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Questões Combustíveis orgânicos liberam CO2 em sua combustão. O aumento da concentração de CO2 na atmosfera provoca um aumento do efeito estufa, que contribui para o aquecimento do planeta. A tabela abaixo informa o valor aproximado da energia liberada na queima de alguns combustíveis orgânicos. Para produzir a mesma quantidade de energia, o impacto ambiental provocado unicamente no efeito estufa por esses combustíveis cresce na seguinte ordem: A) metanol � metano � etanol � octano B) octano � etanol � metanol � metano C) metano = metanol � etanol � octano D) metano � metanol = etanol � octano E) metano � metanol � etanol = octano Quanto maior for a quantidade de CO2 liberada na produção de 1kJ de energia, maior será o im- pacto ambiental em relação ao efeito estufa. 1mol de CH4 → 960kJ → 1mol de CO2 1kJ → (1/960)mol de CO2 1mol de CH3OH → 720kJ → 1mol de CO2 1kJ → (1/720)mol de CO2 1mol de C2H5OH → 1380kJ → 2mol de CO2 1kJ → (2/1380) = (1/690)mol de CO2 1mol de C8H18 → 5520kJ → 8mol de CO2 1kJ → (8/5520) = (1/690)mol de CO2 � � ∴ CH4 � CH3OH � C2H5OH = C8H18 (impacto ambiental) Para massas iguais de combustível queimado, a energia produzida cresce na seguinte ordem: A) CH3OH � C2H5OH � C8H18 � CH4 B) CH3OH � CH4 � C2H5OH � C8H18 C) CH3OH � CH4 � C2H5OH = C8H18 D) CH3OH = CH4 � C2H5OH � C8H18 E) C8H18 � C2H5OH � CH4 � CH3OH 1mol de CH4 → 16g de CH4 → 960kJ m g de CH4 → kJ = 60m kJ 1mol de CH3OH → 32g de CH3OH → 720kJ m g de CH3OH → kJ = 22,5m kJ 1mol de C2H5OH → 46g de C2H5OH → 1380kJ m g de C2H5OH → kJ = 30m kJ 1380m 46 720m 32 960m 16 1 690 1 720 1 960 11ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 01 Habilidade: 16 Resposta: E QUESTÃO 02 Habilidade: 8 Resposta: A Combustível massa molar calor de combustão nome fórmula g ⋅ mol–1 kJ ⋅ mol–1 etanol C2H5OH 46 1380 metano CH4 16 960 metanol CH3OH 32 720 n. octano C8H18 114 5520 1mol de C8H18 → 114g de C8H18 → 5520kJ mg de C8H18 → kJ = 48m kJ 22,5m � 30m � 48m � 60m CH3OH C2H5OH C8H18 CH4 O DNA, que contém a informação genética, tem dois papéis fundamentais na célula. O primeiro é se replicar, isto é, produzir cópias idênticas a ele mesmo. O segundo papel é a transcrição, na qual o DNA produz o RNA que controla a síntese de proteínas. Assinale a alternativa correta em relação a esses processos: A) A replicação controla a célula, por meio da síntese de enzimas (proteínas de controle das rea- ções) feita pelo DNA. B) A transcrição possibilita o envio de cópias de RNA para as células-filhas, transmitindo as infor- mações hereditárias. C) A replicação é um processo de tradução da informação genética em moléculas de proteínas. D) A transcrição é um processo de autoduplicação da molécula de RNA, necessária à síntese pro- téica. E) A inibição do processo de replicação poderia causar um bloqueio no mecanismo de divisão ce- lular. A replicação é um pré-requisito da divisão celular, já que, naquele processo, são produzidas cópias do DNA (permitindo a duplicação dos cromossomos) que serão enviadas para as células-filhas. Por meio de métodos experimentais, foram medidas as distâncias médias entre os átomos de car- bono em suas variedades alotrópicas, e os resultados obtidos foram: Diamante 0,178 ⋅ 10–9m Grafite 0,226 ⋅ 10–9m Fulereno 0,207 ⋅ 10–9m Com base nessa informação e sabendo que: Massa molar do carbono = 12g/mol 1 quilate = 200mg Podemos afirmar: I — A ordem decrescente das densidades dessas variedades alotrópicas é: diamante � fulereno � grafite. II — Um cristal de diamante e um cristal de grafite de mesmo volume têm igual número de áto- mos de carbono. III — Um diamante de 6 quilates contém 0,1mol de átomos de carbono. Estão corretas as afirmações: A) I, II e III. B) I e II, somente. C) I e III, somente. D) II e III, somente. E) II, somente. Quanto menor for a distância entre os átomos de C nos sólidos diamante, grafite e fulereno, menor será o volume de uma mesma massa dos mesmos. mg de diamante → Vd mg de grafite → Vg mg de fulereno → Vf Vd � Vf � Vg ∴ dd � df � dg A afirmação I está correta. Volumes iguais de diamante e de grafite têm massas diferentes, portanto têm número de átomos de carbono diferentes. A afirmação II está incorreta. 6 quilates = 6 × 200mg = 1200mg = 1,2g 12g C ———— 1mol de C 1,2g C ———— 0,1mol de C A afirmação III está correta. 5520m 114 12 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 03 Habilidade: 11 Resposta: E RESOLUÇÃO: QUESTÃO 04 Habilidade: 3 Resposta: C O esquema abaixo revela que apenas 33,5% dos domicílios brasileiros são atendidos por rede geral de esgoto (1, no esquema) e que cerca de 66% desse esgoto é lançado nos rios, sem ser tratado pre- viamente (2, no esquema). Por outro lado, a figura revela que parte da água de consumo é dis- tribuída à população sem tratamento prévio (3, no esquema). Como conseqüência, são veiculadas certas doenças bacterianas diarréicas, como a cólera e a salmonelose. Sabe-se, também, que as tubulações dos esgotos servem de residência para inúmeros roedores, muitos dos quais eliminam, pela urina, a bactéria causadora da leptospirose, doença que apre- senta elevada letalidade em populações expostas à água contaminada de rios e córregos. Com base nessas informações, foram elaborados os itens seguintes: I — A ampliação da rede de coleta de esgoto domiciliar é suficiente para eliminar as doenças diarréicas de origem bacteriana, tais como a cólera e a salmonelose. II — Doenças bacterianas, como a leptospirose, transmitidas pela urina de ratos, podem ter sua incidência aumentada, por ocasião de enchentes provocadas por transbordamentos dos rios contaminados. III — O aumento da oferta de água tratada à população poderá beneficiar diretamente os rios e, em conseqüência, fará cair a incidência de doenças diarréicas, bem como os casos de lep- tospirose. IV — O controle das doenças bacterianas veiculadas pela água depende tanto da qualidade da água fornecida quanto do tratamento dos resíduos domiciliares. Qual das alternativas abaixo contém os itens aceitáveis? A) I e II. D) II e IV. B) II e III. E) I e III. C) III e IV. Ampliar a rede de esgoto domiciliar (frase I) sem efetuar o tratamento dos resíduos lançados nos rios não fará diminuir a incidência de doenças causadas por bactérias transmitidas por fezes humanas, particularmente se for distribuída água não tratada às residências. O aumento da ofer- ta de água tratada (frase III) não beneficiará os rios. Nas enchentes, a água dos rios e dos córre- gos transborda (frase II) fazendo a bactéria causadora da leptospirose entrar em contato com a pele humana e contaminá-la, o que propicia o surgimento da doença. A associação do tratamen- to adequado dos resíduos com o aumento da oferta de água de boa qualidade sem dúvida poderá resultar em diminuição do índice de doenças diarréicas causadas por bactérias (frase IV). O esgoto não tratado é lançado nos rios, com- prometendo a quali- dade da água que será usada no abaste- cimento, irrigação e recreação 33,8% com tratamento 2 1 3 33,5% dos domicílios são atendidos por rede geral de esgoto 7,2% da água que chegou aos domicílios no ano de 2000 não era tratada 66,2% sem tratamento A ÁGUA NO BRASIL: DO ESGOTO À TORNEIRA Adaptado de “Oferta de água não tratada cresce 191%”, Folha de S. Paulo, 28 de março de 2002. 13ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 05 Habilidade: 16 Resposta: D Leia o texto abaixo (baseado em matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo) para responder as duas questões a seguir. O cientista David Faiman, de uma universidade de Israel, a fim de melhorar a eficiência dos painéis formados por células fotovoltaicas, resolveu concentrar a luz proveniente do Sol utilizando um enorme espelho côncavo. A luz refletida é captada pelo painel, gerando, em seus terminais, corrente elétrica. Em cada célula fotovoltaica que compõe o painel ocorre a absorção da luz e a produção de uma pequena corrente elétrica, que pode ser aproveitada. Segundo Faiman,o uso do painel auxiliado pelo espelho côncavo reduz sensivelmente o custo da geração do kWh. Pelos seus cálculos, cada 1kWh vindo da queima de combustíveis fósseis custa US$ 0,10, enquanto o custo do kWh utilizando o espelho e o painel fotovoltaico é por volta de US$ 0,07. Indique a alternativa que melhor indica a transformação de energia que ocorre nos painéis foto- voltaicos: A) energia química em energia elétrica. B) energia cinética em energia luminosa. C) energia potencial elétrica em energia luminosa. D) energia nuclear em energia elétrica. E) energia luminosa em energia elétrica. De acordo com a figura e com o texto, a função do espelho côncavo é concentrar luz nos painéis, onde ocorre a absorção da energia luminosa. Nas células fotovoltaicas, parte da energia lumi- nosa é transformada em energia elétrica. Um painel fotovoltaico de 1m2, captando luz diretamente do Sol (sem o auxílio do espelho côn- cavo), é capaz de produzir 190kWh de energia por ano. O mesmo painel, utilizando a luz solar refletida por um espelho côncavo de 400m2 de área, é capaz de produzir 150 000kWh de energia por ano. Suponha que essa quantidade de energia possa ser armazenada por um sistema qualquer. A potência de um dispositivo elétrico é definida como sendo a quantidade de energia elétrica transformada por unidade de tempo (P = ∆ε/∆t). A unidade de potência no Sistema Internacional é watt (W), que é a relação joule (J) por segundo (s). Assinale a alternativa que indica o intervalo de tempo aproximado para que um dispositivo elétri- co de potência 100W (com durabilidade eterna) consuma toda a energia produzida pelo conjun- to espelho côncavo/painel fotovoltaico em um ano: A) 62h B) 1500h C) 62 dias D) 171 dias E) 171 anos luz solar painel fotovoltaico espelho côncavo 14 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 06 Habilidade: 7 Resposta: E QUESTÃO 07 Habilidade: 7 Resposta: E A potência de 100W do dispositivo equivale a 0,1kW. A potência é dada