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Correção prova- Direito de Família

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FACULDADES JOÃO PAULO II 
Faculdade de Direito – Campus Porto Alegre NOTA: 
Disciplina: Direito de Família – Manhã 
Professora: Carla Froener 
Aluno(a): ____________________________________________ 
 
Orientações para a 1ª prova: 
a) As questões devem ser respondidas de acordo com a exposição dada em aula, sendo permitida 
a consulta à legislação e ao material disponibilizado. 
b) Valor desta avaliação: 10 pontos 
c) A prova deve ser enviada para o e-mail carlafroener@gmail.com, até as 12:00 do dia 
29/09/2021, impreterivelmente. 
 
 
1. Francisco e Joaquina casaram-se no ano de 1999. Devido a constantes desentendimentos, em 2009 
resolveram pôr fim à vida comum e promoveram a separação judicial. Em 2011, Francisco passou a 
viver em regime de união estável com Mariana. Após oito anos de convivência pública, contínua, 
duradoura e com intenção de constituir família, a qual resultou no nascimento de dois filhos, o casal 
tomou conhecimento do que dispõe o art. 1.726 do CC (“A união estável poderá converter-se em 
casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil”) e art. 226 § 3º 
da CF (“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher 
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”). Assim, felizes, 
decidiram ajuizar uma ação requerendo a conversão da união estável em casamento. Se você fosse 
juiz no referido processo, concederia a conversão de união estável em casamento? (Sim/Não -0,5) 
____ Justifique. (1,0) _____ 
Não. Para a conversão de união estável em casamento é necessário preencher os requisitos do 
processo de habilitação para casamento. Neste caso, há o impedimento previsto no art. 1.521, inciso 
VI do CC, ou seja, Francisco mantém o vínculo conjugal com Joaquina, já que promoveu apenas a 
separação judicial e não o divórcio. – art. 1.571, § 1º CC. 
 
2. Discorra sobre os impedimentos para o casamento e sua consequência. (1,5) _____ 
Tornam o casamento nulo - art. 1.548 CC 
São causas de impedimento para casar as previstas no art. 1.521 CC: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra 
o seu consorte. 
 
 
3. É possível a fixação de alimentos em uma ação de dissolução de união estável homoafetiva? 
(Sim/Não -0,5) ____ Justifique. (0,5) _____ 
Sim. Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a ADPF 132 e a ADI 4277, 
reconhecendo a união homossexual como entidade familiar merecedora da mesma proteção jurídica 
que a união estável entre casais heterossexuais. 
 
 
 
4. Leia atentamente cada questão. Responda se a afirmativa é VERDADEIRA ou FALSA, 
justificando as que forem falsas (máximo 5 linhas cada). Ressalta-se que questões falsas sem 
justificativa ou com justificativa errada, serão consideradas como equivalente a “zero”. 
(0,5 cada afirmativa) 
 
a) O ordenamento jurídico brasileiro consagra o dever de fidelidade e a monogamia. Sob este 
fundamento, não reconhece a formação de famílias paralelas (concomitantes a outro casamento), nem 
os filhos que possam ser originados desta união. 
FALSA – art. 227, § 6º CF – os filhos havidos fora do casamento são reconhecidos, sendo proibida 
qualquer discriminação. 
 
b) A Constituição Federal prevê a diversidade de sexo (homem e mulher) para a formação de família. 
VERDADEIRA – art. 226 CF 
FALSA – diversidade sexual no sentido de orientação sexual 
 
c) É pessoa legitimada para arguir causas suspensivas da celebração do casamento, entre outras, a avó 
materna dos nubentes. 
VERDADEIRA – art. 1.524 CC – avós são parentes em linha reta 
 
d) As causas de impedimento para casar tornam o casamento nulo. 
VERDADEIRA – art. 1.548 CC 
 
e) A certidão de nascimento pode ser usada para provar a filiação. 
VERDADEIRA – art. 1.603 e 1.604 CC 
 
f) O casamento religioso com efeitos civis é espécie que dispensa o processo de habilitação para o 
casamento. 
FALSA – art. 1.515 e 1.516 – Não há dispensa do processo de habilitação, devendo submeter-se aos 
mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. 
 
g) Ana possui a guarda unilateral de seus dois filhos menores, a qual foi determinada por sentença 
judicial após uma tumultuada ação de divórcio. Passado um ano, Ana contrai novo casamento, fato 
que dá, automaticamente a Joaquim, seu ex-cônjuge, o direito de buscar para si a guarda dos filhos. 
FALSA – art. 1.588 CC - As novas núpcias da genitora não acarretam automaticamente a perda da 
guarda dos filhos menores. É necessária a prova de que eles não são tratados convenientemente. 
 
h) A Constituição Federal reconhece a união homoafetiva como entidade familiar. 
FALSA – art. 226 CF. A CF prevê apenas três modelos de família: o casamento, a união estável e a 
família monoparental. 
 
i) Segundo o ordenamento jurídico brasileiro, a idade núbil é de 18 anos. 
FALSA – A idade núbil é de 16 anos - art. 1.517 e 1.520 CC 
 
j) A dissolução da sociedade conjugal não resulta, necessariamente, na dissolução do vínculo 
matrimonial. Um exemplo é a separação judicial, que é causa terminativa da sociedade conjugal, 
permitindo novo casamento. 
FALSA – a separação judicial não permite novo casamento. O vínculo matrimonial é dissolvido pela 
morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio – art. 1.571, §1º CC. 
 
 
k) O fato de a mulher confessar que cometeu adultério durante a constância do casamento exclui a 
presunção de paternidade do marido. 
FALSA – art. 1.600 CC 
 
l) O Código Civil, além de definir o que é guarda compartilhada e guarda unilateral, dá preferência a 
esta última, quando não houver acordo entre os pais quanto à guarda do filho e ambos estiverem aptos 
a exercer o poder familiar. 
FALSA – art. 1.584, § 2º CC – A guarda compartilhada é prioridade quando não há acordo entre os 
pais e ambos possuem condições de exercê-la.

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