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POP CABECA E PESCOCO FINALIZADO

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1 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI 
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS – CSHNB 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
Disciplina: Prática de Semiologia e Semiotécnica para Enfermagem 
Professora: Edina Araújo Rodrigues Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento Operacional Padrão (POP) 
EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO 
 
 
 
 
 
Autoria: 
LAYANE HENRIQUE TAVARES 
LUIZA BRUNA DA SILVA PEREIRA 
TATYLA DOS SANTOS MORAIS 
 
 
 
 
 
 
PICOS-PI 
2021 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 3 
1.1 EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO ........................................... 3 
1.2 ANAMNESE ............................................................................................ 3 
1.3 TÉCNICAS PROPEDÊUTICAS .............................................................. 3 
2. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO CRÂNIO ................................................ 4 
3. INSPEÇÃO DA FACE ............................................................................. 5 
4. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DOS OLHOS ............................................... 6 
4.1 INSPEÇÃO DA CONJUNTIVA................................................................. 7 
4.2 INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DAS PÁLPEBRAS ........................................ 7 
4.3 INSPEÇÃO DOS GLOBOS OCULARES ................................................. 8 
4.4 INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS.............. 9 
5. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DA BOCA .................................................. 12 
6. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DOS OUVIDOS.......................................... 14 
7. INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E AUSCULTA DO PESCOÇO ..................... 16 
7.1 PALPAÇÃO E AUSCULTA TRAQUEAL ................................................ 16 
7.2 INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DAS VEIAS JUGULARES .......................... 17 
7.3 PALPAÇÃO DAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS .......................................... 17 
7.4 PALPAÇÃO DOS LINFONODOS DA REGIÃO CERVICAL .................. 18 
7.5 INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E AUSCULTA DA TIREOIDE ........................ 18 
 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 20 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
1.1. EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO 
A cabeça centraliza os órgãos dos sentidos, os quais são de fundamental 
importância para o indivíduo proteger-se das ameaças externas mediante a 
visão, a audição, o olfato e o paladar (BARROS,2016). 
 A semiotécnica da cabeça compreende o crânio e a face (olhos, nariz e seios 
paranasais, boca e ouvidos). O pescoço é responsável por unir a cabeça ao 
tronco, além de ser responsável pela sustentação da posição da cabeça. 
Compreende estruturas importantes, tais como coluna cervical, glândula tireoide, 
traqueia, veias jugulares, artérias carótidas e linfonodos da região cervical. 
 
1.2. ANAMNESE 
O primeiro contato entre o profissional examinador e o paciente é por meio 
da entrevista. A anamnese tem por objetivo coletar informações sobre as 
condições atuais do paciente. 
Antes do exame físico da cabeça e pescoço, ou de outro segmento corporal, 
é imprescindível o enfermeiro examinador entrevistar o paciente para que este 
forneça dados que serão relacionados com os achados clínicos. O enfermeiro 
deve concentrar-se nas manifestações clínicas e nas queixas atuais do paciente. 
 