por P = ∆ε/∆t, em que a quantidade de energia gerada pelo conjunto espe- lho/painel é 150 000kWh. Assim, aplicando a relação de potência, temos: 0,1kW = 150 000kWh / ∆t ∴ ∆ t= 1 500 000h Esse intervalo de tempo, em dias, é ∆t = 1 500 000 / 24 = 62 500 dias. Ou ainda, em anos: ∆t = 62 500 / 365 � 171 anos. Na figura abaixo, podemos observar duas evoluções: a taxa porcentual de nossa dependência ex- terna do petróleo (a curva cinza) e nossa produção de petróleo em mil barris por dia (as barras pretas). Fonte: Folha de S. Paulo, 14 de abril de 2002. Dos dados dessa figura, podemos concluir que: A) de 1954 a 2001, nossa produção de petróleo aumentou a cada ano. B) em geral, aumentos de nossa produção são acompanhados de reduções da dependência exter- na. C) em 1990, nossa produção igualou-se às importações de petróleo. D) toda a nossa produção é destinada ao consumo interno. E) nossa produção de petróleo em 2002 será maior do que a de 2001. Pelos gráficos, podemos observar que, em geral, enquanto nossa produção é uma função crescen- te, a taxa de dependência externa é uma função decrescente. Fontes: Petrobrás (de 1954 a 1998) e ANP (a partir de 1999) 54 60 65 70 75 80 85 90 95 2001 98% 85% 25% 0 300 600 900 1.200 20 40 60 80 100 Pr o d u çã o , e m m il b ar ri s/ d ia Ta xa d e d ep en d ên ci a, e m % 3 1.333 1979 Taxa de dependência externa de petróleo (%) Produção brasileira Em mil barris/dia 43.329% foi o crescimento da produção de petróleo no Brasil entre 1954 e 2001 15ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 08 Habilidade: 2 Resposta: B Em plantações da Califórnia, EUA, é comum a invasão de uma espécie de ácaro que é uma praga dos morangos. Outra espécie de ácaro alimenta-se da primeira, atuando como predadora. Para es- tudar o efeito da ação desses predadores sobre a população de suas presas, foi feito um experi- mento em estufa no qual plantas de morango foram cultivadas com ácaros-praga na presença de seus predadores (gráfico I), enquanto em um outro grupo os predadores eram sistematicamente eliminados por meio da aplicação de um defensivo (p) que não possuía nenhuma ação sobre a pra- ga, afetando apenas os predadores (gráfico II). (Adaptado de Ricklefs, R. E. The Economy of Nature, Nova York, Freeman, 2001) Com base apenas nas informações fornecidas pelos gráficos, é possível deduzir que: A) a população das presas não foi beneficiada pela utilização do defensivo. B) os ácaros predadores foram eficientes controladores da população de ácaros-praga. C) os ácaros predadores atuaram como competidores das presas pelo mesmo alimento. D) deve-se estimular o uso de defensivos, sempre que se desejar controlar uma população de presas. E) a interrupção periódica do uso do defensivo fez proliferarem apenas as presas resistentes. A alternativa A está incorreta, já que a população de presas foi beneficiada pelo uso do defensivo, que eliminou seus predadores (gráfico II). Os ácaros predadores não competem com os ácaros- -praga: alimentam-se deles, o que invalida a alternativa C. O uso de defensivos geralmente impli- ca problemas para o ambiente, sendo melhor, sempre que possível, recorrer ao controle biológi- co; isso torna incorreta a alternativa D. Por fim, a população de ácaros-praga é totalmente imune ao defensivo — informação fornecida pelo enunciado que permite descartar a alternativa E. Jean-Baptiste Debret veio ao Brasil em 1816, como membro de uma missão de artistas franceses convidada por D. João VI, e aqui permaneceu até 1831. Além de ter atuado como professor de pin- tura histórica na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, Debret retratou personagens da corte imperial, muitas paisagens brasileiras e cenas do cotidiano indígena, como a que está reproduzi- da a seguir. D en si d ad e Po p u la ci o n al Presa Predador0 20 40 60 I p p p A M J J A S O N D J F M A Presa 0 20 40 60 II meses 16 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 09 Habilidade: 13 Resposta: B QUESTÃO 10 Habilidade: 4 Resposta: A RESOLUÇÃO: A gravura mostra a iminência de uma transformação de energia. Assinale a alternativa que indi- ca corretamente essa transformação: A) Energia potencial elástica em energias cinética e potencial gravitacional. B) Energia térmica em energias cinética e química. C) Energia potencial gravitacional em energias cinética e térmica. D) Energia cinética em energias potencial gravitacional e elástica. E) Energia potencial elástica em energias térmica e cinética. Devido à deformação do arco (sistema elástico), podemos concluir que o sistema arco/flecha ar- mazena energia na forma potencial elástica. Ao ser abandonada, a flecha adquirirá movimento. A energia associada ao movimento de um corpo é a energia cinética. Além disso, pela disposição da flecha, ao ser abandonada ela atingirá alturas relativas ao solo. A energia associada às posições dos corpos em relação a um referencial (no caso, o solo) é a energia potencial gravitacional. Observe os dados da tabela abaixo para responder a questão. Fonte: Grupo Edetania — E.S.O. — ECIR Editorial, 1994. Com base na observação dos dados e no que você sabe sobre a distribuição das grandes paisagens climáticas do globo, indique a área do planeta onde se situaria a localidade que apresenta as varia- ções de temperatura e de precipitação mostradas na tabela: A) Península Ibérica, na Europa. B) Subcontinente Australiano. C) Pantanal Mato-Grossense, no Brasil. D) Sudeste Asiático. E) Magreb, na África. A tabela mostra transformações atmosféricas ocorridas ao longo de um ano e refletidas na varia- ção dos valores de dois elementos climáticos: as temperaturas e as precipitações. As temperaturas mais elevadas verificam-se no meio do ano, portanto a localidade, obrigatoriamente, está situada no Hemisfério Norte — o que elimina as alternativas B e C, pois citam regiões localizadas no He- misfério Sul. Por outro lado, a maior parte das chuvas concentra-se no verão (junho a setembro, no HemisférioNorte), o que elimina as alternativas A e E, posto que nas áreas nelas citadas se constata a ocorrência do clima Mediterrâneo, onde os verões são secos, e os invernos, chuvosos. O clima caracterizado pelos dados da tabela é o de Monções, que ocorre especialmente no Sul e no Sudeste da Ásia. 17ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 11 Habilidade: 10 Resposta: D RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: Meses Temperatura média Precipitação mensal (em ºC) mensal (em mm) Janeiro 16,5 17 Fevereiro 17,5 28 Março 20,0 38 Abril 24,0 81 Maio 28,0 195 Junho 29,5 239 Julho 26,2 322 Agosto 29,0 343 Setembro 28,0 254 Outubro 25,0 99 Novembro 21,5 43 Dezembro 18,5 20 Existem vários índices para registrar o ritmo evolutivo de preços como medida síntese da inflação nacional. Um dos mais usados é o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), elaborado mensal- mente pela FGV, no período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência, em São Paulo, Rio de Janeiro e outras dez regiões metropolitanas. Esse índice reflete os preços, no atacado e da construção, pagos por famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos. No gráfico abaixo, temos esse índice em função do tempo — de março-1999 a maio-2001. A varia- ção do índice é proporcional à variação da média dos preços pesquisados. Suponhamos que uma pessoa tenha de pagar uma dívida mediante 40 parcelas mensais, corrigi- das mensalmente pelo IGP-M, sendo que a primeira venceu em 25/04/1999. Sabendo que o valor da parcela de 25/05/1999 foi de R$500,00, podemos concluir, pelo gráfico, que o valor da parcela de 25/05/2001 foi de aproximadamente: A) R$ 575,00 D) R$ 650,00 B) R$ 600,00 E) R$ 700,00 C) R$ 625,00 Pelo gráfico, os índices de maio-99 e maio-01 foram, nessa ordem, 160 e 200. Sendo x (em R$) o valor da parcela de 25/05/2001, temos: 160 → 500 200 → x ∴ x = ∴ x = 625,00 O ciclo da água, na natureza, depende de vários aspectos físicos do ambiente — como a tempera- tura, por exemplo — e de fenômenos como a evaporação e a condensação. Por outro lado, os seres vivos, devido a sua dependência da água para vários processos biológicos, têm uma ativa partici- pação nesse ciclo. Considere os seguintes processos e mecanismos presentes nos seres vivos: I — A locomoção dos animais terrestres. II — A respiração celular nos seres vivos em geral. III — A transpiração nos organismos terrestres. IV — A transmissão da informação genética. V — A fotossíntese. VI — A coordenação nervosa. VII — A excreção. 200 ⋅ 500 160 Ín d ic e 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0 Ma r/9 9 Ma i/9 9 Ju l/9 9 Se t/9 9 No v/9 9 Ja n/0 0 Ma r/0 0 Ma i/0 0 Ju l/0 0 Se t/0 0 No v/0 0 Ja n/0 1 Ma r/0 1 Ma i/0 1 18 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 12 Habilidade: 2 Resposta: C QUESTÃO 13 Habilidade: 9 Resposta: B RESOLUÇÃO: 1 2 3 Escolha, entre as alternativas abaixo, aquela que contém um conjunto de processos em que os organismos retiram água do ambiente ou a devolvem a ele: A) I, II, III e IV. D) III, V, VI e VII. B) II, III, V e VII. E) III, IV, V e VI. C) II, III, IV e V. Um dos subprodutos da respiração celular é a água (frase II), que é também uma das matérias- -primas da fotossíntese (frase V); bastaria, no caso, lembrar a equação dos dois processos. A trans- piração (frase III), por sua vez, implica perda de água sob forma de vapor pelos organismos terres- tres. Por fim, a excreção (frase VII) sempre implica certa perda de água, maior ou menor, de acor- do com o organismo considerado. Já a locomoção (frase I), a transmissão da informação genéti- ca (frase IV) e a coordenação nervosa (frase VI) não têm relação direta com “retirada” ou “devo- lução” de água para o ambiente. Foram realizados dois experimentos com a finalidade de medir a velocidade da reação de decom- posição do H2O2, um na presença e outro na ausência do catalisador MnO2. 