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História da Educação_Capítulo 01

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HISTÓRIA DAHISTÓRIA DA
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DEUNIDADE 1 – CONCEITOS DE
EDUCAÇÃO E HISTÓRIAEDUCAÇÃO E HISTÓRIA 
Autor(a): Jair Rodrigues da SilvaAutor(a): Jair Rodrigues da Silva 
Revisor(a): Maria da Conceição Fernandes deRevisor(a): Maria da Conceição Fernandes de
FrançaFrança
I N I C I A R
Introdução
Caro(a) estudante, 
Nesta unidade, vamos conhecer e debater os conceitos de educação e história. Nosso objetivo
maior nesta primeira unidade será o de refletir sobre a história da educação. 
Como futuros educadores, é de fundamental importância conhecermos os principais processos
históricos que fizeram a educação ser constituída como vemos hoje. Portanto vamos abordar
períodos históricos da evolução educacional e, ao longo da disciplina, nos deteremos na história
da educação brasileira. 
Inicialmente, é necessário que nos identifiquemos como seres históricos que somos. Isso porque
produzimos e vivenciamos história durante nossa ação de ser e estar no mundo. Somos sujeitos
históricos à medida que nos relacionamos em sociedade e dela participamos. 
Conhecer a história da educação é uma importante etapa de formação dos professores. É
Autor(a):
Jair Rodrigues da Silva
Revisor(a):
Maria da Conceição Fernandes de França
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO
E HISTÓRIA
INTRODUÇÃO 01
1.1 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA E A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR A HISTÓRIA
DA EDUCAÇÃO PARA A AÇÃO DOS FUTUROS EDUCADORE 02
1.2 A EDUCAÇÃO NA PRÉ-HISTÓRIA E A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE 13
1.3 A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE 14
1.4 A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA 30
SÍNTESE 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 1
1.1 Conceitos de educação e história e a importância de estudar
a história da Educação para a ação dos futuros educadores
Nessa primeira seção, vamos abordar os conceitos de educação e, posteriormente, de história.
Conceituar esses termos têm grande significado para a formação de educadores e educadoras. 
Abordaremos, em seguida, a importância do estudo da história da educação, sendo esse nosso
objetivo maior em toda a disciplina: realizar a reflexão sobre como os processos históricos
influenciam nos modos como concebemos a educação. 
Acreditamos que é por meio da consciência crítica, tanto do que é educação, quanto do que é
história e, principalmente, sobre a importância de estudar a história da educação, que futuros
docentes podem exercer sua prática em sala de aula de modo efetivo. 
1.1.1 Conceituando educação 
Quais os significados para o termo educação? A palavra permite diversas interpretações e
significados a depender do contexto em que se utiliza. De modo geral, educação se refere ao
ensino. Seja esse desenvolvido em instâncias formais ou não formais. De fato, é regra geral o
entendimento que educação não se restringe apenas à escola. 
Esse conceito de educação, que não é restrito à escola, é o que vamos discutir na seção.
Pensando nas sociedades pré-históricas, ou seja, nas sociedades tribais, não havia uma
organização de escola tal como conhecemos atualmente e nem parecida. 
Todavia podemos dizer seguramente que a educação era presente no cotidiano dessas
sociedades. Isso porque as pessoas passavam o conhecimento sobre a vida como modo de
sobrevivência. O conhecimento era passado a partir das interações familiares e em comunidade.
Os mais novos aprendiam lições importantes para sua própria sobrevivência. Lições referentes
aos alimentos, perigos etc. Sendo assim, a educação era exercida como atividade fundamental
para a manutenção da vida. 
necessário ter consciência crítica dos processos evolutivos e dos diferentes momentos históricos
da educação, o que sem dúvidas nos conduziu aos sistemas de ensino e os modos de conceber
as atividades de ensino-aprendizagem como conhecemos e praticamos na atualidade. 
Bons estudos!
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 2
Nesse contexto, não havia um lugar privilegiado para a atividade de ensino-aprendizado, assim,
podemos entender que se tratava de uma educação não formal, como ainda é comum nos dias
de hoje. Ainda sobre sociedades tribais, Aranha (2006) disse: 
É possível entender que, de modo geral, as sociedades primitivas não possuíam um Estado,
sem correr risco de cair no etnocentrismo, que é o risco de julgar uma sociedade tendo como
referência a cultura, como menciona Aranha (2006). Dizemos que as sociedades antigas não
tinham necessidade de instituições como bancos, hospitais, escolas etc. Diante dessa
perspectiva, essas sociedades não se ressentiam da falta dessas instituições, incluindo a escola.
Quando se tratava da educação das crianças, o modo de ensino era por meio do exemplo, da
atividade prática. Em um ambiente assim, não havia um ente especial destinado à tarefa de
ensinar. Aranha (2006) ressalta que: 
Entretanto, como foi dito, não é por isso que a relação de ensino e aprendizado deixava de
existir no cotidiano dessas comunidades. A educação estava presente como uma atividade
permanente. Como uma ação de se constituir um sujeito histórico e de produzir história. Essas
sociedades eram prioritariamente orais, mas, ainda assim, deixaram registradas ao longo de
séculos seus conhecimentos. Seus registros eram feitos por meio da pintura rupestre, pintadas
em cavernas que, ainda hoje, preservam suas marcas, conforme exemplo da Figura 1. 
Estamos tão acostumados com a escola que às vezes nos parece estranho
o fato de que essa instituição não existiu sempre, em todas as sociedades.
Nos demais capítulos, veremos as condições do aparecimento da escola,
as transformações ao longo do tempo, e também a relação indissolúvel
entre ela e o modo pelo qual os indivíduos interagem para produzir a sua
existência (ARANHA, 2006, p. 32). 
Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos
adultos nas atividades diárias e nos rituais. Tanto nas tribos nômades
como naquelas que já se sedentarizaram, para se ocupar com a caça, a
pesca, o pastoreio ou a agricultura, as crianças aprendem “para a vida e
por meio da vida”, sem que ninguém esteja especialmente destinado para
a tarefa de ensinar (ARANHA, 2006, p. 35). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 3
Figura 1 – Pintura rupestre: Curva de las manos, Argentina. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 30/10/2020.
Como atestado de sua atividade, inclusive educacional, as pinturas rupestres mostram a relação
do homem “primitivo” com a natureza e seus costumes em suas comunidades, a Figura 1
remonta aparentemente à caça (as aspas indicam que pelo fato de ser de uma sociedade da
Pré-história, não necessariamente é classificada como primitivo, em um sentido pejorativo da
palavra), conforme destaca Aranha (2006). 
No Brasil, é possível encontrar sítios arqueológicos com pinturas rupestres em diversos Estados.
Essas pinturas testemunham a ação da sociedade pré-histórica e são também um registro de
ação educativa, mesmo antes de sua descoberta. 
#PraCegoVer: Fotografia da pintura rupestre “Cueva de las manos”, feita
há aproximadamente 9.000 anos por indígenas locais, na atual Argentina. A
parede, na qual as figuras foram pintadas, é pedregosa e da cor bege. Uma
cena de caça está representada. Na parte superior há, em preto, formas de
animais galopando, provavelmente guanacos, caça comum na época. Em
meio aos guanacos, há figuras em amarelo, designando os membros da
tribo coordenando a caça. Abaixo dos sete animais correndo em bando, há
um desenho na cor vermelha, três círculos (um dentro do outro),
designando uma ferramenta de caça. Do lado direito à ferramenta, há a
marca de uma mão, também em vermelho. Em volta dessa mão, marcas de
respingos em tinta vermelha. 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 4
Educação pode ser compreendida como um ato indissociável da experiência humana. Desse
modo, o conceito de educação se torna perene, pois, de modo geral, estamos sempre
aprendendo e ensinando algo, e isso, não se dá de modo isolado. 
O educador Paulo Freire (1921-1997) defendeu que aprendemose ensinamos mediatizados
pela experiência humana. Em suas palavras, “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987, p. 79). 
No pensamento de Freire (1996), a educação existe à medida em que agimos e nos
relacionamos. Como também aprendemos por meio dos conhecimentos científicos adquiridos
pela humanidade ao longo de toda a história. Assim, a educação se converte em um ato
essencial e comum a todos os povos em diferentes épocas. 
Desde que a família e a sociedade se constituíram, a educação é parte indissociável de sua
cultura. Muitas vezes funciona como um ato informal de construção de conhecimento, como em
um exemplo de coisas que nossos familiares nos ensinaram. Como Bittar (2009) afirma: 
VOCÊ QUER LER?
Recomendamos a leitura dos livros Pedagogia da autonomia e Pedagogia do oprimido,
de Paulo Freire. Trata-se de livros de grande importância para a formação de
educadores, trazendo um conteúdo histórico da pedagogia brasileira. Em especial,
Pedagogia da autonomia se trata de um “manual” da prática docente, ou seja, é um livro
sobre o ato de ensinar e suas exigências a todo educador e educadora consciente da
importância da ética e do compromisso com a relação ensino-aprendizagem. 
Desde que os homens passaram a viver em sociedade a educação esteve
presente, ou seja, todos os agrupamentos humanos, em qualquer nível de
seu desenvolvimento, praticaram e praticam a educação, primeiramente,
Educação pode ser compreendida como um ato indissociável da experiência humana. Desse
modo, o conceito de educação se torna perene, pois, de modo geral, estamos sempre
aprendendo e ensinando algo, e isso, não se dá de modo isolado. 
O educador Paulo Freire (1921-1997) defendeu que aprendemos e ensinamos mediatizados
pela experiência humana. Em suas palavras, “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987, p. 79). 
