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__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA AO 3º CENTRO JUDICIAL DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS E CIDADANIA CEJUSC DE SÃO LUÍS DO ESTADO DO MARANHÃO MARCOS VINICIUS BASTOS PEREIRA , brasileiro, solteiro, universitário , inscrito no RG sob o número 025596252003-0 e CPF n° 06985595332, residente e domiciliado na AV 4 casa 16 Quadra 11 Chácara Itapiracó, , CEP 65054876, São Luís/Ma, vem por meio do quadro de advogados do Escritório Escola de Direito do UNICEUMA - Prof. Antenor Mourão Bogéa, conforme instrumento procuratório assinado, a presença de Vossa Excelência, com escritório profissional localizado na Rua Josué Montello, n°1, Renascença II, São Luís MA, onde recebe as comunicações judiciais pertinentes, vem, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de Rodrigo Santos Santos , brasileiro, inscrito no RG sob o número 044715982012-9 e CPF n° 61072102374, residente e domiciliado na Rua 1 n°11 bairro MARACANÃ , CEP 65010000, São Luís/MA, pelas razões de fato e de direito, que passará a expor, para ao final, requerer: DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA De acordo com o artigo 98 do Código de Processo Civil, o(a) Requerente pleiteia os benefícios da assistência judiciária gratuita, declarando neste ato, que não possui condições de suportar as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo próprio sustento e de sua família, conforme declarações inclusas. DOS PRAZOS EM DOBRO Em se tratando de ação ajuizada pelo Escritório-Escola do UNICEUMA – RENASCENÇA, requer-se a concessão dos prazos processuais em dobro, com base no dispositivo legal, artigo 186 do Código de Processo Civil, in verbis: ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública. Desta forma o Escritório-Escola da já mencionada Universidade, goza dos direitos de prazos processuais em dobro para todas as suas manifestações. I - DOS FATOS: O requerente alega que comprou uma motocicleta em seu nome da marca HONDA CG TITAN PRETA 2014 no olx no valor de 6.000 (seis mil reias )de um terceiro,onde foi passado no ato da compra que a moto estava quitada e sem debitos. O requerente então querendo passar a moto para o seu nome descobre que a moto possuia uma divida no valor equivalente ou superior a 5.000 (cinco mil reais), foi quando entrou em contato com o proprietario da moto RODRIGO SANTOS SANTOS,que dizia que estava procurando a moto a bastante tempo, com a justificativa que o banco estava o cobrando por parcelas vencidas e que a moto já se encontrava sob busca e apreensão. Em seguida se ofereceu para comprá-la novamente com a intuição de devolvê-la ao banco para fins de cobranças a sua parte, oferecendo ao requerente o valor exato da compra da moto em 6.000 (seis mil reais) de forma parcelada. O requerente, por medo de perder a moto conquistada com tanto esforço, decide aceitar a proposta, proposta essa que foi firmada em contrato autenticado em cartorio, no 6° TABELIONATO DE NOTAS DE SÃO LUIS, o contrato ficou firmado de 4X (parcelas de 3.500 e 3 x 900 até o dia 10 de cada mês) a parte contraria efetuou o primeiro pagamento avista no valor de 3.500(três mil e quinhetos reais) depois disso um segundo valor de 600(seiscentos reais) deixando assim de cumprir o contrato. O autor alega que cobrou o pagamento ao requerido, mas agindo de má- fé, o mesmo o bloqueou e não quis mais o atender. Vale ressaltar que o requerido, ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA no ato do acordo, fez um acordo com o autor e se comprometeu que tiraria um empréstimo no valor de 2.000(dois mil reais) para comprar outra moto, e as mensalidades desse empréstimo seria pago com o valor recebido das prestações acordado entre as partes. Ficando assim o autor com sua renda comprometida para quitar as prestações bancárias devido a não observância dos