Tarauacá
- Senador Guiomard
Os 22 municípios do Acre são: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul,Epitaciolândia, Feijó, Jordão , Mâncio 
Lima , Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro,Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do 
Purus,Sena Madureira, Senador Guiomard, Tarauacá e Xapuri.
Relevo
O relevo é composto, predominantemente, por rochas sedimentares, que formam uma plataforma regular que desce suavemente em 
cotas da ordem de 300m nas fronteiras internacionais para pouco mais de 110m nos limites com o Estado do Amazonas. No extremo oci-
dental situa-se o ponto culminante do Estado, onde a estrutura do relevo se modifica com a presença da Serra do Divisor, uma ramificação 
da Serra Peruana de Contamana, apresentando uma altitude máxima de 734m.
Clima
Possui um clima tipo Equatorial Quente Úmido. Como está no Hemisfério Sul da terra, na zona tropical sul (ao sul da linha do Equador) 
suas estações do ano são poucas definidas. No período do inverno no hemisfério sul pode ocorrer rápidas friagens, quando as temperatu-
ras caem, sob a influência da Massa de Ar Polar Atlântica na região. Na realidade, graças a esta localização física no Planeta, o mais correto 
seria entendermos que estamos numa zona climática da terra caracterizada por climas quentes, sendo que sua variação anual é baseada, 
especialmente, no índice de pluviosidade, isto é: um período “chuvoso” (o “inverno amazônico” – que caracteriza a fase das estações que 
vai do final da primavera – o verão, ao início do outono no Hemisfério Sul) e, o período “estiagem” (o “verão amazônico” – que caracteriza 
o final do outono – inverno, ao início da primavera).
A temperatura é variável entre 24,5ºC e 32ºC e a umidade relativa do ar fica entre 80 e 90% e o estado possui duas estações bem de-
finidas, uma com altos índices de precipitação, ou seja, chuvosa, e outra caracterizada por longos períodos de estiagem, a seca. A primeira 
vai de novembro e abril e a segunda de maio até outubro.
Os índices pluviométricos vão de 1.600 a 2.750 mm ao ano.
Vegetação
A cobertura vegetal do Acre é composta principalmente por três tipos de regiões fitoecológicas, sendo elas, Domínio da Floresta Om-
brófila Aberta, Domínio da Floresta Ombrófila Densa e Campinarana.
Alguns exemplos da flora típica do estado são a Seringueira, Castanheira, Vitória-régia, Açaizeiro, Copaíba, Palmeiras, Andiroba, Ange-
lim Pedra, Sibipiruna, Jatobá e Mogno.
230
ECA - Estatuto da Crianca e do Adolescente
Lei nº 8.069, de 13 de 1990
15
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei:
Livro I 
Parte Geral
Título I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao 
adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze 
e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se 
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte 
e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por 
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes 
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, 
em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a 
todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, 
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, 
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, 
condição econômica, ambiente social, região e local de moradia 
LEI Nº 8.069, 
DE 13 de JULHO de 1990.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá 
outras providências.
16
ECA - Estatuto da Crianca e do Adolescente
ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a 
comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e 
do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação 
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, 
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer 
circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância 
pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais 
públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas 
com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou 
omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais 
a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e 
deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e 
do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Título II 
Dos Direitos Fundamentais
Capítulo I 
Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e 
à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que 
25
RESOLUÇÃO N° 001 DE 05 DE JULHO DE 1993
(DOU Seção 1, de 07.07.93)
Aprova o Regimento Interno do CONANDA.
RESOLUÇÃO N° 002 DE 05 DE JULHO DE 1993
(DOU Seção 1, de 07.07.93)
Aprova a representação oficial do CONANDA.
RESOLUÇÃO N° 003 DE 05 DE JULHO DE 1993
(DOU Seção 1, de 07.07.93)
Aprova a regulamentação e funcionamento das Comissões
Temáticas.
RESOLUÇÃO N° 004 DE 11 DE AGOSTO DE 1993
O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – CONANDA, reunido na Sexta
Assembléia Ordinária, realizada em Brasília, nos dias 10 e 11 de agosto da
1993, considerando o que dispõe o art. 6 da Lei n° 8.242 de 12 de outubro
de 1991 e ainda o art. 2° inciso III do seu Regimento Interno, resolve:
I –I –I –I –I – Aprovar minuta de Anteprojeto de Lei que altera legislação
do Imposto de Renda no que se refere ao tratamento a ser dado às doações
feitas em favor dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente.
