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FÓRUM 1 LBI

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Enunciado da Avaliação 1
“A entrega da atividade deve ser realizada através do item Entrega da Avaliação – Fórum de Discussão [AVA 1], conforme o prazo estipulado em calendário acadêmico.”
O Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Educação Inclusiva
Sancionado em 2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei N. 13.146/2015 – baseia-se na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, tratado internacional de Direitos Humanos e prevê igualdade de oportunidades com as demais pessoas e ausência de discriminação contra as pessoas com deficiência.
Além de se constituir em um dispositivo legal alinhado aos anseios da população, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) é um marco na concepção da deficiência como o resultado da interação das barreiras impostas pelo meio com as limitações de natureza física, mental, intelectual e sensorial do indivíduo. Isto significa que um ambiente acessível e a igualdade de oportunidades ampliarão a condição de participação social das pessoas com deficiência, a despeito de suas características e limitações.
A partir desta concepção, responda e discuta com seus colegas acerca da seguinte questão: no contexto educacional, como a LBI assegura o acesso, permanência, participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência nas escolas regulares? Cite pelo menos três exemplos considerando as diferentes dimensões da acessibilidade.
Leia o capítulo IV da Lei Brasileira de Inclusão, Do Direito à Educação, para fundamentar adequadamente a sua resposta. Lembre-se de utilizar argumentos próprios, citar fontes em caso de transcrições e contribuir com o debate interagindo com os colegas.
Lei Brasileira de Inclusão http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
De acordo com o art. 27 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (lei brasileira de inclusão), 
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015).
Portanto, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) assegura aos alunos com quaisquer tipos de deficiência, seja ela intelectual, visual, mental, auditiva, física ou múltipla, o acesso à educação porque trata-se de um direito inequivocável de todo cidadão. Como direito inerente também a este aluno, é dever do estado providenciar as condições necessárias para o ingresso destes alunos ao ensino regular. A educação inclusiva deve atravessar todas as etapas de ensino, desde a creche ao ensino superior.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida;
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; (BRASIL, 2015).
Escolas públicas ou particulares com sistema de avaliação para ingresso não estão a parte desta lei. Precisam assegurar aos alunos que possuem qualquer tipo de deficiência, igualdade de acesso tal como aos alunos não-deficientes.
Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas:
I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos serviços;
II - disponibilização de formulário de inscrição de exames com campos específicos para que o candidato com deficiência informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários para sua participação;
III - disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às necessidades específicas do candidato com deficiência;
IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência;
V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiência, tanto na realização de exame para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia solicitação e comprovação da necessidade;
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da língua portuguesa;
VII - tradução completa do edital e de suas retificações em Libras. (BRASIL, 2015)
Estes dispositivos devem ser observados tanto para o ingresso como para a permanência destes alunos. As escolas devem ter a estrutura necessária para receber e manter estes alunos em sua instituição lhe oferecendo a melhor educação, equiparados por recursos diferenciados, devido às suas necessidades educacionais especiais (NEE) (CALÇADE, 2018). Neste ponto, o art.28 da LBI prevê estas adaptações.
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.
§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações. (BRASIL, 2015)
Além da mobilidade necessária, estes alunos precisam sentir-se parte da comunidade escolar, através de ativa participação. Para assegurar a sua integração, os meios de comunicação precisam estar disponíveis a estes alunos, conforme as suas necessidades. Portanto, ainda no art. 28 da LBI, se enfatiza a necessidade de haver um
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;
Desta forma, é obrigação da instituição de ensino fornecer 
o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, no caso da deficiência visual e auditiva, adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física, e estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global (CALÇADE, 2018).
O currículo pedagógico também deve ser adaptado às necessidades destes alunos, para garantir a sua aprendizagem. O art. 28 e seu segundo parágrafo, prosseguem discorrendo sobre estas garantias.
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva;
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimentoeducacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência;
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação;
XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas;
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de conhecimento;
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
§ 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras;          (Vigência)
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras.    (Vigência) (BRASIL, 2015)
Em uma série de reportagens do site PORVIR, que trata de inovação na educação, cita, uma professora de inglês que utilizou o celular para integrar alunos com deficiência visual. Ela adaptou o conteúdo da aula “transformando mensagens escritas em estímulos de voz por meio de um aplicativo de QR Code” (LOPES, 2016). Em entrevista ao site xxx outra professora cita 
Esse estudante era muito inteligente e acompanhava o conteúdo melhor que alguns alunos da turma regular. Tive que readequar mais em relação a espaço e tempo, na questão de volume de atividade, porque ele não tinha tanta concentração. Acabei incluindo mais atividades lúdicas, que prendessem sua atenção, como jogos (ABE, 2021).
Um terceiro exemplo de como o professor pode adaptar o ensino para alunos com deficiência é ilustrado por outra profissional de educação, em entrevista ao mesmo site.
Como o aluno surdo não ouve, as sílabas e o som das letras não fazem sentido pra ele. Então eu adaptei todas as atividades para incluir a palavra inteira, global, uma imagem e o sinal de Libras. Foi bom para o ele, que conhecia Libras, e também para os outros, que não sabiam ler (ABE, 2021).
Referências Bibliográficas
BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei N. 13.146/2015. Do Direito à Educação. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato
2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 24 out 21.
CALÇADE, Paula. Educação inclusiva: o que é e como fazer direito (e bem feito). (05 de Junho de 2018). Nova Escola Gestão. Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2021/educacao-inclusiva-o-que-e-e-como-fazer-direito-e-bem-feito>. Acesso em: 24 out 21.
LOPES, Marina. Educação inclusiva é educação para todos. Inovações em Educação. (5 de dezembro de 2016). Disponível em: < https://porvir.org/educacao-inclusiva-e-educacao-para-todos/>. Acesso em: 24 out 21.
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