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1-Mecanismos de Lesão Celular

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Mecanismos de Lesão 
Celular 
Causas de lesão celular 
Privação de oxigênio: perda do suprimento 
sanguíneo (isquemia); insuficiência cardiorrespiratória; 
perda da capacidade do sangue transportar. 
Agentes físicos: traumas mecânicos; extremos de 
temperatura; alterações repentinas na pressão 
atmosférica; radiação; choques elétricos. 
Agentes químicos e drogas: toxinas biológicas; 
pesticidas; herbicidas; venenos. 
Agentes infecciosos 
Reações imunológicas 
Distúrbios genéticos 
Desequilíbrios nutricionais 
Resposta do organismo às agressões 
Resposta de defesa (adaptação) 
Resposta de defesa (lesão): funciona por um tempo 
até que não consegue mais se adaptar e morre. 
Resposta de lesão direta 
 
Lesão irreversível 
A resposta desse ocorrido é a morte celular. 
Necrose coagulativa: células com ausência de núcleo 
Injúria subletal persistente: a célula está em um 
estado de stress fisiológico em que a célula 
consegue se adaptar até certo ponto a essa nova 
condição. 
Respostas de adaptação: hipertrofia/hiperplasia; 
atrofia; metaplasia. 
Hipertrofia 
A célula aumenta de tamanho ao estar sendo 
exigido uma maior função dela, assim ela começa a 
sintetizar mais componentes citoplasmáticos e 
estruturais o que faz ela aumentar. 
Ocorre normalmente com células permanentes, as 
quais não conseguem se multiplicar, então elas 
aumentam a produção de componentes para 
cumprir a função exigida. É possível multiplicar o seu 
DNA, mas ela não se divide. 
Tipos de hipertrofia: ocorrem devido ao aumento de 
exigência de trabalho muscular e ação hormonal. 
↪Hipertrofia fisiológica: é normal. 
↪Hipertrofia patológica: a célula se adaptou no seu 
extremo, ou seja, está no limite para sofrer lesão 
celular. 
Fatores limitantes: fatores que fazem uma hipertrofia 
fisiológica se tornar uma hipertrofia patológica. 
↪Suprimento vascular: o suprimento vascular não 
acompanha a hipertrofia das células. 
↪Capacidade oxidativa das mitocôndrias: não há 
mais mitocôndria suficiente para suprir a função da 
célula. 
↪Síntese e degradação de proteínas: desequilíbrio 
↪Síntese de citoesqueleto: déficit no citoesqueleto 
muscular. 
Super estimulação hormonal: neoplasia endócrina 
pode super estimular outras glândulas endócrinas, 
como no caso de um adenoma na hipófise que 
produz excesso de ACTH que vai super estimular as 
glândulas adrenais, as quais vão produzir excesso de 
cortisol, o hipotálamo reconhece esse aumento de 
cortisol e manda parar a produção de ACTH, mas 
as células neoplásicas não respondem a esse 
mecanismo de feedback. 
Hipertrofia vicariante (de substituição): no caso do 
rim que possui uma neoplasia, a neoplasia comprime 
o hilo por onde entra a artéria renal e sai a veia 
renal, essa compressão do aporte de sangue 
oxigenado faz com esse rim se adapte a hipoxia, 
então esse rim sofre atrofia por deficiência de 
nutrientes. E o outro rim trabalha dobrado para 
suprir a disfunção do outro. Não há proliferação dos 
néfrons. 
 
Hipertrofia do fígado: ao ocorrer exposição crônica a 
fenobarbital, fenitoína, álcool. Os hepatócitos 
precisam trabalhar mais na produção de enzimas 
(oxidases) para fazer a detoxicação dessas 
substancias (metabolizam essas substancias toxicas). 
Então ele terá que ter um REL e RER mais 
desenvolvido, assim fazendo aumentar de tamanho. 
 
Hiperplasia: é o aumento do número das células em 
um órgão, ou de parte de um órgão, em 
consequência de maior divisão celular com 
manutenção do padrão morfofuncional, ou seja, é a 
proliferação celular. Ocorre em celular lábeis (células 
em constante renovação – epiteliais) e estáveis (fora 
do ciclo celular que pode retornar ao ciclo celular 
quando estimuladas – fibroblasto, hepatócito). 
Hiperplasia fisiológica: estimulo hormonal. 
↪Ex: glândula mamaria – no individuo jovem é 
estimulado por vários hormônios na fase da 
puberdade e durante a lactação é estimulada para 
produção de leite, e quando cessa a lactação acaba 
o estimulo hormonal e ocorre a atrofia dos ductos 
novamente. 
Hiperplasia patológica: estimulo hormonal e reacional. 
Hiperplasia esplênica: resposta do tecido linfoide 
esplênico, podendo ter proliferação da polpa branca 
(linfócitos T e B) e da polpa vermelha (células da 
linhagem eritroide). Essa proliferação pode resultar 
na esplenomegalia (aumento do baço). 
↪Não confundir com congestão, porque congestão 
é quando há retenção de sangue. 
 
