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93 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios 7 O prOcessO empreendedOr Os empreendimentos precisam ser observados e analisados de todos os pontos de vista e a partir de vários fatores. Conhecer os fatores críticos de sucesso para um novo negócio ou já em andamento é um deles, ou seja, o que a empresa tem e faz de central que a leva ou não ao sucesso. Esses são os fatores críticos de sucesso. Ao tentar se estabelecer, uma empresa precisa estar preparada para monitorar: • forças macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, político‑legais, sociais e culturais); • fatores microambientais importantes (a própria empresa e todas as suas áreas, consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores); • análises de custos para o gerenciamento dos riscos identificados; • análise do impacto que os riscos poderão trazer à organização. Se são necessárias tantas competências para desenvolver um negócio, podemos perceber que é preciso aprender bastante antes de se aventurar num novo empreendimento. As quatro fases do processo empreendedor proposto por Dornelas (2008) consistem em: • identificar e avaliar a oportunidade; • desenvolver o plano de negócios; • determinar e captar os recursos necessários; • gerenciar o negócio. Quadro 8 – O processo empreendedor Identificar e avaliar a oportunidade Desenvolver o plano de negócios Determinar e captar os recursos necessários Gerenciar o negócio • criação e abrangência da oportunidade; • valores percebidos e reais da oportunidade; • riscos e retornos da oportunidade; • oportunidade versus habilidades e metas pessoais/corporativas; • situação dos competidores. • sumário executivo; • o conceito do negócio; • equipe de gestão; • mercado e competidores; • marketing e vendas; • estrutura e operação; • análise estratégica; • plano financeiro; • anexos. • recursos da área; • recursos extras; • recursos específicos para projetos de inovação; • recursos externos. • estilo de gestão; • fatores críticos de sucesso; • identificar problemas atuais e potenciais; • implementar um sistema de controle; • entrar em novos mercados; • avaliação de resultados; • colheita. Adaptado de: Dornelas (2008). Unidade III 94 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Segundo as pesquisas, a falta de planejamento prévio, ou seja, da elaboração de um plano de negócios, e também a dificuldade em realizar a gestão empresarial pela inexistência dos elementos de controles básicos, como o fluxo de caixa, elaboração dos custos, formação do preço de venda etc., são as principais causas da mortalidade empresarial em seus primeiros cinco anos de vida. 7.1 por que as empresas quebram? No País inteiro, a capacidade de sobreviver das empresas aumentou nos últimos cinco anos. No estado de São Paulo, por exemplo, o monitoramento dos índices de sobrevivência e mortalidade das empresas, conduzido pelo Sebrae‑SP desde 1998, revelou uma capacidade maior das micro e pequenas empresas de até cinco anos de vida driblarem as dificuldades e se manterem abertas. O estudo foi divulgado em maio de 2010 e apresentou, entre outros dados, a diminuição da taxa de mortalidade desses negócios de 71% para 58%. A taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas no primeiro ano de vida também caiu de 35% para 27%. A taxa de mortalidade de empresas com um ano no mercado permaneceu estável com relação ao levantamento anterior, realizado em 2005 (SEBRAE, 2008, P. 21). As principais causas dessa mortalidade empresarial apontadas pelos especialistas são: • a falta de incentivos e subsídios apropriados à exportação de produtos fabricados por MPEs; • a alta taxa de juros (SELIC); • o difícil acesso ao crédito e a exigência de contrapartidas abusivas para se pleitearem financiamentos junto às instituições financeiras; • a alta concorrência estrangeira, especialmente asiática e americana; • o peso dos encargos para a contratação, manutenção e dispensa de empregados. Para o Sebrae, as taxas continuam altas, apesar da redução (348 mil ocupações desaparecem por ano com o fechamento de 84 mil empresas). Em entrevista coletiva, o superintendente do Sebrae‑SP, Ricardo Tortorella, destacou o custo social do fechamento dessas empresas para o país e apontou duas causas principais para a alta taxa de mortalidade que ainda afeta os pequenos negócios no Brasil. “Para prosperar como empreendedor, é preciso uma grande dose de planejamento. É preciso planejar muito bem o negócio antes de abrir as portas, quais serão as estratégias de atuação, o que muitas vezes não é feito”, afirmou (TORTORELLA apud SIXFP ..., s.d.). Outro fator decisivo para a sobrevivência das pequenas empresas é a capacidade de gestão. “O empreendedor deve estar pronto para os desafios da gestão, pronto para inovar, acessar novas tecnologias, novos mercados e investir em novos produtos e clientes”, recomenda Tortorella (apud SIXFP ..., s.d.). Prova disso é outro dado que chama a atenção na pesquisa: as empresas que são clientes do Sebrae‑SP têm um desempenho melhor. Apenas 18% das empresas que se utilizaram dos serviços e produtos do Sebrae‑SP fecharam no primeiro ano de existência (o número geral do mercado é 27%). 95 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Os empreendimentos com cinco anos de existência que contaram com o auxílio do Sebrae‑SP também apresentaram maior competitividade, com a sobrevivência de 63% das empresas contra 42% do mercado. Por isso, a capacitação é tão importante para o pequeno empreendedor. Planejar, estudar e inovar continuam sendo os alicerces de uma empresa de sucesso. O fracasso também pode estar ligado à falta de dinheiro no mercado, à escassez de recursos próprios, à entrada de novos concorrentes e a mudanças das políticas do governo. Mas uma das causas mais frequentes do fracasso está ligada diretamente aos próprios empreendedores, isto é, à falta de habilidade administrativa, financeira, tecnológica e mercadológica. Entre as outras possíveis causas de falência das empresas brasileiras, está a falta de capacitação técnica. Os empreendedores por necessidade, que ficam sem emprego e arriscam suas indenizações num novo negócio sem estarem preparados para isso, não tendo aptidão e nem conhecimentos específicos, colocam em risco os negócios. Eles não praticam a lição número um do marketing que é estudar e analisar o mercado. A maioria das empresas também não obedece aos aspectos legais, o que pode ocasionar multas e seu fechamento compulsório. Uma necessidade de sobrevivência para qualquer empresa hoje é a capacidade de se relacionar com seus clientes e fornecedores. Sem essa relação de longo prazo, provavelmente, a quantidade de clientes e de negócios não será suficiente para manter um empreendimento funcionando futuramente. Segundo os especialistas, esses fatores dificultam manter‑se ativo no mercado, pela falta única e exclusiva de preparo. Os empreendedores de oportunidades, ao contrário, sabem disso e sempre se preparam primeiro, estudam o mercado, conhecem os fatores de risco, fazem as análises necessáriase abrem empresas de forma mais consciente do que o empreendedor por necessidade. saiba mais Em setembro de 2011, o Sebrae divulgou a nova pesquisa de índice de sobrevivência das pequenas empresas brasileiras. Acompanhe em: <www. sebrae.com.br>. 7.2 Fatores críticos de sucesso De acordo com Herrera (2007), fatores críticos de sucesso são os pressupostos cruciais, essenciais para que se atinjam os objetivos traçados e se alcance o sucesso do empreendimento. Compreender os fatores críticos de sucesso é importante, pois sem eles o empresário pode desviar‑se do rumo. Esses fatores‑chave são definidos após as análises globais da empresa para a elaboração das estratégias, quando são analisados o macroambiente, a atratividade do mercado, as forças estruturais internas (como o capital humano, processos, tecnologias etc.), enfim, os cenários construídos. 96 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III A partir das análises, o empresário pode discriminar quais são os fatores determinantes para que seu negócio seja um sucesso e quais são determinantes para o fracasso, ou seja: quais são os pontos de atenção que não podem faltar ou ficar ruim de maneira alguma? Por exemplo, um restaurante hoje vende mais do que comida. Vende um lugar agradável para as pessoas passarem momentos agradáveis, em união, divertindo ‑se. Vende o descanso e a satisfação. Por isso, o fator‑chave de sucesso para esse tipo de negócio, sem dúvida alguma, é o atendimento, pois ninguém quer ser mal atendido num momento desses. Os fatores‑chave possuem como aplicações principais a ajuda dos gerentes na identificação das informações que eles necessitam e a organização do processo de planejamento estratégico de longo prazo e anual. Para Grunert e Ellegard (1992 apud HERRERA, 2007), fatores críticos de sucesso são as habilidades e recursos que explicam os valores percebidos pelos clientes. Essas habilidades e recursos transcendem dos pré‑requisitos para se estar no mercado, são fatores que diferenciam organizações de um mesmo mercado. De acordo com Shultz (1994 apud HERRERA, 2007), para o consumidor, a percepção é a verdade. A percepção pode não estar correta, mas é o que ele conhece, e o que ele conhece é tudo o que ele precisa conhecer. 