1.3. TÉCNICAS PROPEDÊUTICAS 
A semiotécnica norteará o profissional enfermeiro a diagnosticar algum mau 
funcionamento, doença, anormalidades, com também, detectar sinais e sintomas 
que possam passar despercebidos e que, muitas vezes, são manifestações 
características de alguma doença. Qualquer tipo de alteração fora da 
normalidade, o paciente deverá ser encaminhado para exames mais específicos. 
Para realizar o exame físico da cabeça o enfermeiro utilizará as técnicas 
propedêuticas de inspeção e palpação. Faz-se o exame do pescoço por meio de 
inspeção, palpação e ausculta. A avaliação deve ser realizada a partir de dados 
obtidos através da anamnese do paciente, do exame físico e de outros recursos 
diagnósticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO CRÂNIO 
Segundo JARVIS (2016), a normocefalia descreve um crânio redondo, 
simétrico e adequado ao tamanho do corpo. Deve-se investigar se o paciente 
relata cefaleia, se possui lesão na cabeça e tontura. A inspeção e a palpação 
do crânio possibilitam a identificação de saliências (tumores, tumefações, bossas 
e hematomas), depressões (afundamentos) e pontos dolorosos (PORTO, 2017).
 O crânio normalmente parece simétrico e suave. Os ossos cranianos com 
saliências normais são o osso frontal, a aresta lateral de cada osso parietal, o 
osso occipital e o processo mastoide atrás de cada orelha. Não há sensibilidade 
à palpação. Deve ser observado inicialmente a posição da cabeça do paciente, 
sendo achados normais estar ereta, em equilíbrio e sem movimentos 
involuntários. 
 As alterações na postura podem indicar doenças do pescoço ou das 
meninges (inclinação para a frente ou para trás, por exemplo). Movimentos 
involuntários ou tremores sugerem parkinsonismo ou coreia. Movimentos de 
confirmação, especialmente sincronizados com o pulso, podem estar associados 
a insuficiência aórtica e a inclinação da cabeça para um lado pode indicar perda 
unilateral da audição ou da visão (BARROS, 2016). Quando possível, o paciente 
deve ser colocado na posição sentada. 
Deve ser observado tamanho e forma, posição e movimentos, lesões 
localizadas, presença de cistos sebáceos, tumores ósseos, consistência ou 
rigidez da tábua óssea, hematomas ou nódulos no couro cabeludo, devem ser 
investigados e descritos de acordo com as regiões da cabeça. As características 
dos cabelos (distribuição, quantidade, alterações na cor, higiene, seborreia e 
presença de parasitos) também devem ser observadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. INSPEÇÃO DA FACE 
A face deve ser simétrica, sem inclinação, nenhuma fraqueza, sem 
movimentos involuntários. Deve-se investigar a presença de edema facial. 
Observar a expressão facial e a sua adequação ao comportamento ou humor 
relatado (a ansiedade é comum em pessoas hospitalizadas ou doentes), 
hostilidade ou agressividade. Músculos rígidos e tensos podem indicar 
ansiedade ou dor; uma expressão apática pode indicar depressão. Observe a 
simetria de sobrancelhas, fissuras palpebrais, sulcos nasolabiais e os cantos da 
boca. Observe também quaisquer estruturas anormais faciais (características 
faciais grosseiras, exoftalmia, mudanças na cor da pele ou pigmentação) ou 
qualquer edema anormal. Além disso, note quaisquer movimentos involuntários 
(tiques) nos músculos faciais. Normalmente, não há nenhum (JARVIS, 2016). 
Na face deve ser observada simetria, expressão fisionômica (fácies) que 
podem caracterizar determinadas doenças (ex. fácies leonina da hanseníase 
virchoviana), coloração da pele que podem indicar doenças (palidez, cianose, 
icterícia) e manchas localizadas (ex. eritema das regiões malares produzidas no 
lúpus eritematoso). O ambiente deve contar com boa iluminação para que os 
achados sejam mais específicos (pele negra pode mascarar alguma alteração 
de pigmentação) 
 
 
 
Assimetria facial de origem congênita. 
Fonte: PORTO, C. C. 
 
 
 
 
 
 
Assimetria facial por paralisia facial esquerda. 
Fonte: PORTO, C. C. 
 
 
 
 
6 
 
4. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DOS OLHOS 
Investigar se o paciente tem dificuldade visual, dor, estrabismo, diplopia, 
vermelhidão, inchaço, lacrimejamento, secreção, histórico de problemas 
oculares, glaucoma e se faz o uso de óculos ou lentes de contato. 
O exame dos olhos pode revelar afecções locais ou manifestações oculares 
de doenças sistêmicas. O examinador deve testar cada olho separadamente, 
ocluindo um de cada vez, sem pressioná-lo. O ambiente deve contarcom boa 
iluminação e o profissional poderá usar como auxílio o uso de um 
oftalmoscópio/lanterna clínica. 
 Acuidade visual: É importante investigar há quanto tempo o paciente 
vem percebendo alteração na acuidade visual. Se o paciente usar óculos, 
deve-se testar sua acuidade visual com a correção óptica. Ultilizar a 
Escala optométrica de Snellen. 
 
