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ESCOLA/COLÉGIO: 
Componente curricular: Professor(a): 
Aluno(a): Série/ ano: Turma: 
LISTA DE EXERCÍCIOS: ARCADISMO – 15 QUESTÕES 
1. (Unifesp 2020) O lema do carpe diem sintetiza 
expressivamente o motivo de se aproveitar o 
presente, já que o futuro é incerto. Tal lema 
manifesta-se mais explicitamente nos seguintes 
versos de Tomás Antônio Gonzaga: 
a) Ah! socorre, Amor, socorre 
Ao mais grato empenho meu! 
Voa sobre os Astros, voa, 
Traze-me as tintas do Céu. 
 
b) Depois que represento 
Por largo espaço a imagem de um defunto, 
Movo os membros, suspiro, 
E onde estou pergunto. 
 
c) É bom, minha Marília, é bom ser dono 
De um rebanho, que cubra monte e prado; 
Porém, gentil pastora, o teu agrado 
Vale mais que um rebanho, e mais que um trono. 
 
d) Se algum dia me vires desta sorte, 
Vê que assim me não pôs a mão dos anos: 
Os trabalhos, Marília, os sentimentos 
Fazem os mesmos danos. 
 
e) Ah! enquanto os Destinos impiedosos 
Não voltam contra nós a face irada, 
Façamos, sim, façamos, doce amada, 
Os nossos breves dias mais ditosos. 
 
2. (Cftmg 2020) Tu não verás, Marília, cem cativos 
tirarem o cascalho e a rica terra, 
ou dos cercos dos rios caudalosos, 
ou da minada Serra. 
 
Não verás separar ao hábil negro 
do pesado esmeril a grossa areia, 
e já brilharem os granetes de ouro 
no fundo da bateia. 
 
Não verás derrubar os virgens matos, 
queimar as capoeiras inda novas, 
servir de adubo à terra a fértil cinza, 
lançar os grãos nas covas. 
 
Não verás enrolar negros pacotes 
das secas folhas do cheiroso fumo; 
nem espremer entre as dentadas rodas 
da doce cana o sumo. 
 
Verás em cima da espaçosa mesa 
altos volumes de enredados feitos; 
ver-me-ás folhear os grandes livros 
e decidir os pleitos. 
 
Enquanto revolver os meus Consultos, 
tu me farás gostosa companhia, 
lendo os fastos da sábia, mestra História, 
e os cantos da Poesia. 
 
Lerás em alta voz, a imagem bela; 
Eu, vendo que lhe dás o justo apreço, 
Gostoso tornarei a ler de novo 
O cansado processo. 
 
Se encontrares louvada uma beleza, 
Marília, não lhe invejes a ventura, 
Que tens quem leve à mais remota idade 
A tua formosura. 
Tomás Antônio Gonzaga - Lira III 
Disponível em: 100 poemas essenciais da Língua Portuguesa (org. Carlos 
Figueiredo) 
 
Vocabulário de apoio: 
Granete: pequeno grão; pequena quantidade de 
metal 
Bateia: gamela afunilada de madeira onde se lavam 
minérios 
Fasto: magnificência; pompa. 
 
É característica do Arcadismo, observada no 
poema, a 
a) opção pela linguagem rebuscada como 
expressão. 
b) apresentação da mulher amada como vocativo. 
c) escolha pela Arcádia como cenário. 
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d) indecisão do pastor como eu lírico. 
 
3. (Unesp 2020) Leia o soneto “VII”, de Cláudio 
Manuel da Costa, para responder à questão a 
seguir. 
 
Onde estou? Este sítio desconheço: 
Quem fez tão diferente aquele prado? 
Tudo outra natureza tem tomado, 
E em contemplá-lo, tímido, esmoreço. 
 
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço 
De estar a ela um dia reclinado; 
Ali em vale um monte está mudado: 
Quanto pode dos anos o progresso! 
 
Árvores aqui vi tão florescentes, 
Que faziam perpétua a primavera: 
Nem troncos vejo agora decadentes. 
 
Eu me engano: a região esta não era; 
Mas que venho a estranhar, se estão presentes 
Meus males, com que tudo degenera! 
(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.) 
 