Hiperplasia prostática: ocorre na próstata devido ao 
estimulo da testosterona. Obstrui o trajeto da uretra 
causando retenção de urina com o aumento da 
próstata, e como consequência tem um maior 
esforço da vesícula urinaria para expulsar urina 
acarretando na hipertrofia desse musculo. 
 
Hiperparatireoidismo primário ou secundário: o 
primário é oriundo de uma neoplasia na paratireoide 
e o secundário tá relacionado a insuficiência renal 
crônica e desequilíbrio de cálcio e fosforo na dieta. 
↪Insuficiência renal crônica: ocorre lesão renal, 
perda de cálcio na urina, se diminui o cálcio ocorre 
estimulo do PTH que aumenta a retirada de cálcio 
dos ossos e aumentar a excreção de fosforo pelos 
rins. 
Hiperplasia reacional: ex: tecido de granulação, o qual 
se forma no processo de cicatrização. Nos equinos 
tem uma tendencia a produzir muito tecido de 
granulação. 
 
Atrofia: é uma redução do tamanho ou quantidade 
de componentes da célula após o crescimento 
normal ter atingido, assim o órgão diminui também. 
Patogenia: aumento na degradação de proteínas e 
redução de síntese, uma vez que a célula precisa 
reduzir sua capacidade funcional pois ela não 
consegue manter todas suas organelas presentes, 
então ela começa a retirar de circulação (degradar 
organelas pela via ubiquitina-proteassoma). 
Via ubiquitina-proteassoma: as proteínas que vão ser 
degradas são ligadas a proteína ubiquitina como 
forma de marcação dessa proteína, e o 
proteassoma reconhece as proteínas ligadas a 
ubiquitina como proteínas que devem ser 
degradadas e recicladas. 
Atrofia fisiológica: é observada durante a involução. 
Durante a involução pode ter redução do volume da 
célula (atrofia) ou deleção da célula (apoptose). 
↪Involução durante o desenvolvimento embrionário. 
↪Involução uterina pós-parto 
↪Involução da glândula mamaria 
↪Involução do timo 
 
 
 
Atrofia patológica: pode ser local ou generalizada 
↪Atrofia da musculatura esquelética por desuso ou 
diminuição do trabalho. 
 
• Histologia: observa a diminuição do diâmetro das 
fibras musculares 
 
↪Atrofia por perda de inervação: lesão de nervos 
periféricos ou compressão por neoplasia. Resulta em 
atrofia da musculatura. 
↪Atrofia por diminuição do fluxo sanguíneo: 
↪Atrofia por diminuição dos sinais tróficos 
(hormônios) 
↪Atrofia por insuficiência de nutrientes: ausência de 
alimentos 
↪Caquexia: o paciente tem doença crônica, em que 
o paciente produz a toxina fator de necrose tumoral, 
assim o animal começa a ter atrofia de musculo. 
↪Atrofia por compressão: 
• Hidronefrose: devido a cálculos ocorre a 
obstrução do ureter e a urina produzida se 
acumula na pelve renal e não tem por onde sair, 
assim vai comprimindo o parênquima diminuindo 
a passagem de sangue na região devido a 
pressão da urina. Assim, com a falta de sangue o 
néfron começa a atrofiar suas células. 
 
• Hidrocefalia: compressão da substancia branca 
porque o líquido cefalorraquidiano se acumula 
nas cavidades ventriculares. E o aumento da 
pressão do liquido dentro dos ventrículos 
comprime a substancia branca podendo até 
comprimir a cortical (desaparecendo a substancia 
branca) 
↪Atrofia por envelhecimento: 
• Desuso ou diminuição do trabalho: inatividade 
física 
• Diminuição do fluxo sanguíneo: aterosclerose 
• Insuficiência de nutrientes: idosos não se 
alimentam com alimento de qualidade. 
• Interrupção de sinais tróficos: após a menopausa 
perde o estimulo porestrógeno (mulher) e a 
andropausa reduz a produção de testosterona 
(homem). 
• Atrofia senil: associada a perda de células 
permanentes (neurônios e musculatura 
esquelética e cardíaca).

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