7.3 plano de negócios e longevidade das empresas O empreendedor costuma planejar suas estratégias e ações, o que pode ser feito por meio de um plano de negócios. Trata‑se de uma ferramenta cuja principal função é dotar o empreendedor de informações que possam viabilizar o planejamento e o desenvolvimento inicial de seu negócio, além de servir também como instrumento para captação de recursos financeiros, principalmente quando se trata de negócios voltados à tecnologia. Segundo o U.S. Small Business Administration (SBA, 1998 apud DORNELAS, 2001), uma das principais razões de falência das micro e pequenas empresas americanas é a falta de planejamento do negócio, exatamente como ocorre no Brasil. Quando se considera o conceito de planejamento, têm‑se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados (DORNELAS, 2001): • toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá‑lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes etc.; • toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio; • poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria desses são micro e pequenos empresários e não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento etc. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá‑lo objetivamente em um plano de negócios. 97 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Dos anos 1990 em diante, ficou famoso o Business Plan, material seguidamente utilizado nos EUA, conforme publicação do professor Sahlman, da Harvard Business School em 1997, em que destaca a grande atratividade exercida pelo plano de negócios sobre os empreendedores norte‑americanos. Fruto também da administração por planejamento estratégico, o plano de negócios deve ser construído pelos empreendedores, em qualquer situação, que queiram converter seu sonho em realidade, mas devem seguir um caminho lógico, calculado e racional que um bom administrador deve fazer. Nos últimos tempos, muitos livros e revistas especializadas têm se dedicado ao tema, propondo fórmulas sobre como redigir planos de negócios que irão proporcionar o sucesso das organizações. Dolabela (2008, p. 75) afirma que “a utilização do plano de negócios é algo ainda incipiente no Brasil. Poucos empreendedores e empresas trabalham com essa metodologia. Na Europa e principalmente no Canadá e nos Estados Unidos, é uma ferramenta usual, utilizada por empreendedores novos e antigos”. Segundo os especialistas, deve‑se ter muito cuidado ao redigir um plano de negócios, para evitar um conteúdo tomado pelo entusiasmo ou pela fantasia. Segundo Dornelas (2008), um planejamento errado é pior que a falta de um. Nele, deve haver muitos dados, números e informações, além de contar com o feeling do administrador. O plano de negócios deve possibilitar a exposição de ideias de um empreendedor em uma linguagem de fácil assimilação pelos leitores e arquitetado de forma que torne o empreendimento viável aos olhos de quem interessa, ressaltando a probabilidade de sucesso no mercado. Ele deve, portanto, convencer quem interessa, ou seja, os investidores, parceiros, sócios e colaboradores. Cada empresa define qual o momento de fazer um plano de negócios. É certo que um empreendedor, por causa de todas as pesquisas existentes que apontam como fator principal de insucesso a falta de planejamento, deve sempre fazer seu plano de negócios antes de começar a colocar suas ideias em prática. Fazê‑lo com pressa, apenas para obter recursos financeiros, geralmente não permite fazê‑lo de forma adequada e correta e nem proporciona a reflexão necessária sobre o tema e sobre o negócio. Para se convencer um investidor, o plano de negócios deve primeiro ser incorporado ao pensamento das pessoas que compõem o empreendimento para, a partir daí, ganhar a importância que merece e conquistar os objetivos propostos. O plano de negócios explora uma grande oportunidade e essa não deve ser desperdiçada por descuidos nem por falta de empenho dos seus autores. Aproveitar as oportunidades e não dispensar boas ideias é a razão do plano de negócios. Daí a importância de se difundir a cultura do planejamento entre a classe empresarial no Brasil, não apenas exibindo um roteiro para a confecção de um plano de negócios, mas vendendo a sua ideia e disseminando o seu conceito básico aos empresários das micros, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras. Um plano de negócios é basicamente um documento utilizado para detalhar um empreendimento e descrever o seu modelo de operacionalização. Elaborá‑lo envolve, além de conhecimentos básicos de administração, autoconhecimento e aprendizagem constante. 98 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão: M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Quem são os clientes do plano de negócios? Um plano de negócios não é feito apenas para dar início a uma empresa. É preciso apresentá‑lo a empresários investidores, para conseguir um sócio e outras possibilidades. Para Dolabela (2008, p. 76), os clientes são: • o próprio empreendedor; • sócios e empregados; • sócios em potencial; • parceiros em potencial (distribuidores, representantes); • órgãos governamentais de financiamento, bancos, capitalistas de risco (para obtenção de recursos de qualquer fonte); • grandes clientes atacadistas, distribuidores; • franqueados. 8 cOmO Fazer um planO de negóciOs Para facilitar o seu entendimento, há uma formatação clássica que se tornou padrão, composta por seções em que cada uma possui um propósito específico. Em geral, as empresas fazem adaptações aos modelos para que sejam adequadas aos seus casos particulares. Pode‑se afirmar que um plano de negócios é representado por uma série de questões ordenadas, que devem ser respondidas pelo empreendedor com o objetivo de prepará‑lo para montar o negócio. O plano de negócios deve responder aos seguintes questionamentos: • O que será feito e por quem (o empreendimento)? • O que será oferecido ao mercado (o produto/serviço)? • A quem será oferecido? Quais serão os fornecedores e competidores diretos (o ambiente de mercado)? • Como será feito o atendimento aos clientes (o plano de marketing)? • Quanto será gasto? De quanto será o retorno (o plano financeiro)? • Qual o prazo de execução das ações? Quais serão as metas e qual o prazo para atingi‑las (o cronograma de ações e metas)? 99 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Percebe‑se que, ao responder a essas questões, o empreendedor levanta, de forma sintética, praticamente todos os aspectos relevantes para a montagem de um empreendimento e, além de se mostrar capaz de planejar seu negócio satisfatoriamente, com certeza, estará preparado para enfrentar o mercado. Evidentemente, a elaboração de um plano de negócios não irá garantir o sucesso de nenhum empreendimento, mas representará um importante passo nessa direção. Eles devem ser revisados periodicamente, para que sejam elaboradas ações para correção de rumo que contemplem mudanças no mercado. Além disso, um plano visa: entender e estabelecer diretrizes para o empreendimento; gerenciar mais eficazmente e tomar decisões mais confiáveis; monitorar o dia a dia da empresa e retificar processos com ações pontuais; obter recursos financeiros junto a bancos, governo e investidores; identificar oportunidades para convertê‑las em um diferencial competitivo; além de estabelecer comunicações internas (funcionários) e externas (fornecedores, consumidores, bancos, investidores etc.) mais eficazes. Vejamos a matéria a seguir sobre a importância de um plano de negócios. Plano de negócios viabiliza sucesso de empresa – Especialistas elaboram estratégias a empresário, como organização, análises de nicho de atividade, ponto, entre outras Ser dono de seu próprio horário, não receber ordens e administrar quanto será seu próprio salário. Este é o sonho de muitos brasileiros que, empolgados, abrem seus próprios negócios em diversos ramos de atividade. Embora as taxas de mortalidade de micro e pequenas empresas tenham registrado desaceleração nos últimos anos, o índice de abertura continua alto no Brasil. De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 22% dos novos negócios abertos no País fecham antes de completar dois anos – em 2002, essa taxa era de 40%. O motivo, além da burocracia e tarifas (amenizadas pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas), também pode ser creditado à falta de planejamento do empreendimento. Mesmo que qualquer investimento apresente riscos, é preciso prevenir‑se contra eles. O candidato a empresário deve estar ciente de que, para abrir uma empresa, é preciso uma série de conhecimentos fundamentais antes do processo para sua legalização. O Sebrae orienta estudar a fundo o ramo de atividade do negócio, o mercado, traçar o passo a passo do que será colocado em prática na empresa, assim como estabelecer uma meta do que se pretende atingir. 