 Mobilidade visual: O exame da mobilidade visual deve ser feito 
solicitando-se ao paciente que acompanhe com o olhar a movimentação 
de determinado objeto, da direita para a esquerda, para cima e para baixo. 
Distúrbios nessa região exigem a avaliação de um especialista (BARROS, 
2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame da mobilidade visual. 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
 
 
 
 
 
7 
 
4.1. INSPEÇÃO DA CONJUNTIVA 
Para examinar a conjuntiva, as pálpebras devem ser tracionadas (inferior 
para baixo e a superior para cima). Observar coloração da conjuntiva que pode 
se apresentar de coloração rósea permitindo visualização da rede vascular 
(normal), amarelada (icterícia), pálida (anemias) ou hiperemiada quando ocorre 
um processo inflamatório (conjuntivite). Analisar a presença de congestão ou 
secreção mucopurulenta e hemorragia subconjuntival. 
 
 
 
 
Exame da conjuntiva 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
 
 
 
 
 
 
4.2. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DAS PÁLPEBRAS 
 
 As pálpebras, além de serem inspecionadas, podem ser palpadas, quando 
necessário, para avaliar nódulos ou lesões. Deve-se avaliar o fechamento e a 
abertura das pálpebras (um achado importante é a queda da pálpebra/ptose 
palpebral), se há alteração na mobilidade e presença de movimentos 
conjugados, processos inflamatórios das glândulas de Zeiss e Mol (que ficam na 
raiz do folículo piloso), provocando o hordéolo, e das glândulas de Meibomius 
(localizadas no tarso), que dão origem ao calázio. 
 O edema palpebral pode ser unilateral, caracterizado pelo Sinal de Romaña 
(devido a inoculação do Trypanosoma cruzi), e bilateral, comum em doenças 
renais, endócrinas, alérgicas ou inflamatórias e secundário a picadas de insetos 
e traumatismo. Já nas regiões superciliar e ciliar, deve-se observar a simetria, a 
presença e a distribuição dos pelos. 
 A ausência ou perda de pelos na região superciliar e/ou ciliar é denominada 
madarose e é classificada como parcial, difusa ou total. (BARROS, 2016). A 
pálpebra superior normalmente sobrepõe a parte superior da íris e a cobre 
completamente quando fechada. A pele é intacta, sem vermelhidão, inchaço, 
secreções ou lesões (JARVIS, 2016). Para testar o reflexo córneo-palpebral, 
deve-se encostar delicadamente uma gaze na superfície temporal de cada 
8 
 
córnea, enquanto o paciente olha para cima. A resposta esperada é o piscar de 
olhos e o lacrimejamento (BARROS, 2016). 
 
 
 
 
Ptose palpebral 
Fonte: PORTO, C. C. 
 
 
4.3. INSPEÇÃO DOS GLOBOS OCULARES 
Os globos oculares estão normalmente alinhados, sem protrusão ou 
afundamento. Os negros podem apresentar uma leve protrusão do globo ocular, 
além da crista supra orbital (JARVIS, 2016). Observar protrusão (exoftalmia) 
unilateralmente, no caso de tumores, ou bilateralmente, no hipertireoidismo. A 
enoftalmia (afundamento dos globos oculares) ocorre, por exemplo, na 
desidratação grave. Identificar desvios, como no estrabismo, ou movimentos 
involuntários, rítmicos e repetidos como o nistagmo. Na esclerótica 
(normalmente apresentando-se branca ou levemente amarelada na periferia) 
observar alteração de sua coloração que pode ser fisiológica, como na presença 
de placas de pigmento marrom normalmente encontrada na esclerótica dos 
negros; ou pode indicar a presença de alguma doença, como na coloração 
amarelo forte (icterícia). Outra alteração que pode ser encontrada na esclerótica 
são as hemorragias causadas por rompimento de vasos. (BARROS, 2016). 
Na córnea e cristalino deve ser iluminada (com o auxílio de uma lanterna 
clínica) e avaliada a sua uniformidade e clareza. Não deve haver opacidade 
(nebulosidade) na córnea. A córnea pode parecer nebulosa com a idade. O arco 
senil é visto comumente ao redor da córnea. (JARVIS, 2016). No aparelho 
lacrimal tem função secretora (lubrificação) e excretora. As obstruções do 
aparelho lacrimal podem levar a ressecamento da córnea e a produção de 
lesões. 
A Íris normalmente apresenta um formato arredondado, regular, e coloração 
uniforme. As pupilas devem ser esféricas, negras e isocóricas (com diâmetro 
igual em ambos os olhos). Seu tamanho varia de acordo com a exposição à luz 
e o foco do olhar. A constrição pupilar se chama miose e a midríase é a dilatação 
da pupila. A reação fotomotora é verificada com o auxílio de um foco de luz 
artificial (lanterna clínica). Quando o foco de luz é direcionado as pupilas ocorre 
a miose e, quando o foco de luz é retirado, ocorre a midríase. É importante 
analisar o diâmetro de cada pupila separadamente e depois compará-las. 
 