No pensamento de Freire (1996), a educação existe à medida em que agimos e nos
relacionamos. Como também aprendemos por meio dos conhecimentos científicos adquiridos
pela humanidade ao longo de toda a história. Assim, a educação se converte em um ato
essencial e comum a todos os povos em diferentes épocas. 
Desde que a família e a sociedade se constituíram, a educação é parte indissociável de sua
cultura. Muitas vezes funciona como um ato informal de construção de conhecimento, como em
um exemplo de coisas que nossos familiares nos ensinaram. Como Bittar (2009) afirma: 
VOCÊ QUER LER?
Recomendamos a leitura dos livros Pedagogia da autonomia e Pedagogia do oprimido,
de Paulo Freire. Trata-se de livros de grande importância para a formação de
educadores, trazendo um conteúdo histórico da pedagogia brasileira. Em especial,
Pedagogia da autonomia se trata de um “manual” da prática docente, ou seja, é um livro
sobre o ato de ensinar e suas exigências a todo educador e educadora consciente da
importância da ética e do compromisso com a relação ensino-aprendizagem. 
Desde que os homens passaram a viver em sociedade a educação esteve
presente, ou seja, todos os agrupamentos humanos, em qualquer nível de
seu desenvolvimento, praticaram e praticam a educação, primeiramente,
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 5
Adversative Cars are convenient, but they are expensive.
Causal I will not buy a car, because I have no money.
Temporal
He left his hometownin 1979. At the time, he was
only a little boy.
LEXICAL
Reiteration
I saw a boy playing basketball. The boy is Tom’s
brother.
Synonymy
I saw a boy playingbasketball. The lad is Tom’s
brother.
Hyponymy
I saw a boy playingbasketball. The child is Tom’s
brother.
Fonte: WANG; GUO, 2014, p. 463.
Vamos discorrer, ainda, na disciplina, sobre as estratégias de produção de texto na língua inglesa pautadas
nos diferentes gêneros textuais, conhecendo as estruturas básicas deles, para produzir conteúdo fluente na
língua-alvo.
1.1.1 Elementos de textualidade
O texto, como objeto com função interacional, precisa contemplar a organização textual, bem como os
elementos de textualidade, a fim de se tornar completo em sentido e transmitir uma mensagem sem ruídos.
Estes são causados pelas interferências de compreensão, que são capazes de impactar negativamente na
compreensão do leitor/receptor do texto em si. Então, vamos conhecer os elementos que devem ser
utilizados para recobrir os textos de sentido, fazendo com que ele atue efetivamente para a interação
autor/leitor, considerando-os como eventos comunicativos, de acordo com Marcuschi (2008, p. 94), pois “um
texto é uma proposta de sentido e ele só se completa com a participação do seu leitor/ouvinte. Na produção
de um texto, não entram apenas fenômenos estritamente linguísticos”.
Adversative Cars are convenient, but they are expensive.
Causal I will not buy a car, because I have no money.
Temporal
He left his hometownin 1979. At the time, he was
only a little boy.
LEXICAL
Reiteration
I saw a boy playing basketball. The boy is Tom’s
brother.
Synonymy
I saw a boy playingbasketball. The lad is Tom’s
brother.
Hyponymy
I saw a boy playingbasketball. The child is Tom’s
brother.
Fonte: WANG; GUO, 2014, p. 463.
Vamos discorrer, ainda, na disciplina, sobre as estratégias de produção de texto na língua inglesa pautadas
nos diferentes gêneros textuais, conhecendo as estruturas básicas deles, para produzir conteúdo fluente na
língua-alvo.
1.1.1 Elementos de textualidade
O texto, como objeto com função interacional, precisa contemplar a organização textual, bem como os
elementos de textualidade, a fim de se tornar completo em sentido e transmitir uma mensagem sem ruídos.
Estes são causados pelas interferências de compreensão, que são capazes de impactar negativamente na
compreensão do leitor/receptor do texto em si. Então, vamos conhecer os elementos que devem ser
utilizados para recobrir os textos de sentido, fazendo com que ele atue efetivamente para a interação
autor/leitor, considerando-os como eventos comunicativos, de acordo com Marcuschi (2008, p. 94), pois “um
texto é uma proposta de sentido e ele só se completa com a participação do seu leitor/ouvinte. Na produção
de um texto, não entram apenas fenômenos estritamente linguísticos”.
Educação pode ser compreendida como um ato indissociável da experiência humana. Desse
modo, o conceito de educação se torna perene, pois, de modo geral, estamos sempre
aprendendo e ensinando algo, e isso, não se dá de modo isolado. 
O educador Paulo Freire (1921-1997) defendeu que aprendemos e ensinamos mediatizados
pela experiência humana. Em suas palavras, “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987, p. 79). 
No pensamento de Freire (1996), a educação existe à medida em que agimos e nos
relacionamos. Como também aprendemos por meio dos conhecimentos científicos adquiridos
pela humanidade ao longo de toda a história. Assim, a educação se converte em um ato
essencial e comum a todos os povos em diferentes épocas. 
Desde que a família e a sociedade se constituíram, a educação é parte indissociável de sua
cultura. Muitas vezes funciona como um ato informal de construção de conhecimento, como em
um exemplo de coisas que nossos familiares nos ensinaram. Como Bittar (2009) afirma: 
VOCÊ QUER LER?
Recomendamos a leitura dos livros Pedagogia da autonomia e Pedagogia do oprimido,
de Paulo Freire. Trata-se de livros de grande importância para a formação de
educadores, trazendo um conteúdo histórico da pedagogia brasileira. Em especial,
Pedagogia da autonomia se trata de um “manual” da prática docente, ou seja, é um livro
sobre o ato de ensinar e suas exigências a todo educador e educadora consciente da
importância da ética e do compromisso com a relação ensino-aprendizagem. 
Desde que os homens passaram a viver em sociedade a educação esteve
presente, ou seja, todos os agrupamentos humanos, em qualquer nível de
seu desenvolvimento, praticarame praticam a educação, primeiramente,
O conceito essencial de educação permanece o mesmo desde a Antiguidade. Ou seja, a palavra
educação está intimamente ligada à ação de aprender e ensinar. Mas, ao longo do tempo, essa
concepção ganhou novas interpretações e significados. É presumível que essa evolução
aconteça, haja vista que o mundo em suas relações evoluiu. No tocante de nosso objeto de
estudo, a história da educação, igualmente evoluiu. 
Para nossos dias, qual o significado de educação? Atualmente, a educação, para algumas
pessoas, não se separa mais de escola. Outros veem nela um dever, uma obrigatoriedade.
Veremos, nas próximas unidades, que a educação, no Brasil, era um privilégio de poucos. Mas,
e hoje, qual a concepção de educação? 
no ambiente familiar. Foi assim que aconteceu nas sociedades da
Antiguidade, que existiram milênios antes do nascimento de Jesus. Dessa
forma, educação não é o mesmo que escola. Esta última é uma invenção
da humanidade no seu processo histórico para difundir conhecimento de
forma sistematizada (BITTAR, 2009, p. 17). 
VOCÊ QUER VER?
O Documentário – Caminhos da educação, apresentado pela TV Justiça, inicia com uma
grande provocação a todos os profissionais da educação; comparando a escola a uma
linha de montagem que não admite “atrasos” e é regulada pelo tempo. Caminhos da
educação é uma fonte de inspiração para os futuros docentes e sobre a escola que
temos na atualidade e a que queremos para as futuras gerações.
🎥🎥 Documentário - Caminhos da educação🎥🎥 Documentário - Caminhos da educação
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 6
https://youtu.be/tsvDLtxMD5A
Na Pré-história, como vimos, a educação era para a vida e sobre a vida, de modo que tinha
como primazia conduzir o sujeito à autonomia, para que pudesse sobreviver no ambiente hostil
em que as pessoas viviam. Outro viés de autonomia está em Pedagogia da Autonomia, do
educador Paulo Freire. Nessa obra, Freire defende que aquele que ensina, também, aprende ao
ensinar, pois a educação é um ato dialógico.
Resumidamente, pode-se dizer que a educação é um ato inerente à ação humana, e sempre
existiu, desde as primeiras sociedades. É claro que o conceito de educação foi ganhando
diferentes interpretações e, também, porque não dizer, evoluções ao longo da história. E você, o
que pensa? Concorda com as definições até aqui?
1.1.2 Conceituando história 
Seguindo em nossa disciplina, passamos agora ao objetivo de conceituar o termo história, para
tanto, iniciamos com uma citação do educador Paulo Freire, na qual o autor nos fala sobre a
experiência de estarmos no mundo como sujeitos históricos.
Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
Quem ensina ensina alguma coisa a alguém. Por isso é que, do ponto de
vista gramatical, o verbo ensinar é um verbo transitivo-relativo. Verbo que
pede um objeto direto – alguma coisa – e um objeto indireto – a alguém
(FREIRE, 1996, p. 23). 
O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe
numa posição em face do mundo que não é de quem nada tem a ver com
ele. Afinal, minha presença no mundo não é a de quem se adapta mas a de
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 7
Esse conceito de sermos sujeitos históricos é defendido por diferentes pesquisadores. Entre
eles, Aranha (2006) aborda nossa ação de estar no mundo enquanto seres produtores de
história.
Pensar a história significa refletir sobre nossa própria existência. Significa também problematizar
sobre o futuro, de modo a ter referências para não perpetuar discursos e injustiças históricas.
Como nos casos dos povos indígenas e africanos, por exemplo. 
Ao estudar o percurso histórico da humanidade, podemos ressignificar um olhar de cuidado para
a manutenção das tradições e cultura de um povo e de seus territórios. Essa é uma ação de
estar no mundo pertinente à ação dos educadores e educadoras. 
