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Introdução

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O Procedimento da Falência
PROCEDIMENTOS PRÉ- FALIMENTARES 
Lei 11.101/2005: Lei de Recuperação de Empresas e da 
Falência. Há 2 princípios que regem esta lei: 
1) Princípio da Função Social da Empresa 
2) Princípio da Preservação da Atividade Empresária 
Lei 14.112/20: atualização e modificação imposta na lei 
11.101/05. Trouxe aspectos até de Direito Internacional. 
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA 
Art. 170, III, CF. A ordem econômica, fundada na valo-
rização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem 
por fim assegurar a todos existência digna, conforme 
os ditames da justiça social, observados os seguintes 
princípios: 
III. Função social da propriedade 
Função Social do Contrato: 
Art. 421 CC. A liberdade contratual será exercida nos 
limites da função social do contrato. 
Função Social da Empresa: Natureza Jurídica Contratual 
OBSERVAÇÕES 
O pedido de falência não cabe acordo, nem sobresta-
mento/ suspensão. A falência tem natureza concursal. 
NATUREZA JURÍDICA 
1) Visão dúplice: normas de direito processual + normas 
de direito empresarial 
2) É um procedimento que busca tratar a situação de 
insolvência do devedor – princípio “pars conditio credi-
torum” (os credores de um devedor devem ser tratados 
de forma igual, sem prejuízo das diferenciações justifi-
cadas por razões objetivas) 
 
 
 
CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO FALIMENTAR 
O Pedido de Falência é um procedimento pré-falimen-
tar (processo de conhecimento), de feição contenciosa, 
no qual, sumariamente, o magistrado irá conhecer os 
fatos trazidos pelo autor e, ao final, decretará ou não a 
falência do devedor. 
O pedido de abertura da quebra é pretensão de tutela 
constitutiva, e a sentença que decreta a falência modi-
fica não apenas a situação jurídico-econômica do falido 
(pessoa natural ou pessoa jurídica), como também de 
seus sócios, as relações e contratos firmados pelo 
devedor com empregados, fornecedores e toda sorte 
de credores. 
➜ Qual é a natureza da sentença declaratória para a 
realização da quebra? Constitutiva. 
1ª FASE DO PROCEDIMENTO 
Inicia-se com o pedido de falência e vai até a sentença 
de quebra. É a chamada fase pré-falimentar. 
ATENÇÃO! Ainda não é considerada falência, mas mero 
pedido. 
CAUSAS 
A Lei falimentar em vigor prevê 3 hipóteses de falência, 
subdivididas em 10 causas para o pedido: 
1) IMPONTUALIDADE 
a) Inadimplemento: 
Art. 94, I, Lei 11.101/05. Será decretada a falência do 
devedor que: 
I. Sem relevante razão de direito, não paga, no venci-
mento, obrigação líquida materializada em título ou tí-
tulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o 
equivalente a 40 salários-mínimos na data do pedido 
de falência; 
 
 
PERGUNTA: Qual é o motivo de existir limite de 40 sa-
lários mínimos do art. 94? 
1) Princípio da Função Social da Empresa 
2) A falência não é um processo de cobrança e sim um 
instrumento para tratar da situação de insolvência da 
empresa. 
b) Execução frustrada: 
Art. 94, II, Lei 11.101/05. Será decretada a falência do 
devedor que: 
I. Executado por qualquer quantia líquida, não paga, 
não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes 
dentro do prazo legal; 
Observação: pode entrar com pedido de falência, ainda 
que seja o valor inferior a 40 salários mínimos, pois, nes-
te caso, não há parâmetro de valor. 
