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Direito de Familia

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Direito de família
I- Direito de família
1. Família: sentidos
Objeto do Direito de Família: é a família.
Família em sentido amplo: todas pessoas ligadas pelos sangues- ex.: cônjuge, primos, tios etc.
Família em sentido estrito: pessoas que residem com você.
2. Histórico de família 
Maioria da doutrina entende que nos primórdios dizem que a família era matriarcal (quem era chefe, era a mulher e não o homem). Inicialmente o homem era um ser nômade, com o tempo ele passa a se agrupar, e nasce o direito e a família, porém começaram a ver que precisava tanto do homem quando a mulher para procriar. E viram que o homem era mais forte, então a sociedade passou a ser patriarcal.
a. Direito Romano
· Sociedade patriarcal.
· Surge a figura do casamento.
· Influência o direito civil até hoje, mas para direito de família tem pouca influência.
· Perdurou por muito século, mas uma hora teve a queda do império romano, onde surgiu o direito canônico
b. Direito Canônico 
· Quem dita as regras é a igreja
· Casamento é um sacramento indissolúvel, com a função de ter filhos.
· Houve fases mais rígidas e menos rígidas – ex. Fases em que se a mulher não pudesse cumprir com suas conjunções carnais, o homem podia ter outra mulher e fases em que o homem não podia ter ninguém em casa além da sua mulher.
· Tem influência no direito civil de hoje, pois foi criado o quadro de impedimento que está em vigor até hoje (irmãos não podem se casar, tio e sobrinha não podem se casar), quando ocorre isso, não tem efeito de casamento e nem de união estável.
c. Família no Brasil 
i. Ordenações/ consolidação Teixeira de Freitas
· Ordenações de Portugal.
· Casamento serve para procriação 
· Casamento única forma de constituir família.
· Casamento indissolúvel
· Registro do casamento era feito da igreja.
· Influência total do Direito canônico 
· Consolidação também tinha os mesmos conceitos que as ordenações.
ii. Decreto 181/1891- Casamento Civil
· Surgiu só após a Proclamação da República, rompimento do estado com a igreja.
· Celebração não é religiosa 
· Registro pode ser feito no cartório
· Continuou sendo indissolúvel e única forma de constituir família.
iii. CC/1916
· Indissolubilidade, única forma de constituir família.
· Surgiu a lei do divórcio através de emenda constitucional, marco muito importante.
· 1977- Divórcio – aboliu a figura chamada de desquite (atual separação), alterou a comunhão de bens (antes era universal e depois passou a ser parcial) e regulamentou o divórcio.
· Divórcio antigamente: era muito complicado, precisava de uma separação previa – ex.: ter separação prévia de 5 anos.
3. Família na CF/88
a. Casamento, União Estável, Família Monoparental -art.226, CF, §§ 1°,2°,3°,4°
Família monoparental: pai e seus filhos (prole) ou a mãe e seus filhos (prole).
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuito a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
b. Princípio da igualdade conjugal- 226, § 5º
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
c, Princípio da igualdade dos filhos- 227, §6°
Antigamente: filho legítimo: dentro do casamento e filho ilegítimo: fora do casamento.
Atualmente: não tem mais distinção, têm os mesmos direitos. 
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
4. Conceito de Direito de Família
Maria Helena Diniz: “é o ramo do direito civil concernente as relações entre pessoas unidas pelo matrimônio, pela união estável ou pelo parentesco e os institutos complementares da tutela e da curatela.”
Complexos de normas jurídicas que regulam as relações pessoais e patrimoniais entre pessoas unidas pelo parentesco, casamento e união estável, bem como unidos por todos os modos de constituição.
5. Natureza Jurídica
Direito de família faz parte do direito privado, mas tem uma proteção excessiva do estado.
Maioria das normas de ordem pública, as partes não podem alterar, mas tem exceções – ex. Comunhão de bens pode ser acordada entre as partes.
Personalíssimo, Irrenunciável, Intransmissível.
6. Código Civil- 2002
Cuidado!! Tem desatualizações.
Parte da família: Art.1511 e seguintes
7. Divisão do Direito de Família
a. Direito matrimonial 
i. casamento
ii. união estável 
b. Direito Parental
i, Parentesco 
ii. Filiação
iii. Adoção
iv. Poder Familiar 
v. Alimentos
c. Direito assistencial
i. Tutela
ii. Curatela
II- Parentesco 1591 e ss
1. Conceito
Relação vinculatória existente não só entre pessoas que descendem uma das outras ou de um mesmo tronco comum, mas também entre um cônjuge e parentes do outro, bem como entre adotante e adotado.
2. Espécies
a. Natural/consanguíneo 
São pessoas que têm o mesmo sangue (parentesco biológico)
b. Civil- 1593
Refere-se a adoção, procriação assistida, doação de sémen (resulta de outra origem).
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem.
c. Por afinidade- 1595
Ex. Se eu me caso, a família do meu marido são meus parentes por afinidade- ex. Sogra, sogro, enteado e cunhado.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
Obs: Afinidade
· Limite (ascendentes, descendentes e irmãos do cônjuge)
Não é todo parente que são por afinidade, apenas os ascendentes, descendentes e irmão do cônjuge.
· Não se extingue a linha reta 
Linha reta: ascendentes e descentes do cônjuge jo
Mesmo que tenha divórcio ou morte, não se extingue a relação, por exemplo, com a sogra.