pagamentos por parte do requerido. O autor é hipossuficiente e não possui meios de arcar com os pagamentos cobrados, e por tanto pretende passar para o Sr. RODRIGO SANTOS SANTOS a obrigação de fazer os pagamentos, visto que o mesmo possui a posse e goza do bem, mas não está arcando com sua obrigação legal de pagamento firmado em contrato . II - DO DIREITO: O contrato exerce uma função e apresenta um conteúdo constante: o de ser o centro da vida dos negócios. É o instrumento prático que realiza o mister de harmonizar interesses não coincidentes. Defluindo da vontade das partes, ele só se aperfeiçoa quando, pela transigência de cada um, alcançam os contratantes um acordo satisfatório a ambos. Uma vez firmado, o contrato liga as partes concordantes, estabelecendo um vínculo obrigacional entre elas. Tal vínculo se impõe aos contratantes, que, em tese, só o podem desatar pela concordância de todos os interessados. E o descumprimento da avença por qualquer da partes, afora os casos permitidos em lei, sujeita o inadimplente à reparação das perdas e danos nos seguintes artigos do Código Civil: “Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.” “Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.” “Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.” O requerente procurou o requerido a fim de entender o porque dos atrasos nos pagamentos do bem móvel, mas este cortou qualquer tipo de contato com o autor, se negando a dar uma satisfação plausível para os atrasos dos pagamentos. Essa atitude do requerido afasta uma possível alegação de sua parte de que possa ter acontecido fato fortuito que o impossibilitou de pagar, haja vista que sua atitude ao bloquear comunicações com o requerente demonstra uma real intenção em agir de má-fé. O Código Civil explica tal situação em seu art.399: Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. Uma das máximas do direito, a famosa pacta sunt servanda, diz respeito a obrigatoriedade do cumprimento do pacto contratual convencionado e efetivado pelas partes presentes na relação obrigacional. Contudo, devemos sempre lembrar que o contrato não terá sua validade completase o mesmo não for pautado pelo principio da boa-fé, este, que se encontra nas obrigações laterais, que podem ser definidos como os pilares de tal relação, tendo como virtude e dever a honestidade, o cuidado, a proteção dentro da relação jurídica, princípios que não foram respeitados pelo requerido. De forma bastante clara e brilhante, versa o doutrinador Sílvio de Salvo Venosa em sua obra “Direito civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos”: “Um contrato válido e eficaz deve ser cumprido pelas partes: pacta sunt servanda. O acordo de vontades faz lei entre as partes, dicção que não pode ser tomada de forma peremptória, aliás, ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA como tudo em Direito. Sempre haverá temperamentos que por vezes conflitam, ainda que aparentemente, com a segurança jurídica.” ( VENOSA, Silvio de Salvo, 2013. pag.393) Sobre a matéria, decisão do Superior Tribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL. BUSCA E APREENSÃO DE BEM OBJETO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. MORA EX RE. NOTIFICAÇÃO. NECESSÁRIA APENAS À COMPROVAÇÃO PARA AJUIZAMENTO DA AÇÃO E DEFERIMENTO DA LIMINAR. DOMICÍLIO. ATUALIZAÇÃO, EM CASO DE MUDANÇA. DEVER DO DEVEDOR. BOA FÉ-OBJETIVA. ENVIO DE NOTIFICAÇÃO PARA O ENDEREÇO CONSTANTE DO CONTRATO. FRUSTRAÇÃO, EM VISTA DA DEVOLUÇÃO DO AVISO DE RECEBIMENTO, COM ANOTAÇÃO DE MUDANÇA DO NOTIFICADO. DOCUMENTO, EMITIDO PELO TABELIÃO, DANDO CONTA DO FATO. CUMPRIMENTO PELO CREDOR DA PROVIDÊNCIA PRÉVIA AO AJUIZAMENTO DA AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO, QUE PODERIA SER-LHE EXIGÍVEL. 