2 H2O2(aq) → 2 H2O(l) + O2(g) As demais condições de reação foram iguais nos dois experimentos. O gráfico abaixo mostra a va- riação das concentrações em mol/L, [ ], em função do tempo, para o H2O2 e para o O2. Chamando de: I — a variação da [H2O2] no experimento não catalisado II — a variacão da [O2] no experimento não catalisado III — a variação da [H2O2] no experimento catalisado IV — a variação da [O2] no experimento catalisado Assinale a alternativa na qual (I), (II), (III) e (IV) estão corretamente associados com as curvas 1, 2, 3 e 4 do gráfico: A) I-2, II-4, III-1 e IV-3 D) I-3, II-1, III-4 e IV-2 B) I-4, II-2, III-3 e IV-1 E) I-1, II-2, III-3 e IV-4 C) I-1, II-3, III-2 e IV-4 A reação terminará quando todo o H2O2 for consumido, isto é, quando [H2O2] = 0. O gráfico mostra que isso ocorre no tempo t1 no experimento correspondente à curva (1) e no tempo t2 o correspondente à curva (2). Como t1 � t2, concluímos que a velocidade da reação correspondente à curva (1) é maior que a correspondente à curva (2); portanto, (1) corresponde ao experimento com catalisador e (2) ao experimento sem catalisador. Conclusão: (1) representa a variação da [H2O2] no experimento catalisado ∴ III (2) representa a variação da [H2O2] no experimento não catalisado ∴ I Associação: I-2; III-1 O gráfico mostra que, em qualquer instante no decurso da reação, [O2](3) � [O2](4) , portanto (3) corresponde à reação com maior velocidade, ou seja, à reação catalisada. Portanto: (3) representa a variação da [O2] no experimento catalisado ∴ IV (4) representa a variação da [O2] no experimento não catalisado ∴ II Associação: II-4; IV-3 Associação final: I-2, II-4, III-1 e IV-3 [ ] em mol/L tempot1 t2 1 2 3 4 19ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 14 Habilidade: 1 Resposta: A RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: No teto de uma sala, está presa uma mola. Um experimentador pendura nela um corpo e observa que, atingido o equilíbrio, a mola apresenta uma deformação x, causada pela força vertical para cima aplicada ao corpo (força elástica). A seguir, ele prende a mesma mola ao teto de um elevador e pendura nela o mesmo corpo. Nessas condições, faz as seguintes observações: I — Enquanto o elevador está subindo e ganhando velocidade, a deformação da mola passa a ser maior do que x. — O experimentador explicou o fato pelo Princípio da Inércia: a tendência do corpo em repouso é continuar em repouso. Portanto, para o corpo ganhar velocidade pa- ra cima, precisa receber uma força para cima de intensidade maior do que o peso. Essa força maior do que o peso causa na mola uma deformação maior do que x. II — Enquanto o elevador está descendo e perdendo velocidade, a deformação da mola continua sendo maior do que x. — O experimentador explicou esse fato pelo Princípio da Inércia: a tendência do corpo em movimento é continuar em movimento. Se quisermos deter um cor- po que está descendo, precisamos aplicar a ele uma força para cima maior do que o peso. Essa força maior do que o peso causa na mola uma deformação maior do que x. Seguindo o mesmo raciocínio que o experimentador, podemos prever que: A) enquanto o elevador está subindo com velocidade constante, a deformação da mola é igual a x. B) enquanto o elevador está subindo com velocidade constante, a deformação da mola é maior do que x. C) enquanto o elevador está subindo com velocidade constante, a deformação da mola é menor do que x. D) enquanto o elevador está descendo com velocidade constante, a deformação da mola é maior do que x. E) enquanto o elevador está descendo com velocidade constante, a deformação da mola é menor do que x. De acordo com o Princípio da Inércia, a tendência do corpo em repouso é continuar em repouso. Portanto, para manter o corpo em repouso — caso da mola presa ao teto da sala —, é necessário que exista uma força para cima de mesma intensidade do peso. Essa força faz com que a defor- mação da mola seja x. De acordo com o Princípio da Inércia, a tendência do corpo em movimento é continuar em movi- mento. Portanto, para manter o corpo em movimento com velocidade constante — caso da mola presa ao teto do elevador que está subindo oudescendo com velocidade constante —, é necessário que exista uma força para cima de mesma intensidade do peso. Essa força, como foi explicado acima, faz com que a deformação da mola seja x. Os textos seguintes, de diferentes autores e períodos, abordam o tema da morte. Pela maneira como o tratam, é possível perceber neles traços do discurso artístico-cultural a que pertencem. I. Os mortos são pó, nós também somos pó; em que nos distinguimos uns dos outros? Distin- guimo-nos os vivos dos mortos, assim como se distingue o pó do pó. Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído; os vivos são pó que anda, os mortos são pó que jaz. II. — O cassaco de engenho Quando o carregam, morto: — É um caixão vazio Metido dentro de outro. — É morte de vazio A que carrega dentro: — E como é de vazio, Ei-lo que não tem dentros. — Do caixão alugado Nem chega a ser miolo: — Pois como ele é vazio, Se muito, será forro. III. Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te Te lembra hoje Deus por sua igreja; De pó te faz espelho em que se veja A vil matéria de que quis formar-te. IV. Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! 20 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 15 Habilidade: 1 Resposta: A RESOLUÇÃO: QUESTÃO 16 Habilidade: 5 Resposta: D V. Tome, Dr., esta tesoura e corte Minha singularíssima pessoa. Que importa a mim que a bicharia roa Todo o meu coração depois da morte? Observe as seguintes analogias entre os textos: I — Os textos I e III partilham do mesmo discurso cultural, encarando a morte pelo prisma mís- tico e religioso. Podem, por isso, ser associados à literatura seiscentista, também chamada Barroco. II — Os textos II e IV partilham do mesmo discurso cultural, com a diferença de que o II se funda em visão irônico-social; e o IV, em subjetivismo depressivo e melancólico. Podem, por isso, ser associados a diferentes momentos do espírito romântico do século XIX. III — Os textos II e V partilham de um discurso mais atual sobre a morte, com a diferença de que o II a encara em dimensão irônico-social; e o V, em dimensão irônico-existencial. Podem, por isso, ser associados a momentos diferentes da literatura do século XX. Dessas analogias, pode-se dizer que: A) todas estão corretas. D) I e III estão corretas. B) todas estão erradas. E) II e III estão corretas. C) somente a I está correta. Os textos I e III pertencem ao século XVII (Seiscentismo, Barroco). O primeiro é trecho de Ser- mão do Pe. Antônio Vieira; o segundo pertence a um soneto atribuído a Gregório de Matos. Ambos entendem o homem como estágio entre a vida terrena (precária e frágil) e a vida celestial (verda- deira e eterna). Essa era a visão do discurso cultural estabelecido pela Contra-Reforma, de enor- mes conseqüências na expressão artística do século XVII. O texto IV, de Álvares de Azevedo, pertence ao universo do Romantismo da segunda geração do século XIX (Byronismo, Ultra-Romantismo), mas o texto II partilha de outra concepção do mun- do e da literatura, mais própria do século XX; seu autor é João Cabral de Melo Neto. O texto II promove uma denúncia social por meio do humor irônico: o cassaco (trabalhador do engenho) é tão pobre, que se confunde com o vazio do caixão, que nem sequer é dele próprio, mas alugado. A miséria de sua vida torna-se mais evidente depois da morte. O texto V trata a morte como algo inevitável à condição humana, por isso seu autor, Augusto do Anjos, adota uma postu- ra indiferente diante dela, embora procure, pela ciência, preservá-la. Todavia, não se importa de entregar a parte nobre de seu corpo (o coração) aos vermes, porque, diante da natureza, o coração humano assume outro estatuto e função. Certo projeto arquitetônico estabelece que, em uma parede retangular com 3,5m de altura, sejam colocadas, do chão ao teto, placas quadradas de granito, com 50cm de lado. Essas placas for- marão fileiras superpostas do seguinte modo: I — A primeira fileira ocupará toda a base da parede, com as placas colocadas com um dos lados junto ao chão. II — Na segunda fileira haverá a metade do número de placas da primeira, na terceira fileira haverá a metade do número de placas da segunda, e assim sucessivamente. III — Na última fileira haverá apenas uma placa com um dos lados encostado no teto. IV — As placas serão colocadas lado a lado em todas as fileiras em que houver mais de uma placa. O total de placas de granito que serão utilizadas na execução desse projeto é: A) 67 D) 117 B) 77 E) 127 C) 97 Número de fileiras: = 7 Sendo x o número de placas colocadas na primeira fileira, devemos ter: 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ x De acordo com o enunciado, a última fileira terá apenas 1 placa, logo: = 1 ∴ x = 64 Assim, temos a seqüência: 64, 32, 16, 8, 4, 2, 1, cuja soma é: S = 64 + 32 + 16 + 8 + 4 + 2 + 1 S = 127 x 64 x 64 x 32 x 16 x 8 x 4 x 2 350 50 21ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 17 Habilidade: 14 Resposta: E RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: Resolução recente do Superior Tribunal Eleitoral, em Brasília, determinou que nas próximas elei- ções nacionais de 2002 as alianças estabelecidas entre os partidos políticos para a escolha do pre- sidente da República devem ser mantidas nas escolhas para os outros cargos políticos nos estados da Federação. A Constituição Imperial de 1824 estabelecia que os presidentes (governadores) das províncias do país deveriam ser nomeados, e não votados pelos eleitores provinciais — e isso ge- rou protestos e até rebeliões sangrentas. Quando foi criado o sistema de Governo Geral do Brasil, em 1548, dizia-se que ele era mais adequado ao pensamento político europeu da época do que o sistema de Capitanias Hereditárias, que dividia a colônia em regiões politicamente autônomas. Essas passagens de nossa história revelam uma polêmica que está presente há muito em nossa so- ciedade e