100 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Para isso, é necessário fazer um levantamento em órgãos como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sindicatos e associações, entre outros. A pesquisa vai revelar como está o mercado, quanto o futuro empresário terá que vender por mês para não falir e quanto poderá retirar por mês de pró‑labore sem prejudicar o bom funcionamento da empresa. O levantamento também pode indicar quais impostos a pagar, suas alíquotas, e quanto é preciso guardar de recursos financeiros para fazer frente aos compromissos nos primeiros meses. Para não fechar as portas, é necessário fazer o planejamento financeiro e da estrutura da nova empresa. Atratividade Segundo o Sebrae, coletar conhecimentos de alguns aspectos do desempenho das empresas permite analisar o grau de atratividade do negócio. É aí que o empresário deve se basear para saber quais recursos serão necessários para o sonho virar realidade e sobreviver. Basicamente, os riscos referem‑se à sazonalidade (produtos de época), aos efeitos da economia (avaliação da situação econômica para não sair no prejuízo), como também aos controles governamentais, cujas regras mudam com frequência. Monopólios no setor de atuação também podem se traduzir em pedra no sapato do empresário, assim como a opção por segmentos em estagnação ou retração. No atual cenário de crise financeira mundial, especialistas sugerem evitar a abertura de empresas cujo ramo de atividade seja atrelado à construção civil e a setores que dependem de crédito, como financiamentos de automóveis, eletrodomésticos, entre outros. O micro e pequeno empresário também deve considerar os obstáculos relacionados à exigência de muito capital para o investimento, ao alto e complexo conhecimento técnico, às dificuldades para obtenção de matéria‑prima, entre outros. O local do ponto do empreendimento pode determinar o sucesso ou o fracasso da investida. Tudo porque um negócio de prestação de serviços ou comércio deve estar próximo de seu público‑alvo. A definição de uma unidade de negócio deve levar em consideração pesquisas de informações sobre os clientes, fornecedores, concorrentes, infraestrutura e logística. O estudo pode ser realizado pelo próprio candidato a empresário. Outra opção é contratar profissionais especializados em pesquisa mercadológica. O plano de negócio é um documento em que você organizará todas as ideias que tem em mente em relação ao seu projeto. Analisará os fatores externos que poderão impactar em seu sucesso, seja em termos de oportunidades, seja em termos de riscos. Alinhará as suas competências, direcionando seus esforços naquelas atividades ou conhecimentos que 101 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios domina muito bem e que eventualmenteserão o seu grande diferencial. E estabelecerá os recursos necessários para iniciar e manter o seu projeto. Para uma nova empresa, o plano de negócios servirá para verificar se a oportunidade identificada possui todas as características para transformar‑se em um negócio ou se é apenas uma ideia, sem maiores consequências. Essa análise economizará muito tempo, esforço e especialmente dará um panorama realista da situação, evitando expectativas irreais, frustrações e especialmente prejuízos. Para uma empresa já estabelecida, o plano de negócios servirá para a análise de novos projetos. Proporcionará a visão do conjunto, de todas as etapas necessárias, com prazos e responsáveis para que as ações aconteçam de maneira organizada e eficiente. Durante o planejamento, você irá analisar o panorama geral do mercado, suas tendências, a concorrência que irá enfrentar, e ainda simulará vários cenários, desde os mais pessimistas, realistas, até os mais otimistas. Como montar um plano de negócios eficiente? Não existe uma estrutura rígida em termos de sequência, pois cada projeto tem suas próprias características. Normalmente, o plano de negócios apresenta: 1. Capa: porta de entrada de seu plano, contendo data, endereço e nomes dos responsáveis pelo plano. 2. Sumário: é o índice de seu plano e onde você deverá colocar título, subtítulo e respectivas páginas dos tópicos do plano de negócios. 3. Sumário executivo: é uma síntese de todo o plano e tem como objetivo dar uma ideia ao leitor sobre o assunto em questão. É a parte mais importante do plano de negócios e deve responder às seguintes questões: o que ou qual? Onde? Por quê? Quanto? Como? Quando? 4. Descrição da empresa: é um breve histórico de como a empresa surgiu e a importância do seu projeto. Mostra sua visão para os próximos 3 ou 5 anos, descreve a qualificação e a experiência dos profissionais envolvidos, detalha os seus diferenciais e suas principais competências. 5. Descrição dos produtos e serviços: o ponto mais importante é a descrição de todos os benefícios que os clientes obterão ao adquirir os seus produtos ou serviços. As características geralmente podem ser colocadas em anexo. 6. Análise de mercado e concorrência: fundamental e crítica para o sucesso de seu projeto. Você deverá apresentar o mercado que pretende atingir, analisar o seu tamanho, avaliar as características do segmento em que pretende atuar, analisar quem são os concorrentes, o perfil dos compradores, apontar quem são os fornecedores etc. 102 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III 7. Análise estratégica: um bom planejamento das estratégias, com o detalhamento claro do que será feito, garante o bom desempenho e, em consequência, maiores chances de retorno para a empresa e satisfação dos clientes e investidores. Nessa análise, você deverá contemplar os “4 Ps”: produto, preço, ponto ou distribuição e promoção ou comunicação. 8. Plano financeiro: é uma das partes mais importantes de seu plano. Procure caprichar nessa área, o sucesso de seu projeto dependerá de quanto tempo você levou preparando esse planejamento. Você deverá acrescentar investimentos necessários, despesas com vendas e pessoal, gastos com marketing, deverá efetuar uma análise da rentabilidade do negócio etc. 9. Cronograma: deve conter todas as tarefas principais ou críticas, os prazos, os responsáveis e a sequência em que as ações serão executadas. Faça uma planilha acrescentando todos os meses do ano e procure alocar as ações de forma que nenhum mês fique sobrecarregado. 10. Conclusão: em um plano de negócios, a conclusão é, na verdade, o detalhamento da oferta ou proposta que você está fazendo para os seus investidores ou superiores, em que você deverá ressaltar os pontos mais atraentes e vantajosos de seu negócio. 11. Anexos: não deixe de acrescentar ao final do seu plano os documentos que utilizou para fundamentá‑lo. O objetivo é complementar e ilustrar o seu material. Acrescente gráficos, diagramas, imagens, características técnicas dos produtos etc. Sucesso do plano de negócios: para transformar o seu plano de negócios em um instrumento eficaz de gerenciamento, você deverá comunicá‑lo para toda a empresa. Todos devem saber de sua existência, entender o seu conteúdo e especialmente tomar conhecimento da sua responsabilidade para o cumprimento dos resultados. Outro ponto fundamental é o acompanhamento periódico para saber se o resultado previsto no plano está sendo realizado ou se haverá necessidade de reajustes. Fonte: Pereira (2008). Fazer um plano de negócios apenas não é certeza de sucesso. Segundo Timmons (1994, apud DOLABELA, 2008, p. 87), “os sete segredos do sucesso” são os seguintes: 1. não há segredo: somente o trabalho duro dará resultados; 2. tão logo surge um segredo, todos o conhecem imediatamente; 3. nada é mais importante que um fluxo de caixa positivo; 4. se você ensina uma pessoa a trabalhar para outras, você a alimenta por um ano; mas, se você a estimula a ser empreendedora, você a alimenta e a muitas outras durante toda a vida; 103 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios 5. não deixe o caixa ficar negativo; 6. o empreendedorismo, antes de ser técnico ou financeiro, é fundamentalmente um processo humano; 7. a felicidade é um fluxo de caixa positivo. Plano de negócios detalhado A partir desse ponto, trataremos de detalhar os vários itens que compõem um plano de negócios. Existem muitos modelos disponíveis, e aqui serão mesclados alguns modelos estudados, como o do Sebrae, a Incubadora da Universidade Federal de Goiás, entre outros, além do que sugere Dornelas (2008), Dolabela (2008) e Salim (2003). saiba mais Veja o site da Incubadora da Universidade Federal de Goiás em: <http:// www.incubadora.ufg.br>. 