9 
 
 
 
 
Midríase e miose 
(Variações no 
diâmetro) 
Fonte: PORTO, C. C. 
 
 
4.4. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS 
O nariz é o primeiro segmento do sistema respiratório e é responsável por 
aquecer, umedecer e filtrar o ar inalado. As narinas são as aberturas ovais na 
base do nariz, a columela divide essas duas aberturas e é continua internamente 
com o septo nasal. O nariz é simétrico, localizado na linha média e proporcional 
às outras características faciais. É importante analisar se o paciente apresenta 
secreção nasal, epistaxe (sangramento nasal), se está resfriado, se relata dor 
nos seios da face, histórico de alergias e alterações no olfato. 
 Inspeção do nariz: Examine a mucosa nasal, observando a sua 
coloração avermelhada e superfície lisa e úmida., qualquer deformidade, 
desvio de septo, assimetria, integridade da mucosa (inflamação ou lesão 
cutânea), se há presença de edema ou corpo estranho e teste a 
perviedade das narinas. Isso poderá revelar obstruções que poderão ser 
exploradas posteriormente com o espéculo nasal. Um desvio no septo 
nasal é comum e não significativo, a menos que a via aérea esteja 
obstrutiva. 
 
 
 
Visão da narina através do espéculo nasal 
Fonte: JARVIS, C. 
 
10 
 
Para realizar o exame endonasal, inclina-se a cabeça do paciente para 
trás e, se possível, usa-se um otoscópio e uma espátula. As narinas devem ser 
inspecionadas separadamente. O examinador deve observar a forma e o 
tamanho do nariz, que poderão estar alterados em casos de traumatismos 
(fraturas) ou decorrentes da destruição das cartilagens nasais e/ou partes 
ósseas, tumores ou doenças endócrinas. A inspeção também pode mostrar 
diferentes tipos de nariz de acordo com a direção do dorso da pirâmide nasal 
(nariz reto, grego, aquilino e arrebitado). 
 
 
 
 
Exame endonasal. 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
 
Na inspeção externa é possível observar deformidades não patológicas e 
alterações indicativas de lesões de diversas etiologias (neoplásicas ou 
inflamatórias). Observe o movimento das asas do nariz durante a respiração, o 
qual está aumentado na dispneia. 
 
 
 
 Modificação da forma do nariz (eritema malar: 
ulceração com perda da pele da asa nasal 
esquerda e ponta do nariz acompanhada de 
perda da cartilagem do septo nasal) 
Fonte: PORTO, C. C. 
 
11 
 
 Palpação dos seis paranasais: Os seios ou cavidades paranasais, 
denominadas também (seios da face), são quatro cavidades localizadas 
simetricamente de cada lado do nariz e chamadas de seios frontais, 
maxilares, etmoidais e esfenomoidais. Essas cavidades são revestidas 
pela mucosa nasal, invaginada por meio dos ósteos nasais. A finalidade 
dessa camada é eliminar exsudatos quando presentes nas cavidades 
sinusais. No exame, por meio da palpação, deve-se verificar se há 
hipersensibilidade (dor) nos seios paranasais. Para avaliar os seios 
frontais, é preciso pressionar o osso frontal com ospolegares sobre as 
sobrancelhas e, depois, pressionar os seios maxilares com os polegares, 
fazendo movimentos para cima. A hipersensibilidade, quando presente, 
sugere sinusite (BARROS, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
5. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DA BOCA 
Na anamnese, investigar se na boca e garganta o paciente tem secreção, se 
está resfriado, apresenta feridas ou lesões, dor de garganta, sangramento 
gengival, dor de dente, rouquidão, disfagia, alteração no paladar, como também 
investigar os hábitos (tabagismo, etilismo). 
A condição essencial para o exame da boca é uma boa iluminação, que pode 
ser a própria luz solar, quando então se coloca o paciente nas proximidades de 
uma janela, ou uma fonte luminosa artificial, representada por uma lanterna ou 
por um foco luminoso fixo. Como meio auxiliar, empregam-se espátulas de 
madeira para afastar os tecidos e abaixar a língua. Se o paciente estiver usando 
prótese dentária removível, ela deve ser retirada antes do exame. O exame da 
boca baseia-se na inspeção e na palpação, mas o olfato também tem papel 
importante. 
 