Só extingue a relação com os irmãos do cônjuge- ex. O cunhado deixa de ser cunhado quando ocorre a separação.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1 o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2 o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
3. Contagem de graus- 1594 (gerações)
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
a. Linha reta- 1591 (sem limite)
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
Ex. Pais, filhos, avós.3º
B
A
A
2º
2º
· 2º
P
P
P
1º
1º
1º
F
F
F
F
b. Linha colateral/transversal-1592 (até o 4º grau)
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
3º
2º
A
A
A
4º
3º
2º
2º
1º
1º
1º
C
B
Irmãos 
2º grau
E
D
D
C
C
B
B
Primos
4º grau
Tio e sobrinho
3º grau
II. Casamento
“Em nosso hemisfério monógamo casar representa perder metade de seus direitos e duplicar suas obrigações”. “Arthur Schopenhauer”
1. Conceito
É um negócio jurídico de direito de família por meio do qual duas pessoas se vinculam através de uma relação jurídica típica, personalíssima e permanente que traduz ampla e duradoura comunhão de vida.
2. Finalidade -1511
É a comunhão plena de vida.
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. 
3. Natureza jurídica
1ª teoria: Casamento é um contrato comum, refeito pela normal comum.
2ª teoria: Casamento é uma instituiçãosocial, pois surge da vontade dos cônjuges, mas cujas normas, efeitos e forma são preestabelecidos em lei.
3ª teoria: Casamento é uma figura mista, tem características de contrato e de instituição social. (ESSA TEORIA PREVALECE)
Conclui-se que o casamento é uma figura híbrida, sendo contrato é uma instituição social.
4. Dissolúvel
O casamento pode ser desfeito através do divórcio (1977). 
5. Civil * 226 CF, 1512
O casamento para fazer efeito deve ser civil.
*Há uma ressalva de que o casamento pode ser também um casamento religiosos com efeito civil. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuito a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Regulamento)
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. Regulamento
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuito a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.
6. Formalidades preliminares 
Tópicos obrigatórios. 
a) Habilitação 1525 e ss
Deve procurar um cartório de registro civil e abrir o Esse processo existe por justamente ver se o casamento não se enquadra em alguma restrição.
OBS: Quando as pessoas ainda não se casaram são chamadas de nubentes, após se casarem passa a ser cônjuge 
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
b) Proclamas
Após o processo de habilitação, o oficial de cartório irá expedir o edital de proclamas, que fica 15dias fixados na porta do cartório e colocado na imprensa para circular para que fique público para todos
Pode dispensar esse edital de proclamas em caso do casamento com urgência. 
c) Validade = 90 dias-1532
Após esses processos, eles têm 90 dias para se casarem, caso não se casem nesse período, terá que voltar o “processo” do início.
Havendo impugnação tem que ser mandado para o Poder Judiciário, em caso de impedimento e suspensão a impugnação tem que ser escrita.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.
d) Dispensa de proclamas
Em caso de urgência 
7. Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Resolução 175 CNJ (2013)
8. Restrições ao casamento
a) Elementos essenciais
Autoridade celebrante: juiz de paz ou juiz de casamentos.
Cerimônia na forma da lei 
b) Capacidade -1517
Aptidão para o nubente de acordo com a sua idade.
· Idade núbil – 16 anos 
É a idade mínima.
Tem que ter autorizações pelos pais.
Se houver divergência entre os pais, o juiz terá que suprir o consentimento.
Se os dois não autorizar, o juiz também deverá suprir o consentimento, mas ele só irá suprir se tiver motivo- Ex. Gravidez. 
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar-se, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
· Menores de 16 anos – proibido (1520)
Havia uma exceção em que o menor de 16 anos poderia casar-se em caso de gravidez (ano de 2019), porém agora alterou e está proibido menor de 16 anos se casar.
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código. 
c) Impedimentos para o casamento- 1521
Quando há impedimento é caso de casamento nulo.
Situações muitos graves, ou seja, NÃO PODEM se casar. Trata-se de uma proibição.
Qualquer pessoa pode impugnar o casamento, não precisa ter nenhum tipo de parentesco. 1522
Apresentado por escrito e as provas dos fatos alegados.
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
d) Causas suspensivas-1523
Situação menos grave, ou seja, NÃO DEVEM se casar. Trata-se de uma recomendação.
Quando há suspeição o casamento pode ser anulável.
Só os parentes dos nubentes podem impugnar o casamento.
Apresentado por escrito e as provas dos fatos alegados.
Art. 1.523. Não devem se casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
I. Celebração do casamento- 1533 e ss
1. Requerimento de cerimônia
· Cartório
· Outro local
Se oficial do cartório consentir.
Portas abertas em ambos os casos.
Publicidade: qualquer pessoa pode entrar e impedir, inclusive MP
Celebrado por autoridade 
Ainda são nubentes.
2. Testemunhas
Dentro do cartório: 2 testemunhas- parentes ou não, mínimo.
Fora do cartório: mínimo 4 testemunhas- parentes ou não.
3. Casamento mediante procuração -1542
Pode ser os 2 nubentes.
Poderes especiais para os feitos; por instrumento público; válido por 90 dias; não pode ter efeitos gerais; pode ser revogada até o dia da cerimônia e avisar, sob pena de responder por perdas e danos. 