8.1 sumário executivo Apesar de ser o primeiro elemento do plano de negócios, o sumário executivo deve ser a última parte a ser escrita, pois devem constar todos os elementos que fazem parte dele em um texto muito bem escrito. Geralmente, essa é a primeira (e às vezes a única) parte a ser lida por um executivo investidor. Se não estiver bem feita, ele nem continua a leitura. Portanto, em duas ou três páginas, procure sintetizar as ideias principais de seu plano. Pense que não se trata de um resumo de seu projeto, nem de partes copiadas sobre cada um dos itens. O sumário executivo deve apresentar a ideia do seu projeto, de sua empresa, do que você pretende, do que você quer com ele, de onde pensa em chegar e informações assim. Também fala rapidamente dos aspectos financeiros e principalmente quando o investidor terá seu dinheiro de volta. A linguagem deve ser clara, objetiva, concisa. Não fique fazendo elogios ao projeto e nem utilize adjetivos do tipo “esta é a maior e melhor empresa de cosméticos do mundo”. Veja que um sumário executivo não é para entender melhor o que deve ser escrito nele: • não é um resumo do plano; • não é uma introdução ao plano; • não é um prefácio; • não é uma coleção de frases pinçadas do plano. 104 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III O formato de um sumárioexecutivo irá variar de acordo com os assuntos mais importantes do negócio em questão, mas as seguintes seções deverão fazer parte de qualquer sumário bem escrito, na visão de Salim (2003) são: • objetivo do plano de negócios; • a oportunidade vislumbrada (inserção dessa oportunidade no mercado); • caracterização da empresa ou da unidade de negócio que será criada para aproveitar a oportunidade vislumbrada; • qual a visão do empreendedor da área de negócios de sua empresa e como deve posicioná‑la no mercado; • qual sua relação com a oportunidade vislumbrada; • qual o mercado identificado para os produtos da empresa; • qual a missão da empresa; • quais os produtos/serviços que serão fabricados, vendidos, prestados, fornecidos pela empresa; • qual o mercado para os produtos da empresa e como será feita a abordagem nesse mercado; • qual a imagem da empresa que se quer projetar no mercado; • como serão vendidos os produtos; • como os produtos da empresa serão mantidos atualizados, e como a empresa vai se manter com a tecnologia atual; • como a empresa vai ser organizada para cumprir seus objetivos; • quais as características (perfil) do pessoal da empresa, suas funções e estrutura de remuneração; • quais os investimentos a serem feitos para a empresa se posicionar no mercado e se desenvolver; • quanto será necessário mensalmente para manter a empresa em funcionamento sem faturar (burning‑rate); • qual o fluxo de caixa previsto para a empresa: como evoluirão suas receitas e despesas; • em que ponto a empresa passa a ter receitas capazes de cobrir suas despesas; • quando os investidores recuperam os investimentos feitos; • quais os fatores‑chave de sucesso da empresa. Detalhamento das informações que devem fazer parte do sumário executivo • O conceito do negócio e a oportunidade: o leitor deve poder identificar claramente esses fatores, que podem ser melhor abordados explicando‑se por que o seu negócio é diferente ou único. Identifique claramente as vantagens potenciais, os benefícios futuros 105 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios e como suas pesquisas indicam que existirá uma demanda firme por seus produtos ou serviços. Essencialmente, que características farão do seu negócio um sucesso? • Descrição dos produtos ou serviços: descreva os produtos ou serviços em termos dos benefícios que eles proporcionam aos consumidores potenciais. Como eles funcionam? Qual a utilização? Onde são vendidos e quanto custam? Seja breve. • O mercado: quem são os seus consumidores? Qual o tamanho do mercado para os seus produtos? Quem são os concorrentes? Por que você é melhor que eles? Quais são as suas projeções de market share? Por que você acredita nelas? • Não tente negar o fato de que você tem concorrentes: isso seria ingenuidade. Em vez disso, mostre como você pretende aumentar o market share por meio de suas vantagens competitivas. Esclareça cuidadosamente quais são elas. • Os sócios e a gerência: esse ponto é crucial. Descreva os principais componentes da sua equipe e como eles irão conduzir o negócio rumo ao sucesso. Deve ficar claro que essa equipe é experiente e capaz de atingir as metas expostas no business plan, bem como trazer credibilidade ao negócio. Se você for incapaz de expor tais características, dê por certo que o investidor não prosseguirá a leitura. • O financiamento requerido: quanto foi investido até a presente data? Quanto ainda deverá ser investido? Quais são as projeções de receita para os próximos três anos? Qual será a aplicação dos fundos? Qual será o retorno para os investidores? Qual é a estratégia de abandono do negócio (caso algo dê errado ou fuja ao controle)? • Finalmente, lembre‑se de revisar o sumário executivo várias vezes e de fazer uma análise crítica: mostre‑o a outras pessoas e pergunte o que elas acharam. Elas ficaram com vontade de ler o resto do plano? Ficaram empolgadas? Conseguiram entender quais os principais aspectos do negócio? Se você tiver que responder a muitas perguntas, talvez seja melhor considerar incluí‑las no seu sumário. Muitas pessoas acham que um bom texto deve ser publicado como foi concebido, ou seja, sem muita revisão. Isso não é verdade e a melhor receita para escrever qualquer coisa, especialmente sumários executivos para business plans, é esta: primeiro escreva, depois reescreva, reescreva, reescreva, reescreva. Depois disso, dê um tempo a si mesmo e reescreva tudo de novo. Fonte: Como... (2005 – 2006). Dando sequência ao desenvolvimento do plano de negócios, vamos ver o que escrever nos próximos itens. Essas indicações foram feitas a partir das sugestões de Salim (2003). 8.2 resumo da empresa No resumo da empresa, deve‑se apresentar, em linhas gerais, a própria empresa e também fazer entender o que é a oportunidade a ser aproveitada e qual o produto ou serviço será comercializado. 106 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Respostas que precisam aparecer aqui: • o que a empresa vende e como o faz; • a forma legal de existência (se é Ltda., S/A, empresa individual, cooperativa etc.) e os dados e informações sobre os proprietários (com seus currículos resumidos e o que eles trouxeram de bom para a empresa, além da participação financeira de cada um); • qual o plano de implementação da empresa e as principais atividades e ordem lógica de realização, duração, recursos e custos de cada atividade; • localização e instalações. 8.3 produtos e serviços Neste ponto, vamos falar sobre as características principais dos produtos e serviços da empresa, detalhando todas as informações pertinentes. É interessante apresentar o ciclo de vida dos produtos e serviços oferecidos: • direitos legais de propriedade do produto: direitos de autor, propriedade industrial, patentes, segredos industriais; • evolução do produto: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos; • definição dos mecanismos que serão utilizados, para estar atento às novas demandas do mercado, aproveitando oportunidades de modificar e melhorar o produto, adicionando novas características e funcionalidades. Aqui também deve aparecer a comparação com os competidores: • Quais são os competidores existentes no mercado e que serviços e produtos oferecem? • Como o produto da empresa se situa na comparação com os competidores? • Quais são os custos de fornecimento para disponibilizar os produtos e serviços ao usuário final? Não são os preços cobrados aos clientes. Escolha do benchmarking e sua importância: • Como será a literatura de vendas? • Quais os documentos que contém informações sobre os produtos e serviços? • Quais as tecnologias usadas nos produtos e serviços e como essas tecnologias podem ser encontradas? 107 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios • O que delas é original da sua empresa? • Quais os futuros produtos e serviços que poderão ser produzidos pela sua empresa? • Quais as perspectivas futuras da sua empresa em relação a esses produtos e serviços? 