1. A boa-fé objetiva tem por escopo resguardar as expectativas legítimas de ambas as partes na relação contratual, por intermédio do cumprimento de um dever genérico de lealdade e crença, aplicando-se a aos os contratantes. Destarte, o ordenamento jurídico prevê deveres de conduta a serem observados por ambas as partes da relação obrigacional, os quais se traduzem na ordem genérica de cooperação, proteção e informação mútuos, tutelando-se a dignidade do devedor e o crédito do titular ativo, sem prejuízo da solidariedade que deve existir entre eles. 2. A moderna doutrina, ao adotar a concepção do vínculo obrigacional como relação dinâmica, revela o reconhecimento de deveres secundários, ou anexos, que incidem de forma direta nas relações obrigacionais, prescindindo da manifestação de vontade dos participantes e impondo ao devedor, até que ocorra a extinção da obrigação do contrato garantido por alienação fiduciária, o dever de manter seu endereço atualizado. 3. Por um lado, embora, em linha de princípio, não se deva descartar que o réu possa, após integrar a demanda, demonstrar ter comunicado ao autor a mudança de endereço, não cabe ao Juízo invocar a questão de ofício. Por outro lado, não há necessidade de que a notificação extrajudicial, remetida ao devedor fiduciante para comprovação da mora, em contrato garantido por alienação fiduciária, seja recebida pessoalmente por ele. 4. A mora decorre do simples vencimento, devendo, por formalidade legal, para o ajuizamento da ação de busca e apreensão, ser apenas comprovada pelo credor mediante envio de notificação, por via postal, com aviso de recebimento, no endereço do devedor indicado no contrato. Tendo o recorrente optado por se valer do Cartório de Títulos e Documentos, deve instruir a ação de busca e apreensão com o documento que lhe é entregue pela serventia, após o cumprimento das formalidades legais. 5. Recurso especial provido. (STJ - REsp: 1592422 RJ 2016/0072046-0, Relator: Ministro LUIS FELIPE ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA SALOMÃO, Data de Julgamento: 17/05/2016, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 22/06/2016) APELAÇÃO CÍVEL. NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR. MORA CONFIGURADA. A prova da mora é imprescindível à busca e apreensão (súmula 72, STJ), e deve dar- se via notificação cartorária, na forma do artigo 2º, § 2 do DL 911/69. Mora configurada no caso concreto, pois o autor esgotou todos os meios de prova a fim de localizar o devedor, para então proceder com a intimação editalícia. APELO PROVIDO, DESCONSTITUÍDA A SENTENÇA. (Apelação Cível Nº 70057252207, Décima Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Roberto Sbravati, Julgado em 21/11/2013) (TJ-RS - AC: 70057252207 RS, Relator: Roberto Sbravati, Data de Julgamento: 21/11/2013, Décima Quarta Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 28/11/2013) III - DOS PEDIDOS: Diante dos fatos e fundamentos jurídicos, acima dispostos, requer a Vossa Excelência a concessão de liminar, em favor da demandante; a) Concessão da assistência judiciária gratuita, nos termos expedidos, bem como a concessão de prazo em dobro para todas as manifestações realizadas pelo Escritório – Escola. b) Diante do exposto, e em respeito à política de incentivo à Conciliação, requer a designaçãode audiência de conciliação nos termos do art. 319, VII, do Código de Processo Civil, para fins de pôr fim à lide, sem necessidade de acionamento da Justiça. ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Termos em que, Pede e aguarda deferimento. São Luís -MA, 21 de setembro de 2021 Jeanne Brito Balby Cordeiro Advogado OAB/MA nº6.409 ESTAGIÁRIOS Valdimir Fernandes da Silva Neto – R.A: 015754 Marcos Vinicius Bastos Pereira – R.A: 011627 Guilherme Ribeiro Pereira da Silva – R.A: 007341 ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA ESCRITÓRIO ESCOLA – UNIDADE RENASCENÇA ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA GRATUÍTA
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