RESOLRESOLRESOLRESOLRESOLUÇÕESUÇÕESUÇÕESUÇÕESUÇÕES
26
II –II –II –II –II – Aprovar minuta de Decreto sobre regulamentação do art.
260 da Lei n° 8.069 de 13 de Julho de 1990, sobre a redação dada pela
Lei n° 8.242 de 12 de setembro de 1991 no art. 38 da Lei n 8.383 de 30
de setembro de 1991 e no Anteprojeto de Lei acima.
IIIIIII –II –II –II –II – Delegar à Comissão Temática de Finanças Públicas deste
Colegiado à incumbência de tratar da matéria com o Ministério da Fazenda.
IV –IV –IV –IV –IV – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
MAURÍCIO CORRÊAMAURÍCIO CORRÊAMAURÍCIO CORRÊAMAURÍCIO CORRÊAMAURÍCIO CORRÊA
Ministro de Estado da Justiça e
Presidente do CONANDA
• • •
RESOLUÇÃO N° 005 DE 14 DE SETEMBRO DE 1993
Aprova Moção ao CBIA referente a não interrupção das atividades
dos CRIAM, no Estado do Rio de Janeiro.
RESOLUÇÃO N° 006 DE 14 DE SETEMBRO DE 1993
O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – CONANDA, reunido no
dia 14 de setembro de 1993, em Assembléia Ordinária, face às discussões
sobre a redução do limite etário para inimputabilidade penal, por
unanimidade, resolve:
I –I –I –I –I – Aprovar e enviar ao CONGRESSO NACIONAL a seguinte moção:
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
SINASE
13Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE
E
Apresentação
m comemoração aos 16 anos da publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a Se­
cretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Nacional 
dos Direitos da Criança e do Adolescente apresentam o Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo – SINASE, fruto de uma construção coletiva que envolveu nos últimos anos diversas 
áreas de governo, representantes de entidades e especialistas na área, além de uma série de debates 
protagonizadospor operadores do Sistema de Garantia de Direitos em encontros regionais que co­
briram todo o País. 
O processo democrático e estratégico de construção do SINASE concentrou­se especialmente 
num tema que tem mobilizado a opinião pública, a mídia e diversos segmentos da sociedade brasileira: 
o que deve ser feito no enfrentamento de situações de violência que envolvem adolescentes enquanto 
autores de ato infracional ou vítimas de violação de direitos no cumprimento de medidas socioedu­
cativas. Por sua natureza reconhecidamente complexa e desafiadora, além da tamanha polêmica que 
o envolve, nada melhor do que um exame cuidadoso das alternativas necessárias para a abordagem de 
tal tema sob distintas perspectivas, tal como feito de forma tão competente na formulação da proposta 
que ora se apresenta.
Por outro lado, a necessidade de intensa articulação dos distintos níveis de governo e da co­
 responsabilidade da família, da sociedade e do Estado demanda a construção de um amplo pacto 
social em torno dessa coisa pública denominada SINASE. 
A Constituição Federal de 1988, certamente, é a que mais se aproxima da definição clássica de 
República – res publica: coisa pública, o que é pertencente à comunidade. Essa compreensão respalda­
se em diversos dispositivos da nossa Magna Carta que preceituam a soberania popular pelo voto e a 
participação da população na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. 
Como se pode facilmente inferir, o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído menos 
de 02 anos após o advento da nossa vigente Lei Maior, foi impregnado por esta opção constitucio­
nal: vide, por exemplo, o processo de composição paritária dos Conselhos de Direitos, assim como a 
eleição para representação da sociedade nestes Conselhos, que são espaços de natureza deliberativa, 
e também quanto àqueles que têm a nobre, difícil e estratégica missão de fiscalizar a aplicação da 
doutrina da Proteção Integral: os Conselhos Tutelares. 
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ­ Conanda, responsável por 
deliberar sobre a política de atenção à infância e à adolescência, pautado sempre no princípio da 
democracia participativa, tem buscado cumprir seu papel normatizador e articulador, ampliando os 
debates e sua agenda para envolver efetiva e diretamente os demais atores do Sistema de Garantia 
dos Direitos.
Tendo como premissa básica a necessidade de se constituir parâmetros mais objetivos e pro­
cedimentos mais justos que evitem ou limitem a discricionariedade, o SINASE reafirma a diretriz do 
Estatuto sobre a natureza pedagógica da medida socioeducativa. Para tanto, este sistema tem como 
SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO 
SOCIOEDUCATIVO
SINASE
Perguntas & Respostas
1 - Aspectos gerais quanto à implementação do SINASE:
— O que é o SINASE?