2) ATOS DE FALÊNCIA 
Estão previstos 7 atos de falência: 
Art. 94, III, Lei 11.101 Pratica qualquer dos seguintes atos, 
exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: 
a) Procede à liquidação precipitada de seus ativos ou 
lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar 
pagamentos; 
b) Realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com 
o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, 
negócio simulado ou alienação de parte ou da 
totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; 
c) Transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, 
sem o consentimento de todos os credores e sem ficar 
com bens suficientes para solver seu passivo; 
d) Simula a transferência de seu principal estabeleci-
mento com o objetivo de burlar a legislação ou a 
fiscalização ou para prejudicar credor; 
e) Dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída 
anteriormente sem ficar com bens livres e desemba-
raçados suficientes para saldar seu passivo; 
f) Ausenta-se sem deixar representante habilitado e 
com recursos suficientes para pagar os credores, aban-
dona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu 
domicílio, do local de sua sede ou de seu principal 
estabelecimento; 
g) Deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação 
assumida no plano de recuperação judicial. 
3) GRAVE CRISE ECONÔMICO- FINANCEIRA 
Art. 97, I, Lei 11.101/05. Podem requerer a falência do 
devedor: 
I. O próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 
105 a 107 desta Lei; (pedido de auto- falência) 
Observação: só poderá entrar com o pedido de falência 
se tiver uma fundamentação legal. 
PRESSUPOSTOS 
1) PLURALIDADE DE CREDORES 
Não é necessário ter muitos credores para pedir pela 
falência. Porém, quando o Juiz vai decretar a falência 
deve ter a pluralidade de credores. Vai sair um edital e 
tem que ir até na falência para habilitar o crédito. O juiz 
vai transformar a falência em execução. 
PERGUNTA: a pluralidade de credores constitui ou não 
um dos pressupostos para o estado falimentar? 
Embora a falência seja um processo de execução coleti-
va, a pluralidade de credores não constitui pressuposto 
para a prolação da sentença declaratória. É que o mo-
mento de verificação dos créditos é sempre posterior à 
análise dos requisitos formais, necessários à decretação 
da quebra. Primeiro decreta-se a falência e, depois, 
habilitam-se os credores. 
2) SUJEITOS 
Polo ativo: qualquer pessoa 
Polo passivo: somente empresa (pessoa jurídica) 
Crédito: qualquer crédito 
Observação: empresa irregular não pode pedir falência. 
POLO PASSIVO 
a) Empresas excluídas em razão da atividade: 
➜ Sociedade não- empresárias 
➜ Cooperativas 
➜ Instituições financeiras/ análogas 
Observação: não pode pedir falência de banco, mas o 
banco pode pedir a falência de uma empresa. O banco 
só pode entrar com liquidação extrajudicial, onde será 
nomeado um interventor para cobrar as pessoas que 
estão devendo para o banco. 
➜ Consórcios 
➜ Planos de saúde etc. 
b) Empresas excluídas em razão da inatividade: 
➜ Sociedade inativa há mais de 2 anos; 
➜ Sociedade Anônima com ativos partilhados. 
Falência frustrada: o juiz vai mandar um Oficial de Justi-
ça para relacionar todos os bens dentro da empresa e 
esta não tem patrimônio. O juiz vai extinguir o processo 
Falência fraudulenta: a lei exige caução para entrar com 
pedido de falência, para evitar que seja feito um pedido 
fraudado para prejudicar uma empresa. 
PERGUNTA: a Fazenda Pública pode pedir falência? 
Antes de 2020 não era permitido, mas hoje em dia o 
Fisco tem permissão para pedir falência. A Fazenda Pú-
blica tem um poder discricionário para escolher qual 
empresa quer pedir a falência, ou seja, isso dá abertura 
para corrupção. 
POLO ATIVO 
➜ Sociedades empresárias 
➜ Sociedade sem sede no Brasil 
➜ Fazenda Pública 
➜ Credor com garantia perdão judicial 
➜ Sociedade irregular (não tem personalidade jurídica) 
FORO COMPETENTE 
➜ Indivisibilidade e Universalidade do D. Falimentar 
O foro para pleitear o pedido de falência é onde está 
situada a sede da empresa. Caso a empresa não tenha 
sede no Brasil, o foro competente será a filial que con-
centra maior número de atividades. 