8.4 análise do mercado Identificação do mercado Neste ponto, é preciso entender quem são os clientes da empresa, onde eles estão, quaissão seus desejos e necessidades, quanto querem pagar pelo produto, quem decide a compra e todas as informações possíveis sobre os consumidores. Segundo os estudiosos do assunto, você só pode atender bem ao seu cliente conhecendo‑o bem. Se forem bem atendidos, eles se tornam fiéis e retornam, possibilitando assim uma relação de fidelidade, que é mais lucrativa para a empresa. Tamanho do mercado Por meio de pesquisas mercadológicas, devem‑se obter informações numéricas sobre o mercado em que se pretende atuar. Por exemplo, na cidade de São Paulo, existem cerca de 13 milhões de habitantes. Se a empresa pretende trabalhar com a classe A dessa população, devem‑se buscar informações junto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a quantidade de pessoas que integram essa classe A na referida cidade. Segmentação do mercado É impossível para uma empresa atender bem a todos os clientes. E então, cada vez mais se deve segmentar o mercado, escolhendo aqueles grupos em que realmente se poderá ter um diferencial competitivo. Após escolher esse público‑alvo, deve‑se então caracterizar esse mercado por área geográfica, tipos de clientes, e determinar o tamanho do segmento. Dicas para a segmentação do mercado (DOLABELA, 2008, p. 154): • variáveis geográficas: analisam as diferentes localidades onde os elementos de mercado são encontrados (cidades, bairros, regiões, países, vizinhança etc.); • variáveis demográficas: dizem respeito à idade, à renda, ao sexo, ao grau de escolaridade etc.; • variáveis psicográficas: referem‑se aos indivíduos e a seus diversos aspectos, como estilo de vida, atitudes, personalidade, padrões de comportamento. 108 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Na lista de Kotler (apud DOLABELA, 2008), há ainda as variáveis comportamentais em relação ao produto: se a pessoa conhece, usa, usa muito ou pouco etc. É muito importante que o empreendedor faça pesquisas demográficas para identificar o potencial do mercado. O IBGE oferece amplas informações a respeito, sobre cidades, seus moradores, e suas características. Posicionamento Segundo Al Ries (apud DOLABELA, 2008), posicionamento significa estabelecer uma oferta única capaz de ocupar um espaço da mente do consumidor. É preciso então responder às questões: o que é, para quem é e com qual diferencial. Posicionamento não é slogan. O slogan é resultado de um posicionamento. Que posição sua empresa ou produto tem no mercado? Qual é a posição que você quer ter? Como você quer ser conhecido? Quem você deve enfrentar? Você tem verba suficiente? • análise do ambiente externo: forças macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, político‑legais, sociais e culturais); • análise da indústria e dos mercados que poderiam ser atendidos: nichos de mercado; • novos mercados; • riscos de novos entrantes; • riscos de produtos substitutos; • análise SWOT: pontos fortes e fracos da organização (análise do ambiente interno) e ameaças e oportunidades oferecidas pelo meio externo; • fatores microambientais importantes (a própria empresa e todas as suas áreas, consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores); • concorrência: players e dealers (parceiros). Mercados não atendidos satisfatoriamente pela concorrência; nichos de mercado que poderiam ser atendidos pelo produto em foco. Não se esqueça de que qualquer empresa tem muitos concorrentes, embora, num primeiro momento, haja a tendência de acreditar que o produto seja tão diferenciado que nem tenha concorrentes. Existem os concorrentes diretos, os indiretos e os produtos substitutos. 8.5 estratégia Defina uma estratégia competitiva com base nas variáveis: liderança no custo, diferenciação e nicho de mercado. 109 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Essas estratégias podem ser baseadas no controle efetivo dos custos (economia de escala), um diferencial (diferenciação) no que se refere à qualidade dos produtos/serviços, atendimento, tecnologia, marketing etc., ou ainda um segmento diferenciado, um nicho de mercado. Para se diferenciar no mercado, é preciso ter uma imagem clara (posicionamento) na cabeça do consumidor. Planejamento estratégico Aqui se começa a delinear o planejamento da empresa para o longo prazo, o planejamento estratégico: o que ela pretender ser, alcançar e em quanto tempo. Nesse momento, pode‑se traçar a visão e a missão da empresa. Levando em consideração as ameaças e oportunidades em seu ambiente de negócio e os pontos fortes e fracos que já identificou internamente na sua empresa, o empreendedor deverá discriminar e definir as estratégias, ou seja, os caminhos que irá trilhar para chegar aos objetivos propostos e que estão relacionados a longo prazo (DORNELAS, 2007). Quando pensar em estratégia, o empreendedor deve saber como conseguirá dinheiro para crescer no mercado, por exemplo, além de como implementar sua entrada. O que deve fazer nesse sentido? Lançará novos produtos para atender a novos segmentos? Usará os mesmos produtos para outros públicos? Ou combinará tudo isso para crescer? As estratégias traçam esse caminho e aqui ele tem a oportunidade de mostrar sua visão do negócio. Visão e missão A visão é a ideia, o norte do empresário, do empreendedor para a empresa. É a visão de futuro, aonde ele quer chegar, o que pretende ser para a sociedade. A partir da visão e missão da empresa, é que são definidos os passos para que se consiga chegar lá. Assim, elabora‑se uma estratégia corporativa. Visão da empresa A declaração de visão é a declaração da direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Trata‑se ainda da personalidade e caráter da empresa. Assim, a declaração de visão de uma empresa deveria refletir as aspirações da empresa e suas crenças. A declaração de visão não estabelece ou expressa fins quantitativos, mas provê motivação, uma direção geral, uma imagem e uma filosofia que guia a empresa. Além de apontar um caminho para o futuro, faz com que você queira chegar lá. Deve representar as maiores esperanças e sonhos da sua empresa (COMO ..., 2005 – 2006). Declaração de visão Podem‑se seguir os passos a seguir com o intuito de criar a declaração de visão de uma empresa: • selecione um pequeno grupo de funcionários dedicados de vários níveis de sua empresa; 110 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III • peça ao grupo que identifique os valores da empresa, ou seja, o conjunto de crenças e princípios que orienta as atividades e operações da empresa, independente de seu porte; • abra um espaço para que as pessoas manifestem livremente suas ideias; • quando a equipe estiver satisfeita com seu trabalho, acrescente detalhes finais e envie à alta gerência. Para que a declaração de visão cumpra seu papel, é fundamental que seja adotada e promovida pela alta gerência da empresa. Dessa forma, o processo de declaração de visão é feito de maneira que todos os níveis da empresa possam colaborar, o que garante uma maior credibilidade à sua declaração. Certifique‑se ainda de que a declaração de visão de sua empresa correspondeà realidade da empresa. Nada é pior do que criar uma visão que tem mais a ver com a fantasia do que com o futuro. Visões fantasiosas geram apenas confusão e alienação entre todos os envolvidos. A lista a seguir mostra alguns exemplos de empresas que têm visão. Visão da Petrobras (visão 2020): “Seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a preferida pelos nossos públicos de interesse.” Visão da Natura “A Natura será uma das líderes mundiais do seu mercado, diferenciando‑se pela qualidade das relações que estabelece, por suas crenças e valores expressos de forma radical por meio de produtos, serviços e comportamento empresarial que promovam a melhor relação da pessoa consigo mesma, com a natureza e com todos que a cercam.” Apple Computer Inc. (indústria de computadores): “Mudar o mundo por meio da tecnologia.” Adaptado de: Placoná (2008); Como... (2005 ╔– 2006). Missão da empresa Por meio de sua missão, a empresa mostra para as pessoas a sua razão de ser, o que faz e qual o seu propósito. A declaração da missão é curta, um pequeno parágrafo. Para que a declaração de missão da empresa seja efetiva, ela deve (SALIM, 2003): 111 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios • destacar as atividades de sua empresa, incluindo os mercados que ela serve, as áreas geográficas em que atua e os produtos e serviços que oferece; • enfatizar as atividades que sua empresa desempenha e que a diferencia de todas as outras empresas do mercado; • incluir as principais conquistas que você prevê para os próximos anos e transmitir o que você quer dizer de forma clara, concisa e interessante. Antes de partir para a difícil, mas importante, tarefa de declaração da