No soneto, o eu lírico expressa um sentimento 
de inadequação que, a seu turno, se faz presente 
na seguinte citação: 
a) “A independência, não obstante a forma em que 
se desenrolou, constituiu a primeira grande 
revolução social que se operou no Brasil.” 
(Florestan Fernandes. A revolução burguesa no 
Brasil.) 
b) “Todo povo tem na sua evolução, vista à 
distância, um certo ‘sentido’. Este se percebe não 
nos pormenores de sua história, mas no conjunto 
dos fatos e acontecimentos essenciais que a 
constituem num largo período de tempo.” (Caio 
Prado Júnior. Formação do Brasil 
contemporâneo.) 
c) “A ocupação econômica das terras americanas 
constitui um episódio da expansão comercial da 
Europa. A descoberta das terras americanas é, 
basicamente, um episódio dessa obra ingente. De 
início pareceu ser episódio secundário. E na 
verdade o foi para os portugueses durante todo 
um meio século.” (Celso Furtado. Formação 
econômica do Brasil.) 
d) “Trazendo de países distantes nossas formas de 
convívio, nossas instituições, nossas ideias, e 
timbrando em manter tudo isso em ambiente 
muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda 
hoje uns desterrados em nossa terra.” (Sérgio 
Buarque de Holanda. Raízes do Brasil.) 
e) “A formação patriarcal do Brasil explica-se, tanto 
nas suas virtudes como nos seus defeitos, menos 
em termos de ‘raça’ e de ‘religião’ do que em 
termos econômicos, de experiência de cultura e 
de organização da família, que foi aqui a unidade 
colonizadora.” (Gilberto Freyre. Casa-grande e 
senzala.) 
 
4. (Cftmg 2019) Madrigal XLIII 
 
Suspiros já cansados, 
Repousai por um pouco entre estas flores: 
Glaura virá e os cândidos Amores 
A gozar a beleza destes prados. 
Cai a sombra dos montes elevados: 
Abranda o loiro Sol os seus ardores: 
A flauta dos Pastores 
Respira alegre em ecos alternados. 
Suspiros já cansados 
Co’as minhas tristes dores, 
Repousai por um pouco entre as flores. 
ALVARENGA, Manuel I. S. Glaura: poemas eróticos. São Paulo: Companhia 
das Letras, 1996. p. 287. 
 
Sobre o poema, afirma-se: 
I. O texto recupera o locus amoenus, tópos do 
ambiente aprazível para o interlúdio amoroso. 
II. A forma composicional do gênero madrigal 
rompe com os paradigmas árcades, imprimindo 
liberdade formal à construção poética. 
III. A cena poética acompanha em gradação o 
entardecer, num cenário povoado por elementos 
tradicionais da estética neoclássica. 
IV. O poema marca a tensão entre campo e cidade, 
criticando o modo de vida nos centros urbanos. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
 
5. (Espm 2019) Considere os textos que seguem. 
 
Eu tenho um coração maior que o mundo, 
tu, formosa Marília, bem o sabes; 
um coração, e basta, 
onde tu mesma cabes. 
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(Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu) 
 
Não, meu coração não é maior que o mundo. 
É muito menor. 
Nele não cabem sequer as minhas dores. 
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do Mundo) 
 
Assinale a afirmação correta sobre os dois 
textos: 
a) Por pertencer à fase heroica ou iconoclasta do 
Modernismo, Carlos Drummond de Andrade 
parodia o lirismo sentimental do árcade Tomás 
Antônio Gonzaga. 
b) Por pertencer à fase heroica ou iconoclasta do 
Modernismo, Carlos Drummond de Andrade 
parodia o lirismo sentimental do árcade Tomás 
Antônio Gonzaga. 
c) Gonzaga, como muitos árcades, é alheio ao que 
está a seu redor, já Drummond expressa um 
sentimento de revolta ante um mundo que não 
compreende as dores do poeta. 
d) Em Gonzaga, o coração do poeta alcança a 
plenitude com a presença da amada. Em 
Drummond, o coração é insuficiente para 
abarcar as próprias dúvidas existenciais. 
e) Tomás A. Gonzaga usa a imagem do “mundo” 
para instigar a musa Marília a aceitá-lo; 
Drummond retoma o procedimento do poeta 
árcade, ressaltando o sofrimento por causa da 
amada. 
 
6. (Cftmg 2018) Soneto da intimidade 
 
Nas tardes de fazenda há muito azul demais. 
Eu saio às vezes, sigo pelo pasto, agora 
Mastigando um capim, o peito nu de fora 
No pijama irreal de há três anos atrás. 
 