que se refere ao: A) monarquismo. D) republicanismo. B) absolutismo. E) federalismo. C) parlamentarismo. O Brasil vem carregando ao longo de sua história uma tradição centralista que começou a ser questionada a partir da Independência e até hoje ainda gera polêmicas. O federalismo adquiriu força na América com o modelo dos EUA, mas, embora nossas Constituições republicanas te- nham-se mirado naquele modelo, a autonomia político-administrativa, na prática, não ultrapas- sou um centralismo autoritário ainda bastante forte no Estado brasileiro. O gráfico abaixo representa a evolução do número de casos de esquistossomose em dois municí- pios pertencentes a dois estados brasileiros vizinhos. No município 2 foram adotadas as seguintes medidas para o controle dessa e de outras parasito- ses incidentes na região: I — Tratamento dos doentes e orientação para a construção e o uso de fossas sépticas nas áreas não servidas por rede de esgotos. II — Expansão das redes de água e esgoto e orientação da população a fim de evitar o contato com águas limpas e estagnadas onde o hospedeiro intermediário possa estar presente. III — Aplicação de produtos tóxicos nas lagoas que servem de viveiros naturais de moluscos (caramujos) hospedeiros. IV — Pulverização de inseticidas em domicílios, chiqueiros e paióis. V — Controle biológico das populações de caramujos hospedeiros por meio da criação de peixes e aves que deles se alimentem. VI — Transferência das populações ribeirinhas locais para casas de alvenaria. Assinale a alternativa que engloba todos os procedimentos adequados e ecologicamente corretos que podem ter contribuído para o resultado obtido no município 2 a partir do ponto A do gráfico. A) I, II e V. D) IV e VI. B) I, II, III e V. E) I, II, V e VI. C) III, IV e V. A esquistossomose é a verminose causada pelo Schistosoma mansoni, platelminto que desenvolve seu ciclo de vida em 2 hospedeiros: o homem e o caramujo do gênero Biomphalaria, habitante de águas limpas e calmas. Esse verme segue um ciclo do tipo fecal-cutâneo, uma vez que seus ovos são eliminados pelas fezes humanas e, após um períodode desenvolvimento na água, onde se hospedam nos moluscos citados, penetram no corpo humano, sob a forma de larvas cercárias, através da pele que entra em contato com a água do meio. Município 2 tempo em anos A Município 1 N º d e ca so s d e es q u is to ss o m o se 22 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 18 Habilidade: 20 Resposta: E RESOLUÇÃO: QUESTÃO 19 Habilidade: 12 Resposta: A RESOLUÇÃO: O procedimento III é ecologicamente incorreto, pois contamina mananciais de água que podem servir às populações humanas, além de produzir outras alterações nesses ecossistemas, como por exemplo, a morte de outros animais que deles dependam. Os procedimentos IV e VI costumam ser empregados no controle da doença de Chagas. O Brasil possui 13,7% da água doce do planeta. O estado de São Paulo possui apenas 1,6% da água doce brasileira. O uso racional da água é uma necessidade e pode ser atingido por meio de medi- das simples tomadas pelos cidadãos. Por exemplo, se todos os habitantes da região metropolitana de São Paulo deixarem de usar o vaso sanitário como lixeira, evitando acionar a válvula de descar- ga uma vez por dia, a economia diária será de aproximadamente 160 milhões de litros de água. Certamente, parte dessa água no ambiente irá passar ao estado de vapor, e sabe-se que, quando isso acontece, cada grama de água necessita absorver cerca de 540cal de energia térmica. Suponha que metade dessa água economizada por dia pela população da Grande São Paulo passe ao estado de vapor. Assinale a alternativa que indica, aproximadamente, a quantidade de energia térmica que a água absorverá do ambiente nesse processo. (Dado: densidade da água 1kg/L) A) 4 ⋅ 106cal D) 4 ⋅ 1013cal B) 4 ⋅ 109cal E) 4 ⋅ 1015cal C) 4 ⋅ 1010cal A metade da quantidade de água corresponde a 80 milhões de litros. Como cada litro corresponde a uma massa de 1000g, a massa de água que irá passar ao estado de vapor é: M = 80 ⋅ 106L ⋅ 1000g/L ∴ M =8 ⋅ 1010g Como cada grama necessita de 540cal de energia, podemos montar a seguinte relação: 540cal ———— 1g x ———— 8 ⋅ 1010g Logo, x = 4,32 ⋅ 1013cal. O gráfico mostra as vendas de televisores em uma loja em certo período: Pode-se afirmar que: A) as vendas aumentaram mês a mês. B) foram vendidos menos de 100 televisores até o final de maio. C) as vendas do mês de maio foram inferiores à soma das vendas de janeiro e fevereiro. D) se cada televisor é vendido por R$ 460,00, em março a loja faturou, com as vendas desse pro- duto, R$ 12 400,00. E) se a tendência de crescimento das vendas de abril a junho for mantida, espera-se que a média mensal de vendas, de janeiro a julho, seja de aproximadamente 34 aparelhos. De acordo com o gráfico, as vendas de televisores cresceram de 10 unidades por mês entre abril e junho. Espera-se, portanto, que as vendas de julho sejam de 60 televisores. De janeiro a julho, nesse caso, terão sido vendidos: 10 + 20 + 30 + 30 + 40 + 50 + 60 = 240 televisores Logo, a média mensal pedida é � 34 televisores.240 7 Unidades vendidas 0 10 20 30 40 50 60 Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Mês 23ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 20 Habilidade: 9 Resposta: D RESOLUÇÃO: QUESTÃO 21 Habilidade: 3 Resposta: E RESOLUÇÃO: 1 2 3 Textos para a questão 22 Texto I Florindo, também supersticioso, não teve ânimo de resistir; mas quando chegaram aos cajuei- ros ele agarrou-a, tirou-a de novo a si e, em voz cálida, que tremia, concordando com o seu escrúpu- lo, pediu-lhe: — Oia, ocê tem razão... mas... e depois da reza? Depois da reza ocê vem? — Não, Florindo. A gente tem de se casá... Pois não é mió? (Coelho Neto, excerto do conto “Escrúpulo”, em Banzo.) Texto II vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados (Oswald de Andrade, Poesias Reunidas.) Considere as afirmações sobre os textos e assinale a alternativa correta. I — No texto II, a expressão culta do enunciador aproxima-se do registro popular das persona- gens pressupostas, na medida em que ele também subverte as regras gramaticais ao supri- mir a pontuação. II — Entre o narrador do texto I e o enunciador do texto II, ambos cultos, há uma idêntica ma- neira de ver e de avaliar as camadas populares. III — No texto I, o narrador culto mimetiza as falas incultas das personagens, em contraste com seu domínio lingüístico sofisticado. IV — No texto II, o enunciador valoriza as personagens ao considerar que elas são capazes de construir telhados corretamente, a despeito da incorreção gramatical de seu modo de falar (“teiado”). V — Cotejando os dois textos, nota-se que os modos de proceder da literatura culta em relação às formas populares são diversos. A) Todas as afirmações são corretas. B) São corretas todas as afirmações, exceto a II. C) Todas as afirmações são incorretas. D) São corretas todas as afirmações, exceto a V. E) São corretas todas as afirmações, exceto a IV. O texto I, do pré-modernista Coelho Neto, vê as manifestações da cultura popular com superiori- dade. A distância é marcada no confronto da linguagem do narrador com a das personagens. Estas são apresentadas como inferiores, porque são marcadas pela ignorância, explicitada no uso da variante lingüística popular e na superstição que lhes é atribuída. A superioridade cultural do narrador é implícita a seu domínio da norma lingüística culta e à também implícita descrença em superstições. O texto II, do modernista Oswald de Andrade, busca aproximar a alta e a baixa cultu- ra ao transgredir, propositalmente, a norma culta da língua (ausência de pontuação). Além disso, o enunciador assinala que o desconhecimento da norma não impede a eficácia na vida — as perso- nagens falam “teiado” e constroem “telhados”. A visão de mundo dos enunciadores é diversa no que diz respeito às relações entre alta cultura e cultura popular. O modernista se opõe ao pré-mo- dernista. Este estabelece uma nítida linha de separação entre os dois universos culturais; aquele adota uma atitude de inclusão, que pressupõe compreensão e respeito pela diferença. Sobre as transformações ocorridas no final do século XVIII na Inglaterra, o escritor Goldsmith escreveu: Simpática e afável aldeia, a mais maravilhosa de todo o vale [...], a desolação dá um aspecto triste à tua vegetação; um único senhor se apoderou de todos os domínios [...], teus filhos abandonam o país natal e vão para longe. Milhares de pobres, paupérrimos, sem terra e sem teto, erravam pelas estradas poeirentas e as ruas das cidades, em busca de trabalho. O lugar dos antigos pequenos proprietários era agora ocupado pelos grandes proprietários [...]. (In Efimov, N. História Moderna, São Paulo, Novos Rumos, 1986.) 24 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES QUESTÃO 22 Habilidade: 5 Resposta: B RESOLUÇÃO: QUESTÃO 23 Habilidade: 20 Resposta: A Nesse fragmento de texto, o autor refere-se: A) às conseqüências sociais do desenvolvimento da indústria da lã, que fez desaparecerem as ter- ras comunais e as pequenas propriedades, ocasionando o êxodo rural e a ruína dos campone- ses. B) ao processo desenvolvimentista produzido pela Revolução Industrial, que eliminou a pequena propriedade e provocou o êxodo rural, com o objetivo de favorecer a distribuição social da ren- da. C) a algumas transformações específicas da sociedade inglesa do século XVIII, que se confinaram apenas àquele tempo e àquela realidade, não havendo nada semelhante a elas. D) às conseqüências sociais e econômicas ocorridas com a industrialização, em que a produção feudal da terra e servil do trabalho se impuseram no campo, desarticuladas do capitalismo ur- bano. E) a uma ficção literária romântica descompromissada de qualquer veracidade histórica ou realis- mo social. O texto descreve os cercamentos (enclosures), que provocaram, entre outras conseqüências, a li- quidação das terras comunais e das pequenas propriedades, na Inglaterra. Além disso, sob o do- mínio do capitalismo, a grande propriedade da terra empobreceuos camponeses, ocasionando o êxodo rural. O gráfico de setores da figura mostra, em porcentagem, a área de cada uma das regiões do Brasil, que, juntas, possuem aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Com base nesse gráfico, podemos afirmar que: A) a área da região Sul corresponde a da área da região Norte. B) o ângulo do setor correspondente à região Nordeste é de 20°. C) a soma do ângulo do setor da região Norte com o ângulo do setor da região Sul é maior que 180°. D) a área correspondente à região Centro-Oeste é de aproximadamente 1,87 milhões de quilôme- tros quadrados. E) a área da região Sul mais a área da região Nordeste correspondem a um ângulo menor que 90°. A) Falsa, pois = . B) Falsa, pois 20° não correspondem a 18% de 360°. C) Falsa, pois 42% + 7% = 49% e, 49% de 360° são menos de 180°. D) Verdadeira, pois 22% de 8,5 é igual a 0,22 ⋅ 8,5, ou seja, 1,87. E) Falsa, pois 7% + 18% = 25%, que correspondem a um ângulo de 90°. 