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manual ⤷ Contenção (inelástica e elástica) ⤷ Melhora das condições da pele, bem como os exercícios linfomiocinéticos. É possível, com manobras manuais, delicadas, rítmicas e de orientação, levar a linfa de locais bloqueados para outros, onde não haja bloqueio linfático (ex. linfa do braço para a axila ou da coxa para a região inguinal). No final da sessão, quando o paciente irá retornar ao seu domicílio, para que não haja perda nas medidas diminuídas durante a sessão, indica-se uma contenção inelástica com enfaixamento com atadura de crepe mais esparadrapo ou uma contenção elástica com luva ou meia elástica. Obs: Recomenda-se sessões diárias de segunda a sábado com duração de até 3 horas e descanso no domingo por 1mês, consecutivamente. Deve ser feita uma visita de reavaliação ao médico no final do tratamento e outro retorno após 2 meses do seu término, quando são reavaliadas as medidas feitas na perimetria para um critério de prognóstico e seguimento do caso. Um tópico controverso é o uso da compressão pneumática intermitente (CPI) para o tratamento do linfedema periférico. A CPI isolada só desloca a parte líquida do edema linfático, já que a proteína não é levada para dentro da luz linfática, o que poderia propiciar a fibrose do tecido celular subcutâneo com o aparecimento do fibroedema. Também as pressões elevadas (> 60 mm Hg) por períodos prolongados de tempo (maior que 30 minutos) podem lesar o sistema linfático. Na prática é utilizada a CPI à baixa pressão (< 60 mm por período de tempo de até 20 minutos conjuntamente à drenagem linfática manual ou como início de sessão para “amolecer” o membro a ser tratado. Linfedema TRATAMENTO CIRÚRGICO É de exceção na maioria dos casos, a não ser no linfedema peno-escrotal, para o qual é a indicação de escolha. As cirurgias de ressecção estão indicadas após tratamento clínico adequado, como medida complementar para correção do excesso de pele e tecido celular subcutâneo (TCSC), visando otimizar a anatomia do membro. Nesse caso, pode-se indicar, selecionadamente, a lipoaspiração localizada, não esquecendo que a terapia física complexa deve ser continuada após a cirurgia. No caso de fibroedema, forma elefantiásica, podem ser indicadas as dermolipectomias totais, com resultados variáveis. Nos casos de ressecção linfonodal proximal com linfedema secundário pós-cirúrgico, pode ser cogitada a anastomose linfovenosa por técnica de microcirurgia, quando houver coletores linfáticos distais preservados. Complicaçõe� Como toda doença crônica, o linfedema tem uma evolução lenta e as alterações teciduais podem ser minimizadas com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. As principais complicações são: ➜ Erisipelas recidivantes ➜ Transformação fibrótica tecidual ➜ Evolução para formas elefantiásicas ➜ Malignização (linfangiossarcoma). Atenção especial deve ser tomada na prevenção de erisipelas recidivantes. A erisipela consiste em infecção da pele usualmente pelo Streptococcus epidermidis, podendo ocorrer concomitantemente o acometimento dos vasos linfáticos caracterizando uma linfangite ascendente. As erisipelas costumam começar como quadro infeccioso prodrômico, com febre alta (chegando a 39-40 ºC) acompanhada de calafrios e seguida de sudorese profusa. Após várias horas aparece o quadro de eritema, dor e calor característicos do acometimento cutâneo que, se não tratado, rapidamente evolui para edema com maior consistência da pele e formação de bolhas serosas ou hemáticas. Em casos mais graves pode ocorrer a necrose da pele. Concomitantemente ocorre aumento de volume dos linfonodos inguinais, que se tornam dolorosos e em alguns casos percebe-se o trajeto da veia safena interna avermelhado e quente (corresponde aos vasos linfáticos que acompanham a veia). Ao exame dos pés pode-se perceber uma porta de entrada, que tipicamente corresponde a rachaduras em virtude de micose interdigital. As erisipelas devem ser tratadas com antibioticoterapia voltada para germes Gram positivos encontrados na comunidade. Responde rapidamente ao tratamento se o paciente permanecer em repouso com o membro elevado e iniciar a antibioticoterapia precocemente. Para evitar novos surtos de erisipela recomenda-se a profilaxia com penicilina benzatina a cada 21 dias por pelo menos seis meses após o último episódio, e o controle rígido da micose interdigital com antifúngico apropriado. Obs: A cada surto de erisipela ocorre a destruição progressiva de mais vasos linfáticos, agravando o quadro de linfedema e favorecendo o aparecimento da fibrose tecidual e posteriormente da elefantíase. Linfedema