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1 o A revogação do mandato não necessita chegarao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2 o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3 o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4 o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
4. Cerimônia – 1535, 1514
Nubentes (pessoalmente ou via procuração), testemunhas, oficial do cartório (ou seu substituto legal), presidente do ato (juiz de paz ou juiz de casamento)
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar-se por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: “De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
5. Livro de registro- 1536
Oficial do cartório promove o assentamento no livro de Registro.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
6. Suspensão da cerimônia- 1538
Caso alguém oponha impedimento, até a declaração do casado. Se algum dos dois manifestar arrependimento, se recusar a casar, não estar de livre espontânea vontade.
Não pode fazer “gracinha”
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
7. Casamento perante autoridade diplomática- 1544
Dento do Brasil, estrangeiros (2) podem se casarão consulado. Só vale se os dois forem da mesma nacionalidade. Se brasileiro ou 2 nacionalidades diferentes vão para o cartório.
Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
8. Casamento nuncupativo- 1539, 1540
Nubentes pode ser dispensado dos proclamas: um dos nubentes está em iminente perigo de vida e ambos querem os efeitos do casamento.
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
§ 1 o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2 o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
9. Casamento religioso com efeitos civis- 1515 e 1516
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
a) Habilitação previa, 1516, § 1°
Antes da cerimônia religiosa. Igreja católica só dá a certidão após processo de habilitação previa.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 1 o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
b) Habilitação posterior 1516, §2°
Depois da cerimônia religiosa. Efeitos retroagem.
Em ambos os efeitos são produzidos na data da celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 2 o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
II. Provas do casamento- 1543 e ss
1) Certidão do registro- regra
2) outras provas
III-Invalidade do casamento
1. Casamento nulo e anulável (diferenças)
i. Efeitos *
Não produzem nenhuns efeitos quando os dois estão de má fé.
ii. Legitimidade para reclamar
iii. Caducidade
2. Casamento inexistente 
3. Casamento nulo- 1548
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I - (Revogado);
II - por infringência de impedimento.
a) Impedimentos- 1521
Art. 1.521. Não podem se casar:
I - Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
b) Menor de 16 anos
Vide 1550, §2°
Art. 1.550. É anulável o casamento:
§ 2 o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
4. Casamento anulável- 1550
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1 o . Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.  
§ 2 o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.  
a) Idade- prazo de 180 dias (1560)
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, éde:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1 o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2 o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
b) Coação 
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
IV - quatro anos, se houver coação.
4 anos do casamento.
c) Incapacidade relativa
180 dias do casamento
d) Mandatário com poderes revogados
180 dias do casamento
e) Incompetência da autoridade celebrante
2 anos do registro
f) Erro essencial sobre a pessoa- 1556, 1557 
3 anos de casamento.
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
i. Erro em relação a identidade, física, civil, social, social, profissão, honra e boa fama
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
ii. ignorância de crime
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
iii. moléstia grave
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
5. Processo anulatório (separação de corpos) – 1562
Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.
I. Casamento putativo 1561
Aquele que tem uma nulidade absoluta ou relativa, mas que é contrário por boa fé, por um ou por ambos os cônjuges.
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1 o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2 o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
i. Cônjuge de má-fé- 1564
Se for má fé de ambos não produz efeitos, agora se contraído de boa-fé é considerado putativo, ou seja, produzem efeitos até a sentença.
Se um ou os dois estão de boa-fé, a anulação é como se fosse um divórcio, então se estiver comunhão de bens, terão que dividir.
Se um está de boa fé e o outro não, surge efeitos distintos, ou seja, para quem estava de boa-fé o casamento produziu efeitos e quem estava de má fé o casamento não produz efeito.
Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:
I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;
II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.
ii. Terceiro de boa-fé- 1565
Um terceiro que estava envolvido na cerimônia do casamento de má fé não pode ser atingindo.
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
§ 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.
§ 2 o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.
II- Efeitos do casamento
Sociais, pessoais, patrimoniais 
1. Efeitos sociais (perante a sociedade)
Casamento produz efeitos perante a sociedade. 
Ex. Efeitos tributários, previdenciários 
i. Família
Casamento cria a família 
ii. Estado civil
Altera o estado civil da pessoa, de solteiro passa a ser casado.
2. Efeitos pessoais (perante os cônjuges) - vínculo conjugal
i. Nome, afinidade, igualdade etc.
Ao casar-se, os cônjuges não serão parentes entre si, terão vínculo conjugal que permanecerá até a morte ou o divórcio.
Casamento válido emancipa o menor.
Cria o vínculo de afinidade com parente do outro.
Qualquer dos nubentes pode adquirir o sobrenome do outro. (1565) 
CC/02 mesmo depois do divórcio e eu querer ficar com o sobrenome do marido, eu posso, porém, há uma exceção.
ii. Direitos e deveres 1566, 1567, 1568, 1570
Direitos e deveres recíprocos, vale para os dois.
· Fidelidade recíproca
monogamia dentro da família. 
Quebra de dever fidelidade é quando tem a conjunção carnal.
· Vida em comum, no domicílio conjugal 
Significa coabitarão, chamado de “débito conjugal”.
Ao casar-se, tem que manter relações sexuais.
· Mútua assistência 
Tem que cuidar um do outro, ex. dar assistência quando tiver doente.
· Sustento, Guarda e educação dos filhos
Decorre do poder familiar.
Dever de sustentar, guardar e educar o filho.
· Respeito e consideração mútuos 
Aqui entra a infidelidade em relação com traição através de beijos, fotos ... 
· Direção da sociedade conjugal
Quem manda. 