 Inspeção dos lábios: deve ser avaliado a cor, umidade, presença de 
fissuras, lesões. Retrair e inspecionar face interna. 
 Inspeção dos dentes e gengivas: observar ausência de dentes, 
anormalidades de posicionamento, dentes frouxos, presença de cáries. 
Para o exame das gengivas, utiliza-se a inspeção e a palpação. Deve-se 
contar com boa iluminação e espátula de madeira para afastar a mucosa 
jugal, os lábios e a língua, com o que se consegue uma boa exposição 
das superfícies vestibular e lingual/palatina. Devemos analisar cor, 
consistência, forma, desenvolvimento e presença de lesões. 
 Inspeção da mucosa oral e língua: Examina-se a língua solicitando que 
o paciente abra a boca ao máximo e utilizando-se de uma gaze para 
segurar a ponta da língua, observando: dorso, tracionando-a para fora da 
cavidade bucal; bordas laterais, tracionando-a para cada um dos lados, 
até que seja possível visualizar seu terço mais posterior; face inferior 
(ventre) solicitando que o paciente eleve a ponta da língua, tentando tocar 
o palato, mas mantendo a boca aberta. Analisam-se os seguintes 
parâmetros: posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, 
movimentos e existência de lesões. 
 Inspeção do palato e da garganta: Para a inspeção do palato, 
conhecido como “céu da boca”, o paciente deve inclinar sua cabeça para 
trás e abrir a boca, iluminação adequada em toda a sua extensão. Em 
condições normais apresenta-se com coloração rosa pálido, 
13 
 
esbranquiçada, com uma textura firme. Deve inspecionar-se úvula, 
amígdalas: coloração, presença de exsudato, tamanho. 
 Palpação do assoalho da boca: pesquisar nódulos, ulcerações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame da cavidade oral. 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
14 
 
6. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DOS OUVIDOS 
O aparelho auditivo é constituído por três partes: ouvido externo, ouvido 
médio e ouvido interno. O ouvido externo compreende o pavilhão auricular 
(orelha), estrutura cartilaginosa recoberta de pele, e o conduto auditivo externo. 
O ouvido médio compreende a caixa do tímpano, situada entre o ouvido externo 
e o interno. Comunica-se com a nasofaringe por meio da tuba auditiva e com as 
células mastóideas. O tímpano é visualizado como uma membrana oblíqua 
puxada para dentro pelo ossículo martelo. O ouvido interno, por sua vez, não 
pode ser visualizado e corresponde à parte onde está localizada a cóclea. 
Na anamnese investigar se paciente tem dores de ouvido, infecções, 
secreção, perda de audição, se escuta ruído ambiental, zumbido e vertigem. 
Também é importante perguntar com que frequência e como o paciente faz a 
limpeza do ouvido (se faz uso de cotonetes) 
Na inspeção do pavilhão auricular, devem-se verificar a forma e o tamanho, 
bem como condições cutâneas, cor e a presença de deformações congênitas ou 
adquiridas, como nódulos, tumorações e hematomas. 
A inspeção do conduto auditivo externo é realizada com o auxílio de um 
otoscópio. Para a realização do exame o profissional deve escolher o maior 
espéculo que se encaixe confortavelmente. Incline a cabeça do indivíduo 
ligeiramente para longe de você e em direção ao ombro oposto. Este método 
proporciona uma melhor visão da membrana timpânica. No adulto ou na criança 
mais velha, tracione o pavilhão auricular para cima e para trás, essa manobra 
ajuda a alinhar o formato em S do conduto. (No lactente ou na criança menor de 
3 anos de idade, tracione o pavilhão auricular para baixo.) Segure o otoscópio 
de cabeça para baixo e mantenha o dorso (costas) de sua mão junto da 
bochecha do indivíduo, apoiada para estabilizar o otoscópio. 
Deve-se observar a presença de corpos estranhos, secreções, lesões, 
quantidade de cerume presente no canal auditivo. 
Quando em excesso, pode comprometer a audição. Podem ser encontrados 
processos inflamatórios como eczema, furunculose ou lesões micóticas. A 
presença de sangue (otorragia) e pus (otorreia) é um sinal de otite média 
supurada, com ruptura do tímpano, traumatismos ou neoplasias. 
Se algum tipo de secreção estiver presente, observe a cor e o odor. (Além 
disso, remova toda a secreção do espéculo antes de examinar a outra orelha 
para evitar contaminação com material possivelmente infectado.) Em um 
indivíduo com uma prótese auditiva, observe a presença de irritação na parede 
do conduto proveniente de moldes auriculares mal adaptados. 
 