Olhar para a história é desvendar nossos olhos para compreender o passado, problematizar o
presente e planejar o futuro. Sobretudo quando nosso objeto de estudo é a história da
Educação, tema que merece destaque na tarefa de formação de professores(as). 
Afinal, o que é história? 
Segundo o artigo de Lee (2011), história é:
quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto,
mas sujeito também da História (FREIRE, 1996, p. 54). 
Somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no
tempo, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal,
como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós
mesmos e a cultura a que pertencemos. Cada geração assimila a herança
cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança (ARANHA,
2006, p. 6). 
A História diz respeito ao estudo do passado e não do futuro. Mas algum
conhecimento sobre o passado nos dá um alcance (mesmo que ligeiro)
sobre o futuro. Esse alcance não é fortalecido pela tentativa de fazer da
Esse conceito de sermos sujeitos históricos é defendido por diferentes pesquisadores. Entre
eles, Aranha (2006) aborda nossa ação de estar no mundo enquanto seres produtores de
história.
Pensar a história significa refletir sobre nossa própria existência. Significa também problematizar
sobre o futuro, de modo a ter referências para não perpetuar discursos e injustiças históricas.
Como nos casos dos povos indígenas e africanos, por exemplo. 
Ao estudar o percurso histórico da humanidade, podemos ressignificar um olhar de cuidado para
a manutenção das tradições e cultura de um povo e de seus territórios. Essa é uma ação de
estar no mundo pertinente à ação dos educadores e educadoras. 
Olhar para a história é desvendar nossos olhos para compreender o passado, problematizar o
presente e planejar o futuro. Sobretudo quando nosso objeto de estudo é a história da
Educação, tema que merece destaque na tarefa de formação de professores(as). 
Afinal, o que é história? 
Segundo o artigo de Lee (2011), história é:
quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto,
mas sujeito também da História (FREIRE, 1996, p. 54). 
Somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no
tempo, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal,
como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós
mesmos e a cultura a que pertencemos. Cada geração assimila a herança
cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança (ARANHA,
2006, p. 6). 
A História diz respeito ao estudo do passado e não do futuro. Mas algum
conhecimento sobre o passado nos dá um alcance (mesmo que ligeiro)
sobre o futuro. Esse alcance não é fortalecido pela tentativa de fazer da
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 8
Nas palavras de Lee (2011), história remete ao passado, entretanto, com vistas ao futuro. Um
futuro que se quer consciente, a partir das referências do passado. Daí a sua importância como
atividade essencial para as sociedades. O estudo da história se faz elementar no ato educativo. 
Todavia, história sem educação inexiste, pois a primazia da história é nos ensinar com a
experiência, com o saber acumulado pela ação humana. 
Desse modo, conclui-se que educação e história não se separam. Ao contrário, é pela ação da
primeira e a consciência da segunda que se constrói o fazer docente. Por isso, temos a
necessidade tão fortemente de, na formação de docentes, comungar a história da educação.
1.1.3 A importância de estudar história da educação 
Como visto, estudar a história da educação consiste em uma tarefa essencial para educadores e
educadoras. Uma ação de considerar os aspectos históricos durante seu fazer docente. Isso
porque, ao se ministrar sobre a colonização do Brasil, pode-se referir erroneamente aos
africanos traficados, muitas vezes de modo ingênuo, utilizando-se o termo escravos para nomeá-
los; ao passo que o condizente seria utilizar o termo escravizados. Essa diferença pode parecer
tênue, mas está carregada de sentidos.
Figura 2 – Escultura representando a libertação de escravos.Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 30/10/2020.
história uma fonte pseudocientífica de predições: ela somente tem alguma
coisa distinta a oferecer quando nos reportamos a ela (LEE, 2011, p. 37). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 9
As pessoas que foram trazidas, pelo uso da força, ao Brasil não eram escravos em sua origem.
O fato de serem submetidas ao trabalho escravo é uma condição imposta a esses seres
humanos. Portanto, estavam escravizados, mas não foram escravos por opção. 
Outro exemplo é atribuir aos indígenas um rótulo de pessoas primitivas e sem cultura. Ou, por
falta de conhecimento, aceitar o argumento que as mulheres de épocas passadas preferiam
todas estar à margem do estudo, como na época em que as escolas eram somente para
homens. 
O que queremos enfatizar é que o educador tem a incumbência de conhecer a história. Ainda
que não seja um historiador por natureza, seu discurso e suas ações devem conter uma prática,
nas palavras de Freire (1996), inacabada. E, por conseguinte, imbuída de curiosidade, de ética,
de inteligência, de luta contra os descaminhos.
Por fim, concluindo nosso estudo sobre a importância de se estudar a história da educação,
deixamos como reflexão final a contribuição de Aranha (2006), a respeito dessa necessidade
primária para a formação docente:
#PraCegoVer: Fotografia de uma escultura sobre a libertação dos
escravos. Sob um céu azul sem nuvens, há uma mulher negra com um
turbante laranja, posicionada à altura do peitoral de um homem,
observando-o. Ele também é negro, possui cabelos curtos e cacheados, e
está com os braços erguidos ao céu, segurando duas correntes
quebradas, como se houvesse acabado de arrebentá-las com as forças
dos braços. 
Naturalmente, o que de maneira permanente me ajudou a manter esta
certeza foi a compreensão da História como possibilidade e não como
determinismo, de que decorre necessariamente a importância do papel da
subjetividade na História, a capacidade de comparar, de analisar, de
avaliar, de decidir, de romper e por isso tudo, a importância da ética e da
política (FREIRE, 1996, p. 145). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 10
Chegamos ao fim da primeira seção de nossa disciplina. Esperamos que os conceitos discutidos
aqui tenham sido significativos para você e sua prática, ou ainda, prática futura como docente.
Seguramente, os assuntos discutidos aqui têm notória importância para a formação de
educadores e educadoras. 
Reflita: você concorda com os conceitos que abordamos? Quais suas opiniões?
Página não encontrada
VO LTA R
A página que você está procurando não existe, ou foi movida.
Da mesma maneira, com a história da educação construímos
interpretações sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua
cultura e criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Por
isso, é indispensável que o educador consciente e crítico seja capaz de
compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em
relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não
meramente intuitiva e ao acaso (ARANHA, 2006, p. 07). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 11
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 12
Para o educador Paulo Freire, em sua obra Pedagogia da autonomia (1996) defendeu que 
a educação é um ato inerente à experiência humana.
A partir das ideias de Paulo Freire (1996) a esse respeito, marque verdadeiro ou falso 
acerca do modo como as pessoas se educam no pensamento do autor.
I. ( ) As pessoas se educam sozinhas, sendo autodidatas e pesquisadoras do saber do 
mundo.
II. ( ) As pessoas aprendem quando da presença do mestre e por seu saber de mundo.
III. ( ) As pessoas aprendem quando estão na companhia de seus iguais e pelo saber 
acumulado dos mestres.
IV. ( ) As pessoas aprendem mediatizadas pelo mundo e na medida em que convivem e 
trocam experiências.
V. ( ) As pessoas se educam no ambiente escolar que se constitui em um ambiente 
privilegiado para a educação.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V, V, F, V, F.a
F, V, F, V, V.c
V, F, V, F, F.b
F, F, F, V, F.d
V, F, V, F, V.e
Paulo Freire
Gabarito na página 38
Atividade não pontuada
Teste seus conhecimentos
1.2 A educação na Pré-história e a educação na Antiguidade
Chegamos à segunda seção da disciplina e a partir de agora, conscientes da importância do
estudo da história da educação para a formação de educadores e educadoras, podemos olhar
para a história munidos da consciência inquietante sobre como os fatores históricos vão
influenciar nossos discursos e práticas na educação. Em especial, queremos destacar que foi
nas comunidades da Pré-história que a educação em seu estado primeiro floresceu: o de
aprender junto ao outro.
1.2.1 Educação na Pré-história 
Como vimos anteriormente, o ato de educar sempre fez parte dos agrupamentos humanos como
uma atividade elementar de manutenção da vida e da autonomia dos entes de um grupo. 
Vale ressaltar que as sociedades tribais da Pré-história possuíam diferentes modos de
organização social, de viver e agir sobre a natureza. Não podemos generalizar todas as diversas
sociedades tribais agindo e intervindo na natureza de igual modo. Todavia, é consenso que o
modo místico e divino como viam as forças da natureza é uma marca que predominavam em
diferentes povos antigos. 
O modo como se relacionavam em comunidade e as formas de conceber a educação era
coletiva e homogênea, não havia supremacia.
O ensino prático dos mais jovens abrangia a formação para a vida. Era uma formação integral
para o indivíduo exercer sua autonomia na comunidade. Geralmente, esse conhecimento não
tinha imposição e o tempo de assimilação de cada indivíduo poderia ser respeitado. Isso porque
não havia um sistema que regulava o tempo e impunha condições. 
O conhecimento era passado de geração a geração de modo prático e oral, pois ainda não havia
a escrita. A relação mítica com a natureza imprimia especial relação do homem com os
A organização social das tribos baseia-se em uma estrutura que mantêm
homogêneas as relações, sem a dominação de um segmento sobre o
outro. Mesmo que a divisão de tarefas leve as pessoas a exercerem
funções diferentes, o trabalho e o seu produto são sempre coletivos.
Também as atividades das mulheres adquirem um caráter social, por não
se restringirem ao mundo doméstico (ARANHA, 2006, p. 35). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 13
elementos da natureza. Nesse contexto, podemos destacar os ritos de passagem, da infância
para a vida adulta para citar um exemplo. 
Outros ritos que podemos destacar se relacionam ao nascimento e a morte. O conhecimento e
aprendizado dos diferentes ritos obedeciam sempre à própria vivência. Portanto, todo o
conhecimento era, além de útil para a vida em sociedade, significativo, pois para aprender era
necessária uma experiência real por parte do indivíduo com seu objeto de conhecimento. 
