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Excelentíssimo Sr. Juiz de Direito da 7ª Vara de Família da Comarca de Macapá/AP JOÃO SILVA, brasileiro, casado, professor, portador do RG nº 6666/AP e CPF nº 123.456.789-00, residente da Rua Malta, nº 23, Bairro Marte da cidade de Macapá/AP, vem por meio de seu Advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade de Macapá/AP, CEP..., onde recebe intimações, (procuração em anexo), vem perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.699 do Código Civil Brasileiro PROPOR Ação de Exoneração de Alimentos, em face de Junior Silva, brasileiro, casado, arquiteto, nascido em 20 de janeiro de 1998, atualmente com 23 anos de idade, RG nº... e CPF nº..., residente da Avenida Treze, nº 89, Bairro Quadrado, Macapá/AP, pelos motivos de fatos e direitos a seguir expostos: DOS FATOS O Requerente separou-se da mãe do Requerido, e, desde meados de 2007 paga pensão alimentícia mensalmente no valor correspondente a um salário-mínimo e meio, hoje totalizando R$ 1.650,00, valor este que é descontado diretamente de seu contracheque, conforme acordo afirmado nos autos do processo nº 12345/2007. Destaca-se que o Requerente sempre foi um pai presente, acompanhando todo o desenvolvimento do Requerido mesmo após a separação. O Requerente, inclusive, além da pensão paga mensalmente, arcou integralmente com as despesas da faculdade de arquitetura do Requerido (comprovantes e contratos apresentados), curso esse que foi finalizado ao final de 2019. Tendo o Requerido recebido homenagens pela faculdade pelo destaque e desempenho no decorrer do curso. Logo o Requerido despertou interesse de uma grande empresa na área da construção civil, fechando contrato com esta empresa com salário mensal de R$ 8.000,00 mais comissões por cada projeto executado (conforme cópia do contrato de trabalho e contracheque apresentados). Ressalta-se que o Requerido está casado atualmente, e sua esposa que se chama Branca de Neve Silva, é funcionária pública do estado, enfermeira e aufere renda mensal de R$ 3.900,00 conforme contracheque extraído do portal da transparência. Diante de toda esta situação, o Requerente procurou o Requerido para conversar e pedir para juntos proporem ação judicial para a desobrigação do Requerente ao pagamento de pensão alimentícia e assim saísse de seu contracheque tal desconto. Porém, para a surpresa do Requerente, o Requerido negou tal pedido, afirmando que, mesmo estando estável financeiramente, já está adaptado aquela realidade, e, por isso não iria renunciar à pensão. DO DIREITO O artigo 1.699 do Código Civil, prescreve o seguinte: “Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo” Como fica claro em tal artigo, a desobrigação do Requerente se prova suficiente, uma vez que, o alimentado já é maior de idade, casado e possui um salário mensal generoso para não necessitar mais da pensão alimentícia, é como se esclarece no artigo 1.635 do Código Civil: “A obrigação alimentar, com fundamento no dever de sustento, encerra-se com o advento da maioridade.” Com relação ao casamento, que é mais um fator determinante para a exoneração de alimentos, o dispositivo legal diz o seguinte, de acordo com o artigo 1.708 do Código Civil: “Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos”. DA TUTELA DE EVIDÊNCIA Pede a suspensão imediata da obrigação alimentar, de acordo com os documentos e comprovações anexados nos autos do processo. Como se alega no determinando artigo 311, inciso IV do Código de Processo Civil, a tutela de evidência caberá quando: “a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.” DOS PEDIDOS a) Requer o acolhimento da tutela, para suspender imediatamente a obrigação alimentar; b) Pede a citação do Requerido; c) Pede para que o mérito seja julgado para exonerar imediatamente a obrigação alimentar; d) Juntada do comprovante do pagamento das custas processuais; e) Condenação do Requerido ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais; f) Requer o Autor que seja realizado a audiência de conciliação e mediação, nos termos do inciso VII do artigo 319 do Código de Processo Civil. DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do Requerido, documentos anexos (contracheque do pagamento da pensão alimentícia no valor de R$ 1.650,00, comprovantes e contratos com as despesas arcadas integralmente da faculdade de arquitetura do Requerido, contracheque e cópia do contrato de trabalho do Requerido e contracheque extraído do portal da transparência relacionado aos ganhos da esposa do Requerido). VALOR DE CAUSA Dá-se à causa o valor de R$... Nestes termos, Pede deferimento. Macapá/AP, data. Nome do Advogado. OAB/ nº...
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