15 
 
 
 
 Teste acuidade auditiva: voz sussurrada 
O profissional deve ficar atrás do indivíduo na distância de um braço (0,5 metro). 
Teste uma orelha por vez, enquanto oclui a outra orelha colocando um dedo no 
trago e empurrando-o para dentro e para fora do meato acústico. Sussurre 
lentamente um conjunto de três números e letras aleatórias tais como “5, B, 6”. 
Normalmente o indivíduo repete cada número/letra corretamente após você dizê-
lo. Se a resposta não estiver correta, repita o teste usando uma combinação 
diferente de três números e letras. Um índice de aprovação é repetir 
corretamente pelo menos três de seis possíveis números/letras. Avalie a outra 
orelha usando uma outra combinação de itens sussurrados, “4, K, 2”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame Otoscópico. 
Fonte: JARVIS, C. 
 
16 
 
7. INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E AUSCULTA DO PESCOÇO 
Faz-se o exame do pescoço por meio de inspeção, palpação e ausculta 
(pousa-se o receptor do estetoscópio na área correspondente à tireoide e no 
trajeto dos vasos cervicais). Na anamnese investigar se o paciente tem limitação 
de movimento e dores no pescoço. 
A inspeção permite obter dados referentes a pele, forma e volume, 
posição, mobilidade, turgência ou ingurgitamento das jugulares e batimentos 
arteriais e venosos. 
 Na palpação, pode-se detectar frêmito no trajeto das artérias carótidas. 
O pescoço deve ser flexível, com completa amplitude de movimento, sem dor. 
Simétrico, sem linfadenopatia cervical ou massas. Traqueia na linha média, 
tireoide não palpável. Sem sopros. Apresenta grande mobilidade (ativa e 
passiva) que lhe permite executar movimentos de flexão, extensão, rotação e 
lateralidade. Dentro dos limites normais, apresenta variações de forma e volume 
em relação com o biotipo. Nos brevilíneos, o pescoço é curto e grosso e, nos 
longilíneos, alongado e fino (PORTO, 2017). 
 Para a realização desse exame, o paciente deve permanecer sentado e 
em posição ereta. As alterações da postura, como inclinações, podem ser 
decorrentes de contraturas ou paralisias da musculatura ou artrite da coluna 
cervical. Nos processos inflamatórios agudos das meninges, a musculatura 
posterior do pescoço se contrai, causando rigidez da nuca, sinal propedêutico 
importante para diagnóstico. 
Na inspeção do pescoço, é importante atentar-se à presençade 
cicatrizes, cianose e ingurgitamento das veias jugulares e verificar se há 
aumento das glândulas parótidas ou submaxilares (BARROS, 2016). 
 
7.1. PALPAÇÃO E AUSCULTA TRAQUEAL 
Palpação da traqueia: o examinador posiciona suavemente o dedo da 
mão em um dos lados da traqueia e observa o espaço entre ele e o 
esternocleidomastóideo. 
Os espaços devem ser simétricos em ambos os lados. A traqueia é 
suavemente deslocada de um lado para outro, ao longo de toda a sua extensão, 
enquanto o examinador, por meio da palpação, pesquisa massas, crepitações 
ou desvio da linha média. 
A traqueia, em geral, apresenta uma discreta mobilidade, retornando 
rapidamente à linha média após ser deslocada. 
 