Desço o rio novau dos pequenos canais 
Para ir beber na fonte a água fria e sonora 
E se encontro no mato o rubro de uma amora 
Vou cuspindo-lhe o sangue em torno dos currais. 
 
Fico ali respirando o cheiro bom do estrume 
Entre as vacas e os bois que me olham sem ciúme 
E quando por acaso uma mijada ferve 
 
Seguida de um olhar não sem malícia e verve 
Nós todos, animais, sem comoção nenhuma 
Mijamos em comum numa festa de espuma. 
MORAES, Vinicius de. Nova Antologia Poética. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2003. 
 
Escrito no século XX, o poema de Vinicius de 
Moraes dialoga com a poesia árcade ao integrar 
a forma clássica do soneto à temática bucólica. 
Por outro lado, o texto distingue-se das 
produções do século XVIII por apresentar 
a) versos livres e sequências narrativas. 
b) linguagem coloquial e intenção humorística. 
c) vocabulário urbano e personificação de animais. 
d) ausência de paradoxos e predomínio da 
subjetividade. 
 
7. (Uefs 2018) Esse movimento foi marcado por 
algumas preocupações recorrentes: um certo 
anticlassicismo, uma visão individualista, um 
desejo de romper com a normatividade e com os 
excessos do racionalismo. Liberdade, paixão e 
emoção constituem um tripé sobre o qual se 
assenta boa parte desse movimento. 
(Adilson Citelli. “Uma palavra em seu tempo”, 1986. Adaptado.) 
 
Tal comentário refere-se ao movimento 
a) árcade. 
b) romântico. 
c) parnasiano. 
d) realista. 
e) naturalista. 
 
8. (Unifesp 2017) Predomina neste movimento 
uma tônica mais cosmopolita, intimamente 
ligada às modas literárias da Europa, desejando 
pertencer ao mesmo passado cultural e seguir 
os mesmos modelos, o que permitiu incorporar 
os produtos intelectuais da colônia inculta ao 
universo das formas superiores de expressão. 
Ao lado disso, tal movimento continuou os 
esboços particularistas que vinham do passado 
local, dando importância relevante tanto ao 
índio e ao contato de culturas, quanto à 
descrição da natureza, mesmo que fosse em 
termos clássicos. 
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.) 
 
Tal comentário refere-se ao seguinte 
movimento literário brasileiro: 
a) Romantismo. 
b) Classicismo. 
c) Naturalismo. 
d) Barroco. 
e) Arcadismo. 
 
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9. (CFTMG 2016) Leia o soneto abaixo para 
responder à questão. 
 
Para cantar de amor tenros cuidados, 
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento; 
Ouvi pois o meu fúnebre lamento; 
Se é que de compaixão sois animados: 
 
Já vós vistes, que aos ecos magoados 
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento; 
Da lira de 1Anfião ao doce acento 
Se viram os rochedos abalados. 
 
Bem sei, que de outros gênios o 2Destino, 
Para cingir de 3Apolo a verde rama, 
Lhes influiu na lira estro divino: 
 
O canto, pois, que a minha voz derrama, 
Porque ao menos o entoa um peregrino, 
Se faz digno entre vós também de fama. 
COSTA, Cláudio Manuel da. A poesia dos inconfidentes. (Org.: 
COSTA, MACHADO). São Paulo: Martins Fontes, 1966, p. 51 – 52. 
 
Vocabulário: 
1Anfião: Deus da mitologia grega, filho de Zeus e 
Antíope, que recebeu uma lira como presente de 
Apolo, que também o ensinou a tocá-la. Ele 
construiu a cidade de Tebas tocando a lira, pois, ao 
som de sua música, as pedras se moviam sozinhas. 
2Destino: Na Grécia Antiga, o Destino dos deuses e 
dos homens era concedido às três irmãs Moiras, 
responsáveis por tecer e cortar o fio da vida de cada 
um. 
3Apolo: Filho de Zeus e Latona, é considerado o 
deus da juventude e da luz. Apesar de ser sempre 
associado à imagem de um jovem viril e talentoso, 
não teve sucesso no amor, devido à paixão não 
correspondida por Dafne. O poeta Calímaco 
apresenta Apolo como o inventor da lira, mas 
outros textos indicam que quem o inventou foi seu 
irmão Hermes. 
 
