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Victoria K. L. Cardoso Reações transfusionais ……………..Introdução…………….. Tipos de reações: ● Reações hemolíticas: ○ Intravascular ou extravascular. ● Reações não hemolíticas: ○ Reações alérgicas e anafiláticas. ○ Reações febris não hemolíticas. ○ Lesões pulmonares imunes, associadas à transfusão (TRALI). ○ Contaminação microbiana. ○ Sobrecarga volêmica. ● Tardias: ○ GVHD-TA. ○ Púrpura pós-transfusional. Reações hemolíticas: ● Intravasculares: ○ Anticorpos completos. ○ Hemólise imediata (< 24h). ○ Repercussão sistêmica grave. ○ Alta mortalidade. ○ Fatal 1�250.000 a 1�600.000. ○ Ex: incompatibilidade do sistema ABO, anti-Jk e -S. ○ Sintomas: ■ Hipotensão - geração de anafilatoxinas C3a e C5a, com liberação de histamina. ■ Vasoconstrição - cascata de complemento for ativada. ■ CID. ■ IRA. ■ Choque. ■ Isquemia de órgãos. ● Extravascular: é tardia; geralmente o paciente já teve uma reação prévia. ○ Anticorpos incompletos. ○ Tardia (>24h). ○ Aloimunização prévia. ○ Ineficácia transfusional. ○ Relacionado com qualidade de avaliação imuno hematológica pré-transfusional. Victoria K. L. Cardoso ○ Ex: anti-Rh, -Fy e -K. ○ Alterações no mecanismo fisiopatológico: envolvem IL-1, IL-6 e TNF + LTA → causam: ■ Febre + calafrios. ■ Ativação do sistema retículo endotelial (SER). ■ Ativação da resposta imune humoral. Reação febril não hemolítica (RFNH) - mecanismo alternativo: ● Mecanismos associados a RFNH: ○ Reação mediada por anticorpos: ■ Clássico. ■ Anticorpos (frequentemente da classe IgG). ■ Anti-HLA ou anti-HNA. ○ Reação desencadeada por mediadores biológicos da resposta inflamatória (MBRI) acumulados nos hemocomponentes durante o armazenamento. ○ Sintomas: ■ Febre. ■ Tremores. ■ Calafrios. ■ Hipotensão. ● Prevenção: ○ Uso de componentes desleucocitados, pré armazenamento ou antes de transfundir. ○ CP recentes (< 3 dias de armazenamento). ○ Redução do plasma. ● Tratamento: ○ Antitérmicos ou meperidina. ○ Suspender o componente e investigar DD. …………..Reações alérgicas………… Reações alérgicas e anafiláticas: ● Incidência: ○ Ocorre em 1-3% das infusões de plasma. ● Definições: ○ Alergia → reações urticariformes leves. ○ Reação anafilactóide → gravidade intermediária. ○ Reação anafilática → hipotensão intratável e choque com perda da consciência - grave. ● Prevenção: ○ Pré-medicar com: corticóide → hidrocortizona ou difenidramina. Victoria K. L. Cardoso ○ Uso de componentes lavados (CHL). ○ Administração de componentes de doadores deficientes. ● Tratamento: ○ Difenidramina → uso de benadryl até realizar a conduta para choque anafilático. ○ Única reação transfusional autorizada a manter o mesmo componente após o tratamento. TRALI - lesão pulmonar aguda associada a transfusão: ● Definição: edema pulmonar não cardiogênico associado à transfusão. ○ Aumento de neutrófilos na microcirculação pulmonar. ○ Lesão septal. ○ Edema. ○ Formação de membrana hialina. ● Sintomas: início concomitante ou até 6 hrs após a administração. ○ Dispneia. ○ Tosse. ○ Febre. ○ Eventualmente hipertensão ou hipotensão. ○ 75% dos casos tem necessidade de suporte ventilatório. ● Achados no Rx de tórax: ○ Infiltrado bilateral. ○ Normalização em 4-5 dias. ● Diagnóstico de TRALI: ○ Quadro clínico e evolução → importante, mas insuficiente para o diagnóstico. ○ Exames laboratoriais: tipagem HLA e HNA e pesquisa de Acs. ● Tratamento: ○ Suporte ventilatório. ○ Reposição volêmica. ○ Tratamento do choque, caso necessário. ● Mortalidade: 5-8%. ● Investigação laboratorial: necessária para o diagnóstico, mas não está disponível em todos os serviços. ● Casos mais frequentes: pacientes graves → UTI, cirúrgicos, pós-CEC, onco-hematológicos