Podemos supor que, nesse sistema de ensino, não havia uma teoria dos conhecimentos. Não
havia o ensinamento teórico e sistematizado sobre a técnica de pescar, por exemplo.
Semelhantemente, todos os indivíduos tinham acesso aos diversos conhecimentos disponíveis
na sociedade. O que trazia oferta de conhecimento e de oportunidade para todos. 
Outro fator especial é que os entes daquela sociedade faziam diversos afazeres para o bem
comum do grupo. Nesse contexto, era necessário aprender diversas atividades. Era comum ter
mais de um “mestre” que ensinava o ofício ao “aprendiz”. Para aprender era necessário,
podemos crer, vivenciar a partir do ponto de vista de cada “mestre”, que era necessariamente
um parceiro mais experiente daquela cultura. 
Ainda não havia um ente destinado ao ofício de ensinar. Como já dito, os indivíduos daquela
sociedade faziam diversas atividades. Esse tipo de organização nos remete à cultura indígena
brasileira, o que nos leva a crer que a relação de ensino e aprendizagem já existia, no Brasil,
muito antes da colonização. 
Como vimos,uma forma de registro era a pintura rupestre nas paredes das cavernas. Essas
pinturas remetiam aos afazeres daquela comunidade e seu registro servia como modo de
ensinamento, não só aos mais jovens, mas possivelmente para outras gerações, perpetuando,
assim, a cultura daquele povo.
3 Educação na Antiguidade
m a criação da escrita, os modos de ensinar sofrem grandes mudanças. Nessa parte da história
manidade a vida nas sociedades tribais começa a dar espaço a organizações maiores, pois
ades começam a surgir e, com isso, há maiores necessidades de controle das atividades, confor
ne Aranha (2006). É possível depreender que o modo de passar o conhecimento também mudou
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 14
1.3 Educação na Antiguidade
Com a criação da escrita, os modos de ensinar sofrem grandes mudanças. Nessa parte da história 
da humanidade a vida nas sociedades tribais começa a dar espaço a organizações maiores, pois as 
cidades começam a surgir e, com isso, há maiores necessidades de controle das atividades, conforme 
define Aranha (2006). É possível depreender que o modo de passar o conhecimento também mudou.
antes o conhecimento era disponível a todos, agora, os interesses se sobrepõem ao bem com
endido nas antigas sociedades tribais. Ainda de acordo com Aranha (2006), a educação passo
nder interesses de parcelas menores das sociedades e relações de poder se estabelecem. 
início do surgimento das classes sociais e dos papéis definidos nas novas cidades. Já não é m
sível que as mulheres tenham autonomia no meio social, ao contrário disso, fica-lhe outorgad
el doméstico e de procriação. Desse modo, percebemos que a educação passa a ser para pouco
sse momento, surgiu a escravidão e o direito de posse de terras, animais etc. Portanto
hecimento necessário para manter esses bens, já não poderia ser ensinado a todos os entes
munidade. Foi preciso criar modos de perpetuar as posses e a hegemonia, e o conhecimento er
do de manutenção dessas elites que surgiam. A educação começou a ser restrita e excludente.
e modelo de educação, excludente e de manutenção dos privilégios passou a se assemelhar com
emas educacionais que conhecemos atualmente. O que evidencia que a história da educaçã
A escrita surge como uma necessidade da administração dos negócios, à medida
que as atividades se tornam mais complexas. As transformações técnicas e o
aparecimento das cidades e decorrência da produção excedente e da
comercialização alteraram as relações humanas e o modo de sua sociabilidade.
Com o tempo, enquanto nas tribos a organização social era homogênea, indivisa,
foram criadas hierarquias devido a privilégios de classes, e no trabalho
apareceram formas de servidão e escravismo; as terras de uso comum passaram
a ser administradas pelo Estado, instituição criada para legitimar o novo regime
de propriedade; a mulher, que na tribo desempenhava destacado papel social,
ficou restrita ao lar, submetida a rigoroso controle da fidelidade, a fim de se
garantir a herança apenas para os filhos legítimos (ARANHA, 2006, p. 35). 
Finalmente o saber, antes aberto a todos, tornou-se patrimônio e privilégio da
classe dominante. Nesse momento surgiu a necessidade da escola, para que
apenas alguns iniciados tivessem acesso ao conhecimento. Se analisarmos
atentamente a história da educação, veremos como a escola, ao elitizar o saber,
tem desempenhado um papel de exclusão da maioria (ARANHA, 2006, p. 35). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 15
Se antes o conhecimento era disponível a todos, agora, os interesses se sobrepõem ao bem comum, 
defendido nas antigas sociedades tribais. Ainda de acordo com Aranha (2006), a educação passou a 
atender interesses de parcelas menores das sociedades e relações de poder se estabelecem.
É o início do surgimento das classes sociais e dos papéis definidos nas novas cidades. Já não é mais 
possível que as mulheres tenham autonomia no meio social, ao contrário disso, fica-lhe outorgado o 
papel doméstico e de procriação. Desse modo, percebemos que a educação passa a ser para poucos.
Nesse momento, surgiu a escravidão e o direito de posse de terras, animais etc. Portanto, o 
conhecimento necessário para manter esses bens, já não poderia ser ensinado a todos os entes da 
comunidade. Foi preciso criar modos de perpetuar as posses e a hegemonia, e o conhecimento era 
o modo de manutenção dessas elites que surgiam. A educação começou a ser restrita e excludente.
Esse modelo de educação, excludente e de manutenção dos privilégios passou a se assemelhar com 
os sistemas educacionais que conhecemos atualmente. O que evidencia que a história da educação 
é marcada por desigualdades e injustiças sociais ao longo de sua trajetória. Essas transformações
antes o conhecimento era disponível a todos, agora, os interesses se sobrepõem ao bem com
endido nas antigas sociedades tribais. Ainda de acordo com Aranha (2006), a educação passo
nder interesses de parcelas menores das sociedades e relações de poder se estabelecem. 
início do surgimento das classes sociais e dos papéis definidos nas novas cidades. Já não é m
sível que as mulheres tenham autonomia no meio social, ao contrário disso, fica-lhe outorgad
el doméstico e de procriação. Desse modo, percebemos que a educação passa a ser para pouco
sse momento, surgiu a escravidão e o direito de posse de terras, animais etc. Portanto
hecimento necessário para manter esses bens, já não poderia ser ensinado a todos os entes
munidade. Foi preciso criar modos de perpetuar as posses e a hegemonia, e o conhecimento er
do de manutenção dessas elites que surgiam. A educação começou a ser restrita e excludente.
e modelo de educação, excludente e de manutenção dos privilégios passou a se assemelhar com
emas educacionais que conhecemos atualmente. O que evidencia que a história da educaçã
A escrita surge como uma necessidade da administração dos negócios, à medida
que as atividades se tornam mais complexas. As transformações técnicas e o
aparecimento das cidades e decorrência da produção excedente e da
comercialização alteraram as relações humanas e o modo de sua sociabilidade.
Com o tempo, enquanto nas tribos a organização social era homogênea, indivisa,
foram criadas hierarquias devido a privilégios de classes, e no trabalho
apareceram formas de servidão e escravismo; as terras de uso comum passaram
a ser administradas pelo Estado, instituição criada para legitimar o novo regime
de propriedade; a mulher, que na tribo desempenhava destacado papel social,
ficou restrita ao lar, submetida a rigoroso controle da fidelidade, a fim de se
garantir a herança apenas para os filhos legítimos (ARANHA, 2006, p. 35). 
Finalmente o saber, antes aberto a todos, tornou-se patrimônio e privilégio da
classe dominante. Nesse momento surgiu a necessidade da escola, para que
apenas alguns iniciados tivessem acesso ao conhecimento. Se analisarmos
atentamente a história da educação, veremos como a escola, ao elitizar o saber,
tem desempenhado um papel de exclusão da maioria (ARANHA, 2006, p. 35). 
rcada por desigualdades e injustiças sociais ao longo de sua trajetória. Essas transformaç
rcaram de modo contundente o processo de ensino. 
todo esse tempo, não vimos ainda aparecer a instituição escolar. Vamos nos deter ainda na ép
Antiguidade e falar sobre as sociedades grega e romana. Para tanto vamos recorrer à obra de B
09, p. 16):
mos em Bittar (2009) que a escola nasceu com o objetivo de manutenção de interesses das clas
iais privilegiadas, e era destinada a passar sabedoria e conhecimento para que, quem o detive
esse controlar a vida nas sociedades. Vimos aqui que a escola surgiu em virtude do interesse 
sses superiores e que procuravam, assim, a hegemonia. 
ar (2009) nos mostra que foi assim desde os egípcios, passando pela cultura greco-romana at
cação de influência cristã que, no Brasil, foi a precursora das primeiras escolas nos tempos
onização brasileira por Portugal, tendo seu início em 1530. 
s sociedades gregaspredominavam a separação de educação por classes sociais, em espe
ela destinada às classes dominantes com o objetivo de manutenção do poder de controla
iedade.
As primeiras notícias que temos sobre a escola nos mostram que só tinham
direito a frequentá-la os filhos das classes sociais privilegiadas. Foi assim no
Egito, cuja supremacia foi reconhecida pelos gregos, educadores dos romanos, e
pelas posteriores manifestações cristãs. As duas culturas – greco-romana e cristã
– incorporaram elementos do Oriente Próximo, reconhecendo nos egípcios a
origem da cultura, da sabedoria, da instrução. 