missão de sua empresa, procure responder às seguintes perguntas propostas pelo autor: • Que clientes ou grupo de clientes sua empresa atende ou pretende atender? • Que produtos ou serviços sua empresa oferece ou pretende oferecer? • A que necessidades de mercado sua empresa atende? Qual é o mercado em que sua empresa compete? • Qual é o diferencial tecnológico dos produtos e serviços da sua empresa em relação à concorrência? • Que valor ou benefícios adicionais seus clientes obtêm quando escolhem sua empresa em lugar da concorrência? • Qual é o comprometimento da sua empresa em relação aos seus objetivos econômicos de sobrevivência, crescimento e lucratividade? • Qual é a imagem que sua empresa tem ou pretende ter perante seus clientes e a comunidade em geral? • Qual é a atitude da sua empresa em relação aos seus funcionários? • Com que velocidade as respostas às questões anteriores mudam? Agora, conheça a declaração de missão de algumas empresas de acordo com o artigo Como Escrever um Business Plan, do site O Gerente (2005 – 2006): Natura “Atuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental, nos mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços adequados às necessidades dos clientes e contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua.” 112 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Bradesco “Obter, por meio de equipes preparadas, soluções financeiras para atender às necessidades de nossos clientes, dentro de elevados padrões éticos, garantindo geração de valor para os acionistas.” Elevadores Otis (indústria líder na fabricação de elevadores) “Nossa missão é oferecer a todos os clientes um meio de locomoção a pequenas distâncias para pessoas e cargas, com um grau de confiança superior aos produtos oferecidos por empresas semelhantes no mundo inteiro.” Divisão Saturn da GM (indústria automobilística) “Comercializar veículos desenvolvidos e fabricados nos Estados Unidos, líderes mundiais em qualidade, custo e satisfação do cliente, a partir da integração de pessoas, tecnologia e sistemas empresariais, transferindo conhecimento, tecnologia e experiência a toda a General Motors.” Cruz Vermelha Internacional (organização humanitária internacional) “A missão da Cruz Vermelha é melhorar a qualidade de vida humana; aumentar a autoconfiança e a preocupação com os outros; e ajudar as pessoas a evitar emergências, preparar‑se para elas e enfrentá‑las.” lembrete A declaração da missão de sua empresa deve responder à seguinte pergunta: o que é a sua empresa? 8.6 planejamento de marketing O plano de marketing apresenta como o empreendedor pretende vender seu produto/serviço, conquistar seus clientes, manter o interesse e aumentar a demanda, sempre de acordo com a estratégia definida anteriormente acerca do posicionamento da empresa no mercado. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. Portanto, quando falamos em planejamento de marketing estamos falando de quatro “Ps”: produto, preço, praça (distribuição) e promoção (comunicação) (SALIM, 2003): • Como os produtos da empresa serão apresentados ao mercado? • Quais os fatores que serão os diferenciais dos produtos da empresa em relação aos da concorrência – “uniqueness” (singularidade)? 113 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios • Como será atribuído um preço aos produtos? • Qual técnica se pretende usar em relação a preços, levando em conta os competidores? • Como se pretende divulgar a empresa e seus produtos? • Qual a imagem que se quer dar à empresa? • Quais os parceiros possíveis para a empresa? • Quais as alianças estratégicas que podem ser feitas? Qual o plano de marketing a ser adotado? • Quais os recursos necessários e as ações envolvidas para implementá‑lo? Quando se fala em estratégias de marketing, é necessário apresentar as formas como a empresa vai comercializar os seus produtos, como ela será apresentada ao mercado e como serão divulgados. 8.6.1 Principais formas de comunicação para divulgar o produto • Propaganda — Qualquer forma de apresentação paga e impessoal para a promoção de ideias, bens ou serviços por um patrocinador identificado, que tenha como objetivos principais: divulgar, promover, criar/ expandir mercado, manutenção de imagem favorável, aumentar a frequência de vendas, construir a imagem corporativa, promover novos hábitos de consumo, aumentar lembrança da marca etc. As propagandas são veiculadas de todas as formas conhecidas amplamente, como televisão, rádio, mídia exterior, internet etc. Por exemplo, os breaks comerciais que são veiculados entre as partes das novelas, dos telejornais e também no rádio, são os anúncios. As embalagens também são uma forma importante de divulgação dos produtos. Algumas empresas utilizam os encartes para circular juntamente com as revistas e os jornais impressos. Também existem os filmes comerciais, institucionais. Em mídia externa, geralmente as empresas utilizam os cartazes, os outdoors, os painéis. Como comunicação do produto para divulgação de seus benefícios e atributos, existem os folders, os flyers (elementos menores que os folders) e todo o material utilizadonos pontos de venda, o merchandising. Deve‑se falar da importância comercial que atingiu a internet, detentora de características especiais que facilitam muito a comunicação de produtos por meio de propaganda, como a interatividade e a rapidez com que pode atingir milhões de pessoas. • Publicidade – mídia espontânea — Fazer a empresa ou produto ficarem simpáticos aos formadores de opinião, de forma a serem chamados a dar opiniões sobre assuntos pertinentes à sua área de atuação sem pagar. Dessa 114 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III forma, a empresa fica em evidência em meio a matérias jornalísticas. É o que se chama de formação de good will (boa vontade). — As pessoas prestam mais atenção nesse tipo de aparição do que na propaganda convencional. Estamos vivendo uma época de excesso de informação, e a comunicação e a propaganda, como até agora têm sido pensadas, estão sofrendo várias alterações. — Na verdade, quando uma empresa constrói relacionamentos com a mídia em geral e com os jornalistas específicos de sua área de atuação, consegue projetar‑se mais facilmente de forma destacada em quase todos os veículos. — Claro que não se trata apenas de relacionamento. É preciso ter um fato, um acontecimento para virar notícia e ficar em evidência na mídia. Por exemplo, a empresa “x” que patrocina a abertura de uma exposição de um artista importante tem muito mais chance de aparecer espontaneamente na mídia do que se não patrocinar. Um jogador de futebol patrocinado por tal empresa sempre será lembrado por seu investidor. E essas informações são mais simpáticas aos consumidores do que simplesmente a informação oriunda de uma propaganda comum. • Venda pessoal — Comunicação viva, imediata e interativa. Comunica informações diretamente a respeito dos produtos e serviços da empresa e são o elo entre a empresa e seus clientes. O vendedor é a imagem mais palpável que o consumidor tem da empresa. Dependendo do tipo de produto, é imprescindível manter vendedores pessoais para cada um. — Quando se trata de produtos mais complexos, em que as especificações e os atributos são muito importantes, eles devem entrar em ação. — A desvantagem da equipe de vendas é ser uma ferramenta de comunicação muito cara e que deve ser utilizada apenas para os casos em que for imprescindível. • Promoção de vendas — Estimula vendas rápidas ou maior volume de produtos ou serviços. São incentivos de curto prazo com o fim de motivar a compra de um produto ou serviço, a partir da oferta de condições especiais ou vantagens como: sorteios, brindes, descontos, venda conjunta, amostras e outras ações. — Os consumidores em geral respondem muito bem a esse tipo de ação, pois as promoções sempre dão a impressão de fornecer um benefício a mais para ele. Seja um desconto, um brinde, um produto a mais, um pouco de produto a mais. Promoções de vendas servem para aumentar vendas e escoar produtos rapidamente. 