Para saber qual a sede, deve analisar o contrato social. 
Todos os pedidos de falência devem ser distribuídos 
para o mesmo Juízo e vara em que foi distribuído o 
primeiro processo. 
Juízo Universal da Falência: quando o Juiz decretar a 
falência, este será o Juízo Universal, o qual se tornará 
competente para apreciar e julgar todos os processos 
do Brasil daquela massa falida.“Vis atractiva”: o objetivo é submeter a universalidade 
dos bens do devedor comum a um regime único, evi-
tando que apareçam duas ou mais falências paralelas 
em juízos diferentes, para que, assim, haja paridade no 
tratamento dos créditos. 
Ela não atrai processos: 
➜ Trabalhistas sem trânsito em julgado; 
➜ Causas de justiça especializada com competência 
absoluta (Justiça Federal); 
➜ Competência em razão territorial (Ex. ação posses-
sória) 
➜ Ações que demandem quantias ilíquidas 
PROCEDIMENTO 
Há 3 fases: 
1) Declaratória: da petição inicial até a sentença de 
declaração de falência; 
2) Realização do Ativo: levantamento dos bens do fa-
lido e pagamento dos credores; 
3) Encerramento: fase de prestação de contas da fa-
lência e habilitação do falido. 
1ª FASE: PEDIDO DE FALÊNCIA 
1) Petição Inicial: com juntada da procuração, contrato 
social e prova da regularidade obtida na JUCESP. 
Observação: quando é decretada a falência, deve- se 
fazer a habilitação de crédito na massa falida. 
Nos pedidos de falência, com base no art. 94, I e II, a 
prova será pré-constituída e cabe depósito elisivo (em 
10 dias). Já no art. 94, III, a prova será na fase instrutória 
do feito, não cabe depósito elisivo. 
2) Citação: deverá ser feita pessoalmente ou por edital, 
no local da sede da empresa. 
Prazo de resposta: 10 dias 
3) Contestação: pode fazer ou não (revelia) 
A empresa deve fazer o depósito elisivo (impeditivo da 
falência), que pode ser total ou parcial: 
Total: depósito do valor principal + juros+ honorários 
advocatícios+ custas e despesas processuais. 
Parcial: é obrigatório contestar e justificar o porquê não 
pagou todo o depósito. 
Observação: no depósito total a empresa pode deposi-
tar e não contestar ou depositar e contestar, desde que 
seja um depósito completo. Assim, quando for feito o 
depósito completo, o juiz vai extinguir o processo de 
pedido de falência. 
É cabível também, a juntada do pedido de recuperação 
judicial e isso vai suspender os pedidos de falência. 
Observação: a sentença de falência é, em regra, 
imutável. 
4) Sentença 
O juiz pode declarar a quebra ou denegar o pedido. 
Caso o juiz decretar a falência, será através de uma 
sentença declaratória e cabe Agravo. Ao contrário, caso 
for negado o pedido, a sentença será denegatória e vai 
caber Apelação. 
DEFESAS 
Além do art. a seguir, tem outras defesas, como: 
➜ Devedor não é empresário 
➜ Obrigação ilíquida 
➜ Título não vencido 
➜ Título não protestado/ valor insuficiente 
➜ Empresário irregular 
➜ Falta de caução, quando a empresa não tem sede 
no Brasil. 
➜ Defesas processuais 
Art. 96, Lei 11.101/05. A falência requerida com base no 
art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada 
se o requerido provar: 
I. Falsidade de título; 
II. Prescrição; 
III. Nulidade de obrigação ou de título; 
IV. Pagamento da dívida; 
V. Qualquer outro fato que extinga ou suspenda obri-
gação ou não legitime a cobrança de título; 
VI. Vício em protesto ou em seu instrumento; 
VII. Apresentação de pedido de recuperação judicial no 
prazo da contestação, observados os requisitos do art. 