Antes de tudo, predominava a separação dos processos educativos segundo as
classes sociais, porém, menos rígidos e com tendência à democracia. Também
nessa sociedade de base escravista, encontraremos um modelo educativo para a
classe dominante com o objetivo de formá-la para as tarefas de poder. Em
contrapartida, para os trabalhadores, nenhuma escola, só o treinamento para o
trabalho (BITTAR, 2009, p. 17). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 16
marcaram de modo contundente o processo de ensino.
Em todo esse tempo, não vimos ainda aparecer a instituição escolar. Vamos nos deter ainda na época 
da Antiguidade e falar sobre as sociedades grega e romana. Para tanto vamos recorrer à obra de 
Bittar (2009, p. 16):
Vemos em Bittar (2009) que a escola nasceu com o objetivo de manutenção de interesses das classes 
sociais privilegiadas, e era destinada a passar sabedoria e conhecimento para que, quem o detivesse 
pudesse controlar a vida nas sociedades. Vimos aqui que a escola surgiu em virtude do interesse das 
classes superiores e que procuravam, assim, a hegemonia.
Bittar (2009) nos mostra que foi assim desde os egípcios, passando pela cultura greco-romana até 
a educação de influência cristã que, no Brasil, foi a precursora das primeiras escolas nos tempos da 
colonização brasileira por Portugal, tendo seu início em 1530.
Nas sociedades gregas predominavam a separação de educação por classes sociais, em especial 
aquela destinada às classes dominantes com o objetivo de manutenção do poder de controlar a 
sociedade.
ardadas as devidas proporções, seriam essas as bases que deram origem aos sistem
cacionais contemporâneos que temos, ou seja, ofertar uma educação apenas elementar e técn
a os trabalhadores e o ensino superior para as classes sociais mais privilegiadas. Olhando para e
ema educacional greco-romano, e de outras épocas futuras, é impossível não remeter à no
temporaneidade. 
mportante notar como o nosso presente educacional é a soma das atividades educacionais
cas passadas. Como produto dessa soma, o que podemos herdar são práticas cristalizadas
rta de educação. Práticas cristalizadas que deram suporte para dois tipos de ensino: o destinado
o e o destinado à elite. 
vemos, em nossa análise, não cometer generalizações e pressupor que todos os sistem
cacionais do passado e os nossos sistemas educacionais claramente privilegiam às classes soc
s como superiores. Essa ação incorreria em uma análise apenas superficial do percurso histórico
cação. 
a questão de destaque que fazemos na história da educação se dá na educação familiar. Qua
 havia a instituição escolar, havia a instituição familiar. Desde a pré-história as famílias 
arregavam de ensinar aos filhos o aprendizado necessário para a sobrevivência e autonomia
iedade e no ambiente hostil a que eram submetidos. Mais tarde, quando havia a sociedade divid
classes, as famílias mais abastadas contratavam mestres para ensinar seus filhos, isso desde
pcios e gregos. 
famílias que não tinham condições, na maioria dos casos, educavam seus filhos para que seguiss
s ofícios e, assim, a ordem de classes estabelecida se mantinha. É claro que, não podem
eralizar, indicando que toda a história da educação ocorreu desse modo. 
logo do tempo, nas sociedades gregas da Antiguidade, a escrita passou a ser mais acessí
mitindo que fosse difundida não apenas ao serviço reservado dos escribas.
.1 Educação na Antiguidade oriental
nçando ao longo da história da educação, vamos falar sobre a educação no Oriente e conhe
ortantes aspectos históricos dessas culturais. Acontece que, com o avanço das sociedades triba
urgimento das primeiras cidades às margens de grandes rios, as sociedades chamadas fluviais
envolveram. Conforme a pesquisa de Aranha (2006, p. 46):
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 17
Guardadas as devidas proporções, seriam essas as bases que deram origem aos sistemas 
educacionais contemporâneos que temos, ou seja, ofertar uma educação apenas elementar e técnica 
para os trabalhadores e o ensino superior para as classes sociais mais privilegiadas. Olhando para 
esse sistema educacional greco-romano, e de outras épocas futuras, é impossível não remeter à 
nossa contemporaneidade.
É importante notar como o nosso presente educacional é a soma das atividades educacionais de 
épocas passadas. Como produto dessa soma, o que podemos herdar são práticas cristalizadas na 
oferta de educação. Práticas cristalizadas que deram suporte para dois tipos de ensino: o destinado 
ao povo e o destinado à elite.
Devemos, em nossa análise, não cometer generalizações e pressupor que todos os sistemas 
educacionais do passado e os nossos sistemas educacionais claramente privilegiam às classes 
sociais tidas como superiores. Essa ação incorreria em uma análise apenas superficial do percurso 
histórico da educação.
Uma questão de destaque que fazemos na história da educação se dá na educação familiar. Quando 
não havia a instituição escolar, havia a instituição familiar. Desde a pré-história as famílias se 
encarregavam de ensinar aos filhos o aprendizado necessário para a sobrevivência e autonomia 
na sociedade e no ambiente hostil a que eram submetidos. Mais tarde, quando havia a sociedade 
dividida em classes, as famílias mais abastadas contratavam mestres para ensinar seus filhos, isso 
desde os egípcios e gregos.
As famílias que não tinham condições, na maioria dos casos, educavam seus filhos para que 
seguissem seus ofícios e, assim, a ordem de classes estabelecida se mantinha. É claro que, não 
podemos generalizar, indicando que toda a história da educação ocorreu desse modo.
Ao logo do tempo, nas sociedades gregas da Antiguidade, a escrita passou a ser mais acessível, 
permitindo que fosse difundida não apenas ao serviço reservado dos escribas.
1.3.1 Educação na Antiguidade oriental
Avançando ao longo da história da educação, vamos falar sobre a educação no Oriente e conhecer 
importantes aspectos históricos dessas culturais. Acontece que, com o avanço das sociedades tribais 
e o surgimento das primeiras cidades às margens de grandes rios, as sociedades chamadas fluviais 
se desenvolveram. Conforme a pesquisa de Aranha (2006, p. 46):
Cronologia das primeiras civilizações (datas aproximadas)
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
e cenário natural era propício para que houvesse desenvolvimento social e econômico, e junt
e cenário, os modos de educação também se desenvolveram. O que essas diferentes cultu
am em comum era a forma de governo teocrático. Isso é, atribuíam, fosse ao imperador ou ao 
poder de divindade, como se fossem filhos de grandes divindades e, por isso, detinham o po
oluto. 
e aspecto histórico-cultural tinha grande influência sobre a sociedade. Já passada a era das trib
que tudo era de todos, agora prevalecia a criação de um Estado e suas formas de controle sobr
o e a criação de classes desde os escravos até a realeza. O Estado, por meio de poder teocrático
indade” controlava os meios de produção e as regras de convivência social. 
laro que nessa ordem social, a educação passou a ser restrita e os papéis sociais passaram a 
nidos com maior clareza. Nesse momento, surgiu uma classe privilegiada que estava entre
indade” e o povo. Tratava-se de dirigentes, administradores desses Estados, uma classe que deti
s privilégios e gozava de grande importância nas sociedades. Eramesses, segundo Aranha (200
erdotes, funcionários dos governos e escribas. 
alelo ao surgimento dos Estados nesses países do Oriente, estava uma criação humana 
Há cerca de 5 mil anos teve início o que podemos chamar de civilização nas
regiões banhadas por rios. Por isso, os historiadores a conheceram como
civilizações fluviais (ou sociedades hidráulicas), uma vez que, nessas planícies
incrustadas nos desertos, a terra se tornava fértil e o curso d’água favorecia o
intercâmbio de mercadores. Assim surgiram a Mesopotâmia (às margens dos rios
Tigre e Eufrates), o Egito (“uma dádiva do Nilo”), a Índia (rios Indo e Ganges) e a
China (rios Yangtsé e Hoang-Ho). 
Egito Mesopotâmia China Índia Israel
750 a.C. (2500?) (metade do terceiro milênio a.C.?).
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 18
Desde o final do quarto milênio a.C. (segundo alguns, começo do 
terceiro milênio) até o século IV d.C.Egito
Desde o final do quarto milênio a.C. (sumérios e sucessão de vários 
povos) até o século VI d.C.Mesopotâmia
2750 a.C. (2500?) (metade do terceiro milênio a.C.?).China
Primeira metade do terceiro milênio a.C.Índia
Os hebreus ocuparam Canaã em 1250 a.C. (quarto milênio, século 
XIII a.C.) até a dispersão, no século I a.C.Israel
Esse cenário natural era propício para que houvesse desenvolvimento social e econômico, e junto 
a esse cenário, os modos de educação também se desenvolveram. O que essas diferentes culturas 
tinham em comum era a forma de governo teocrático. Isso é, atribuíam, fosse ao imperador ou ao rei, 
um poder de divindade, como se fossem filhos de grandes divindades e, por isso, detinham o poder 
absoluto.
Esse aspecto histórico-cultural tinha grande influência sobre a sociedade. Já passada a era das tribos, 
em que tudo era de todos, agora prevalecia a criação de um Estado e suas formas de controle sobre o
daria os rumos da educação e da história, a invenção da escrita. Inicialmente ligada às figuras
ção da linguagem escrita com o tempo evoluiu da representação por imagens para a representa
sons emitidos por meio da fala.
escrita era um importante fator de controle das produções dos Estados e também um modo
zação, pois nem todos podiam aprender o ofício de escriba. Portanto, o acesso à aprendizagem
rita era uma atividade muito bem-vista nas sociedades e, como vimos, restrita. Todavia, a evolu
sistema de escrita pelos fenícios possibilitou a ampliação de acesso a esse universo, até ent
to restrito.
m a avanço do acesso à escrita, o conhecimento pode ser mais difundido através dos séculos, 
, com o passar do tempo, pudesse chegar para mais pessoas e perdesse seu aspecto “divino”.