As decisões são tomadas por ambos.
Havendo divergência, a lei prevê que eles podem entrar com uma ação para o juiz resolver.
· Manteça da família 
1568- Cada um ajuda financeiramente como pode.
Como conseguinte descumprir os direitos e deveres.: Perda ao direito de usar o nome do outro, perda do direito de pedir pensão (não de filho e sim de cônjuge)
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.
Art. 1.567. A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos.
Parágrafo único. Havendo divergência, qualquer dos cônjuges poderá recorrer ao juiz, que decidirá tendo em consideração aqueles interesses.
Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial.
Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens.
3. Efeitos patrimoniais 1639 e ss
a) Regime de bens início – celebração 1639
Ao celebrar-se o casamento já começa vigorar o regime de bens.
Todo casamento tem que haver regime de bens 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
b) Pacto antenupcial-1653 e ss
Quando não quer se casar com regime legal (comunhão parcial), tem que realizar o pacto.
Tem que ser feito antes de casamento.
Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de seurepresentante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
i. Escritura pública
Cartório de notas
Cartório Civil 
Cartório de Imóveis 
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
ii. Registro-1657
Registra no ato do casamento
Se tiver que valer perante terceiros tem que registrar no cartório de imóveis.
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
iii. Livre estipulação (regimes mistos) -1655
Existe a possibilidade de regimes mistos.
Ex. Comunhão parcial, mas ex. Imóvel residencial vira comum após 5 anos de casado.
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.
c) Regime legal-1640
Regime legal é o de comunhão parcial de bens.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
d) Regime da separação obrigatória 1641 (legal)
Algumas pessoas não têm liberdade para escolher o regime de bens, está no art.1641.
Inciso I: Ex. Pessoa que divorcia ainda não fez a partilha de bens 
Súmula 377 entende que os Bens adquiridos durante o casamento se comunicam, pode abdicar. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
4. Mutabilidade do regime de bens 1639, §2º
Dá para alterar o regime de bens, porém não é por contrato e sim ser feito por pedido judicial motivado por ambos os conjugues.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
 § 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
5. Restrições aos conjugues 1647
Pessoa casada só pode fazer com a autorização do outro cônjuge. Outorga patrimonial.
Caso não dê a outrora patrimonial cabe o suplemento judicial. 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
i. Atos
ii. Suprimento judicial
iii. Anulável
III. Regime de bens
1. Comunhão parcial
Comunicam- se os bens que foram conquistados durante o casamento.
a) Bens excluídos da comunhão 1659, 1661 (particulares)
VI e VII enquanto está na fonte não se comunicam, mas a partir daquele entra na conta corrente se comunicam.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
b) Bens que integram a comunhão 1660 (comuns)
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
	Ex. loteria
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
**Bens móveis 1662
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.
2. Comunhão universal (pacto)
Todos os bens dos cônjuges se comunicam, havendo exceções.
Bens excluídos da comunhão 1668.
3. Participação final nos aquestos – 1672 e ss (pacto)
Quase ninguém é casado com esse regime de separação
a) Regime híbrido
Tem caracterizas da comunhão parcial e da separação. Enquanto casados cada um administra seus próprios bens, porém ao divorciar um tem direito a receber metade do que adquiriu onerosamente.
Aquestos: bens adquiridos onerosamente (não vale herança e doação)
b) Etapas de apuração dos aquestos
Primeiro: verifico o que cada um adquiriu no casamento.
Segundo: identificarão de saldo um do outro.
Ex. Eu tenho 1milhao e marido tem 4milhoes 
Os 3 milhões serão divididos entre os dois.
Terceiro: execução de crédito.
Separação de bens (pacto) - convencional
Nada se comunica, não tem exceção.
a) Não repercute na esfera patrimonial
São apenas bens particulares, nenhum bem se comunica.
b) Mantença da família (regra/ exceção )
Regra: ambos os cônjuges de acordo com seus rendimentos devem contribuir com as despesas da família. 
Exceção: tem que ser expressa, ou seja, inclui uma cláusula informando que apenas um dos cônjuges só irá contribuir. 
I. Separação conjugal- 693 e ss / 731 e ss CPC
1. Histórico
Antigo desquite- era o requisito para o divórcio. Atualmente cairá em desuso, pois não é mais o requisito do divórcio.
Era preciso da separação judicial, quem queria se separar e oficializar.
Não põe fim ao casamento, só põe fim a sociedade conjugal.
Aqui tem sentença ou escritura pública
2. Término da sociedade conjugal 1571, III
Não confundir com o término do vínculo da sociedade conjugal. Nesse caso mantém o vínculo conjugal, ou seja, a pessoa continua casada e não pode casar de novo, apenas manter a união estável.
Término da sociedade conjugal: fim do regime de bens e fim dos deveres conjugais.
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
III - pela separação judicial;
3. Emenda Constitucional
EC 66/2010 
 Art. 226, § 6º
4. Espécies
a. Consensual – judicial
Quando precisar de justiça gratuita e tem filhos, mas aqui tem o consentimento.
b. Litigiosa- judicial
Aqui tem conflito.
c. Extrajudicial (cartório) Lei 11441/2007 733, CPC
Escritura pública- tem que ter consenso, não pode ter filhos menores, e tem que ter presença de advogados.
5. Separação litigiosa
a) Violação de direitos e deveres conjugais (culpa) 1572 e 1573
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.
§ 1 o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição.
§ 2 o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuaçãoda vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.