115 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios — A promoção não deve ser utilizada para consertar erros de administração, como uma empresa que tenha fabricado produtos além da capacidade de absorção do mercado e depois faz promoção para vender os produtos rapidamente. Não é essa a sua função. — A função da promoção é acelerar as vendas quando os outros itens do mix de marketing (produto, preço e praça–distribuição) estiverem corretamente adequados ao público‑alvo que se pretende atingir. — Função da promoção: benefício extra, efeito imediato, aumento de vendas, diferenciar‑se em meio à concorrência acirrada. — São exemplos de promoção de vendas os concursos, jogos, prêmios, amostragem, feiras, eventos, demonstrações, cuponagem, reembolsos etc. • Merchandising (estratégia no ponto de venda) — Exposição dentro e fora do PDV. O produto certo, no lugar certo, em quantidades certas e a preço certo. — Aproximar o produto do consumidor e deixá‑lo em condições de compra. Tudo o que envolve o ponto de venda é considerado ação de merchandising. Envolve a criação de um de clima sugestivo e uma atmosfera ideal à venda (som, iluminação, odor), localização estratégica (layout e prateleira), comunicação (ilhas, faixas de gôndola, displays, móbiles), identificação (design, embalagem, cor, marca). — Nos grandes varejos, nas épocas festivas e nas melhores datas do comércio, sentimos que estamos numa promoção descomunal, como é o caso da Páscoa (em que os ambientes ficam cheios de ovos de chocolate), do Dia das Mães (em que todos os apelos se voltam para o sentimentalismo da data), do Natal etc. — As técnicas utilizadas, cujo conjunto se chama “exibitécnica”, inclui criação de uma atmosfera favorável, com música ou sons adequados, bem como iluminação e cheiro que remetam ao produto que está sendo exposto. Por exemplo, uma linha de produtos para o bem‑estar feminino, que remeta à qualidade de vida e tranqüilidade, bem como à vida no campo, pode incluir cheiro e barulhos de natureza, como passarinhos, água escorrendo, chuva e uma iluminação que possa lembrar um céu bem azul. — A acessibilidade aos produtos é um ponto importante e, por isso, a localização é estratégica na prateleira. O próprio formato do layout de exposição também deve ser pensado para facilitar esse acesso do consumidor ao produto. — Por essas razões é que hoje o varejo fala em experiência de compra e não mais em aproximar o cliente do ponto de venda. Mais do que isso, pensa em trazer uma nova experiência aos consumidores nesse clima sugestivo. 116 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III — Função do merchandising: exposição. — Exemplo: embalagem, encartes, folhetos, displays, painéis, filmes, woblers, catálogos, logotipia etc. • Marketing direto — Ação de venda, atração ou relacionamento, estimulado por meio de anúncio, folheto, cartas, telefone, televisão e internet, obtendo a resposta direta do cliente, sem que haja intervenção física de vendedores, varejistas, representantes. Interatividade. — Exemplo: catálogos, cupons, folhetos, malas, telemarketing, vendas por TV, malas via fax, internet, e‑mail, correio de voz, filmes. — Internet: ferramenta das mais importantes, principalmente para as pequenas empresas. Ela custa menos do que as ferramentas tradicionais de comunicação e proporciona grande aumento das ações de marketing direto. — Existem ainda muitas formas para divulgar o produto, como as relações públicas (ações que promovem o relacionamento com os vários públicos que interagem com a empresa). Ela cuida da imagem da empresa e utiliza o lobby, a assessoria de imprensa, a central de atendimento, palestras, seminários, congressos, feiras, relatórios anuais, folhetos, publicações em geral, newsletter e eventos. ‑ Lobby: refere‑se a um grupo de pessoas ou organização que tem como atividade profissional buscar influenciar, aberta ou veladamente, decisões do poder público, especialmente do poder legislativo, em favor de determinados interesses privados. É por meio do lobby que as empresas se relacionam com osgovernos. — Assessoria de imprensa, patrocínios, eventos, marketing social, marketing cultural e marketing esportivo são ferramentas de relações públicas, cuja função é fazer boa associação com a imagem da empresa. • Estratégias de vendas — Descreve‑se aqui qual o público‑alvo ao qual o produto/serviço será dirigido e como será apresentado para venda. Aqui, o empreendedor deve explicitar o argumento central de venda que irá adotar, ou seja, o que será enfatizado em seu produto/serviço como ponto forte para que ele seja atrativo a seu público‑alvo. Por exemplo, pode‑se enfatizar o fator preço, qualidade, marca, garantia/assistência técnica, benefícios potenciais ao cliente etc. (SALIM, 2003). 8.6.2 Objetivos e metas de marketing Os objetivos e metas de marketing precisam ser quantitativos, ter números para serem factíveis. Não se podem utilizar ideias que não levem a números, pois não se conseguirá orientar o pessoal da empresa no rumo de atingi‑las (SALIM, 2003). 117 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Exemplos: • atingir 10% do mercado de automóveis brasileiro em cinco anos; • vender 3000 unidades de netbooks em dois meses. As estratégias contemplam o “como” serão atingidos os objetivos. Exemplos: • comunicação intensiva para que as pessoas conheçam o veículo; • participação em feiras de negócios com exposição do carro em locais privilegiados; • convênio com universidades para divulgar o produto aos estudantes. 8.7 Organização e gerência Estrutura organizacional A equipe de profissionais envolvidos deve ter as competências necessárias para implementar o que foi planejado. Por isso, é preciso criar uma estrutura ideal em termos de eficiência, de maneira que seja o menos custosa possível, e, em termos de eficácia, para que atinja os resultados desejados pelos investidores. Equipe gerencial É preciso determinar o organograma de forma clara e bem estruturada, que mantenha as pessoas motivadas e alinhadas aos objetivos da organização, além, é claro, de comprometidas com os resultados. Descrição detalhada do processo de produção e/ou de prestação de serviços Capacidade instalada e estrutura de produção para os diversos cenários da empresa. Os processos precisam ser mapeados e estarem funcionando eficientemente, a partir de uma logística de produção e distribuição adequadas, com fornecedores de qualidade, transportados e estocados corretamente etc. Formas de remuneração Funcionários motivados e comprometidos dependem também de remuneração adequada. É preciso definir estratégias de remuneração e motivação para isso. Algumas empresas utilizam participação nos lucros, opção de compra de ações muito comum nos Estados Unidos, onde a existe uma bolsa de valores mais robusta e onde há muita negociação de ações de empresas novas. 118 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Formas de avaliação e motivação de pessoal Estabelecer critérios claros de avaliação para a equipe, além de formas de motivação que não sejam apenas remuneratórias. 8.8 planejamento financeiro Segundo Salim (2003), deve‑se fazer uma pequena análise do cenário econômico e político que interesse para seu ramo de negócio a partir de pressupostos coerentes, como: • Quais os pressupostos que foram adotados para fazer o planejamento financeiro? • Quais os cenários que serão feitos? • Como a economia do país ou do mundo ou da cidade vai contribuir ou prejudicar seu negócio? • Qual a mobilidade dos cenários no tempo? Projeção do fluxo de caixa A projeção do fluxo de caixa de um plano de negócios traz as projeções de receitas e despesas, as necessidades de reinvestimento em ativos fixos e capital de giro. Ela considera apenas as entradas e saídas efetivas de dinheiro. Com isso, nos dá o fluxo de caixa livre, ou líquido, que é o dinheiro gerado pelo negócio, que está disponível para os investidores. Esse valor interessa numa análise de um negócio porque, para um investidor, um negócio nada mais é que uma aplicação em que terá que imobilizar dinheiro e em que, no futuro, terá retiradas que remunerarão esse capital imobilizado. Fluxos de caixa São os cenários de conquista do mercado e as receitas decorrentes. Despesas mensais básicas para manter a empresa em funcionamento – burningrate (ou custos afundados) – são os dispêndios de uma empresa com custos fixos que independem do volume de vendas, tais como aluguel das instalações, salários e encargos do pessoal administrativo, despesas com energia elétrica, água e esgoto, telefone, entre outros. Fluxos de caixa representam a evolução das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa ao longo do tempo, de forma a visualizar, a cada momento, a disponibilidade líquida do caixa e verificar se os desembolsos futuros poderão ser efetuados nas datas previstas. Balanço e demonstrativo de resultados O balanço patrimonial é a representação contábil da situação econômico‑financeira de uma empresa, sendo sua elaboração obrigatória pela legislação, com uma periodicidade mínima anual. 