Costuma-se chamar de pictográfica a escrita que representa figuras, enquanto em
um nível maior de abstração, a escrita ideográfica representa objetos e ideias.
Escritas como os hieróglifos egípcios, os caracteres cuneiformes da
Mesopotâmia e os ideogramas chineses são ideográficas, ainda quando
passaram por etapas anteriores de registro pictográfico, mais presas à imagem.
Já as escritas fonéticas decompõem as palavras em unidades sonoras: neste
caso, libertados da figura, do objeto e da ideia, os sinais diminuem drasticamente
de quantidade para registrar apenas os sons em infinitas composições possíveis.
A escrita fonética ainda pode ser silábica (um sinal para a sílaba) ou alfabética
(um sinal para cada letra) (ARANHA, 2006, p. 49). 
A escrita, no entanto, difundiu-se muito mais no segundo milênio, por volta de
1500 a.C. (data incerta), quando os fenícios inventaram a escrita fonética
alfabética, ou a aperfeiçoaram, não se sabe bem. O termo alfabeto, inicialmente
formado pelas primeiras letras fenícias aleph e bet, é composto das letras gregas
alpha (α) e beta (β). Os 22 sinais permitem as mais diferentes combinações,
tornando bem mais práticos o uso e a aprendizagem da escrita (ARANHA, 2006, p.
51). 
daria os rumos da educação e da história, a invenção da escrita. Inicialmente ligada às figuras
ção da linguagem escrita com o tempo evoluiu da representação por imagens para a representa
sons emitidos por meio da fala.
escrita era um importante fator de controle das produções dos Estados e também um modo
zação, pois nem todos podiam aprender o ofício de escriba. Portanto, o acesso à aprendizagem
rita era uma atividade muito bem-vista nas sociedades e, como vimos, restrita. Todavia, a evolu
sistema de escrita pelos fenícios possibilitou a ampliação de acesso a esse universo, até ent
to restrito.
m a avanço do acesso à escrita, o conhecimento pode ser mais difundido através dos séculos, 
, com o passar do tempo, pudesse chegar para mais pessoas e perdesse seu aspecto “divino”.
Costuma-se chamar de pictográfica a escrita que representa figuras, enquanto em
um nível maior de abstração, a escrita ideográfica representa objetos e ideias.
Escritas como os hieróglifos egípcios, os caracteres cuneiformes da
Mesopotâmia e os ideogramas chineses são ideográficas, ainda quando
passaram por etapas anteriores de registro pictográfico, mais presas à imagem.
Já as escritas fonéticas decompõem as palavras em unidades sonoras: neste
caso, libertados da figura, do objeto e da ideia, os sinais diminuem drasticamente
de quantidade para registrar apenas os sons em infinitas composições possíveis.
A escrita fonética ainda pode ser silábica (um sinal para a sílaba) ou alfabética
(um sinal para cada letra) (ARANHA, 2006, p. 49). 
A escrita, no entanto, difundiu-se muito mais no segundo milênio, por volta de
1500 a.C. (data incerta), quando os fenícios inventaram a escrita fonética
alfabética, ou a aperfeiçoaram, não se sabe bem. O termo alfabeto, inicialmente
formado pelas primeiras letras fenícias aleph e bet, é composto das letras gregas
alpha (α) e beta (β). Os 22 sinais permitem as mais diferentes combinações,
tornando bem mais práticos o uso e a aprendizagem da escrita (ARANHA, 2006, p.
51). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 19
povo e a criação de classes desde os escravos até a realeza. O Estado, por meio de poder teocrático 
da “divindade” controlava os meios de produção e as regras de convivência social.
É claro que nessa ordem social, a educação passou a ser restrita e os papéis sociais passaram a 
ser definidos com maior clareza. Nesse momento, surgiu uma classe privilegiada que estava entre 
a “divindade” e o povo. Tratava-se de dirigentes, administradores desses Estados, uma classe que 
detinha altos privilégios e gozava de grande importância nas sociedades. Eram esses, segundo 
Aranha (2006), sacerdotes, funcionários dos governos e escribas.
Paralelo ao surgimento dos Estados nesses países do Oriente, estava uma criação humana que 
mudaria os rumos da educação e da história, a invenção da escrita. Inicialmente ligada às figuras, a 
criação da linguagem escrita com o tempo evoluiu da representação por imagens para a representação 
dos sons emitidos por meio da fala.
A escrita era um importante fator de controle das produções dos Estados e também um modo de 
elitização, pois nem todos podiam aprender o ofício de escriba. Portanto, o acesso à aprendizagem 
da escrita era uma atividade muito bem-vista nas sociedades e, como vimos, restrita. Todavia, a 
evolução do sistema de escrita pelos fenícios possibilitou a ampliação de acesso a esse universo, até 
então, muito restrito.
e conhecimento chegou aos gregos, que o difundiram ainda mais, de modo que séculos a fre
gasse até nós. Isso dada a grandiosa influência da cultura grega para a formação da nossa lín
tuguesa e outras línguas de origem latina, como o italiano, para citar apenas um exemplo. 
mportante compreender que a divisão em classes, após a criação dos Estados, criou hierarqu
das e relegou privilégios às classes superiores e exclusão de conhecimentos e de direitos aos pob
os escravizados. De modo que o conhecimento, ainda que com a criação e o avanço da escrita, 
a poucos. Os privilégios dessa época deixaram claro que o desenvolvimento da educação est
ociado fortemente à exclusão.onhecimento restrito é uma marca histórica que caminhou desde a criação das sociedades orien
cidentais e que persiste até os dias atuais. Compreender esses fatos históricos, é sem dúvidas, u
te importante para a formação inicial e continuada de professores e professoras. 
da falando das sociedades orientais e do processo privilegiado de acesso ao conhecimento, vejam
s características desse período, ainda citando Aranha (2006), cuja pesquisa dá base ao no
udo.
aminhar evolutivo da educação trilha o acesso ao conhecimento como forma de ascensão e sta
ial, mas ainda exclusivo. Não havia escola para o povo. O conhecimento para todos sempre foi u
rca a ser conquistada, desde as mais antigas civilizações.
Os fenícios destacaram-se como exímios navegadores e excelentes negociantes,
e a invenção do alfabeto facilitava enormemente os registros das transações
comerciais. A simplificação da escrita contribuiu para que ela deixasse de ser
monopólio de uma minoria e perdesse aos poucos o caráter sagrado (ARANHA,
2006, p. 51). 
Em decorrência, estabeleceu-se uma diferenciação entre os destinados aos
estudos do sagrado e da administração e aqueles voltados ao adestramento para
os diversos ofícios especializados. Teve início, então, o dualismo escolar, que
destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos nobres e de
altos funcionários. A grande massa era excluída da escola e submetida à
educação familiar informal (ARANHA, 2006, p. 52). 
e conhecimento chegou aos gregos, que o difundiram ainda mais, de modo que séculos a fre
gasse até nós. Isso dada a grandiosa influência da cultura grega para a formação da nossa lín
tuguesa e outras línguas de origem latina, como o italiano, para citar apenas um exemplo. 
mportante compreender que a divisão em classes, após a criação dos Estados, criou hierarqu
das e relegou privilégios às classes superiores e exclusão de conhecimentos e de direitos aos pob
os escravizados. De modo que o conhecimento, ainda que com a criação e o avanço da escrita, 
a poucos. Os privilégios dessa época deixaram claro que o desenvolvimento da educação est
ociado fortemente à exclusão. 
onhecimento restrito é uma marca histórica que caminhou desde a criação das sociedades orien
cidentais e que persiste até os dias atuais. Compreender esses fatos históricos, é sem dúvidas, u
te importante para a formação inicial e continuada de professores e professoras. 
da falando das sociedades orientais e do processo privilegiado de acesso ao conhecimento, vejam
s características desse período, ainda citando Aranha (2006), cuja pesquisa dá base ao no
udo.
aminhar evolutivo da educação trilha o acesso ao conhecimento como forma de ascensão e sta
ial, mas ainda exclusivo. Não havia escola para o povo. O conhecimento para todos sempre foi u
rca a ser conquistada, desde as mais antigas civilizações.
Os fenícios destacaram-se como exímios navegadores e excelentes negociantes,
e a invenção do alfabeto facilitava enormemente os registros das transações
comerciais. A simplificação da escrita contribuiu para que ela deixasse de ser
monopólio de uma minoria e perdesse aos poucos o caráter sagrado (ARANHA,
2006, p. 51). 
Em decorrência, estabeleceu-se uma diferenciação entre os destinados aos
estudos do sagrado e da administração e aqueles voltados ao adestramento para
os diversos ofícios especializados. Teve início, então, o dualismo escolar, que
destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos nobres e de
altos funcionários. A grande massa era excluída da escola e submetida à
educação familiar informal (ARANHA, 2006, p. 52). 
daria os rumos da educação e da história, a invenção da escrita. Inicialmente ligada às figuras
ção da linguagem escrita com o tempo evoluiu da representação por imagens para a representa
sons emitidos por meio da fala.
escrita era um importante fator de controle das produções dos Estados e também um modo
zação, pois nem todos podiam aprender o ofício de escriba. Portanto, o acesso à aprendizagem
rita era uma atividade muito bem-vista nas sociedades e, como vimos, restrita. Todavia, a evolu
sistema de escrita pelos fenícios possibilitou a ampliação de acesso a esse universo, até ent
to restrito.
m a avanço do acesso à escrita, o conhecimento pode ser mais difundido através dos séculos, 
, com o passar do tempo, pudesse chegar para mais pessoas e perdesse seu aspecto “divino”.