O soneto de Cláudio Manuel da Costa traz vários 
elementos característicos da estética árcade, 
como a recuperação dos valores clássicos, 
percebida na menção aos deuses gregos. Por 
meio dessa estratégia, o autor indica a 
a) aspiração do eu lírico a seu destino artístico. 
b) razão do eu lírico para suas escolhas poéticas. 
c) subordinação do eu lírico ao desejo dos deuses. 
d) aproximação entre o eu lírico e os deuses do 
Panteão. 
 
10. (Ueg 2016) Leia o poema e observe a pintura 
a seguir para responder à questão. 
 
Destes penhascos fez a natureza 
O berço, em que nasci: oh quem cuidara, 
Que entre pedras tão duras se criara 
Uma alma terna, um peito sem dureza! 
 
Amor, que vence os tigres, por empresa 
Tomou logo render-me ele declara 
Centra o meu coração guerra tão rara, 
Que não me foi bastante a fortaleza 
 
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, 
A que dava ocasião minha brandura, 
Nunca pude fugir ao cego engano: 
 
Vós, que ostentais a condição mais dura, 
Temei, penhas, temei; que Amor tirano, 
Onde há mais resistência mais se apura 
COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: 
<http://www.bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 26 ago. 2015 
 
 
 
Tendo por base a comparação entre o poema e a 
pintura apresentados, verifica-se que 
http://www.portaldovestibulando.com/
https://draft.blogger.com/blog/post/edit/2327980403783605222/2090314686282565225
 
 
 
 
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a) o poema alude a questões de ordem social e 
política, ao passo que a pintura faz referência a 
aspectos de teor material. 
b) a pintura representa uma cena de teor espiritual, 
ao passo que o poema retrata elementos 
concretos de uma paisagem pedregosa. 
c) a pintura cristaliza um momento de louvor à 
força humana, ao passo que o poema discute 
questões atinentes à covardia do homem. 
d) o poema sugere uma correspondência entre 
dureza da paisagem e dureza da alma, ao passo 
que a pintura metaforiza questões mitológicas. 
 
11. (Espcex (Aman) 2014) Leia os versos abaixo: 
 
“Se não tivermos lãs e peles finas, 
podem mui bem cobrir as carnes nossas 
as peles dos cordeiros mal curtidas,e os panos feitos 
com as lãs mais grossas. 
Mas ao menos será o teu vestido 
por mãos de amor, por minhas mãos cosido.” 
 
A característica presente na poesia árcade, 
presente no fragmento acima, é 
a) aurea mediocritas. 
b) cultismo. 
c) ideias iluministas. 
d) conflito espiritual. 
e) carpe diem. 
 
12. (Espcex (Aman) 2013) Considerando a 
imagem da mulher nas diferentes 
manifestações literárias, pode-se afirmar que 
a) nas cantigas de amor, originárias da Provença, o 
eu-lírico é feminino, mostrando o outro lado do 
relacionamento amoroso. 
b) no Arcadismo, a louvação da mulher é feita a 
partir da escolha de um aspecto físico em que sua 
beleza se iguale à perfeição da natureza. 
c) no Realismo, a mulher era idealizada como 
misteriosa, inatingível, superior, perfeita, como 
nas cantigas de amor. 
d) a mulher moderna é inferiorizada socialmente e 
utiliza a dissimulação e a sedução, muitas vezes 
desencadeando crises e problemas. 
e) a mulher barroca foi apresentada como 
arquétipo da beleza, evidenciando o poder por 
ela conquistado, enquanto os homens viviam 
uma paz espiritual. 
 
13. (Uepa 2012) “Sobre Bocage, sabemos que foi 
um homem situado entre dois mundos, entre as 
regras rígidas de um Arcadismo decadente, 
refletindo um mundo racional, ordenado e 
concreto, e a liberdade de um Romantismo 
ascendente, quando a literatura se abre à 
individualidade e à renovação". 
(www.lpm-editores.com.br – 03.09.11) 
 