51 desta Lei; 
VIII. Cessação das atividades empresariais mais de 2 
anos antes do pedido de falência, comprovada por do-
cumento hábil do Registro Público de Empresas, o qual 
não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao 
ato registrado. 
§1º Não será decretada a falência de sociedade anôni-
ma após liquidado e partilhado seu ativo nem do espó-
lio após 1 ano da morte do devedor. 
§2º As defesas previstas nos incisos I a VI do caput deste 
artigo não obstam a decretação de falência se, ao final, 
restarem obrigações não atingidas pelas defesas em 
montante que supere o limite previsto naquele 
dispositivo. 
Observação: o prazo de prescrição é o prazo do título. 
2ª FASE: SENTENÇA DE QUEBRA 
Contém 3 partes: 
- Relatório 
- Fundamentação 
- Dispositivo 
A sentença afeta os credores, contratos, o falido, traba-
lhadores e todos que tiveram um relacionamento jurídi-
co com a empresa. 
Na sentença de quebra o juiz vai determinar algumas 
coisas: 
- A lacração imediata do estabelecimento 
- O administrador perde os poderes de gestão 
- Perde a legitimidade processual 
Requisitos: 
O juiz vai nomear na sentença o administrador judicial, 
preferencialmente um advogado. 
EFEITOS 
1) Sobre os credores: 
a) Suspensão do curso da prescrição 
b) Suspensão das ações/ execuções 
c) Vencimento antecipado de todas as dívidas: celerida-
de processual para habilitação do crédito. 
Prazo de 15 dias depois da publicação dos editais. Caso 
perder o prazo, pode se fazer a habilitação retardatária 
d) Formação da massa falida: primeiro vai se priorizar o 
pagamento dos créditos trabalhistas e depois tributário. 
e) Suspensão do direito de retenção: quando perde o 
direito de manter todos os bens que não estão no 
espólio da massa falida. 
f ) Suspensão dos juros: a partir da decretação da sem-
tença não terá mais juros e apenas atualização mone-
tária. 
g) Coobrigados cambiários: são os avalistas. A sentença 
não atinge aval (garantia), pois é uma obrigação inde-
pendente. 
2) Sobre o falido: 
Restrições: 
a) Perda da administração/ disposição 
b) Perda da legitimidade ativa/ passiva 
c) Proibição de exercer tutela/ curatela/ corretor de 
seguros etc- não pode exercer cargos de gestão 
d) Perda do sigilo: correspondência e bancário 
Obrigações: 
a) Declarações do falido: o juiz vai questionar o falido 
sobre a falência, quais foram suas causas, se houve 
bens que não foram arrecadados etc. 
b) Pode ausentar- se do foro do domicílio, mas deve 
comunicar o juiz. 
c) Auxiliar o administrador judicial 
Observação: o falido pode viajar, mas desde que infor-
me ao juízo. O falido pode trabalhar, mas não pode 
exercer cargo de administração. 
3) Contratos 
Coobrigados cambiários: avalista (solidário) 
4) Demais Credores 
HABILITAÇÕES DE CRÉDITO 
Prazo: 15 dias contados a partir da publicação do edital. 
Caso haja perca do prazo, não perderá o direito de 
habilitar o crédito e terá direito a habilitação retarda-
tária. 
É um ato voluntário do credor para comprovar a exis-
tência e características do seu crédito na falência ou re-
cuperação judicial, demonstrando, para tanto, a quan-
tificação, qualificação e os documentos comprobatórios 
do crédito devido. 
Procedimento: a habilitação deverá ser protocolada no 
Juízo Universal que decretou a falência. Será feita 
através de uma petição inicial escrita, devendo juntar os 
documentos necessários. 
Participação do MP: obrigatória 
O juiz vai abrir prazo para impugnações do crédito, 
podendo ser feita pelo próprio falido, administrador e 
demais credores. O prazo será de 10 dias contados a 
partir da publicação do edital. 