R: SINASE é a sigla utilizada para designar o Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo, destinado a regulamentar a forma como o Poder Público, por seus 
mais diversos órgãos e agentes, deverá prestar o atendimento especializado ao qual 
adolescentes autores de ato infracional têm direito. O SINASE foi originalmente 
instituído pela Resolução nº 119/2006, do Conselho Nacional dos Direitos da 
Criança e do Adolescente - CONANDA, e foi recentemente aprovado pela Lei nº 
12.594, de 18 de janeiro de 2012, que trouxe uma série de inovações no que diz 
respeito à aplicação e execução de medidas socioeducativas a adolescentes autores 
de ato infracional, dispondo desde a parte conceitual até o financiamento do Sistema 
Socioeducativo, definindo papeis e responsabilidades, bem como procurando corrigir 
algumas distorções verificadas quando do atendimento dessa importante e complexa 
demanda. Com o advento da Lei nº 12.594/2012, passa a ser obrigatória a 
elaboração e implementação, nas 03 (três) esferas de governo, dos chamados 
“Planos de Atendimento Socioeducativo” (de abrangência decenal), com a oferta de 
programas destinados à execução das medidas socioeducativas em meio aberto 
(cuja responsabilidade ficou a cargo dos municípios) e privativas de liberdade (sob a 
responsabilidade dos estados), além da previsão de intervenções específicas junto 
às famílias dos adolescentes socioeducandos. O objetivo do SINASE, enfim, é a 
efetiva implementação de uma política pública especificamente destinada ao 
atendimento de adolescentes autores de ato infracional e suas respectivas famílias, 
de cunho eminentemente intersetorial, que ofereça alternativas de abordagem e 
atendimento junto aos mais diversos órgãos e “equipamentos” públicos (com a 
possibilidade de atuação, em caráter suplementar, de entidades não 
governamentais), acabando de uma vez por todas com o “isolamento” do Poder 
Judiciário quando do atendimento desta demanda, assim como com a “aplicação de 
medidas” apenas “no papel”, sem o devido respaldo em programas e serviços 
capazes de apurar as causas da conduta infracional e proporcionar - de maneira 
concreta - seu tratamento e efetiva solução, como seria de rigor. O SINASE, enfim, 
deixa claro que a aplicação e execução das medidas socioeducativas a 
adolescentes autores de ato infracional, por ser norteada, antes e acima de tudo, 
pelo “princípio da proteção integral à criança e ao adolescente”, deve observar uma 
“lógica” completamente diversa da que orienta a aplicação e execução de penas a 
imputáveis (sem prejuízo, logicamente, do “garantismo” que, tanto na forma da lei 
1
quanto da Constituição Federal é assegurado indistintamente em qualquer dos 
casos), e que a verdadeira solução para o problema da violência infanto-juvenil, 
tanto no plano individual quanto coletivo, demanda o engajamento dos mais diversos 
órgãos, serviços e setores da Administração Pública, que não mais podem se omitir 
em assumir suas responsabilidades para com esta importante demanda.
— Como elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo?
Deve esta tarefa ficar a cargo do CREAS do município?