O comentário acima nos permite concluir que 
Bocage sofreu a violência simbólica quando 
uma regra pastoril e neoclássica, disfarçada de 
gosto e verdade inquestionáveis, impediu 
parcialmente a expressão de sua liberdade 
criadora. Interprete os versos abaixo e assinale 
os que tematizam a resistência a tal regra. 
a) Só eu (tirano Amor!tirana Sorte!) Só eu por Nise 
ingrata aborrecidoPara ter fim meu pranto espero 
a morte. 
b) Ó trevas, que enlutais a Natureza,Longos ciprestes 
desta selva anosa,Mochos de voz sinistra e 
lamentosa,Que dissolveis dos fados a incerteza; 
c) Das terras a pior tu és, ó Goa,Tu pareces mais ermo 
que cidade,Mas alojas em ti maior vaidadeQue 
Londres, que Paris ou que Lisboa. 
d) Ó retrato da Morte! Ó Noite amiga,Por cuja 
escuridão suspiro há tanto!Calada testemunha de 
meu pranto,De meus desgostos secretária antiga! 
e) Razão, de que me serve o teu socorro?Mandas-me 
não amar, eu ardo, eu amo;Dizes-me que sossegue: 
eu peno, eu morro. 
 
14. (Ucs 2012) As obras literárias marcam 
diferentes visões de mundo, não apenas dos 
autores, mas também de épocas históricas 
distintas. Reflita sobre isso e leia os fragmentos 
dos poemas de Gregório de Matos e de Tomás 
Antônio Gonzaga. 
 
 
Arrependido estou de coração, de coração vos busco, 
dai-me abraços, abraços, que me rendem vossa luz. 
 
Luz, que claro me mostra a salvação, a salvação 
pretendo em tais abraços, misericórdia, amor, Jesus, 
Jesus! 
(MATOS, Gregório. Pecador contrito aos pés do Cristo crucificado. In: 
TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São 
Paulo: Moderna, 1988. p. 66.) 
 
Minha bela Marília, tudo passa;a sorte deste mundo 
é mal segura;se vem depois dos males a ventura,vem 
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depois dos prazeres a desgraça.Estão os mesmos 
deusessujeitos ao poder do ímpio fado:Apolo já fugiu 
do céu brilhante,já foi pastor de gado. 
(GONZAGA, Tomás António. Lira XIV. In: TUFANO, Douglas Estudos de 
literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 1988. p. 77.) 
 
Em relação aos poemas, analise a veracidade (V) 
ou a falsidade (F) das proposições abaixo. 
( ) O poema de Gregório de Matos apresenta um 
sujeito lírico torturado pelo peso de seus 
pecados e desejoso de aproximar-se do 
Divino. 
( ) Tomás Antônio Gonzaga, embora pertença ao 
mesmo período literário de Gregório de 
Matos, revela neste poema um sujeito lírico 
consciente da brevidade da vida. 
( ) Em relação às marcas de religiosidade, a visão 
antagônica que se coloca entre os dois poemas 
reflete, no Barroco, a influência do 
cristianismo e, no Arcadismo, a da mitologia 
grega. 
 
Assinale a alternativa que preenche 
corretamente os parênteses, de cima para 
baixo. 
a) V – V – V 
b) V – F – F 
c) V – F – V 
d) F – F – F 
e) F – V – F 
 
15. (Uepa 2012) LXII 
 
Torno a ver-vos, ó montes; o destino 
Aqui me torna a pôr nestes oiteiros; 
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros 
Pelo traje da Corte rico e fino. 
 
Aqui estou entre Almendro, entre Corino, 
Os meus fiéis, meus doces companheiros, 
Vendo correr os míseros vaqueiros 
Atrás de seu cansado desatino. 
 
Se o bem desta choupana pode tanto, 
Que chega a ter mais preço, e mais valia, 
Que da cidade o lisonjeiro encanto; 
 
 
Aqui descanse a louca fantasia; 
E o que 'té agora se tornava em pranto, 
Se converta em afetos de alegria. 
 
O campo como locus amoenus, livre de mazelas 
sociais e morais, foi o grande tema literário à 
época neoclássica, quando a literatura também 
expressou uma resistência à Cidade, 
considerada então violento símbolo do poder 
monárquico e da corrupção moral. Interprete as 
opções abaixo e assinale aquela em que se 
sintetiza o modo de resistência expresso nos 
versos de Cláudio Manuel da Costa acima 
transcritos. 
a) apego à metrificação tradicional 
b) bucolismo e paralelismo 
c) aurea mediocritas 
d) inutilia truncat 
e) fugere urbem 
 
 
Gabarito: 
 
1. e) 
2. b) 
3. d) 
4. b) 
5. d) 
6. b) 
7. b) 
8. e) 
9. b) 
 
10. b) 
 
11. a) 
 
12. b) 
 
13. e) 
 
14. c) 
 
15. e) 
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