1 6 7 42 1 5 42% 22% 7% 11% 18% Norte Centro-Oeste Sul Sudeste Nordeste 25ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 24 Habilidade: 14 Resposta: D Observe a tabela abaixo e responda a questão. Fonte: U.S. Bureau, IDB, 2002. Os dados da tabela e seus conhecimentos sobre as condições sociais e ambientais do planeta per- mitem dizer que: A) o nível de poluição atmosférica na América Anglo-Saxônica é bem inferior ao da África Subsaa- riana, o que se reflete na diferença entre os valores de esperança de vida de suas populações. B) as condições assistenciais de natureza médico-hospitalar ofertadas pelo poder público à popu- lação são muito semelhantes nas áreas desenvolvidas e subdesenvolvidas do planeta, determi- nando que suas taxas de mortalidade sejam muito parecidas. C) o nível de controle da poluição hídrica e atmosférica nos países da América Anglo-Saxônica é muito superior ao da América Latina, contribuindo para que suas taxas de mortalidade infan- til sejam mais baixas do que as dos países latino-americanos. D) as condições sanitárias e de saneamento básico dos países africanos ao sul do Saara são em geral inferiores às condições médias existentes nos países da Europa Ocidental, o que se reflete na diferença entre as respectivas taxas de mortalidade infantil. E) o nível de controle da emissão de gases que agravam o fenômeno da chuva ácida é maior na América Latina do que na América Anglo-Saxônica, o que se reflete na diferença existente entre as taxas de mortalidade infantil de ambas. Analisando-se os fatores socioeconômicos e ambientais relacionados a áreas com diferentes níveis de desenvolvimento, é possível afirmar-se que a taxa de mortalidade infantil de um país é reflexo – entre outros fatores – de suas condições sociais médias. Nesse caso, especialmente nos setores vinculados às condições de saúde, sanitárias e de saneamento básico, o que se observa é uma si- tuação extremamente grave nos países africanos ao sul do Saara, que se reflete de forma ostensi- va em suas taxas de mortalidade infantil e de esperança de vida. Para as questões 26 e 27, considere estas informações técnicas: I — A probabilidade de ocorrência de um evento A, num espaço amostral E, com n(E) amostras igualmente prováveis, é dada por II — Sendo P(A) a probabilidade de ocorrência de um evento A e P(A––) a probabilidade da não ocor- rência desse mesmo evento, temos: P(A) + P(A––) = 1 III — A probabilidade de ocorrência, numa certa ordem, de dois eventos independentes A e B é dada por: P(A ∩ B) = P(A) ⋅ P(B) Um canal de televisão criou um sistema de premiação para um programa ao vivo, no qual uma pessoa sorteada entre o público presente ganha um prêmio quando, ao puxar uma alavanca, obtém como resultado 3 figuras diferentes nas 3 janelas de um painel, sendo que para cada janela existem 3 possibilidades: a figura de uma pessoa, a de um carro ou a de uma casa. A probabili- dade de a pessoa sorteada ganhar o prêmio é igual a: A) D) B) E) C) Como para cada janela temos 3 possibilidades, o número de elementos do espaço amostral é n(E) = 3 ⋅ 3 ⋅ 3 = 27 Para o evento A, obter 3 figuras diferentes, temos 3 possibilidades na 1ª janela, 2 na 2ª e 1 na 3ª . Assim, n(A) = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6 Logo, P(A) = = 2 9 6 27 1 6 2 3 1 9 2 9 1 3 P(A) n(A) n(E) .= 26 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 25 Habilidade: 12 Resposta: D RESOLUÇÃO: QUESTÃO 26 Habilidade: 15 Resposta: D Regiões Taxa de Mortalidade Infantil Esperança de Vida (por mil) (em anos) Europa Ocidental 4,9 78,5 América Latina 30,7 69,1 África Subsaariana 89,5 47,3 Europa Oriental 13,7 72,2 América Anglo-Saxônica 18,2 74,1 A probabilidade de ocorrer geada no próximo sábado na cidade de São Joaquim é de 70%, e a de gear no domingo é de 60%. Considerando-se os eventos independentes, qual a probabilidade de não haver geada nem no sábado, nem no domingo? A) 12% B) 18% C) 28% D) 30% E) 5% Se a probabilidade de gear no sábado é de 70%, então a de não gear é de 30%. Analogamente, a de não gear no domingo é de 40%. Assim, não no sábado e não no domingo ⋅ = 12% “A questão do fim da disponibilidade de petróleo é uma falsa questão. O petróleo, apesar de finito, nunca se esgotará inteiramente, já que sempre haverá algum petróleo que por razões puramente econômicas não será extraído. O conceito de ‘depleção’ da reserva de petróleo se aplicaria à disponi- bilidade de petróleo a um preço viável frente a seus sucedâneos como energético de largo uso.” (Fonte: Alvim, Carlos F. e Ferreira, Omar C. — A depleção do petróleo.) Desse texto, podemos concluir corretamente que: A) o petróleo é uma fonte de energia inesgotável. B) o petróleo é uma fonte de energia renovável. C) o petróleo sempre estará disponível; bastará ter dinheiro para pagá-lo. D) o petróleo sofrerá depleção se os custos de extração se tornarem muito elevados. E) as reservas de petróleo são infinitas. O texto, claramente, não afirma que o petróleo seja uma fonte de energia inesgotável (alternativa A) nem renovável (alternativa B). Tampouco afirma que ele estará sempre disponível (alternativa C) ou que suas reservas sejam infinitas (alternativa E). Afirma, isso sim, que poderão existir reser- vas de petróleo cuja extração, em termos econômicos, não seja compensadora. Assim, a “depleção do petróleo” indicaria não sua falta absoluta, mas o fato de que, num certo momento, pode ser muito mais caro extraí-lo. A importância do comércio na segunda metade do século XX pode ser entendida observando-se os dados dos gráficos a seguir: PNBcomércio EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO E DO PNB MUNDIAL (índice 100 em 1950) Fonte: World Trade Organization, New York, 2001. 2000 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 19 50 19 60 19 70 19 80 19 90 20 00 100 270 154 285 315 595 680580 925 1430 1830 40 100 30 100 27ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 27 Habilidade: 15 Resposta: A QUESTÃO 28 Habilidade: 8 Resposta: D QUESTÃO 29 Habilidade: 21 Resposta: C A análise desses gráficos permite afirmar que: A) os Estados Unidos não conseguiram ficar entre os seis países desenvolvidos que tiveram um forte aumento da participação do comércio na formação dos seus Produtos Nacionais Brutos. B) o Canadá bateu o recorde de crescimento do comércio, alcançando o índice de 39%. C) o acelerado crescimento do comércio alavancou o crescimento do PNB mundial, o que se com- prova pelo fato de que sua participação nele triplicou, no período. D) todos os países que tinham uma pequena participação do comércio na formação do PNB, tive- ram um crescimento pequeno dessa atividade no período representado. E) todas as alternativas anteriores contêm análises corretas e apresentam um quadro completo da situação do comércio mundial. A participação do comércio na formação do PNB dos Estados Unidos aumentou 4,3 vezes no pe- ríodo, o que coloca aquele país entre os seis que tiveram maior crescimento. No Canadá, a parti- cipação do comércio na formação do PNB aumentou apenas 3,2 vezes.O comércio foi uma das atividades econômicas que mais cresceu na segunda metade do século passado, alavancando o PNB mundial, no qual sua participação triplicou, saltando de 6 para 18% entre 1950 e 2000. Al- guns países em que a participação do comércio na formação do PNB era pequena tiveram um for- te crescimento dessa atividade no período representado — como exemplifica a Itália, que bateu o recorde de crescimento, pois a participação do comércio no PNB aumentou 7 vezes, saltando de apenas 4% em 1950 para 28% em 2000. Texto para a questão. Cinema — Mas D. Nina, aquilo que é o tal de cinema? O homem saiu atrás da moça, pega aqui, pega acolá, pega aqui, pega acolá, até que pegou-la. Pegou-la e sustentou-la! Danou-lhe beijo, danou-lhe beijo, danou-lhe beijo!... Depois entraram pra dentro dum quarto! Fez-se aquela escuridão e só se via o lençol bulindo... ............................................................... — Me diga uma coisa, D. Nina: isso presta pra moça ver?!... (Ascenso Ferreira, Catimbó e Outros Poemas) 1950 2000 PARTICIPAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERNO NO PNB (*) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 A le m an h a C an ad á R ei n o U n id o Fr an ça It ál ia Ja p ão E U A M U N D O % (*) Base no dólar de 1990 Fonte: The economist, november, 1997, p. 85, e World Trade Organizations, 2001. 