Observação: apenas os demais credores vão pagar os 
honorários caso sua impugnação for rejeitada. 
- Decisão: o juiz vai decidir a respeito da impugnação 
- Recurso cabível: Agravo- art. 17 (caso a impugnação 
não for aceita) 
PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO 
Consiste na separação do terreno, direitos e deveres a 
ele vinculados, do patrimônio particular do incorpora-
dor, possuindo o instituto natureza jurídica de direito 
real. 
A principal função é dividir as contas entre a incorpora-
dora e o empreendimento em construção, garantindo 
uma separação completa. Portanto, além de proteger 
os investidores em caso de falência, evita que os 
recursos de uma obra sejam utilizados em outra. 
Este patrimônio protegido e separado é impenhorável. 
ADMINISTRAÇÃO DA MASSA FALIDA 
A administração será de encerramento, o qual o admi-
nistrador vai comunicar todos sobre a falência e sua 
situação. Geralmente é nomeado um advogado para 
exercer este cargo. 
TEORIA DA EMPRESA 
Subjetivo: empresário 
Objetivo: bens 
Funcional/ dinâmico: atividade propriamente dita 
Corporativo: empresa 
OBJETIVO NA RECUPERAÇÃOArt. 47: 
- Preservação da empresa 
- Preservação de sua função social 
- Estimulo à atividade econômica 
- Manutenção da dinâmica empresarial, em seus 3 
aspectos fundamentais: 
1) Fonte produtora 
2) Emprego dos trabalhadores 
3) Interesse dos credores 
Art. 75: 
- Afastamento do devedor 
- Preservação e otimização: da utilização produtiva de 
bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intan-
gíveis da empresa. 
PRINCÍPIOS SUBORDINADOS 
a) Manutenção da fonte produtora e do emprego dos 
trabalhadores 
Art. 66: proibição de alienação e de oneração de bens 
do ativo permanente 
Art. 49, §3º: veda a retirada de bens de capital essen-
ciais à atividade 
Art. 140: ordem de preferência na alienação de ativos 
b) Incentivo à manutenção dos meios produtivos 
Art. 67, §único: em casos de falência os credores quiro-
grafários que continuarem a prover bens e serviços, 
terão privilégio geral no recebimento no limite do que 
foi fornecido. 
c) Manutenção dos interesses dos credores 
Art. 52, §4º: proibição de desistência dos pedidos de-
pois de deferido o processamento 
Art. 35, I, f: deliberação da AG em qualquer matéria que 
possa afetar o interesse dos credores. 
d) Supremacia da recuperação da empresa sobre o 
interesse do sujeito na atividade 
Art. 50, III: alteração do controle societário 
Art. 50, IV: substituição da administração 
Art. 50, V: direito de eleição em separado 
Art. 50, XIV: administração compartilhada 
Art. 64/65: afastamento do devedor ou seus adminis-
tradores 
OBSERVAÇÃO 
Há 3 tipos de recuperação: 
1. Extrajudicial (procedimento na justiça) 
2. Especial (pequenas e microempresas) 
3. Judicial 
Concordata: antiga recuperação judicial- prazo de 3 a 
5 anos. Hoje o prazo é bem maior e pode ser variado 
de acordo com a necessidade da empresa. 
CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS 
Alteração do fundamento conceitual do instituto da 
concordata: “ação constitutiva destinada a suspender 
ou prevenir a falência do empresário ou sociedade 
empresária, mediante proposta de pagamento- à vista 
ou a prazo- dos valores devidos aos credores quirogra-
fários” 
SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESA 
Ordinária: todos os credores existem na data do pedido 
(art. 47 a 69) 
Especial: somente os quirografários (art. 70 a 72) 
Extrajudicial: a totalidade dos c redores de uma ou mais 
espécies previstas no art. 83, II, IV, V, VI e VIII 
Individualizada: art. 162 
Por classe: art. 163 
Aberta: art. 167

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