Costuma-se chamar de pictográfica a escrita que representa figuras, enquanto em
um nível maior de abstração, a escrita ideográfica representa objetos e ideias.
Escritas como os hieróglifos egípcios, os caracteres cuneiformes da
Mesopotâmia e os ideogramas chineses são ideográficas, ainda quando
passaram por etapas anteriores de registro pictográfico, mais presas à imagem.
Já as escritas fonéticas decompõem as palavras em unidades sonoras: neste
caso, libertados da figura, do objeto e da ideia, os sinais diminuem drasticamente
de quantidade para registrar apenas os sons em infinitas composições possíveis.
A escrita fonética ainda pode ser silábica (um sinal para a sílaba) ou alfabética
(um sinal para cada letra) (ARANHA, 2006, p. 49). 
A escrita, no entanto, difundiu-se muito mais no segundo milênio, por volta de
1500 a.C. (data incerta), quando os fenícios inventaram a escrita fonética
alfabética, ou a aperfeiçoaram, não se sabe bem. O termo alfabeto, inicialmente
formado pelas primeiras letras fenícias aleph e bet, é composto das letras gregas
alpha (α) e beta (β). Os 22 sinais permitem as mais diferentes combinações,
tornando bem mais práticos o uso e a aprendizagem da escrita (ARANHA, 2006, p.
51). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 20
Com a avanço do acesso à escrita, o conhecimento pode ser mais difundido através dos séculos, até 
que, com o passar do tempo, pudesse chegar para mais pessoas e perdesse seu aspecto “divino”.
Esse conhecimento chegou aos gregos, que o difundiram ainda mais, de modo que séculos a frente, 
chegasse até nós. Isso dada a grandiosa influência da cultura grega para a formação da nossa língua 
portuguesa e outras línguas de origem latina, como o italiano, para citar apenas um exemplo.
É importante compreender que a divisão em classes, após a criação dos Estados, criou hierarquias 
rígidas e relegou privilégios às classes superiores e exclusão de conhecimentos e de direitos aos 
pobres e aos escravizados. De modo que o conhecimento, ainda que com a criação e o avanço 
da escrita, era para poucos. Os privilégios dessa época deixaram claro que o desenvolvimento da 
educação esteve associado fortemente à exclusão.
O conhecimento restrito é uma marca histórica que caminhou desde a criação das sociedades orientais 
e ocidentais e que persiste até os dias atuais. Compreender esses fatos históricos, é sem dúvidas, 
uma parte importante para a formação inicial e continuada de professores e professoras.
Ainda falando das sociedades orientais e do processo privilegiado de acesso ao conhecimento, 
vejamos mais características desse período, ainda citando Aranha (2006), cuja pesquisa dá base ao 
nosso estudo.
partir do surgimento das primeiras civilizações orientais é que vemos a evolução da história
cação. Para tanto, vamos falar brevemente sobre essas culturas históricas.
hina
ultura chinesa se mostra, ainda nos dias atuais, com traços fortemente tradicionais. Na China ant
aber pertencia aos mandarins que, segundo Aranha (2006), tinham a confiança direta do impera
ssim, eram os que cuidavam das atribuições do Estado que regia a sociedade com regras rígidas
cultura chinesa antiga, destacam-se os sábios Lao Tsé e Confúcio, ambos do século VI a.C., c
uência gerou forte impacto na cultura chinesa. Como nas outras culturas, o ensino também 
ado para as classes superiores e ao povo era dado o saber manual do aprendizado das oficinas.
gito
ssivelmente a mais antiga das sociedades do oriente, a cultura egípcia se desenvolveu às marg
rio Nilo. Sua cultura mística, ainda hoje, guarda segredos não desvendados,apesar 
A princípio o conhecimento da escrita era bastante restrito, devido ao seu caráter
sagrado e esotérico. Com o tempo, aumentou o número dos que procuravam
instrução, embora apenas os filhos dos privilegiados conseguissem atingir os
graus superiores (ARANHA, 2006, p. 52). 
A história da China revela uma das mais tradicionalistas culturas mantidas sem
grandes mudanças mesmo até tempos recentes. É inevitável que a educação
também reproduzisse esse caráter conservador, voltado para a transmissão da
sabedoria contida nos livros clássicos, ainda que burilada por interpretações
posteriores de outros sábios (ARANHA, 2006, p. 59). 
A educação elementar visava ao ensino do cálculo e à alfabetização, muito difícil
e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. A formação moral
baseava-se na transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo era feito de maneira
rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização (ARANHA, 2006,
p. 60).
partir do surgimento das primeiras civilizações orientais é que vemos a evolução da história
cação. Para tanto, vamos falar brevemente sobre essas culturas históricas.
hina
ultura chinesa se mostra, ainda nos dias atuais, com traços fortemente tradicionais. Na China ant
aber pertencia aos mandarins que, segundo Aranha (2006), tinham a confiança direta do impera
ssim, eram os que cuidavam das atribuições do Estado que regia a sociedade com regras rígidas
cultura chinesa antiga, destacam-se os sábios Lao Tsé e Confúcio, ambos do século VI a.C., c
uência gerou forte impacto na cultura chinesa. Como nas outras culturas, o ensino também 
ado para as classes superiores e ao povo era dado o saber manual do aprendizado das oficinas.
gito
ssivelmente a mais antiga das sociedades do oriente, a cultura egípcia se desenvolveu às marg
rio Nilo. Sua cultura mística, ainda hoje, guarda segredos não desvendados, apesar 
A princípio o conhecimento da escrita era bastante restrito, devido ao seu caráter
sagrado e esotérico. Com o tempo, aumentou o número dos que procuravam
instrução, embora apenas os filhos dos privilegiados conseguissem atingir os
graus superiores (ARANHA, 2006, p. 52). 
A história da China revela uma das mais tradicionalistas culturas mantidas sem
grandes mudanças mesmo até tempos recentes. É inevitável que a educação
também reproduzisse esse caráter conservador, voltado para a transmissão da
sabedoria contida nos livros clássicos, ainda que burilada por interpretações
posteriores de outros sábios (ARANHA, 2006, p. 59). 
A educação elementar visava ao ensino do cálculo e à alfabetização, muito difícil
e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. A formação moral
baseava-se na transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo era feito de maneira
rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização (ARANHA, 2006,
p. 60).
partir do surgimento das primeiras civilizações orientais é que vemos a evolução da história
cação. Para tanto, vamos falar brevemente sobre essas culturas históricas.
hina
ultura chinesa se mostra, ainda nos dias atuais, com traços fortemente tradicionais. Na China ant
aber pertencia aos mandarins que, segundo Aranha (2006), tinham a confiança direta do impera
ssim, eram os que cuidavam das atribuições do Estado que regia a sociedade com regras rígidas
cultura chinesa antiga, destacam-se os sábios Lao Tsé e Confúcio, ambos do século VI a.C., c
uência gerou forte impacto na cultura chinesa. Como nas outras culturas, o ensino também 
ado para as classes superiores e ao povo era dado o saber manual do aprendizado das oficinas.
gito
ssivelmente a mais antiga das sociedades do oriente, a cultura egípcia se desenvolveu às marg
rio Nilo. Sua cultura mística, ainda hoje, guarda segredos não desvendados, apesar 
A princípio o conhecimento da escrita era bastante restrito, devido ao seu caráter
sagrado e esotérico. Com o tempo, aumentou o número dos que procuravam
instrução, embora apenas os filhos dos privilegiados conseguissem atingir os
graus superiores (ARANHA, 2006, p. 52). 
A história da China revela uma das mais tradicionalistas culturas mantidas sem
grandes mudanças mesmo até tempos recentes. É inevitável que a educação
também reproduzisse esse caráter conservador, voltado para a transmissão da
sabedoria contida nos livros clássicos, ainda que burilada por interpretações
posteriores de outros sábios (ARANHA, 2006, p. 59). 
A educação elementar visava ao ensino do cálculo e à alfabetização, muito difícil
e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. A formação moral
baseava-se na transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo era feito de maneira
rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização (ARANHA, 2006,
p. 60).
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 21
O caminhar evolutivo da educação trilha o acesso ao conhecimento como forma de ascensão e status 
social, mas ainda exclusivo. Não havia escola para o povo. O conhecimento para todos sempre foi 
uma marca a ser conquistada, desde as mais antigas civilizações.
A partir do surgimento das primeiras civilizações orientais é que vemos a evolução da história da 
educação. Para tanto, vamos falar brevemente sobre essas culturas históricas.
» China
A cultura chinesa se mostra, ainda nos dias atuais, com traços fortemente tradicionais. Na China 
antiga, o saber pertencia aos mandarins que, segundo Aranha (2006), tinham a confiança direta do 
imperador e, assim, eram os que cuidavam das atribuições do Estado que regia a sociedade com 
regras rígidas.
» Egito
Possivelmente a mais antiga das sociedades do oriente, a cultura egípcia se desenvolveu às 
margens do rio Nilo. Sua cultura mística, ainda hoje, guarda segredos não desvendados, apesar do 
descobrimento de novos sarcófagos e objetos históricos.
Da cultura chinesa antiga, destacam-se os sábios Lao Tsé e Confúcio, ambos do século VI a.C., cuja 
influência gerou forte impacto na cultura chinesa. Como nas outras culturas, o ensino também era 
voltado para as classes superiores e ao povo era dado o saber manual do aprendizado das oficinas.
cobrimento de novos sarcófagos e objetos históricos. 
igura 3 mostra a riqueza de detalhes das obras pertencentes à cultura egípcia.