6 38 12 39 11 33 8 31 4 28 3 19 3 13 6 18 28 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 30 Habilidade: 5 Resposta: D Ascenso Ferreira (1895-1965) foi um dos maiores líderes do movimento modernista no Nordeste. Aponte, entre as alternativas a seguir, aquela que apresente uma afirmação errada sobre o poema: A) O poema revela a preocupação modernista em utilizar a língua oral popular, a “língua errada do povo / língua certa do povo”, como disse Manuel Bandeira. Isso fica evidente pelo emprego equivocado de alguns pronomes (“Pegou-la e sustentou-la!”) e pelo uso da próclise no início do período (“— Me diga uma coisa, D. Nina:”) B) Reescrevendo os versos “até que pegou-la. / Pegou-la e sustentou-la!” de acordo com a norma culta, teríamos: “até que a pegou. / Pegou-a e sustentou-a.” C) O uso do verbo “bulir” no sentido de “mexer” é muito comum na fala nordestina, o que de- monstra a tendência de Ascenso Ferreira em utilizar a língua característica de sua região. D) O poema deixa transparecer o caráter reacionário e antiprogressista do autor, que rejeita as novidades, como o cinema, por considerá-las imorais. E) O interlocutor de D. Nina assume valores reacionários, ao supervalorizar a norma culta (“Pegou-la e sustentou-la!”). O fato de ele o fazer com inépcia desautoriza sua crítica ao cine- ma, indiciando seu falso moralismo. O poema de Ascenso Ferreira critica, de forma irônica, os valores moralistas dos que rejeitam as novidades, como na época o cinema, por considerá-las imorais. É marcante, no texto, a utilização da linguagem popular querendo passar por linguagem erudita, implicando erros grosseiros, que, de certa forma, desqualificam a crítica moralista. A fala do interlocutor de D. Nina corresponde, portanto, exatamente àquilo que o poeta desejava criticar, não endossar. Considere um lago numa região onde a temperatura do ar no inverno atinge valores abaixo de 0°C. Poder-se-ia pensar que, nessa temperatura, toda a água do lago se transformaria em gelo, o que acarretaria a morte dos peixes e demais organismos vivos nele existentes. Isso não ocorre porque o gelo é menos denso do que a água líquida e por isso flutua, constituindo uma camada que funciona como um isolante térmico, o que impede a solidificação da água abaixo dessa cama- da. Graças a isso, os peixes e demais organismos vivos conseguem sobreviver. A água é uma substância muito peculiar, ou seja, difere da maioria das substâncias em várias pro- priedades, tais como as seguintes: I — Na grande maioria das substâncias, a solidificação é acompanhada de contração de volume. A água, ao contrário, sofre uma expansão de volume, quando se transforma em gelo (solidi- ficação). II — A densidade das substâncias diminui com a elevação da temperatura. A densidade da água, ao contrário, pelo menos no intervalo de 0°C a 4°C, aumenta com a elevação da temperatura. III — A água é o único hidreto de ametal de fórmula HxE que não é gasoso nas condições ambi- entes. Qual (quais) dessas propriedades explica(m) o fato de não ocorrer a solidificação de toda a água do lago, mesmo quando a temperatura do ar atinge –50°C? A) I, II e III. B) II e III, somente. C) I, somente. D) II, somente. E) III, somente. Somente a propriedade (I) explica o fato de o gelo ser menos denso que a água, explicando, assim, o fato de não ocorrer a solidificação de toda a água do lago quando a temperatura do ar atinge valores abaixo de 0°C. m(g) de H2O(l) → m(g) de H2O(s) ∴ VH2O(l) � VH2O(s) dH2O(l) = dH2O(s) = mH2O(l) = mH2O(s) ∴ dH2O(l) � dH2O(s) mH2O(s) VH2O(s) mH2O(l) VH2O(l) 29ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 31 Habilidade: 9 Resposta: C expansão de volume Anedota Búlgara Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas, Ficou muito espantado e achou uma barbaridade. (Carlos Drummond de Andrade, Alguma Poesia) Uma das leituras possíveis para esse texto é: A) quem caça homens só pode achar estranho caçar borboletas e passarinhos. B) o que causa espanto para indivíduos de uma cultura pode ser considerado natural pelos de outras. C) é incompreensível que a pessoa de uma cultura desvalorize um hábito de outra cultura diferente. D) a preservação do ambiente, em última análise, significa a preservação dos homens. E) é impossível a pessoa de uma cultura compreender os valores de outra. O eu lírico procura, por meio do exagero, ridicularizar a forma estereotipada como as pessoas consideram naturais os hábitos de sua cultura e estranhos os de outras. O que para o czar natura- lista parece uma “barbaridade”, para alguém de outra cultura pode parecer uma atitude natural e vice-versa. Essas considerações justificam a alternativa B. Leia o texto a seguir: “A ocupação de ecossistemas antes inexplorados pelo ser humano pode ter conseqüências por vezes desastrosas. Uma delas está relacionada ao mal de Chagas, causado por um protozoário flage- lado, o Trypanosoma cruzi. Na natureza, esse microrganismo parasita mamíferos da nossa fauna, como gambás, tatus, tamanduás, preguiças, morcegos, roedores, cães selvagens e macacos. A trans- missão entre eles faz-se por meio de um percevejo hematófago — o barbeiro — , num ciclo exclusiva- mente silvestre. Porém alterações ambientais provocadas pela derrubada de matas fizeram com que esse inseto de hábitos silvestres e noturnos passasse a viver junto ao homem e aos animais domésticos (cão e gato principalmente) em suas habitações, alojando-se e reproduzindo-se sobretudo em frestas ou rachaduras das paredes das casas, nos paióis e nos chiqueiros.” Numa determinada região do Brasil com alta incidência de casos de doença de Chagas, sabe-se que: I — as habitações situam-se próximo a matas. II — há lagos e córregos próximos. III — as habitações são, em sua maioria, de pau-a-pique. IV — não há rede de água e esgotos. De acordo com o texto, quais dessas condições seriam favoráveis à ocorrência da doença na região? A) I e IV. D) I e III. B) II e III. E) I, III e IV. C) III e IV. Segundo o texto, o transmissor da doença vive habitualmente nas matas e encontra condições para desenvolver-se junto ao homem em habitações como, por exemplo, as casas de pau-a-pique. Além disso, o barbeiro não depende do meio aquático para seu desenvolvimento, como ocorre com os mosquitos que transmitem outras doenças (malária, dengue, febre amarela). A propaga- ção da doença não depende de fezes humanas ou de águas contaminadas por essas fezes. Leia os textos a seguir e responda a questão. I — A taxa de desemprego no Brasil é calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de forma diferenteda que a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese) adotam. O IBGE utiliza o critério do desemprego aberto, isto é, considera entre os desempregados aqueles que não estavam procurando emprego na semana em que a pesquisa foi realizada. O Seade e o Dieese adotam o critério do desemprego total, pelo qual se consideram como desempregados tanto as pessoas que procuravam emprego na semana da pesquisa quanto aquelas que já desanimaram de procurá-lo e as que estão inseridas precariamente no mercado de trabalho, no contexto da economia informal. II — De acordo com a pesquisa da Fundação Seade-Dieese (…) a taxa de desemprego na região me- tropolitana de São Paulo em 2001 ficou em 17,6% da População Economicamente Ativa (PEA), fechando o mês de dezembro com um total de 1,673 milhão de pessoas fora do merca- do de trabalho. Esse resultado significa uma estabilidade em relação a 2000, apesar de um 30 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 32 Habilidade: 18 Resposta: B QUESTÃO 34 Habilidade: 19 Resposta: C RESOLUÇÃO: QUESTÃO 33 Habilidade: 12 Resposta: D acréscimo de 31 mil pessoas no grupo que busca uma vaga nas empresas. Em dezembro, incor- poraram-se a esse contingente 83 mil pessoas, mas em contrapartida houve a criação de 78 mil postos de trabalho. A pesquisa anual mostra ainda que em 2001 caiu em 8,9% o rendimento médio do trabalhador, com um valor correspondente de R$800,00. Apenas as indústrias dos se- tores de química e de borracha concederam aumentos, na média de 1,2%. (Fonte: Moreira, Marli. Brasil Agora, http://rvnews.radiobras.gov.br) Com base nos textos e em seus conhecimentos sobre a realidade do mercado de trabalho no Brasil atual, você pode concluir que, pelo cálculo do IBGE, a taxa de desemprego na região metropoli- tana de São Paulo, no final de 2001, foi: A) bem maior do que 17,6%. D) pouco menor do que de 17,6%. B) pouco maior do que 17,6%. E) igual a 17,6%. C) bem menor do que 17,6%. Confrontando a contagem do contingente de desempregados feita pelo IBGE com aquela feita pelo Seade/Dieese, segundo seus respectivos critérios de análise, conclui-se que é muito grande o número de desempregados que, por desalento, não estão mais procurando emprego na região metropolitana de São Paulo. Muitas dessas pessoas estão trabalhando em algum setor informal da economia, segundo elas transitoriamente, até arranjarem um emprego — portanto, pelos dados do Seade/Dieese, o número de desempregados é maior do que o calculado pelo IBGE, que não considera o trabalho informal como desemprego. Leia o poema “A Rosa Doente”, de William Blake, na tradução de Augusto de Campos (1975): A respeito das imagens e dos recursos visuais e sonoros empregados pelo tradutor, aponte a alter- nativa incorreta: A) A disposição gráfica dos versos e das palavras, formando uma espiral, retoma a principal figu- ra enfocada pelo poema. B) Nos versos Um verme pela treva / Voa invisivelmente / O vento que uiva o leva / ao velado velu- do, a sonoridade das palavras simula a atividade dos agentes verme e vento. C) O rebuscado desenho das letras selecionadas pelo tradutor quer dar a impressão de que o poe- ma é uma espécie de receita médica, feita em caligrafia ininteligível. D) A variação no tamanho das letras cria um efeito visual que reforça a idéia da gravidade da do- ença que afeta a Rosa. E) A Rosa, no poema, pode ser interpretada como metáfora de pessoa vítima de uma paixão secre- ta. 31ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 35 Habilidade: 4 Resposta: C Nesse poema, a sonoridade das palavras — sobretudo a alternância entre consoantes momentâ- neas (t, d, p, m, c) e não momentâneas (r, s, v, l, f) — cria a impressão de um movimento repeti- do e ininterrupto. A forma espiralada das letras, que vão diminuindo de tamanho rumo ao cen- tro, sugere que esse movimento prossegue até atingir o último alvo, o âmago da rosa, vítima de uma