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Desproporçã� céfal� pélvic� � Distóci� d� Ombr� PARTO EUTÓCICO = NORMAL Necessita de três pilares: I) motor: contração uterina II) conteúdo: feto (em proporções adequadas) III) continente: bacia (bacia adequada) Problema em qualquer um desses pilares irá acarretar em problema no parto DESPROPORÇÃO CÉFALO-PÉLVICA É o termo obstétrico utilizado quando a pelve materna não é larga o suficiente para permitir a passagem da cabeça do bebê Causas: pelve pequena, forma andróide da pelve, feto grande, posição desfavorável do feto (de sua cabeça) em relação a pelve, e a combinação destes fatores Quando desconfiar? ● ressalto supra-púbico (é possível de perceber em pacientes magras), nesse caso a cabeça do bebê não consegue entrar na pelve ● palpação mensuradora de Pinard ● sinal de Pinard favorável e desfavorável ● toque palpatório de Muller: força-se a entrada da apresentação no estreito superior ● confirma-se no trabalho de parto Desproporção céfalo pélvica no trabalho de parto ● dilatação total (ou parada da dilatação) sem descida, após 1 hora ● contrações adequadas para a fase ● bacia adequada ● bolsa rota ● sinais presuntivos: bossa sanguinolenta, acavalgamento excessivo dos ossos cranianos (Tarnier), eventual taquissistolia (o útero começa a contrair mais frequentemente e com mais força para tentar empurrar o feto para baixo) ● auxílio da regra de Johnson: ○ peso fetal = altura uterina - K x 155 (K=13-12-11) *K é uma constante, o valor utilizado geralmente é o de 12 Partograma com desproporção céfalo-pélvica A cabeça para de descer e a dilatação se interrompe. DISTOCIA DE OMBRO Distocia biacromial, impactação do ombro anterior no púbis (partes ósseas). OBS: a impactação é óssea, portanto não adianta realizar episiotomia. Situação rara (< 1%). Em fetos com mais de 4 kg (6%). Risco de lesão de plexo braquial - ocorre quando é tracionada a cabeça Sinal da tartaruga Fatores de risco ● Feto grande ● Obesidade materna ● Diabetes ● Distocia de ombro prévia ● Parto vaginal operatório (fórceps) ● Trabalho de parto rápido (taquissistolia - útero começa a contrair mais) ● Trabalho de parto prolongado Sinal da tartaruga Vai-e-vem da cabeça no introito vaginal Não saída do ovoide córmico, com impactação do ombro anterior na pube Conduta na distocia de ombro: ALEERTA Ajuda Levantar as pernas: pois aumenta o diâmetro ântero posterior da pelve Externa (pressão externa supra-púbica) Episiotomia (se for necessário) Remover o braço posterior Toque realizando as manobras internas: Manobra de Rubin 2 e Manobra de Wood Alterar a posição da paciente: colocá-la de cócoras L = Elevação das pernas Manobra de Mc Roberts: consiste na flexão das coxas maternas sobre o abdômen, aumentando o diâmetro ântero-posterior da pelve e diminuindo a lordose lombo sacra. Eficácia de 40% quando usada isoladamente e de 50% quando associada à pressão supra-púbica. E = Pressão externa supra-púbica Rubin I: a pressão supra púbica deverá ser feita por um assistente do lado das costas fetal, para baixo, acima da sínfise púbica, empurrando a região posterior do ombro anterior no sentido do tórax fetal. Tem como função reduzir o diâmetro biacromial e fazê-lo passar sob a sínfise. E = Episiotomia Avaliar necessidade de episiotomia. Realizá-la apenas quando houver necessidade de outras manobras, com o intuito de facilitar a introdução dos dedos ou mão. A distocia de ombro é uma impactação óssea e a realização da episiotomia não fará com que o ombro seja liberado. Não diminui o risco de lesão do plexo braquial R = Remover o braço posterior Palpar o braço posterior até a dobra do cotovelo e, ao fazer pressão nesta, o antebraço irá fletir sobre o braço, permitindo ao obstétra apreendê-lo, agarrar a mão fetal e puxá-la suavemente para fora, desprendendo o braço posteriormente e depois o ombro. tem alguma analgesia? T = Manobras internas Rubin 2: pressão no ombro anterior vindo pela escápula fetal, aproximando do tórax materno, rodando a espádua para o primeiro oblíquo. Gira o ombro anterior nos planos oblíquos abaixo da sínfise púbica. Necessita de episiotomia ampliada. Manobra de Rubin II e Woods Usando-se as duas mãos, associa-se à manobra de Rubin II uma pressão bi-digital na face anterior do ombro posterior, fazendo o feto rodar no sentido horário. Manobra de Woods reverso Usando-se as duas mãos, faz-se pressão bi-digital na face anterior do ombro anterior e, ao mesmo tempo na face posterior do ombro posterior, objetivando rodar o feto no sentido anti-horário, desfazendo-se a impactação. Troca as mãos, então aquela mão que estava na parte posterior do ombro anterior, vai para a parte anterior do ombro anterior e a mão que estava na parte anterior do ombro posterior vai para a parte posterior do ombro posterior. Manobra de Gaskin OBS: temos até 4 minutos para realizar essas manobras, porque o bebê vai estar em sofrimento, em hipóxia Posicionar a paciente sobre os quatro membros, apoiada sobre as mãos e as pernas Aumenta a Conjugata Obstétrica em 1 cm Liberar o ombro posterior com uma suave tração descendente Se até agora nada disso resolveu… ● Fatura proposital da clavícula: reduz o diâmetro biacromial (profª comentou que “quando a gente precisa” é difícil quebrar as clavículas desses bebês, porque eles são grandões, com mais peso, diferentemente daqueles magrinhos que não precisam quebrar, mas por acidente acabam quebrando) ● Clidotomia com tesoura (cortar a clavícula com uma tesoura) ● Sinfisiotomia (abrir a sínfise púbica da mãe - trauma materno gigantesco) ● Manobra de Zavanelli: Reposicionamento cefálico para dentro da pelve, seguindo o mecanismo inverso exato da exteriorização cefálica. Exige anestesia e tocólise, realizar cesariana (é usada em casos de feto morto)
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