R: A elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo é uma tarefa 
complexa, que por força do disposto na própria Lei nº 12.594/2012, relativa ao 
SINASE, demanda uma abordagem eminentemente interdisciplinar, considerando, 
inclusive, a necessidade de execução das ações a ele correspondentes de forma 
intersetorial (inteligência do art. 8º, da citada norma). Uma das principais vantagens 
da "Lei do SINASE" em relação à Lei que instituiu o SUAS (Lei nº 12.435/2011), 
aliás, foi justamente o fato de aquela dar ênfase à necessidade da 
interdisciplinaridade no planejamento de ações e nas abordagens, que logicamente 
não podem se resumir ao "atendimento" (meramente "formal") do adolescente pelo 
CREAS (como de forma absolutamente equivocada até então alguns, com base na 
leitura isolada nas normas relativas ao SUAS chegaram a concluir). Na verdade, a 
análise da matéria (e a própria construção do Plano Municipal de Atendimento 
Socioeducativo) não pode se resumir à leitura de um único texto legal (seja a Lei do 
SINASE, seja a LOAS, seja o ECA), mas sim é preciso fazer o que se chama de 
"interpretação integrativa" das diversas normas (legais, infralegais e constitucionais) 
que a ela se aplicam. Quando se fala em "Plano Municipal de Atendimento 
Socioeducativo", estamos falando do planejamento de uma política pública 
eminentemente intersetorial que, como tal, logicamente não pode ficar a cargo 
apenas de um setor da administração (ou pior, de um único “equipamento” - com é o 
caso do CREAS - ou de uma única pessoa), seja ele qual for. Importante não perder 
de vista que a elaboração do Plano de Atendimento Socioeducativo depende de 
dados confiáveis acerca da demanda de atendimento (atual, “histórica” e “projetada” 
- afinal, trata-se de um “pano decenal”), e estes deverão ser colhidos junto às mais 
diversasfontes (Polícias Civil e Militar, Ministério Público, Poder Judiciário, Conselho 
Tutelar etc.). O “Plano Municipal” deve prever abordagens múltiplas junto aos 
adolescentes e suas famílias (respeitadas as peculiaridades e “necessidades 
pedagógicas” de cada um), que deverão ser executadas pelos mais diversos setores 
da administração (com ênfase para aqueles responsáveis pela educação, saúde, 
assistência, trabalho/profissionalização, cultura, esporte e lazer), sendo cada qual 
devidamente justificada sob o ponto de vista técnico, a partir de uma análise crítica - 
e também interdisciplinar - das vantagens e desvantagens de cada ação planejada. 
Deve também contemplar a interlocução com órgãos, programas, serviços e 
autoridades com atuação na esfera estadual, pois muitas das abordagens a serem 
efetuadas, como a reintegração ao sistema de ensino (no caso de adolescentes que 
cursam o ensino médio) e a própria preparação para reintegração familiar de 
egressos das unidades de internação, por exemplo, irão demandar intervenções e 
investimentos no âmbito estadual (razão pela qual deve haver “harmonia” entre os 
Planos Municipal e Estadual de Atendimento Socioeducativo). Para que isto ocorra, 
é preciso que o planejamento das ações que irão compor o “Plano Municipal” (que 
vão muito além da simples previsão da implantação de programas correspondentes 
às medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à 
comunidade, como alguém poderia imaginar) seja, de fato, efetuado por 
profissionais de áreas e especialidades diversas, cada qual trazendo para o debate 
2
SIMULADO SINASE 
1. O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo — SINASE, é a política pública que 
organiza e orienta a execução das medidas _______ aplicadas a adolescentes aos quais é 
atribuída a prática _______. 
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas. 
 a) Pedagógicas / do abandono. 
 b) Socioeducativos / de ato infracional. 
 c) Do Estatuto da Criança e do Adolescente / da multidisciplinar. 
 d) Da Segurança Pública / da interdisciplinar. 
 e) Do Núcleo de Apoio / discricionariedade. 
2. De acordo com a Lei n 12.594/2012, institui o Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo: 
1- O adolescente que cumpre medida socioeducativa de internação não terá direito a visita 
íntima. 
2- Os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação têm direito de 
receber visita dos filhos, maiores de três anos de idade. 
3- A direção do programa de atendimento é quem decidirá os dias e horários em que será 
autorizada a visita familiar. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
 a) É correta apenas a afirmativa 1. 
 b) É correta apenas a afirmativa 3. 
 c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. 
 d) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. 
 e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 
SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO 
SOCIOEDUCATIVO
SINASE
Perguntas & Respostas
1 - Aspectos gerais quanto à implementação do SINASE:
— O que é o SINASE?