§ 3 o No caso do parágrafo 2 o , reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância da sociedade conjugal.
Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I - adultério;
II - tentativa de morte;
III - sevícia ou injúria grave;
IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V - condenação por crime infamante;
VI - conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.
i. Sanção
· Alimentos 1704
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.
· Nome 1578
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação;
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida;
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
§ 1 o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro.
§ 2 o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado.
· Indenização/ responsabilidade civil 
b) Sem culpa
· Ruptura da vida em comum 
Na pratica não ocorre, vão direto para o divórcio.
6. Efeitos
a. Separação de corpos
b. Fim do regime de bens
c. Fim dos deveres conjugais
Podem fazer a partilha, não é obrigatório
Pode discutir a guarda se tiver filho
7. Reconciliação 1577
Se quiserem retomar a sociedade conjugal, eles podem.
A reconciliação pode ser judicial ou extrajudicial (cartório).
Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo.
Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito de terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de bens.
II. Separação de Fato
1. Conceito
Está consolidada na jurisprudência como algo que gera os mesmos efeitos da separação judicial.
Afastamento (absoluto) de fato completo dos cônjuges do lar conjugal. 
Não tem sentença ou escritura pública 
2. Efeitos (jurisprudência absoluta)
Demonstrar quando efetivamente aconteceu a separação, quando provado o dia em que ocorreu a separação de fato, causas os efeitos de fim de regime de bem e fim dos deveres conjugais.
Separado de fato pode constituir união estável.
III. Separação de corpos-1562
Como medida de urgência 
Pode ser aplicada antes da separação conjugal, das ações anulatorias do casamento, do divórcio e da dissolução da união estável.
Ex. Caso de que a pessoa se recusa a sair do lar.
Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.
IV. Divórcio
Fim da sociedade conjugal 
1. Divórcio conversão 1580 (se houver separação previa)
Só se caracteriza se a uma separação previa. 
Ex. Eu já estou separada conjugal a muito tempo, posso fazer uma petição simples apenas para converter em divórcio.
Art. 1.580. Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio.
§ 1 o A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges será decretada por sentença, da qual não constará referência à causa que a determinou.
§ 2 o O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais de dois anos.
2. Divórcio direto
No passado precisada dos 2 anos de separação de fato
· Emenda 66
Com a emenda 66, para se separar basta estar casado..
· Pedido por ambos/unilateral
3. Não cabe discussão de culpa no divórcio
4. Judicial ou extrajudicial- requisitos
Extrajudicial- consenso, sem filhos e precisa da presença do advogado.
5. Efeitos
i. Fim da sociedade conjugal 1571, IV
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
IV - pelo divórcio.
ii. Término do vínculo conjugal 1571, §1º
§ 1 o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
6. Partilha/ meação -1581
Faz no próprio divórcio ou pode deixar pra depois.
A partilha depende do regime de bens.
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.
V. Morte no casamento 1571, I
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
1. Morte real 1571, §1º
Tem o cadáver.
§ 1 o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
2. Morte presumida
Não tem o cadáver.
iii. Com ausência 
iv. Sem ausência 
Caso a pessoa some, pode entrar com o divórcio citando por edital, juiz poderia decretar.
Caso a pessoa volte do nada, a esposa já esteja até casada novamente, o que vale é o casamento atual, porque a morte presumida anula o casamento, ou seja, é válido o divórcio.
2
NP2
União estável
I. Forma de família 
União estável é uma forma de família. Está garantida pela CF e CC como entidade familiar.
II. União de fato
Ao contrário do casamento que tem toda a solenidade, a união estável não tem nenhuma solenidade, existe a possibilidade de um contrato é um registro mas não são requisitos.
Casamento prova com certidão de casamento
União estável prova com todas as provas possíveis.
III. Evolução histórica 
1. CC/1916
Casamento era a única forma de constituir família. A união estável era ignorada no CC/1916, nessa época todas as uniões fora do casamento eram chamada de concubinato.
Surgiu nessa época, porém proibia todo tipo de união estável, até hoje a uma proibição, mas é apenas referente a pessoa casada doar para concubina.
2. Jurisprudência – a partir de 1940
Começa a surgiu os primeiros julgamentos.
a) Indenização
Os tribunais concediam indenização (valor integral ou valor mensalmente) por serviço prestado (chamado atualmente de pensão alimentícia) caso de rompimento de união estável.
Não podiam falar em pensão alimentícia, pois isso só existia dentro de um casamento.
b) Sociedade de fato- partilha – esforço comum 
Permitiu partilha de bens como se o casal vivesse em sociedade de fato é não tinha como justificativa o direito de família.
Só existia partilha inicialmente se comprovasse esforço comum entre o casal.
Após um tempo o trabalho doméstico foi considerado esforço comum.
3. Súmulas em 1963: 35, 389, 382 STF
Não se falava em herança. As súmulas falavam sobre a indenização e a partilha. 
4. CF/88
Surgiu a CF e elevou a união estável como entidade familiar.
226, parágrafo 3º, CF- elevou a condição de entidade familiar, mas não disse se tinha efeitos iguais ao casamento, apenas falou que deveria facilitar a conversão de união estável em casamento.
Doutrina entendeu que a união estável e o casamento tinham os mesmos efeitos, mas não prevaleceu, só depois de 1996 que s união estável começou a ser julgado na vara de família, pois antes disso era julgada na vara civil.