e respiração mecânica. ● Injúrias bifásicas envolvidas: ○ Condição clínica de base: sensibilização dos neutrófilos → aderência dos neutrófilos no endotélio pulmonar. Victoria K. L. Cardoso ○ Específica, com ativação dos neutrófilos: Acs ou substâncias biologicamente ativas. ■ Aumento de PMN oxidases. ■ Aumento de radicais livres de oxigênio. ■ Lesão endotelial capilar. ■ Edema intersticial pulmonar. Contaminação bacteriana: ● Mecanismos: ○ Pelo doador → por bacteremia e febre. ○ Pela coleta → por antissepsia inadequada. ○ Manufatura das bolsas → por esterilização inadequada. ○ Processamento e armzenamento → por temperatura inadequada e contaminação - sistema aberto. ○ Transfusão → por tempo prolongado, sistema aberto e temperatura inadequada. ……………..Fluxogramas…………….. Reação febril não hemolítica: ● Condutas gerais para concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitados: ○ Parar e suspender a transfusão. ○ Conferir se é o produto certo para o paciente certo. ○ Realizar um novo acesso venoso com SF a 0,9%. ○ Fazer um diagnóstico diferencial. ○ Administrar antitérmicos e sintomáticos. ● Conduta para reação febril não hemolítica para concentrado de hemácias: ○ Coletar amostra de sangue para repetir os testes. ● Conduta para reação febril não hemolítica para plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitados: ○ Não coletar amostra de sangue. Sobrecarga circulatória: ● Parar e suspender a transfusão. ● Realizar novo acesso venoso sorolizado. ● Internar na UTI. ● Realizar tratamento para sobrecarga circulatória + suporte ventilatório e hemodinâmico. Reação alérgica: ● Leve: parar a transfusão. ○ Novo acesso venoso com SF a 0,9%. ○ Adm de anti-histamínico. Victoria K. L. Cardoso ○ Se resolver, deve continuar a transfusão. ○ Se não resolver, deve suspender a transfusão ● Moderada: parar e suspender a transfusão. ○ Novo acesso venoso com SF a 0,9%. ○ Administrar anti-histamínico e hidrocortisona. ● Grave: parar e suspender a transfusão. ○ Novo acesso venoso com SF a 0,9%. ○ Administrar anti-histaminico, hidrocortisona, adrenalina e internação na UTI. TRALI: ● Parar e suspender a transfusão. ● Realizar um novo acesso venoso com SF a 0,9%. ● Internação na UTI e ofertar suporte ventilatório e hemodinâmico. ● Realizar dianóstico diferencial. ● NÃO indicado o uso de diuréticos e sem evidência para o uso de corticóides. Reação hemolítica aguda imunológica - RHAI: ● Parar e suspender a transfusão. ● Conferir se o produto é certo para o paciente. ● Novo acesso venoso com SF a 0,9%. ● Manter diurese 1 ml/kg/hora. ● Internar na UTI. ● Realizar monitorização clínica intensiva + controle laboratorial a cada 2 hrs, até a estabilização + acompanhamento da nefrologia. ● Se houver CIVD + sangramento ativo → reavaliar a necessidade de transfusão de hemocomponentes. Contaminação bacteriana: ● Parar e suspender a transfusão. ● Novo acesso venoso com SF 0,9%. ● Internação na UTI. ● Ofertar suporte ventilatório e hemodinâmico + hemocultura. ● Enviar a bolsa para a agência transfusional (cultura). ● Administrar ATB largo espectro ou pelo gram. ● Fazer diagnóstico diferencial. Conduta na reação transfusional: 1. Suspender a transfusão. 2. Manter o acesso venoso. 3. Infusão de solução cristalóide - hidratar. Victoria K. L. Cardoso 4. Checar identificações. 5. Uso de sintomáticos e suporte. 6. Colher novas amostras (se indicado) e notificar o laboratório de compatibilidade. 7. Devolver a bolsa de hemocomponentes com notificação. 8. Aguardar investigação e orientação médica e hemoterápica para as próximas transfusões. 9. Registrar ocorrência e conduta.
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