119 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Break even point (ponto de equilíbrio) Representa o nível de vendas no qual a receita iguala a soma dos custos fixos mais os custos variáveis, ou seja, nível no qual o lucro é zero. Payback e ROI O payback indica o tempo necessário para que a empresa produza resultados que permitam aos investidores recuperar todo seu investimento, e o ROI – Return On Investment (taxa de retorno do investimento), é a taxa de remuneração sobre o valor investido. Ambos os indicadores são argumentos para convencer os investidores. Indicadores Necessidades de investimento inicial e forma de utilização dos recursos – cronograma de desembolso. Cálculo de pontos fundamentais: • análise de breakeven: ponto em que as despesas e receitas se igualam de modo estável; • payback: prazos longos de retorno do investimento indicam riscos para os investidores; • taxa de retorno do investimento (ROI); • cronograma de recuperação do investimento; • indicadores econômico‑financeiros: são relações obtidas a partir de demonstrações financeiras, com o objetivo de definir parâmetros que ilustrem o desempenho de uma empresa e as tendências desse desempenho e que também sirvam de comparação com o desempenho de empresas concorrentes. — Exemplos: índices de liquidez, de alavancagem, de atividade e de rentabilidade. 8.9 planejamento e desenvolvimento do projeto São as etapas do planejamento para colocar o produto/serviço acessível ao consumidor. Quanto tempo será necessário até que a empresa possa começar efetivamente a vender? Segundo Dornelas (2008, p. 103), “o plano de desenvolvimento enfatiza o processo de preparar a empresa para gerar vendas”. Nesse ponto, é explicado como o negócio evoluirá até chegar ao lucro. Estágio atual Mostra qual o estágio em que se encontra o projeto em questão. 120 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rreç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III 8.10 cronograma e gestão de contingências Deve ser apresentado um cronograma esperado para a conclusão do projeto. Dornelas (2008, p. 104) explica que “um cronograma de desenvolvimento é uma programação que destaca os objetivos principais e pode ser empregado para acompanhar o progresso e fazer mudanças”. Esse documento ajuda o empreendedor a controlar os eventos principais e programar atividades para alcançar os resultados previstos. Gestão das contingências O empreendedor deve apontar as principais dificuldades que poderão ser enfrentadas pela empresa durante o desenvolvimento do projeto e descrever as estratégias que serão utilizadas para reduzir ou eliminar o impacto dessas dificuldades. 8.11 anexos São os resultados de pesquisas e documentos importantes que comprovem determinadas afirmações do plano de negócios, como o currículo dos principais sócios/gerentes e referências profissionais, se houver; ilustrações dos produtos, se houver; estudos de mercado, se houver; publicações da área etc. Quando terminar de escrever o plano de negócios, observe se ele responde às seguintes perguntas: Quadro 9 – Checklist do plano de negócios Checklist do plano de negócios Descrição do negócio • Que tipo de negócio você está planejando? • Que produtos ou serviços você vai oferecer? • Por que o seu produto ou serviço vai ter êxito? • Quais são suas oportunidades de crescimento? Plano de marketing • Quem são os seus clientes potenciais? • Como você atrairá os seus clientes e irá manter‑se no mercado? • Quem são os seus concorrentes? Como eles estão prosperando? • Como vai promover as suas vendas? • Quem serão seus fornecedores? • Qual será o sistema de distribuição utilizado para seu produto/serviço? • Que imagem sua empresa vai transmitir aos clientes? • Como você vai desenvolver o design de seu produto? Plano organizacional • Quem administrará o seu negócio? • Que qualificações seu gerente deverá ter? • De quantos empregados precisará e quais suas funções? • Como você administrará suas finanças? • Quais são os consultores ou especialistas necessários? • Que legislações ou movimentos de ONGs poderão afetar seu negócio? 121 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Plano financeiro • Qual a renda total estimada para seu negócio no primeiro ano? • Quanto lhe custará para abrir o negócio e mantê‑lo durante dezoito meses de operação? • Qual será o fluxo de caixa mensal durante o primeiro ano? • De que volume de vendas você vai precisar para obter lucros durante os primeiros três anos? • Qual será o valor do capital em equipamentos? • Quais serão as suas necessidades financeiras totais? • Como você pretende assegurar o pagamento dos seus custos fixos? • Quais serão as suas fontes financeiras potenciais? • Como utilizará o dinheiro do empréstimo ou dos investidores? • Como o empréstimo será assegurado? Você deve ter percebido, no decorrer deste livro‑texto, que abrir um negócio não é tarefa das mais simples. É preciso conhecimento, paciência e determinação para ir em frente e cumprir com todas as exigências para ter uma empresa própria. O desenvolvimento do país depende de ações pequenas, de empresas pequenas, de pequenas ideias que fazem mover a economia e todas as engrenagens de vendas e consumo. As grandes empresas também fazem seus planos de negócios, seja por área, por produto, por lançamento. Exemplo de aplicação Exercício de plano de negócios (INEAGRO, s.d.) Após esses novos conhecimentos, a sugestão é colocar em prática e fazer um plano de negócios de verdade. Pense em uma empresa, ou uma ideia que possa ser aproveitada em um novo negócio. Vamos criar um plano para esse lançamento. Pode ser um produto ou empresa que já exista também. O que importa é aplicar os conhecimentos de forma prática. Tabela 5 Pessoa física: CPF: Razão social: CNPJ: Data de fundação: Endereço: Telefone: 122 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 Unidade III Caracterização do empreendimento A questão visa conhecer a finalidade do plano de negócios criando um negócio (implantação), expandindo um negócio já existente, ou modificando a localização de sua empresa (relocalização). • ( ) implantação; • ( ) expansão/modernização; • ( ) relocalização. Faça uma síntese do tipo de empreendimento que você pretende implementar: • a pergunta pretende identificar de forma clara e objetiva, o ramo no qual se pretende atuar e os motivos que o levou a tomar essa decisão. É interessante oferecer detalhes sobre o empreendimento. Se é um comércio atacadista ou varejista e assim por diante, por exemplo: se deseja montar um restaurante, qual é a proposta? Self‑service (a kg ou preço único) ou a la carte? Análise de mercado e competitividade Descreva quais são as oportunidades que você percebe em seu empreendimento: • Muitas oportunidades são encontradas pela identificação de tendências. Essas tendências merecem rigorosa atenção por parte das empresas para que se detecte uma nova oportunidade. Quais são as principais ameaças ao seu negócio? • As ameaças também são uma constante e surgem de todas as esferas: desde o desinteresse do mercado consumidor por seu produto à entrada de novos concorrentes com importantes diferenciais competitivos, passando pela carência de insumos e matérias‑primas. Por isso, sua atenção às mudanças, chamadas sinais de mercado, deve ser total e contínua, de modo que lhe permita interagir com previsibilidade e consistência. Localização e instalação Faça uma análise dos diversos pontos potenciais existentes para tomar uma decisão sobre o local onde sua empresa será instalada. A seguir, é apresentado um modelo com vários fatores para que se possa fazer uma classificação pelo grau de importância. A escala é de um a cinco em ordem crescente, com cinco (5) sendo o valor mais favorável para sua empresa. Por meio do preenchimento da tabela, você poderá ter um melhor direcionamento quanto às vantagens e desvantagens do local a ser escolhido. 123 Re vi sã o: V irg ín ia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 23 /0 1/ 20 12 / / 2ª R ev is ão : V irg ín ia - C or re çã o: M ár ci o - 27 -0 1- 20 12 / / R ev is ão : C ri st in a - Co rr eç ão : M ár ci o - 20 /0 1/ 20 15 EmprEEndEdorismo E plano dE nEgócios Tabela 6 Fatores 1 2 3 4 5 Área comercial movimentada Área para vitrines Bom acesso rodoviário Concorrente mais próximo Entrada de serviço para entregas Estado do imóvel Facilidade de entrada e saída Facilidade de estacionamento Fluxo de tráfego Histórico do local Localização da rua Melhorias exigidas na locação Passagem de pedestres Preço do aluguel Serviços urbanos Taxa de ocupação do local Tempo de contrato do aluguel Transporte público Zoneamento adequado A tabela anterior poderá ser aplicada para diversos locais e após a sua definição. • A escolha do local e do espaço físico onde você pretende instalar seu negócio é uma decisão muito importante para o sucesso do empreendimento. O local deve oferecer a infraestrutura necessária ao seu negócio e ter acesso facilitado aos clientes e fornecedores, propiciando o seu crescimento. Defina um layout para suas instalações: • A alocação e distribuição de seus diversos recursos (mercadorias, estantes, gôndolas, vitrines, prateleiras,
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