Figura 3 – Hieróglifos do Egito antigo com faraó e Ankh. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 30/10/2020.
onhecimento gerado na cultura egípcia antiga impressiona devido ao seu alto grau de elevação.
pcios conheciam as áreas de medicina e astrologia, sem falar do conhecimento arquitetôn
ando em conta a construção das pirâmides, que permitia o grande desenvolvimento de sua cultu
gundo Aranha (2006), o conhecimento era voltado para o desenvolvimento de questões práticas
iedade.
#PraCegoVer: Fotografia de um hieróglifo egípcio. A parede em que os símbolos
estão esculpidos é alaranjada. Em primeiro plano estão quatro figuras. No canto
esquerdo, trajado em roupas típicas da civilização egípcia, está um servo, com as
duas mãos estendidas ao faraó. No centro da imagem, o faraó observa o servo,
enquanto segura a Ankh, a cruz egípcia, (símbolo da vida eterna). Ao lado direito
do faraó está Osíris, o deus dos mortos, com as mãos em frente ao próprio peito,
segurando um cajado e um açoite. Por último, do lado direito de Osíris, está o
deus Hórus, que tem cabeça de falcão e corpo de ser humano, empunhando um
cajado na mão esquerda. Atrás das quatro figuras, em segundo plano, há 15
repartições verticais esculpidas na parede. Cada repartição, de cima para baixo,
dispõe hieróglifos diversos. 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 22
A Figura 3 mostra a riqueza de detalhes das obras pertencentes à cultura egípcia.
O conhecimento gerado na cultura egípcia antiga impressiona devido ao seu alto grau de elevação. 
Os egípcios conheciam as áreas de medicina e astrologia, sem falar do conhecimento arquitetônico, 
levando em conta a construção das pirâmides, que permitia o grande desenvolvimento de sua cultura. 
Segundo Aranha (2006), o conhecimento era voltado parao desenvolvimento de questões práticas 
da sociedade.
ultura egípcia já preconizava o surgimento de escolas, mas não como conhecemos hoje. A figura
stre ensinava poucos alunos, mais uma vez acentuando que a educação era para os m
ilegiados da cultura, em templos e casas. Não havia ainda o prédio escolar, mas já se admitia u
ção de ensino-aprendizado entre professor e alunos.
dia
ultura indiana possui características que permanecem até os dias atuais. Nascida por volta de 2
., às margens dos rios sagrados Indo e Ganges, a cultura hindu influencia não só a socied
ana, mas também outras culturas mundo afora. 
fator preponderante na cultura da Índia se dá pela hierarquização da sociedade por meio de cas
modo que a segregação imposta pela mesma é severa e não permite que o conhecimento seja p
os.
Apesar do forte teor religioso da cultura egípcia, as informações eram muito
práticas, como o cálculo da ração das tropas em campanha, o número de tijolos
necessários para uma construção e complicados problemas de geometria
destinados à agrimensura. Extensas listas de plantas e animais indicavam
significativo conhecimento de botânica, zoologia, mineralogia e geografia
(ARANHA, 2006, p. 53). 
As escolas eram frequentadas por pouco mais de vinte alunos cada uma,
segundo as raras informações de que dispomos. Apesar de já se perceber a
institucionalização das escolas, elas não funcionavam em prédios especialmente
construídos para essa função, mas sim nos templos e em algumas casas. Os
mestres sentavam-se em uma esteira e os alunos ao redor dele, muitas vezes ao
ar livre, “sob uma figueira”, como atesta a rica iconografia egípcia. Os textos
eram aprendidos mediante a repetição mnemônica, isto é, pela leitura em voz alta,
em conjunto, para facilitar a memorização. O ensino autoritário tinha por
finalidade curvar o aluno à obediência (ARANHA, 2006, p. 53). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 23
A cultura egípcia já preconizava o surgimento de escolas, mas não como conhecemos hoje. A figura 
do mestre ensinava poucos alunos, mais uma vez acentuando que a educação era para os mais 
privilegiados da cultura, em templos e casas. Não havia ainda o prédio escolar, mas já se admitia uma 
relação de ensino-aprendizado entre professor e alunos.
» Índia
A cultura indiana possui características que permanecem até os dias atuais. Nascida por volta de 2000 
a.C., às margens dos rios sagrados Indo e Ganges, a cultura hindu influencia não só a sociedade 
indiana, mas também outras culturas mundo afora.
Um fator preponderante na cultura da Índia se dá pela hierarquização da sociedade por meio de 
castas, de modo que a segregação imposta pela mesma é severa e não permite que o conhecimento 
seja para todos.
ssa cultura havia a figura do mestre e da escola, não como conhecemos, mas, de modo ge
mente as castas superiores tinham acesso aos estudos superiores. A hierarquização não permitia 
pos inferiores terem acesso nem mesmo à educação elementar. O budismo (criado por Sida
utama, conhecido como Buda, que significa “o iluminado”), que tem como destaque a relação mes
iscípulo, exerce grande influência em toda a cultura indiana, e, também, como dito, em diferen
ses.
esopotâmia
ivilização da Mesopotâmia surgiu por volta do final do quarto milênio a.C., à beira dos rios Tigr
rates. Pouco se sabe sobre os modos de transmissão de educação, provavelmente, segundo Ara
06), de início o ensino se dava na instituição familiar. Sua cultura também, à semelhança 
pcios, era bem desenvolvida para a época. Eles tinham conhecimentos medicinais, calendá
ares, astronômicos e dispunham de bibliotecas e ferramentas forjadas a partir do bronze. A influên
tica tinha forte aspecto em sua cultura. 
s tarde, houve a criação de escolas públicas para impor a cultura dos assírios, que haviam domin
abilônia. O sacerdócio, assim como no Egito, exercia forte influência cultural. De acordo Ara
06), houve a criação de ricas bibliotecas e de centros de ensino superior.
Se nas civilizações orientais as divisões de classe foram marcantes, na Índia
estabeleceram extrema discriminação. A população era dividida em castas
fechadas: os brâmanes (sacerdotes), os xátrias (guerreiros e magistrados), os
vaicias (agricultores e mercadores), os sudras (artesãos) e os párias (servos
dedicados aos serviços considerados mais humildes). Devido à crença de que
todos saíram do corpo do deus Brahman, os brâmanes eram considerados mais
importantes por terem sido gerados da cabeça do deus. No outro extremo, os
párias, por nem sequer terem origem divina, não pertenciam a nenhuma casta e
por isso eram intocáveis e reduzidos a uma condição miserável. Segundo tão
rígida hierarquia, que predeterminava as condições de casamentos e a escolha de
profissões, a educação também era discriminadora, privilegiando os brâmanes.
Encaminhados por mestres, eles aprendiam os textos sagrados dos Vedas e dos
Upanishads (ARANHA, 2006, p. 57-58). 
UNIDADE 1 – CONCEITOS DE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA 24
Nessa cultura havia a figura do mestre e da escola, não como conhecemos, mas, de modo geral, 
somente as castas superiores tinham acesso aos estudos superiores. A hierarquização não permitia 
aos grupos inferiores terem acesso nem mesmo à educação elementar. O budismo (criado por Sidarta 
Gautama, conhecido como Buda, que significa “o iluminado”), que tem como destaque a relação 
mestre e discípulo, exerce grande influência em toda a cultura indiana, e, também, como dito, em 
diferentes países.
» Mesopotâmia
A civilização da Mesopotâmia surgiu por volta do final do quarto milênio a.C., à beira dos rios Tigre 
e Eufrates. Pouco se sabe sobre os modos de transmissão de educação, provavelmente, segundo 
Aranha (2006), de início o ensino se dava na instituição familiar. Sua cultura também, à semelhança 
dos egípcios, era bem desenvolvida para a época. Eles tinham conhecimentos medicinais, calendários 
lunares, astronômicos e dispunham de bibliotecas e ferramentas forjadas a partir do bronze. A influência 
mística tinha forte aspecto em sua cultura.
Mais tarde, houve a criação de escolas públicas para impor a cultura dos assírios, que haviam 
dominado a Babilônia. O sacerdócio, assim como no Egito, exercia forte influência cultural. De acordo 
Aranha (2006), houve a criação de ricas bibliotecas e de centros de ensino superior.
.2 Educação na Antiguidade ocidental
amos agora sobre duas grandes civilizações que em muito influenciaram a formação da no
ura brasileira. Isso porque a Grécia é denominada como o berço da cultura ocidental, bem com
ização de Roma e a grande expansão de seu império. Contribuições, sobretudo, na formação
sa língua portuguesa a partir da língua latina, difundida por meio da cultura greco-romana. Vale d
 nos deteremos em alguns aspectos da rica história dessas grandes civilizações ocidentais, dad
mplexidade de detalhes e extensão das mesmas.
récia
nhecida como berço da cultura ocidental, a Grécia tem extensa e complexa história. Apesar de 
mada por diversas cidades-estado, todas tinham uma mesma religião e língua, portanto, estava,
o modo, unificada. A Grécia teve diferentes períodos históricos, sendo que:
Periodização da história da Grécia antiga
Também proliferaram ricas bibliotecas no interior dos templos, em que os “livros”
eram tabuletas ou cilindros gravados com caracteres cuneiformes e versavam
sobre os mais diversos assuntos. 
À semelhança do Egito, destacava-se a cultura da poderosa classe sacerdotal,
depositária do saber e encarregada da educação. A escola formava os escribas,
incumbidos de ler e copiar os textos religiosos usando a difícil escrita. Por isso, o
aprendizado era longo, minucioso e voltado para a preservação dessa cultura
milenar. Os escribas tinham a função de registrar inclusive as transações
comerciais, e foi desse modo que ficamos sabendo da intensa atividade comercial
internacional dos mesopotâmios (ARANHA, 2006, p. 55-56). 
Os gregos se distinguiam dos demais povos, denominando sua

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