 
 
17 
 
Palpação da traqueia. 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
 
 
 
O som traqueal é auscultado nas áreas de projeção da traqueia, isto é, fenda 
glótica e região supraesternal. São intensos, agudos e têm qualidade pouco 
sonora. A fase expiratória é um pouco mais audível e longa do que a inspiratória. 
A ausculta é a técnica de exame mais importante para avaliar o fluxo aéreo pela 
árvore traqueobrônquica. 
 O examinador é capaz de avaliar três elementos: características dos ruídos 
respiratórios, presença de ruídos adventícios e característica da voz falada e 
sussurrada. Os achados devem ser descritos quanto ao tipo de ruído, à 
localização, à quantidade (esparsos, difusos) e à fase (inspiratórios, expiratórios 
ou ambos) (BARROS, 2016). 
 
7.2. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DAS VEIAS JUGULARES 
 As veias jugulares normalmente não são visíveis, podendo apresentar ligeiro 
ingurgitamento na posição supina, que deve desaparecer no decúbito de 30°. 
 A estase jugular (ingurgitamento das veias do pescoço) bilateral, que não 
desaparece na posição sentada, pode indicar insuficiência cardíaca. A estase 
jugular deve ser examinada com o paciente em decúbito de 45º. (BARROS, 
2016). 
 
7.3. PALPAÇÃO DAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS 
 As pulsações das artérias carótidas não costumam ser visíveis. O exame da 
carótida deve ser feito por meio da palpação com os dedos indicador e médio da 
mesma mão, sempre comparativamente. 
 As pulsações das carótidas (pulso carotídeo) devem ser diferenciadas das 
pulsações venosas visíveis (pulso venoso) nas faces laterais do pescoço. Sopros 
intensos acompanham-se de frêmito. (BARROS, 2016). 
 
 
 
Palpação da carótida 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
18 
 
7.4. PALPAÇÃO DOS LINFONODOS DA REGIÃO CERVICAL 
 Devem-se utilizando-se os dedos indicador e médio movendo a pele para 
cima sobre os tecidos subjacentes. Para verificar a presença de gânglios 
submentoneanos, é preciso palpar com os dedos de uma das mãos, deixando a 
outra mão sob a cabeça (BARROS,2016). 
 
 
 
 
 
Palpação dos linfonodos da região cervical 
Fonte: BARROS, A. L. B. L. de et al 
 
 
7.5. INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E AUSCULTA DA TIREOIDE 
 A glândula tireoide, localizada na região anteromedial do pescoço não 
costuma ser visível, nem palpável. A tireoide deve ser palpada para avalição do 
seu tamanho, forma, consistência, sensibilidade, mobilidade e volume. 
O aumento do volume da tireoide pode revelar nódulo ou bócio, indicando 
disfunção da glândula. Usam-se duas manobras para a palpação da tireoide. 
Seja qual for a manobra empregada, sempre se solicita ao paciente que faça 
algumas deglutições (elevação da tireoide) enquanto se palpa firmemente a 
glândula. A flexão do pescoço ou uma rotação discreta do pescoço para um lado 
ou para o outro provoca relaxamento do músculo esternocleidomastóideo, 
facilitando a palpação da tireoide. 
 Com a técnica correta podem ser obtidos dados referentes a volume (se a 
tireoide estiver aumentada, deve-se fazer ausculta da região correspondente), 
consistência, mobilidade, superfície e sensibilidade. 
 O exame físico da tireoide não permite caracterizar o hiperfuncionamento da 
glândula. A presença de frêmito e sopro indica um fluxo sanguíneo aumentado 
e é bastante sugestiva de bócio tóxico (PORTO, 2017). 
 
 
 
 
19 
 
Fonte: PORTO, C. C. 
 
 
 
 
 
 
Técnica de Palpação da Tireoide. 
 A) Abordagem posterior. B) Abordagem posterior com a palpação do lobo 
tireoidiano direito. C) Abordagem posterior com a palpação do lobo tireoidiano 
esquerdo. D) Abordagem anterior. E) Abordagem anterior com palpação do lobo 
tireoidiano direito. 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARROS, A. L. B. L. de et al. Anamnese e exame físico: avaliação 
diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
 
JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
 
PORTO, C.C. Exame Clínico: Bases para a prática médica. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.

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