doença visceral e incurável. A única alternativa que se distancia completamente desses dados interpretativos é a C. Para com- preender sua incorreção, basta levar em conta que o texto não fornece nenhuma pista para asso- ciar o desenho das letras com caligrafia incompreensível. Informação técnica O volume V de um cilindro circular reto de altura h e raio de base r é dado pela fórmula V = � ⋅ r2 ⋅ h. Uma senhora comprou um vasilhame para armazenar água em sua residência e, ao colocar nele 0,252�m3 de água, constatou que a parte ocupada correspondia a apenas 70% da capacidade total. Se esse vasilhame tem forma cilíndrica circular reta de altura 1m, então o raio de sua base, em metros, vale: A) 0,5. B) 0,6. C) 0,7. D) 0,8. E) 0,9. Do enunciado, temos que: 0,7 ⋅ π ⋅ r2 ⋅ 1 = 0,252 ⋅ π r2 = = 0,36 ∴ r = 0,6 Leia com atenção os textos abaixo, adaptados do jornal O Estado de S. Paulo (abril de 2002): Texto 1 “Com o nome científico de Bothrops insularis, a jararaca-ilhoa é encontrada na ilha de Quei- mada Grande, no litoral sul de São Paulo. (…) Existem indícios de que os animais de Queimada Grande foram contrabandeados para fora do país (…). O veneno das jararacas pode ser usado em pesquisas pela indústria farmacêutica no desenvolvimento de novas drogas. Um exemplo é um anti-hipertensivo desenvolvido por uma multinacional do setor a partir do veneno da jararaca co- mum (Bothrops jararaca) e atualmente sintetizado em laboratório.” Texto 2 “Alguns pontos principais da MP [Medida Provisória] 2.186-16, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético brasileiro: (…) a coleta de amostras do patrimônio genético e o acesso ao co- nhecimento tradicional por estrangeiros serão permitidos apenas sob a coordenação de uma insti- tuição brasileira (…). As pesquisas sobre o patrimônio genético deverão ser realizadas preferenci- almente no território nacional.” De acordo com os textos, é possível afirmar-se que: A) há indícios de que está ocorrendo um caso de biopirataria com relação à espécie Bothrops ja- raraca, pois exemplares dessa cobra foram retirados da ilha de Queimada Grande e levados para fora do país. B) uma droga de efeito anti-hipertensivo está sendo sintetizada em laboratórios estrangeiros a partir do veneno da jararaca-ilhoa, o que vai contra alguns pontos da MP 2.186-16. C) a MP 2.186-16 visa a preservar a integridade da biodiversidade nacional; dessa forma, pesqui- sas envolvendo a jararaca-ilhoa deverão, de preferência, ser conduzidas por instituições sedia- das em solo brasileiro. D) o veneno da jararaca comum tem efeito hipertensivo, funcionando como uma droga no orga- nismo humano; laboratórios estrangeiros estão sintetizando o veneno. E) o governo decidiu que as pesquisas utilizando cobras brasileiras devem ser realizadas somente em nosso território, de forma a preservar a soberania nacional. A Medida Provisória 2.186-16 visa à preservação da biodiversidade nacional (sob a forma de um variado patrimônio genético animal, vegetal, fúngico e microbiano). Assim, essa medida estabele- ce, entre outras coisas, que as pesquisas sobre o patrimônio genético brasileiro (como é o caso da jararaca-ilhoa) deverão ser realizadas, preferencialmente, em território nacional. 0,252 0,7 32 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 36 Habilidade: 14 Resposta: B RESOLUÇÃO: QUESTÃO 37 Habilidade: 13 Resposta: C Para responder as questões 38 e 39, leia o texto a seguir, transcrito do jornal paulistano Notícias Populares. Os nomes das pessoas, por discrição, foram abreviados. GRÃ-FINA PEGA 24 ANOS DE CADEIA TRIBUNAL DE JÚRI NÃO PERDOA MULHER QUE MANDOU MATAR O MARIDO INDUSTRIAL NO CAMBUCI M. C. foi condenada a 24 anos de cadeia, pelo 1º Tribunal do Júri. Ela foi considerada culpa- da de mandar matar o marido, A. H. C., um conhecido industrial paulista, no dia 25 de agosto de 87(…). Os advogados de defesa estão tentando reduzir a pena da mulher. Ela já cumpriu dois anos e meio de xadrez. (…) M. C. contratou A. A. P., o “Alemão”, seu amante,e A. G. Eles foram pra casa (…), no Cam- buci. Renderam M. e os filhos A. e W. E ficaram esperando o empresário, que foi espancado e morto. Eles levaram uns objetos, para parecer roubo. Mas pisaram na bola. No final do roubo, eles se despediram da grã-fina na base do abraço. Só que um dos filhos, W., estava de olho na cena. Quando a polícia chegou para investigar o crime, ele entregou a mãe. Sobre esse texto, podemos afirmar que: I — está redigido estritamente de acordo com as normas da língua culta escrita, como é próprio da linguagem jornalística. II — faz uso de certas palavras ou expressões típicas do meio rural brasileiro. III — o redator escolhe certas formas de expressão típicas da linguagem oral usada pelas camadas populares do meio urbano brasileiro. É (são) correta(s): A) apenas I. B) apenas II. C) apenas III. D) apenas I e II. E) apenas II e III. Há no trecho certas palavras ou expressões que não são usuais na língua culta escrita do Brasil. Há certas formas típicas da linguagem oral do meio urbano, e não do rural, como é o caso de: — dois anos e meio de xadrez; — eles foram pra casa; — na base do abraço; — ele entregou a mãe. Essas considerações invalidam o que se afirma nos enunciados I e II e confirmam o que se diz no III. Ainda sobre o mesmo texto, considere os seguintes enunciados: I — Além da informação dada, o texto contém marcas evidentes de irreverência por parte do re- dator diante do episódio relatado. II — Está redigido em linguagem formal e com a imparcialidade típica do texto de caráter jor- nalístico. III — A escolha de certas palavras ou expressões como grã-fina, xadrez, pisaram na bola, na base do abraço é um recurso de linguagem usado para atrair a simpatia do público leitor de um jornal popular. É (são) correto(s): A) apenas I. B) apenas II. C) apenas III. D) apenas I e II. E) apenas I e III. As palavras e expressões transcritas no item III são indicadoras inequívocas da intenção de tratar a notícia de forma irreverente, como um recurso para desmoralizar os atores da tragédia e con- quistar a simpatia do público leitor de um jornal destinado às camadas populares. Esse comentário justifica o que se afirma nos enunciados I e III e nega completamente a suposta neutralidade postulada no enunciado II. 33ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 38 Habilidade: 6 Resposta: C RESOLUÇÃO: QUESTÃO 39 Habilidade: 6 Resposta: E O gráfico abaixo traz dados referentes ao período da Grande Depressão, a partir de 1929: A análise desses dados permite concluir que naquele período: A) houve aumento da produção industrial, gerando aumento nos índices de desemprego. B) não houve relação de causa e efeito entre desemprego e queda de produção. C) a produção aumentou, gerando queda nos índices de emprego. D) ocorreu uma queda simultânea do desemprego e da produção. E) o desemprego aumentou, como reflexo da queda de produção industrial. A leitura do gráfico permite medir a amplitude da crise conhecida como Grande Depressão, que afetou a economia mundial a partir de 1929, e observar a nítida relação, no período, entre os dois aspectos representados — queda de produção e aumento do desemprego. Um dos problemas ambientais mais graves que afligem grandes cidades brasileiras é o das enchentes. Sobre esse assunto, leia as considerações abaixo e responda a questão. Enchente na cidade de São Paulo I — Uma das causas das enchentes relaciona-se com a ocupação desordenada dessas cidades, pois, nesse processo, até as áreas de várzea dos rios que atravessam seus sítios foram inteiramente ocupadas por avenidas marginais e edificações. Uma forma de tentar mini- mizar esse problema seria destruir – por decisão unilateral do Poder Executivo municipal — as construções existentes nessas várzeas. II — Como a ocupação urbana dessas cidades foi realizada sem planejamento, elas estão quase totalmente tomadas por avenidas e edificações, o que impede a absorção da água das chu- vas pelo solo. Uma forma de tentar minimizar esse problema seria construir, em áreas estratégicas, grandes reservatórios de água, denominados popularmente piscinões. III — Uma das causas das enchentes nas grandes cidades está relacionada com o intenso proces- so de assoreamento dos rios que atravessam seus sítios, pois eles assim se tornam muito rasos e por isso transbordam rapidamente quando ocorre uma grande chuva. Uma forma de minimizar esse problema seria rebaixar mecanicamente as calhas desses cursos fluviais. Produção Industrial e Desemprego Mundial (1929 = 100) Desemprego Produção 1929 1930 1931 1932 1933 1934 80 100 60 0 100 200 300 D es em p re g o Pro d u ção In d u strial Fonte: Crouzet, M. História Geral das Civilizações. São Paulo, Difel, 1968. 