R: SINASE é a sigla utilizada para designar o Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo, destinado a regulamentar a forma como o Poder Público, por seus 
mais diversos órgãos e agentes, deverá prestar o atendimento especializado ao qual 
adolescentes autores de ato infracional têm direito. O SINASE foi originalmente 
instituído pela Resolução nº 119/2006, do Conselho Nacional dos Direitos da 
Criança e do Adolescente - CONANDA, e foi recentemente aprovado pela Lei nº 
12.594, de 18 de janeiro de 2012, que trouxe uma série de inovações no que diz 
respeito à aplicação e execução de medidas socioeducativas a adolescentes autores 
de ato infracional, dispondo desde a parte conceitual até o financiamento do Sistema 
Socioeducativo, definindo papeis e responsabilidades, bem como procurando corrigir 
algumas distorções verificadas quando do atendimento dessa importante e complexa 
demanda. Com o advento da Lei nº 12.594/2012, passa a ser obrigatória a 
elaboração e implementação, nas 03 (três) esferas de governo, dos chamados 
“Planos de Atendimento Socioeducativo” (de abrangência decenal), com a oferta de 
programas destinados à execução das medidas socioeducativas em meio aberto 
(cuja responsabilidade ficou a cargo dos municípios) e privativas de liberdade (sob a 
responsabilidade dos estados), além da previsão de intervenções específicas junto 
às famílias dos adolescentes socioeducandos. O objetivo do SINASE, enfim, é a 
efetiva implementação de uma política pública especificamente destinada ao 
atendimento de adolescentes autores de ato infracional e suas respectivas famílias, 
de cunho eminentemente intersetorial, que ofereça alternativas de abordagem e 
atendimento junto aos mais diversos órgãos e “equipamentos” públicos (com a 
possibilidade de atuação, em caráter suplementar, de entidades não 
governamentais), acabando de uma vez por todas com o “isolamento” do Poder 
Judiciário quando do atendimento desta demanda, assim como com a “aplicação de 
medidas” apenas “no papel”, sem o devido respaldo em programas e serviços 
capazes de apurar as causas da conduta infracional e proporcionar - de maneira 
concreta - seu tratamento e efetiva solução, como seria de rigor. O SINASE, enfim, 
deixa claro que a aplicação e execução das medidas socioeducativas a 
adolescentes autores de ato infracional, por ser norteada, antes e acima de tudo, 
pelo “princípio da proteção integral à criança e ao adolescente”, deve observar uma 
“lógica” completamente diversa da que orienta a aplicação e execução de penas a 
imputáveis (sem prejuízo, logicamente, do “garantismo” que, tanto na forma da lei 
1
quanto da Constituição Federal é assegurado indistintamente em qualquer dos 
casos), e que a verdadeira solução para o problema da violência infanto-juvenil, 
tanto no plano individual quanto coletivo, demanda o engajamento dos mais diversos 
órgãos, serviços e setores da Administração Pública, que não mais podem se omitir 
em assumir suas responsabilidades para com esta importante demanda.
— Como elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo?
Deve esta tarefa ficar a cargo do CREAS do município?
R: A elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo é uma tarefa 
complexa, que por força do disposto na própria Lei nº 12.594/2012, relativa ao 
SINASE, demanda uma abordagem eminentemente interdisciplinar, considerando, 
inclusive, a necessidade de execução das ações a ele correspondentes de forma 
intersetorial (inteligência do art. 8º, da citada norma). Uma das principais vantagens 
da "Lei do SINASE" em relação à Lei que instituiu o SUAS (Lei nº 12.435/2011), 
aliás, foi justamente o fato de aquela dar ênfase à necessidade da 
interdisciplinaridade no planejamento de ações e nas abordagens, que logicamente 
não podem se resumir ao "atendimento" (meramente "formal") do adolescente pelo 
CREAS (como de forma absolutamente equivocada até então alguns, com base na 
leitura isolada nas normas relativas ao SUAS chegaram a concluir). Na verdade, a 
análise da matéria (e a própria construção do Plano Municipal de Atendimento 
Socioeducativo) não pode se resumir à leitura de um único texto legal (seja a Lei do 
SINASE, seja a LOAS, seja o ECA), mas sim é preciso fazer o que se chama de 
"interpretação integrativa" das diversas normas (legais, infralegais e constitucionais) 
que a ela se aplicam. Quando se fala em "Plano Municipal de Atendimento 
Socioeducativo", estamos falando do planejamento de uma política pública 
eminentemente intersetorial que, como tal, logicamente não pode ficar a cargo 
apenas de um setor da administração (ou pior, de um único “equipamento” - com é o 
caso do CREAS - ou de uma única pessoa), sejaele qual for. Importante não perder 
de vista que a elaboração do Plano de Atendimento Socioeducativo depende de 
dados confiáveis acerca da demanda de atendimento (atual, “histórica” e “projetada” 
- afinal, trata-se de um “pano decenal”), e estes deverão ser colhidos junto às mais 
diversas fontes (Polícias Civil e Militar, Ministério Público, Poder Judiciário, Conselho 
Tutelar etc.). O “Plano Municipal” deve prever abordagens múltiplas junto aos 
adolescentes e suas famílias (respeitadas as peculiaridades e “necessidades 
pedagógicas” de cada um), que deverão ser executadas pelos mais diversos setores 
da administração (com ênfase para aqueles responsáveis pela educação, saúde, 
assistência, trabalho/profissionalização, cultura, esporte e lazer), sendo cada qual 
devidamente justificada sob o ponto de vista técnico, a partir de uma análise crítica - 
e também interdisciplinar - das vantagens e desvantagens de cada ação planejada. 
