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Universidade Estácio de Sá de Cabo Frio PATRÍCIA DOS SANTOS SILVA Matricula: 202001154922 Licenciatura em Ciências Biológicas EAD/Flex PCC de Pedologia e Geopaleontologia para Biologia Tema: Elaboração de práticas para alunos do 6º ano ou ensino médio a partir da prática para alunos de graduação Professor Tutor: Ricardo Finotti Leite Ano 2021. Atividade Proposta Este trabalho tem como proposta apresentar um Planejamento de atividade prática a ser trabalhada em campo com os alunos do 6º ano do ensino fundamental. Serão apresentadas etapas para realização da atividade de acordo com o conteúdo programático da série citada acima e adaptada de acordo com os objetivos para esta série do ensino médio. A proposta será apresentada de forma a contemplar as etapas de uma aula, ou seja, como será a preparação dos alunos para a atividade (conceitos a serem trabalhadas ou tema motivador da atividade), que atividades serão feitas com os alunos (o desenvolvimento da prática) e a conclusão da aula (que atividades/produtos os alunos deverão apresentar como resultado da prática realizada), isto é a avaliação. Introdução teórica No ensino das Ciências Biológicas, reside no campo o espaço propício para promover, de modo contextualizado, a aprendizagem curricular, as percepções do ambiente e o reconhecimento e valorização dos saberes populares. A atividade de campo pode ser considerada como qualquer atividade realizada in situ, isto é, em um dado local onde se pretende proceder com observação e/ou coleta de dados. Em Biologia, quando as atividades de campo são periódicas, com a finalidade de observar mudanças sazonais nos aspectos qualitativos e quantitativos relacionados ao objeto de estudo, ou quando se necessita cobrir uma maior área e/ou quantidade de dados, realizam-se várias idas a campo. Nesse caso, as atividades de campo periódicas são chamadas de campanhas de campo. Plano de aula Conteúdo: Ciências Tema da aula: Tipos de Solo Segmento: 6º ano ensino fundamental Objetivos: Reconhecer os fatores de Formação do solo e da qualidade do solo em campo; comparar o efeito de diferentes fatores de formação do solo sob as características físicas e biológicas qualitativas do solo. Recursos materiais: Relação de materiais A relação de materiais utilizadas em campo constituirá do seguinte: a. Caderno de campo b. Caneta c. Lápis d. Ferramentas de jardinagem (pá de jardim ou ancinho pequeno) e. Folha de papel A4 branco f. Trena de madeira ou régua g. Carta de Munsell de cores para solo h. Câmera ou celular Métodos: Seleção da área de estudo Para essa atividade, a área a ser estudada será seleciona previamente pelo professor. Serão duas áreas próximas à escola, ou duas áreas que estejam, oportunamente, situadas próximas a um local de passeio circunstancial. As duas áreas deverão ser diferentes quanto a um dos critérios destacados abaixo: i. Cobertura do solo por vegetação – nesse caso, deverá ser selecionada uma área de solo exposto, isto é, totalmente livre de vegetação, e a outra sob cobertura vegetacional (totalmente ou parcialmente coberta por vegetação). ii. Relevo – nesse caso uma área deverá ser em terreno íngreme e outra em terreno plano iii. Incidência de luminosidade e vento – nesse caso uma das áreas deverá estar constantemente exposta à luz e vento, como topo de morro ou na base de elevação do terreno, do morro. iv. Formação florestais distintas – floresta primária x floresta secundária ou tardia, floresta de restinga arbórea x restinga com formação de moitas Procedimentos A) Reconhecimento de Campo O reconhecimento de campo será feito pelo professor e auxiliar de turma. Essa etapa é anterior à ida a campo de fato e necessária para conhecer previamente as condições ambientais existentes na área a ser estudada, os pontos de coleta de interesse e que oferecem maior conforto e menor periculosidade, dentre outros. Uma vez selecionadas as áreas de estudo, deverá ser realizado o registro fotográfico. As condições gerais da área de estudo a serem observadas serão as seguintes: proximidade de cursos ou corpos d’água (como rios e lagos, respectivamente), proximidade de estradas ou outras obras de infraestrutura, como linhas de transmissão ou reservatórios artificiais, presença ou ausência de rocha nua, proximidade de atividades de pecuária ou de agricultura familiar, condições de extensão da mata (se fragmentada ou ampla), se há presença de trilha, se a trilha suporta passagens de carros, dentre outros. Todas as características, de cada uma das áreas serão anotadas em cadernos separados e serão identificadas por códigos alfanuméricos. Na anotação de cada uma dessas áreas deverá conter informação de referência para saber de onde foram tiradas a suas amostras. B) Antes do campo Os alunos receberão as seguintes orientações: Para realizar as atividades desta disciplina em campo, o aluno deverá utilizar roupas adequadas às condições do tempo e da região. Como esta prática será realizada em ambiente de floresta, recomenda-se que o aluno vá de calça comprida, camisa de manga comprida, boné ou chapéu, de preferência com cobertura para o pescoço e luva de látex ou de pano para mexer com o material necessário. Deve usar roupas velhas, mas em boas condições sem rasgos e aberturas que possam permitir a entrada de pequenos