34 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 40 Habilidade: 3 Resposta: E QUESTÃO 41 Habilidade: 16 Resposta: C IV — A culpa das enchentes é inteiramente das populações urbanas, que têm o hábito de jogar lixo nas ruas de forma indiscriminada, contribuindo para que as galerias pluviais e os bueiros, construídos para escoarem a água das chuvas, não consigam realizar essa tarefa, por estarem entupidos. Uma forma de minimizar esse problema seria, por decisão do poder municipal, multar e prender quem jogasse lixo nas ruas. Sobre as considerações apresentadas, pode-se dizer que apontam causas reais e soluções legal- mente viáveis as de número: A) I e II. D) II e IV. B) I e III. E) III e IV. C) II e III. Analisando as afirmações referentes às causas das enchentes, que constituem uma grave situação- -problema enfrentada por grandes aglomerações urbanas, bem como as propostas de intervenção para reduzir e controlar seus efeitos, concluímos que apenas as afirmações II e III podem ser con- sideradas corretas. Entre as causas mais importantes das enchentes em grandes cidades encon- tram-se a impermeabilização dos solos e o processo de assoreamento dos rios que as cortam. Quanto às medidas apresentadas para tentar minimizar seus efeitos, ambas são de implantação perfeitamente viável, tanto do ponto de vista legal como do administrativo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desflorestamento da Amazônia já atinge mais de 530 mil km2, área superior à da França. Observe os dados: Com base nesses dados foi estimada a quantidade de CO2 emitida para a atmosfera pelas queimadas na Amazônia, que seria de aproximadamente 17% do total de carbono emitido no mundo. O Brasil ainda ocupa o terceiro lugar entre os países com maior cobertura florestal remanescente, sendo superado apenas pela Federação Russa e pelo Canadá, mas é o segundo país do mundo em desmatamento anual. O ranking dessa prática é liderado pelos estados situados na área do Arco do Desflorestamento. Observe: FRENTE PIONEIRA E DESMATAMENTO ESTADOS MAIS DESMATADOS (em % sobre a área de florestas originais) arco dos desflorestamentos RR AM AP PA AC MTRO GO TO MA limite da Amazônia legal MA TO MT RO 69,8 45,4 23,7 23,5frentes pioneiras 35ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 42 Habilidade: 10 Resposta: D Floresta Desmatamento Floresta Estados original Média anual Total remanescente (km2) (em km2) (em km2) (1997) 1995/96 1997 Em km2 Em % AC 152.000 433 14.203 137.797 90,6 AP 115.000 0 1.846 113.154 98,4 AM 1.481.000 1.023 28.140 1.452.860 98,1 MA 143.000 1.061 99.789 43.211 30,2 MT 528.000 6.543 125.023 402.977 76,3 PA 1.139.000 6.135 181.225 957.775 84,1 RO 215.000 2.432 50.529 164.471 76,5 RR 164.000 214 5.563 158.437 96,6 TO 59.000 320 25.768 33.232 54,6 TOTAL 3.996.000 18.161 532.086 3.463.914 86,6 Com base nesses dados, podemos afirmar que: A) o desmatamento é maior nos estados que estão na porção setentrional da Amazônia, área de climas menos chuvosos, que favorecem as queimadas. B) a destruição de uma extensão de floresta equivalente à superfície da França, em apenas uma década, é explicada pela elevada área desmatada anualmente. C) as taxas de desmatamento são semelhantes em todos os estadose podem ser analisadas pela relação entre a área desmatada anualmente e a extensão da floresta original. D) a floresta se encontra bem preservada nas áreas mais despovoadas do país, onde as frentes pio- neiras ainda não chegaram e a integração com o resto do país é fraca. E) as frentes pioneiras não são responsáveis pelo desmatamento, pois elas nunca ocupam áreas de florestas virgens. A tabela e o mapa deixam claro que os estados mais desmatados são os que se localizam mais ao sul da região, na área ocupada pelas frentes pioneiras (responsáveis por boa parte da destruição), e que se integram ao resto do país por meio das rodovias, de relações comerciais, do povoamen- to, etc. A área mais bem conservada é a porção setentrional, pelas razões inversas: é pouco povoa- da e isolada do resto do país. O desmatamento de uma extensão equivalente à superfície da França foi conseqüência de um longo processo de ocupação, que se acelerou nas duas últimas décadas, e as taxas de desmatamento são diferentes de um estado para outro. As lendas sempre foram alicerces para os povos antigos. Os gregos, por exemplo, tributavam suas origens aos heróis que protagonizam a poesia de Homero, e os romanos, aos irmãos Rômulo e Re- mo, filhos do deus Marte, eternizados no relato do historiador Tito Lívio. Essas explicações len- dárias: A) alteraram ou reinventaram fatos históricos, justificando alguma condição ou ação posterior dos homens. B) sempre se basearam em acontecimentos reais, com o único propósito de explicar o passado. C) confirmaram que as civilizações, em sua origem, não possuem vínculos com seu passado len- dário, denominado Idade das Trevas. D) afirmam uma reação inconsciente de todos os povos, que tem por fundamento o ideal religioso, desligado de qualquer interesse político. E) são apenas formas artísticas ou literárias independentes dos interesses políticos, por serem es- téticas. As lendas, os mitos e os relatos tradicionais em que se basearam as obras de Homero e Tito Lívio, independentemente da veracidade histórica, forneceram justificativas para privilégios políticos e sociais que imperavam na Antigüidade greco-romana. Assim, os heróis da Ilíada e da Odisséia legi- timavam as prerrogativas da aristocracia grega; a História de Roma, o domínio romano no mar Mediterrâneo. A principal tendência político-econômica contemporânea é a globalização. Apesar disso, muitos países desenvolvidos impõem restrições e cotas para a importação de vários produtos provenien- tes de países menos desenvolvidos. Exemplo disso é o aço, uma das ligas mais utilizadas atual- mente, para as mais diversas finalidades. O quadro a seguir nos mostra a composição, a propriedade e o uso de alguns tipos de aço: Certa indústria recebeu uma encomenda de 10.000 faqueiros, cada um deles com uma massa igual a 5,0kg. Qual a massa de ferro presente nessa encomenda? A) 73kg D) 365.000kg B) 365kg E) 36.500kg C) 50.000kg A tabela mostra que o aço usado na fabricação de faqueiros contém 73% de ferro, em massa. Massa de 10.000 faqueiros = 10.000 × 5kg = 50.000kg Massa de ferro = 73% de 50.000kg = 0,73 × 50.000kg = 36.500kg 36 ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO: QUESTÃO 43 Habilidade: 19 Resposta: A QUESTÃO 44 Habilidade: 17 Resposta: E Tipo de aço Composição (% massa) Propriedade Uso inox 73% Fe, 18% Cr, 8% Ni, 1% C resistente à corrosão faqueiros, panelas tungstênio 94% Fe, 5% W, 1% C extremamente duro ferramentas de corte manganês 86% Fe, 13% Mn, 1% C resistente ao desgaste trilhos O gráfico a seguir retrata um fragmento da história da Terra, que se estende de 600 milhões de anos aos dias de hoje. Uma das curvas se refere ao número de famílias de animais marinhos, e a outra ao número de espécies de plantas terrestres. Levando-se em consideração os dados do gráfico, qual das alternativas seguintes pode ser consi- derada correta? A) As plantas terrestres já haviam colonizado o ambiente 200 milhões de anos antes do apareci- mento dos animais marinhos. B) Algum fator do ambiente, pouco mais de 200 milhões de anos atrás, promoveu uma extinção em massa que afetou toda a vida do planeta. C) Há mais ou menos 180 milhões de anos, iniciou-se uma explosão no número de espécies de plantas que colonizaram o ambiente seco. D) O fato de as duas curvas do gráfico terem certo paralelismo demonstra que as espécies de plan- tas terrestres têm influência direta sobre as famílias de animais marinhos, e vice-versa. E) Na parcela da história da vida representada no gráfico, observa-se uma tendência ao aumento da diversidade, tanto animal como vegetal. A simples observação do gráfico basta para descartarmos as alternativas A, B e C. O fato de as duas curvas manterem certo paralelismo (alternativa D) não é suficiente para que se estabeleça qualquer relação de causa e efeito entre a evolução das plantas terrestres e a dos animais mari- nhos. No entanto, a diversidade da vida, tanto animal como vegetal, está claramente aumentando ao longo do tempo, como o gráfico indica. Foi realizado em laboratório um experimento no qual foi determinada a quantidade (em mol) de um ácido A necessária para reagir estequiometricamente com uma quantidade (em mol) conhe- cida de uma base B. Os resultados experimentais estão representados no gráfico abaixo. Quantidade de B em mol Q u an ti d ad e d e A e m m o l 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 Tempo Geológico (milhões de anos atrás) Paleozóico Mesozóico Cenozóico Animais marinhos Extinção em massa Plantas terrestres 0 300 600 900 100 80 40 60 20 Sil.Camb. Ord. Dev. Miss. Penn. Perm. Trias. TerciárioCretáceoJurássico 600 400 200 0 N ú m er o d e fa m íli as d e an im ai s m ar in h o s N ú m ero d e esp écies d e p lan tas 0 Fonte: Ricklefs, R. E. The Economy of Nature, Nova Iorque, Freeman, 2001. 37ENEM/2002 – ANGLO VESTIBULARES RESOLUÇÃO: QUESTÃO 45 Habilidade: 10 Resposta: E QUESTÃO 46 Habilidade: 1 Resposta: C O ácido A e a base B poderiam ser, respectivamente: A) H2SO4 e NaOH B) H2SO4 e Ca(OH)2 C) H3PO4 e Ca(OH)2 D) H3PO4 e NaOH E) H2SO4 e Al(OH)3 O gráfico mostra que, por exemplo, 0,4 mol de A reagem com 0,6mol de B; portanto a proporção em mol é de 2A : 3B. A única alternativa que satisfaz essa proporção é a C. 2 H3PO4 + 3 Ca(OH)2 → Ca3(PO4)2 + 6 H2O 2 A + 3 B Observe os mapas abaixo e responda a questão. Com base na observação dos mapas apresentados e em seus conhecimentos sobre o processo de ocupação do território brasileiro, estaria certo você afirmar que no período destacado: A) as cidades do Sudeste continuaram apresentando taxas de crescimento vegetativo bem acima da média dos centros urbanos situados nas demais regiões brasileiras. B) houve uma intensificação do processo de interiorização da população brasileira iniciado de forma relativamente planejada nos anos de 1960. C) o aumento do número de habitantes de várias cidades do Centro-Oeste se deveu exclusiva- mente à ocorrência de elevadas taxas de fertilidade nesses centros urbanos. D) houve uma intensificação de um processo que se iniciou, de forma planejada, no período colo- nial: o da migração populacional da região Sul para a região Norte do Brasil. E) o aumento do número de habitantes de várias cidades do Nordeste se deveu, sobretudo, ao fato de elas terem recebido um grande número de migrantes provenientes de outras regiões do país. A análise dos mapas que representam a distribuição das cidades com mais de 500 mil habitantes pelo território brasileiro em diferentes momentos, permite reconhecer a intensidade do processo de interiorização populacional no país. Nos anos de 1960 foram realizadas nas regiões Centro- -Oeste e Norte diversas obras (construção de Brasília, implantação da rodovia Belém-Brasília, etc.) que as transformaram em importantes pólos de atração. Nas décadas posteriores, o proces- so de interiorização da população brasileira intensificou-se em decorrência de vários outros fato- res, como, por
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