Deve também contemplar a interlocução com órgãos, programas, serviços e 
autoridades com atuação na esfera estadual, pois muitas das abordagens a serem 
efetuadas, como a reintegração ao sistema de ensino (no caso de adolescentes que 
cursam o ensino médio) e a própria preparação para reintegração familiar de 
egressos das unidades de internação, por exemplo, irão demandar intervenções e 
investimentos no âmbito estadual (razão pela qual deve haver “harmonia” entre os 
Planos Municipal e Estadual de Atendimento Socioeducativo). Para que isto ocorra, 
é preciso que o planejamento das ações que irão compor o “Plano Municipal” (que 
vão muito além da simples previsão da implantação de programas correspondentes 
às medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à 
comunidade, como alguém poderia imaginar) seja, de fato, efetuado por 
profissionais de áreas e especialidades diversas, cada qual trazendo para o debate 
2
SIMULADO SINASE 
1. O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo — SINASE, é a política pública que 
organiza e orienta a execução das medidas _______ aplicadas a adolescentes aos quais é 
atribuída a prática _______. 
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas. 
 a) Pedagógicas / do abandono. 
 b) Socioeducativos / de ato infracional. 
 c) Do Estatuto da Criança e do Adolescente / da multidisciplinar. 
 d) Da Segurança Pública / da interdisciplinar. 
 e) Do Núcleo de Apoio / discricionariedade. 
2. De acordo com a Lei n 12.594/2012, institui o Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo: 
1- O adolescente que cumpre medida socioeducativa de internação não terá direito a visita 
íntima. 
2- Os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação têm direito de 
receber visita dos filhos, maiores de três anos de idade. 
3- A direção do programa de atendimento é quem decidirá os dias e horários em que será 
autorizada a visita familiar. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
 a) É correta apenas a afirmativa 1. 
 b) É correta apenas a afirmativa 3. 
 c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. 
 d) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. 
 e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 
2 de 83
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização do Estado e da Administração Pública
Prof. Vinicius Ribeiro 
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SUMÁRIO
Apresentação .............................................................................................3
1. Evolução da Administração Pública ............................................................7
1.1. Modelos Teóricos ...............................................................................7
1.2. Detalhando o Gerencialismo ................................................................13
2. Gestão Pública x Gestão Privada .............................................................29
3. Organização da Administração Pública .....................................................39
3.1. Órgão ............................................................................................48
3.2. Outros Aspectos da Organização ........................................................51
4. Resumo da Aula....................................................................................62
Bibliografia ..............................................................................................65
Questões de Concurso ...............................................................................66
GABARITO ...............................................................................................82
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES 
DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Introdução ao Direito Administrativo
Livro Eletrônico
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Gustavo Scatolino
Introdução ao Direito Administrativo
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Apresentação .................................................................................................................3
Introdução ao Direito Administrativo ..............................................................................6
1. Introdução ..................................................................................................................6
2. Objeto de Estudo do Direito Administrativo – Critérios de Definição do Direito 
Administrativo ................................................................................................................9
3. Fontes do Direito Administrativo .............................................................................. 10
3.1. Lei ........................................................................................................................... 11
3.2. Doutrina ................................................................................................................. 11
3.3. Jurisprudência ....................................................................................................... 12
3.4. Costumes .............................................................................................................. 15
4. Sistemas Administrativos ......................................................................................... 16
4.1. Sistema do Contencioso Administrativo/Sistema Francês ...................................... 16
4.2. Sistema Judiciário/Sistema Inglês/Sistema de Controle Judicial/Jurisdição Única ...17
5. Estado, Governo e Administração Pública ................................................................ 19
5.1. Formas de Estado ................................................................................................. 20
5.2. Poderes do Estado ................................................................................................25
5.3. Governo ................................................................................................................32
5.4. Formas de Governo ...............................................................................................33
5.5. Administração Pública ...........................................................................................34
6. Sentidos da Palavra Administração Pública ..............................................................35
Resumo ........................................................................................................................43
Mapa Mental .................................................................................................................44
Questões de Concurso ..................................................................................................45
Gabarito .......................................................................................................................49

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