5. Leis especiais 8.971/94 e 9.278/96 
1994- Alimentos e partilhas de bens, para se caracterizar união estável precisava de tempo, pelo menos 2 anos ou filhos.
1996- não exige mais tempo para caracterizar união e não precisa de ter filhos, e tratatambém de herança (efeitos passam a ser igual casamento)
6. CC/2002- atual 
Trouxe o artigo 1790, CC que foi revogado em 2018 sendo considerado inconstitucional.
Mudou a aplicação da herança, era diferente do casamento, mas com a revogação do artigo agora a herança passou a ser igual a do casamento.
IV. Nomenclatura
Tentaram alterar a a nomenclatura para concubinato puro: sem impedimentos para o casamento, e Concubinato impuro: com impedimentos para o casamento.
O correto é falar união estável, sendo as pessoas envolvidas chamada de companheiro (a)
V. União estável entre pessoas do mesmo sexo- STF-maio 2011 
Antigamente não era conhecida a união estável entre o mesmo sexo.
Em maio de 2011 foi considerado família e união estável. Não é mais requisitos a diversidade de sexo.
VI. Caracterização- 226, parágrafo 3º, CF
União fora do casamento, união de fato. É uma forma de constituir família
Como não tem solenidade, tem que verificar se está presente os requisitos (em caso de litígio), em consenso não precisa necessariamente observar os requisitos, faz amigavelmente.
Sem consenso, tem que entrar com a ação pedindo reconhecimento, dissolução e partilha de bens.
Em caso de morte, também terá que entrar com ação pedindo reconhecimento e herança. 
1. Conceito 1723
Entre homem e mulher- substituir por entre duas pessoas.
É reconhecida como entidade familiar a união estável entre duas pessoas, configuradas na convivência pública, continua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família, sem impedimentos para o casamento
2. Requisitos (São cumulativos)
a) Convivência pública 
Casal tem que convier de forma pública, pelo menos no meio social em que vivem. Povo tem que saber que eles vivem como um casal. Não precisa anunciar para todo mundo, povo percebe sozinho.
Ex. Namora mas convive juntos, todo mundo conhece e sabe que são namorados, mas isso não é namoro, é conhecido já como união estável.
b) Convivência continua e duradoura
Não precisa ter prazo e nem filho. ( decurso de tempo)
c) Objetivo de constituir família
Aparência de casamento.
d) Sem impedimentos para o casamento *
Art. 1723,Parágrafo 1º- são impedidos os mesmos que o do casamento, conforme o art. Art. 1521, CC.
3. Separação * (exceção)- 1723, parágrafo 1º
O separado pode constituir união estável. 
Quem for separado de fato, separação judicial e extrajudicial pode constituir união estável. 
VII. Principais efeitos 
1. Sociais: perante a sociedade
Entendimento majoritário entende que muda o estado civil, informando que vive em união estável. Não está na lei,mas há entendimento.
Quando dissolvida a união estável, passa a ser solteiro.
2. Pessoais
a) Direitos e deveres- 1724
Assim como casamento, também gera direitos e deveres.
b) Nome
CC não vala nada, mas pode.
c) Afinidade- 1595
Aqui também entra parentes por afinidade.
3. Patrimoniais
a) Regime de bens 1725
Mesmos regimes de bem no que couber o casamento.
Regime legal: comunhão parcial
Aqui também se aplica às regras que o regime de separação obrigatória -ex. No caso de pessoa com 70 anos.
b) Contrato escrito – obs. Possibilidade de registro (CNJ 37)
Não é uma obrigatoriedade. É uma recomendação.
Ex. Vivo em união estável a 10 anos, posso só agora realizar um contrato: SIM!
Regra que deve ter no contrato: regime de bens e data que constituiu a união.
Pode alterar o contrato a qualquer momento.
Recomenda-se que se faça a escritura pública.
Não precisa registrar, mas pode ser registrado. (Registro civil, no cartório)
Esse registro é somente ocorre se a pessoa não for casada, ou seja tem que ser divorciada.
União estável putativa (pessoa é casada e constitui união estável com pessoa boa fé) – não é aceita pelo STJ, pois o BR é monogâmica. Aqui o 2º é concubinato
Várias uniões estáveis- raciocínio é o mesmo, não existe. 
A reconhecida será a união mais antiga, não considerando as demais. Mesmo tendo uma união estável e a segunda união ter sido registrada, prevalecerá a primeira ainda.
Ex. União estável com 10 anos e união estável com 5 anos, e a pessoa casa com quem tem 5 anos, a que prevalecerá é o casamento. 
c) Alimentos -1694
d) Herança – aplica-se a regra do casamento.
VIII. Conversão da união estável em casamento- 1726
Aqui em São Paulo, não tem que entrar com ação para converter.
Terá o processo de habilitação iam ao do casamento, única coisa não trará a cerimônia. 
Não retroage. Se a pessoa converte união estável em casamento, terá o período de união estável e o período de casamento, este será computado a partir da conversão. 
IX. Concubinato- 1727 relações não eventuais com impedimentos
Concubinato: ainda existe até hoje.
Se tiverem impedimentos, exceto a separação de fato é judicial será concubinato. 
Ex. Pessoa que vai viver com o homem que matou o ex marido- concubinato.
Concubinato tem que ser relação não eventual, tem que ter uma continuidade. Ex. Trair uma vez, não é concubinato.