animais. Deve usar um tênis confortável ou uma bota de cano longo. Sempre é bom levar repelente e protetor solar. Nunca esquecer de levar água e alguma coisa para comer rapidamente no campo como um biscoito ou sanduíche. Tome cuidado aonde pisa e aonde coloca a mão, evite correr na floresta, quando for o caso, e não vá a lugares muito íngremes ou fora de trilhas marcadas e bem conhecidas. Preste atenção ao seu deslocamento e em momento algum deve se afastar do seu grupo de trabalho ou do professor. Trilhas são muito parecidas e é fácil se confundir e pegar a trilha errada. Nunca vá sozinho a campo. C) Em campo No campo, os alunos serão divididos em grupos e receberão do professor o mesmo caderno no qual foram anotadas as características gerais das áreas, tipo de formação vegetacional e impactos antrópicos identificados (presença de habitações, gado, corte e queima, etc.) Nesse mesmo caderno, serão anotadas as informações coletadas pelos alunos. D) Coleta do solo Em cada uma das áreas o grupo de alunos deverá proceder da seguinte maneira: Ao receber sua área de amostragem e, com o auxílio das ferramentas de kit de jardinagem o grupo de alunos deverá delimitar uma parcela de solo de aproximadamente 25 x 25cm e fará a análise da camada de serapilheira (se houver) e das camadas superficiais (até 10cm) e mais profundas (horizonte B – de 10 a 20cm) do solo, como descrito a seguir. Todas as informações serão anotadas no caderno. Coleta de dados Os dados coletados em campo e as respectivas técnicas e procedimentos empregados estão descritos abaixo. a) Análise das camadas de serapilheira O solo é formado por diferentes camadas denominadas horizontes (Figura 1). Dentre estes horizontes, o mais superficial é a camada de serapilheira que está sobre o solo. Esta camada é composta basicamente por matéria orgânica e é constituída por camadas também. Estas camadas consistem em folhas, galhos e outras matérias orgânicas em vários estágios de decomposição. Sendo a parte mais superficial menos decomposta e as mais profundas mais decompostas até chegar ao solo propriamente dito. As camadas da serapilheira estão esquematizadas na figura 2. A 1ª prática consiste em observar e documentar as camadas de serapilheira sequencialmente e verificar a estruturação da mesma. Tente descrever cada uma das camadas e tire fotos para registrar o aspecto geraldas mesmas FIGURA 1 FIGURA 2 b) Consistência do solo seco Após descrever todas as camadas da serapilheira, você chegará na camada de solo propriamente dita, mais especificamente ao horizonte A. Neste horizonte, o grupo de alunos deverá avaliar a consistência do solo seco. A consistência do solo está diretamente relacionada com características de composição do solo, como por exemplo, a sua granulometria. Para fazer esta análise, você deve considerar os seguintes critérios: • Solto: não coerente entre o polegar e o indicador. • Macio: a massa do solo quebra-se em material pulverizado ou grãos individuais sob pressão muito leve. • Ligeiramente duro: a massa do solo é fracamente resistente à pressão; facilmente demolida entre os dedos. • Duro: a massa do solo é moderadamente resistente à pressão; dificilmente quebra entre o indicador e o polegar. • Muito duro: a massa do solo é muito resistente à pressão e é dificilmente demolida com as mãos. Não quebra entre o indicador e o polegar. • Extremamente duro: a massa do solo é extremamente resistente. O grupo de alunos deverá anotar em caderno a consistência do solo e registrar com fotos a julgar pela análise orientada acima a) consistência do solo molhado O solo é considerado molhado quando apresenta um conteúdo de água ligeiramente superior à sua capacidade de campo. A capacidade de campo pode ser considerada a quantidade de água no solo quando todos os poros estão ocupados com água, o que geralmente ocorre dois a três dias depois de uma chuva ou irrigação em solos permeáveis. Esta água é chamada de solução de solo. • Não pegajoso: após a aplicação de pressão entre o dedo indicador e o polegar, não se verifica nenhuma aderência da massa aos mesmos. • Ligeiramente pegajoso: após cessar a pressão a massa do solo adere a ambos os dedos, mas desprende-se de um deles perfeitamente. • Pegajoso: após cessar a compressão, a massa do solo adere em ambos os dedos e, quando os mesmos são afastados, tendem a alongar-se um pouco e romper-se, ao invés de desprender-se de qualquer dos dedos. • Muito pegajoso: após a compressão o material adere fortemente a ambos os dedos e alonga-se perceptivelmente quando os dedos são afastados. A consistência do solo tem aplicação direta no manejo do solo. b) Análise da Coloração com a carta de Munsell: retirar uma camada de solo de até 10 cm e outra de em até 20 cm. Identificar as diferentes amostras quanto a coloração mais aproximada na carta de Munsell. Anotar a classificação do solo. Faça isso para as duas profundidades e nas duas amostras escolhidas. Utilize apenas a camada de 20cm (horizonte B) para fazer a classificação do solo. Avaliação O processo de avaliação será através da participação do aluno na atividade de campo, da exposição dos materiais coletados e dos relatórios produzidos após a atividade. Apesar de ser uma atividade em grupo a avaliação do desempenho do aluno será individual.
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