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AO JUÍZO DA _VARA CÍVEL DE BLUMENAU-SC (10 LINHAS) Fernando (nome completo), brasileiro, menor impúbere, (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade registro geral (CIRG) N°..., e inscrito no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda (CPFMF) N°..., residente e domiciliado à rua...número...bairro... cidade de Blumenau, no Estado de Santa Catarina, neste ato assistido por sua genitora e representante legal, Rita (nome completo), brasileira, (estado civil), vendedora, portadora da cédula de identidade registro geral (CIRG) N°..., e inscrita no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda (CPFMF) N°..., residente e domiciliada à rua..., número..., bairro..., cidade de Blumenau, no Estado de Santa Catarina, por seu advogado que a esta subscreve (procuração anexa¹), com fulcro nos artigos 229 da Constituição Federal de 1988; 1.694, §1° do Código Civil; artigos 1° e 4° da Lei 5.478/1968, mui respeitosamente vem diante Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS Em face de Joel (nome completo), brasileiro, (estado civil), empresário do ramo imobiliário, portador da cédula de identidade registro geral (CIRG) N°..., e inscrito no cadastro nacional de pessoas físcias ministério da fazenda (CPFMF) N°..., residente e domiciliado à rua...número...bairro... na cidade de Manaus, Estado do Amazonas; conforme fatos e fundamentos a seguir consubstanciados. 1. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS Diante da necessidade premente de fornecer condições dignas de vida e desenvolvimento ao requerente menor, faz-se necessário que seu gestor, requerido, lhe prova alimentos em caráter imediato, no montante de (percentual dos vencimentos mensais do requerido), nos termos do artigo 4° da lei 5.478/1968. Frisa-se que, na qualidade de empresário bem sucedido, o requerido possui meios econômicos suficientes para atender às demandas do requerente; diferente da gestora, a qual, por sua vez, sem contar com nenhum auxílio do gestor na criação do filho, têm enfrentado dificuldades indignas para com o sustento da criança, o qual demanda um orçamento maior do que pode cobrir com seus vencimentos de vendedora. 2. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA O requerente declara não possuir condições de arcar com as custas do processo, nos termos do artigo 1°, § 2° da Lei 5.478/1968, (declaração anexa), fazendo jus, portanto, ao benefício da justiça grauita na presente demanda, para o qual requer deferimento. 3. DOS FATOS O requerente nasceu de relacionamento afetivo estabelecido entre o requerido e a gestora, representante legal do requerente, sendo certo que, após o nascimento do requerente, o qual conta hoje com 2 (dois) anos de idade, o requerido reconheceu sua paternidade, sem qualquer tipo de contestação, muito embora jamais tenha se comprometido a contribuir financeiramente com o sustento do filho, como de fato, nunca o fez. É certo também que, o requerido encontra-se numa situação econômica confortável, enquanto que, o requerente e sua gestora, a qual trabalha como vendedora e aufere mensalmente apenas um salário minímo, estão, naturalmente, enfrentando dificuldades para manter-se vivos, visto que, enquanto criança em tenra idade, o requerente possui necessidades especiais que implicam em gastos elevados e voláteis, tais como alimentação, medicamentos, roupas, fraldas exames médicos etc., os quais naturalmente não podem ser cobertos apenas com a quantia de um salário mínimo mensal, que, inobstante, ainda deve cobrir todos os gastos básicos da vida da própria gestora. Diante de tais dificuldades, impositivas, faz-se necessário, justo e urgente que o requerido contribua com a criação de seu filho, motivo pelo qual o requerente, representado por sua gestora, vêm socorrer-se ao poder judiciário. 4. DO DIREITO A Constituição Federal, em seu artigo 229, dita que é dever dos pais, assistir, criar e educar os filhos menores. Têm-se no presente caso, o abandono, por parte do gestor do requerente, dos seus deveres constitucionais, os quais, em não podendo ser cumpridos literalmente, poderiam, à título de compensação, converter-se em auxílio financeiro, o quê, entretanto, jamais ocorreu. Neste mesmo sentido o código civil dispõe, em seu artigo 1.694, §1°, que podem os parentes pedir alimentos dos quais necessitem para viver, uns aos outros, de modo compatível com a sua condição social; podendo estes alimentos se direcionarem inclusive à verbas de educação. É certo que o requerente, ora carente de recursos para a própria subsitência, demanda com justeza, alimentos de seu gestor, que se encontra em situação econômica confortável, em plenas condições de prestar os alimentos ora demandados. Por fim, a lei 5.478/1968, especificamente trata do direito e da forma de demanda de alimentos ao devedor, aplicando-se no presente caso, sobretudo, no que concerne à provisão imediata dos alimentos demandados, conforme artigo 4° do referido diploma legal, vez que comprovado o parentesco e a obrigação legal de pagar do devedor, bem como a necessidade do credor em receber o que pleiteia. 5. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelencia que defira os Direitos abaixo elencados: 1- Inaldita Altera Pars determine o pagamento de alimentos provisórios no montante de (percentual dos vencimentos mensais do devedor), nos termos do artigo 4° da Lei 5.478/1968, os quais convertese-ão em periódicos mensais (pensão alimentícia) até que o credor deles não mais necessite, nos termos da lei. 2- Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita ao requerente, nos termos do artigo 5°, LXXIV, da Constituição Federal de 1988, do artigo 98 do Codex Processessual Civil e do artigo 1°, §2 da Lei 5.478/1968. 3- Que determine a intimação do requerido para que, querendo, apresente contestação no prazo de 5 dias, sob pena de revelia. 4- Que seja intimado o Ministério Público para acompanhar a presente lide, nos termos do artigo 201,III, do Estatuto da Criança e do Adolescente, e artigo 698 do CPC. 5- Que arque a parte contrária com todas as despesas e custas processuais, bem como honorários advocatícios, fixados em (percentual) sob o valor da causa. 6. DAS PROVAS Requer-se provar o alegado por meio de todas as provas em Direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do requerido, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas e demais vias que se fizerem necessárias. 7. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO A parte requerente declara que não possui interesse na realização da audiência de conciliação, nos termos do artigo 319,VII do CPC. Dá-se a causa o valor de (doze vezes o montante mensal pretendido), nos termos do artigo 292, III, do Código de Processo Civil. Termos em que, Pede deferimento. Cidade, Estado, dia, mês, ano. Advogado – OAB/UF PROBLEMA DA AULA DE PRÁTICA SIMULADA II (PEÇA 2): PEÇA PROFISSIONAL Enunciado: Joel, residente e domiciliado na cidade de Manaus e empresário do ramo imobiliário, qual é bem sucedido, manteve relacionamento amoroso com Rita, do qual nasceu Fernando. Joel reconheceu voluntariamente Fernando logo que nasceu, contudo, nunca auxiliou na manutenção do menor. Atualmente Rita reside em Blumenau/SC e trabalha como vendedora auferindo mensalmente um salário mínimo. Fernando hoje conta com 2 (dois) anos de idade e Rita, sozinha, não possui mais condições de sustentar o filho sem auxílio financeiro de Joel. Então, Rita resolve procurar os seus direitos, na qualidade de advogado, especialista em direito de família, a fim de elaborar a peça adequada para a solução do problema apresentado. Considerando a situação hipotética acima, propor a medida judicial cabível, demonstrando os fundamentos jurídicos e legais que embasam a pretensão, sem inventar dados não informados.
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