1. .
a) Sem efeitos? Não tem efeitos, conforme o CC
b) Jurisprudência- Súmula 380- tem efeito, conforme jurisprudência. Aplicada apenas no caso de concubinato.
Herança não pode ser dividida entre cônjuges e concubinas, prevalece o casamento. O que divide é a pensão por morte entre cônjuge e concubina (sentenças aplicando essa divisão de pensão por morte). É discutível, pq se parar pra pensa, pq divide a pensão por morte e a herança não? Essa tese foi enviada para o STF, mas não foi discutido ainda.
No concubinato não tem direitos e deveres.
2. União poliafetiva CNJ (2018)
Não pode ser reconhecida a união poliafetiva.
CNJ proibiu os cartórios de notas fazerem escritura com união estável com mais de 2 pessoas. (2 pessoas são requisitos para a união)
3. Contrato de namoro 
Não constituir família e não ter os efeitos união estável 
Porém se no namorado houver os requisitos de união estável, terá efeito de união estável.
a) Possibilidade: é possível ter esse contrato
b) Validade: tendo os requisitos não terá validade o contrato de namoro
Filiação 
I. Histórico 
É uma espécie de parentesco.
Atualmente a filiação está tanto na CF, CC como no ECA. Toda filiação terá o mesmos direitos.
Antigamente tinha diferença entre as filiações.
Não podemos mais falar em legítima, ilegítima, legitimação. 
Legítima – filhos de pessoas casadas entre si, tinha todos os direitos. 
Ilegítima – pessoas não casadas entre si, tinha menos direitos que o legítimo.
Filhos Naturais: nenhum impedimento para casar-se.
Filhos Espúrios: nascido de quem tem impedimento para casar-se, pode ser incestuoso ou adulterino.
Legitimação- quando casal se casava, eles acabavam legitimando os filhos. Ex. Casal tinha um filho, mas não era casados e depois de um tempo se casavam, os filhos eram legitimados.
II. Filiação na atualidade CF/88- 227, §6º, 1596, CC, 20 ECA
Todos os filhos atualmente têm os mesmos direitos.
Prova da condição de filho: certidão de nascimento
Se admite as provas por outro meio, caso não tenha certidão ou ela tenha algum erro.
III. Filiação havida no casamento (e também na união estável)
1. Presunção de paternidade 1597
Acontece quando a mãe tem um marido ou um companheiro decorrente de uma união estável. Presume-se a paternidade.
Presunção relativa, admite prova em contrário.
Ex. A mulher é casada e tem um filho, e o marido não vai registrar o filho, a mãe pode pegar a certidão de casamento e ir registrar o filho, o marido dela constará como pai.
Provimento do CNJ 52- determinou que cabe a união estável, só levar o documento.
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminaçãoartificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
2. Ação negatória de paternidade 1691 (1599, 1600, 1602)
Para elidir a presunção de paternidade precisa entrar com ação negatória de paternidade. Só o marido ou companheiro poderá ter legitimidade para entrar com a ação.
Caso em vida ele tenha proposto a ação e morre no curso do processo, os herdeiros poderão dar continuidade.
A ação negatória é imprescritível.
Se é, vida o marido ou o companheiro não entrar com a ação, ninguém poderá entrar.
Na prática, realiza o exame de DNA.
Tem que ver caso a casa por conta do afeto entre o pai e filho. (se tiver o afeto, às vezes a ação é julgada improcedente)
O filho (que suspeita da paternidade) poderá entrar com investigação de paternidade. 
Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.
Parágrafo único. Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos neste artigo:
I - os filhos;
II - os herdeiros;
III - o representante legal.
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade.
Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade.
Art. 1.602. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade.
3. Reprodução assistida 1597, III, IV, V
No caso de fertilização, inseminação artificial, fertilização in vitro.
Tem crítica, pois tem doutrinadores que entende que isso não seria presunção de paternidade.
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
IV. Filiação fora do casamento
Não tem presunção. Só registrará no nome da mãe se o pai não for junto.
1. Reconhecimento voluntário 1609
Forma, irrevogável, efeito
Ato do pai, sendo irrevogável e não está sujeito a condição ou termo e é um ato solene.
Faz o reconhecimento no nascimento, ou faz uma declaração por escritura pública, ou no testamento.
Irrevogável: não pode se retratar do reconhecimento voluntário.
Antes ou depois do nascimento.
Lei reconhece o filho após a morte do filho se o filho deixou descente, porque aí não ter reconhecimento só para receber a herança.
Se o filho for maior de 18, ele impugnar o reconhecimento do pai.
Se o pai tiver menor de 18, o filho pode impugnar dentro de 4 anos sobre o reconhecimento, terá que provar.
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.
2. Investigação de paternidade (reconhecimento forçado)
-1606
Quem entrará com a ação será o filho.
Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz.
Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.
-Contestação 1615
O pai que consta no registro pode contestar sobre a investigação. 
Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ação de investigação de paternidade, ou maternidade.
-Súmula 149 STF
Imprescritível a ação de investigação de paternidade.
A ação de herança prescreve!! 
Súmula 149 -é imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.
-Prova
Exame de DNA.
-Recusado DNA
Se a pessoa se recusa, a presunção de que ela será considerada pai.
Salvo se tiver outras provas que prova que a pessoa não é pai. Ex. Pai prova que estava fora do BR e a mulher estava no BR.
Na lei 8.560/92- investigação oficiosa: quem promoverá é o oficial do Cartório. Mãe poderá recusar dizer quem é o pai, mas se ela der um nome o oficial mandará os dados para o juiz é o juiz notifica o pai que pode ou não comparecer.
V. Adoção 
Instituto que serve para tentar resolver parte do problema do menor no BR.
Adoção serve também para os maiores de 18 anos.
Adoção antigamente era ato revogável, só a pessoa maior de 50 anos podia adotar, e não havia desligamento da família biológica.
CF- Igualou os direitos dos filhos, Filhos adotivos ou não terão o mesmo direito.
1. Histórico 
a) Plena- ECA Lei 8.069/90- menores de 18 anos
Logo depois da CF, vem o ECA (antigo) que cuida da adoção de menores de 18 anos.
A adoção passa a promover o desligamento família biológica (plena)
b) Simples- CC/1916- maiores de 18 anos
Adoção de maiores de 18 era feita pelo CC/1916. Era uma adoção simples, pois teria conexão com a família biológica e adotante, feita por escritura pública sem processo judicial.
c) CC/2002- Maiores e menores (plena)
Adoção plena, é só poderia fazer a adoção judicial.
ECA usado de forma suplementar aos menores.
d) Lei nacional de adoção Lei 12010/2009
Modificou os artigos do ECA e revogou expressamente o CC. A nova redação do ECA foi dada por essa lei.
ECA que cuidará de todas as adoções, seja dos maiores e menores.
Lei tenta dar maior rapidez aos processos de adoção. 
Criou o chamado de cadastro nacional para ocorrer um encontro de quem querem adotar e crianças que estão para adoção. (Não usado)
Para uma pessoa ser adotada os pais faleceram ou foram destituída do poder familiar- ex. Maus tratos, drogas.
e) Lei 13.509/2017
Tenta aperfeiçoar as mudanças da lei anterior. Diminui prazos.
Facilitar a pessoa gestante a poder destinar já a adoção.
f) ECA- nova redação (maiores e menores)
2. Conceito: relação de parentesco, recebe a outra como se tivesse gerado.
3. Natureza: 
Há várias divisões.
Adoção é um Contrato e instituição ao mesmo tempo.
4. Efeitos- mesmo de qualquer filiação.
5. Internacional 31, 51 ECA
Situação excepcional.
Dá para fazer sim.
Ex. Se não tiver no BR ninguém querendo adotar o adotante pode ser feita por alguém que mora fora.
Tem o estágio de convivência.
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.
Art. 51.  Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto n o 3.087, de 21 junho de 1999 , e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção. 
§ 1 o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado:  
I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;  
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;  
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. 
§ 2 o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.§ 3 o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional.  
6. Legitimidade para adotar
Maiores de 18 anos, independe tendo estado civil 42, § 2º
Terá que ter uma diferença de 16 anos, entre o adotante e o adotado.
Deficiente pode adotar, incluindo deficiente mental.
Observações STF ( RE 846 102) 2015
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.
a. Casais homoafetivos- Jurisprudência 
b. Tutor/ curador 44
Tutor não pode adotar o curatelado enquanto tiver a curatela, tem que extinguir a curatela.
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.
c. Ascendentes 
 irmãos 42, § 1º
Ex. Avó não pode adotar neto.
 Art. 42.  Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.  
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
d. Separados e divorciados 42, §5º
Pode adotar.
§ 5 o Nos casos do § 4 o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
e. “Post mortem” 42, §6º
Deu início a adoção e pessoa morreu,juiz pode concluir para fins de herança.
§ 6 o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.
f. Filho de cônjuge ou companheiro 
Unilateral 41, §1º
Ex. Meu marido tem um filho com outra mulher, e a mulher faleceu, e eu quero adotá-la, eu posso, e terá o desligamento apenas da parte da mãe.
Com 12 anos ou mais, haverá concordância da criança.
Caso a mãe biológica for viva, tem que ter a concordância dela também, pois ela deixaria de ser mãe.
Para registrar as duas mães, seria adequado usar por socio afetividade.
 Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
7. Quem pode ser adotado
Maior ou menor de 18 
8. Requisitos
a) Diferença – 16 anos entre adotante e adotado.
b) Concordância 
Consentimento dos pais biológicos.
Se forem mortos ou destituído dos poderes familiares- não precisa consentir.
c) Processo judicial- tem que ter processo judicial
d) Estabelece convivência – 46, § 3º
Tem que ter o estágio de convivência. 
Máximo de 90 dias prorrogáveis por mais 90 dias.
Se ele for tutor não terá o estágio de convivência.
Menor de 18- infância e juventude 
Maior de 18- família 
Art. 46.  A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.
§ 3 o -A.  Ao final do prazo previsto no § 3 o deste artigo, deverá ser apresentado laudo fundamentado pela equipe mencionada no § 4 o deste artigo, que recomendará ou não o deferimento da adoção à autoridade judiciária. 
e) Efeito benefício 43
Requisito maior.
Pobreza não é motivo para tirar o filho da família.
Se houver benéfico para criança, será deferida a adoção.
 Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
9. Conhecimento da origem biológica 48
Atribui o poder familiar do adotante.
Poderá trocar o prenome, se o filho tiver idade poderá ser ouvido caso não queira trocar.
O adotante tem dinheiro de saber e conhecer quem é sua família biológica.
Menor de 18- só com acompanhamento judicial com tratamento psicológico.
Maior de 18- é mais fácil. 
Art. 48.  O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos.  
Parágrafo único.  O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica.  
 
 
 
 
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