Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Protozoários Parasitologia Protozoários ‣ Características gerais: ‣ São seres unicelulares (podem ser coloniais) ‣ São eucariontes e heterótrofos ‣ Podem ser de vida livre,mutualistas, comensais ou parasitas ‣ São encontrados em água doce, salgada e ambientes úmidos • Organelas celulares: Protozoários • Núcleo: bem definido e com envelope nuclear. Alguns protozoários têm apenas um núcleo, outros têm dois ou mais núcleos semelhantes. Os ciliados possuem dois tipos de núcleo - macronúcleo (vegetativo e relacionado com a síntese de RNA e DNA) e micronúcleo (envolvido na reprodução sexuada e assexuada); • Aparelho de Golgi: síntese de carboidratos e condensação da secreção protéica; • Retículo endoplasmático: a) liso - síntese de esteróides; b) granuloso - síntese de proteínas; • Mitocôndria: produção de energia; • Cinetoplasto: uma mitocôndria especializada rica em DNA; • Organelas celulares: Protozoários • Lisossoma: permite a digestão intracelular de partículas; • Microtúbulos: formam o citoesqueleto. Participam dos movimentos celulares (contração e distensão) e na composição de flagelos e cílios. • Flagelos, cílios e pseudópodos: locomoção e nutrição; • Corpo basal: base de inserção de cílios e flagelos; • Axonema: eixo do flagelo; • Citóstoma: permite ingestão de partículas. ‣ Fasesevolutivas Protozoários ‣ Trofozoíto: É a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz, por diferentes processos. ‣ Cisto: É a forma de resistência ou inativa. O protozoário secreta uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência. Freqüentemente há divisão nuclear interna durante a formação do cisto. ‣ Gameta: É a forma sexuada, que aparece em algumas espécies. O gameta masculino é o microgameta, e o feminino é o macrogameta. Protozoários Protozoários ‣ Excreção: • Difusão através da membrana • Exocitose de vacúolos Protozoários ‣ Locomoção: • Pseudópodes • Flagelos • Cílios ‣ Respiração: • Aeróbicos: são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio; • Anaeróbicos: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio, como os parasitos do trato digestivo ‣ Classificação Rhizopoda ou Sarcodínea Ciliata ou ciliophora Cílios Flagellata ou Mastigophora Flagelos Sporozoa ou Apicomplexa Sem estruturas de locomoção Protozoários Pseudópodes Protozoários Protozoários Protozoários amebóides (rizópodas) • Reprodução assexuada – cissiparidade • Vida livre e parasitas • Presença de pseudópodes Protozoários flagelados (mastigóforas) Protozoários • Presença de flagelos • Vida livre e parasitas • Reprodução assexuada - cissiparidade Protozoários ciliados Protozoários • Presença de cílios • Vida livre e parasitas • Citóstoma • Citopígeo • Macronúcleo - função vegetativa • Micronúcleo - função reprodutiva • Reprodução assexuada e sexuada (conjugação) Protozoários • Exclusivamente parasitas • Reprodução por divisão múltipla • Esporogonia – após a fecundação • Esquizogonia – antes da fecundação • Sem estrutura de locomoção Protozoários esporozoários (apicomplexos) Protozoários REPRODUÇÃO ASSEXUADA Um indivíduo se divide dando origem a outros( Sem variação genética). SEXUADA Troca de material genético. Protozoários REPRODUÇÃO ASSEXUADA ‣ Cissiparidade ou Bipartição : Divisão de um indivíduo em dois outros. ‣ Múltiplas Divisões ou Partição Múltipla : diversas divisões originando esporos ou formas reprodutivas variadas. ‣ Esquizogonia: divisão nuclear seguida da divisão do citoplasma, constituindo vários indivíduos isolados simultaneamente. ‣ Endogenia: formação de cél. Filhas por brotamento interno. Protozoários REPRODUÇÃO SEXUADA ‣ Conjugação : Envolve a troca de material genético por ponte citoplasmática ocasionando variabilidade na espécie, favorecendo a adaptação. ‣ Singamia ou fecundação: união de microgameta e macrogameta formando o zigoto. ALIMENTAÇÃO Protozoários ‣ Holofíticos ou autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese); ‣ Holozóicos ou heterotróficos: ingerem partículas orgânicas de origem animal, digerem-nas (enzimas) e, posteriormente, expulsam os metabólitos. Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou pinocitose (ingestão de partículas líquidas); ‣ Mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos acima descritos ‣ Saprozóicos: "absorvem", substancias orgânicas de origemm VEGETAL, já decompostas e dissolvidas em meio líquido; Protozoários ALIMENTAÇÃO ‣ Reino:Protozoa ‣ Filo:Sarcomastighophora ‣ Subfilo:Mastigophora ‣ Ordem:Diplomonadida ‣ Família:Hexamitidae ‣ Gêneros:Giardia ‣ Espécie:Giardia duodenalis (G.lamblia e Giardia intestinalis) Giardia duodenalis É o patogéneo protozoário mais comumente encontrado a nível mundial e o único que coloniza o lúmen do intestino delgado (duodeno e jejuno) (Paniker, 2013). Infeta mil milhões de pessoas, sendo que surgem 200 a 300 milhões de novos casos por ano. Este parasita pode considerar-se a maior fonte de doenças transmitidas pela água em todo o mundo (Ansell et al., 2015). ‣ Reino:Protozoa ‣ Filo: Sarcomastighophora (núcleos simples; presença de flagelos, pseudópodos ou ambos); ‣ Subfilo:Mastigophora (com um ou mais flagelo) ‣ Ordem: Diplomonadida (Corpo com simetria bilateral; um a quatro flagelos; cistos presente) ‣ Família:Hexamitidae ‣ Gêneros:Giardia ‣ Espécie:Giardia duodenalis (G.lamblia e Giardia intestinalis) Giardia duodenalis ‣ Parasita➝monoxeno e eurixeno. ‣ Hospedeiros: homem e mamíferos em geral, avese répteis. ‣ Divisão →fissão binária longitudinal. Giardia duodenalis Giardia duodenalis 20 µm x 10 µm 5 a 15µm de largura e 4µm de espessura 12μm por 8μm Axonemas Citoplasma com presença de retículo endoplasmático,Aparelho de Golgi, ribossomos e glicogênio. Ausência demitocôndria Fig 1: Disponíve em: http://techalive.mtu.edu/meec/module03/Sources-SurfaceWater.htm Fig 2: disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/giardiase.htm Fig.1 Fig.2 Giardia duodenalis http://techalive.mtu.edu/meec/module03/Sources-SurfaceWater.htm http://www.brasilescola.com/doencas/giardiase.htm 2núcleos Disco suctorial 2 Corpos Parabasais ou medianos 8Blefaroplastos ou corpos basais Axonemas 20 µm x 10 µm Trofozoíto 4 pares de flagelos: anterior, ventral, posterior ecaudal 12 µm x 8 µm Ciclobiológico ‣ Ingestão do cisto. ‣ Desencistamento no estômago pela ação do phácido (pH 2). ‣ Liberação dos trofozoítos no duodeno e jejuno. ‣ Aderência àsuperfície da mucosa através dodisco suctorial. ‣ Formação de revestimento extenso na superfície da mucosa. Nutrição do parasito realizada porpinocitose. ‣ O ciclo se completa pelo encistamento do parasito, principalmente no ceco, e suaeliminação para o exterior através das fezesformadas. Giardia duodenalis Ciclobiológico ‣ O trofozoíto inicia o processo de encistamento no baixo íleo nasseguintes condições: – Influência do ph intestinal – Estímulo de saisbiliares – Destacamento do trofozoíto damucosa Giardia duodenalis Ciclobiológico Giardia duodenalis ‣ O trofozoíto recolhe os flagelos e secreta uma membrana cística formada de quitina. ‣ No interior do cisto ainda ocorreanucleotomia. ‣ Resisteno ambiente por 2meses. ‣ Dois trofozoítos são liberados de cada cisto. Giardia duodenalis Ciclobiológico Patologia ‣ Atrofia das vilosidades e dos microvilos, com redução da área de absorção intestinal, infiltração de leucócitos e aumento da secreção de muco. – Os trofozoítos na luz intestinal tornam-se aderentes ao epitélio e podem invadir amucosa. – Ação citotóxica dos macrófagos para osparasitos. Giardia duodenalis Fig 1. Disponível em: http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2006/Giardiasis/index.html Giardia duodenalis Fig 1. Fig 2. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Giardia Fig 2.http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2006/Giardiasis/index.html http://en.wikipedia.org/wiki/Giardia Patologia ‣ Ativação de linfócitos e liberação de linfocinas suficientes para destruir osparasitos na maioria dos indivíduos. ‣ Açãodos granulócitos sobre trofozoítos. ‣ Açãode anticorpos anti-Giardia : IgA, IgG, IgM e IgE. Giardia duodenalis Patologia ‣ IgE promove degranulação de mastócitos que liberam histamina : edema e contração do músculo liso com > da motilidade intestinal. ‣ Liberação prostaglandina pelos mastócitos que aumentam amotilidade intestinal. Giardia duodenalis Patologia ‣ Pacientes parasitados geralmente assintomáticos com cura espontânea. ‣ Quadros sintomáticos – Quadro agudo (poucos dias): diarreia com má absorção intestinal, malcheirosa, cólicas, fraqueza e perda de peso. – Crianças: sintomas associados à irritabilidade, insônia, náuseas e vômito. – Quadro crônico: esteatorreia , perda de peso emá absorção. Giardia duodenalis Epidemiologia ‣ Giardise encontrada em todo mundo. ‣ Alta prevalência em crianças por mau hábitos higiênicos. ‣ Transmissãoatravés de águae alimentos contaminados – Diarreia dos viajantes para áreasendêmicas ‣ Transmissãoatravés da atividade sexual: fecal- oral. Giardia duodenalis Epidemiologia ‣ Infecção encontrada em ambientes coletivos. ‣ Viabilidade dos cistos por dois mesesno ambiente. ‣ Viabilidade dos cistos por longo tempo quandolocalizados embaixo das unhas. Giardia duodenalis Profilaxia ‣ Higiene pessoal ‣ Proteção dos alimentos ‣ Tratamento da águae esgotos ‣ Tratamento dos doentes Giardia duodenalis Diagnóstico ‣ Parasitológico: – Fase aguda / diarréicos: Trofozoíto; – Colher fezes no laboratório e examinar rapidamente (trofozoíto 15 – 20 minutos); – Método direto: NaCl 0,9% – MIF / SAF (Coloração por Hematoxilina Férrica); Giardia duodenalis ‣ Parasitológico: – Entero- test; – Ingere cápsula gelatinosa amarrada a um barbante que permanece fora da boca; – 4 horas > cápsula é retirada e analisada imediatamente ao microscópio. Diagnóstico ‣ Parasitológico: – Fezes formadas: Cistos; – Faust e Sedimentação; – Liberação intermitente (períodos + / - ); Giardia duodenalis – Entero- test Giardia duodenalis Diagnóstico ‣ Imunológico: – Pesquisa de Anticorpos: • Elisa e RIFI; • Áreas endêmicas / falso positivo; – Pesquisa de Antígenos: • Elisa nas fezes; • Elevada sensibilidade e especificidade. Diagnóstico Giardia duodenalis T ratamento ‣ Furazolidona ‣ Quinacrina ‣ Derivados nitroimidazólicos: – Metronidazol – Ornidazol – Tinidazol – Nimorazol Giardia duodenalis nitazoxanida ‣ Reino:Protozoa ‣ Filo:Sarcomastighophora ‣ Subfilo:Sarcodina ‣ Ordem:Amoebida ‣ Família:Entamoebidae ‣ Gêneros:Entamoeba ‣ Espécie:Entamoeba histolytica, E. dispar, E.coli, E.hartmanni, etc Amebas ‣ Doença: amebíase. ‣ Habitat: Intestino grosso. ‣ Locomoçãopor emissão de pseudópodes. ‣ Via de transmissão: Ingestão de cistos em alimentos e bebidas contaminadas, contato oral-anal e transporte mecânico por insetos. ‣ Morfologia: cistos, metacistos, trofozoítos e pré-cistos ‣ Parasita monoxeno. ‣ Reproduçãopor divisão binária. Entamoeba histolytica Amebas Intestino Cavidade bucal patogênica E. histolytica E. coli E. dispar E. hartmanni E. gengivalis Parasitas Vida livre Comensais Vida livre eventualmen te parasitas Protozoários com inúmeros habitats: Entamoeba histolytica Acanthamoeba, Naegleria Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii Vários gêneros e espécies Amebas Eucariotos primitivos, não tem: Mitocôndria, Aparelho de Golgi, Microtúbulos Metabolismo microaerófilo aeróbico facultativo- Principal fonte energética: glicose vacúolos de glicogênio - estoque Amebas 8 µm a 20µm Disponível em:http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm Entamoeba histolytica http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm Núcleo cariossoma central corpos cromatóides Reserva de glicogênio Membrana nuclear escura devido ao revestimento de cromatina Disponível emhttp://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm Entamoeba histolytica http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm Hematoxilina férrica – Método de tricômio Corpos cromatóides na forma de bastonete Disponível emhttp://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm T rofozoíto 20 a 60 μm Hemácias núcleo com cariossoma pequeno e central Disponível emhttp://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm ectoplasma endoplasma Entamoeba histolytica http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm Ciclobiológico ‣ Ingestão de cistos. ‣ Resistem ao pH estômago. ‣ Processo de desencistamento no final do ID e início IG com temperatura de 37°Cem meio anaeróbio. ‣ Um cisto tetranucleado rompe a parede cística e libera o metacisto. Entamoeba histolytica ‣ Divisões nucleares e citoplasmáticas com formação de 8 trofozoítos. ‣ Ostrofozoítos liberados ficam aderidos à parede intestinal alimentando-se de bactérias e detritos. (10-20μm) ‣ Multiplicação na luz do IG Ciclobiológico Entamoeba histolytica ‣ Trofozoítos sãoencontrados em fezes diarréicas. ‣ Processode encistamento: – Formação dos pré-cistos • Diminuição da atividade defagocitose • Diminuição damotilidade pela não emissãode pseudópodes • Desaparecimento dosvacúolos • Aparecimento dos corposcromatóides • Transformaçãoem pré-cistos e secreçãodemembrana cística Ciclobiológico Entamoeba histolytica ‣ Divisão nuclear com produção de cistos tetranucleados. ‣ Grande área do citoplasma ocupada por formação de glicogênio. – Obs: A coloração por hematoxilina férrica remove o glicogênio deixando no lugar um grande vacúolo vazio, enquanto na coloração por lugol, o glicogênio cora-se de castanho–avermelhado. ‣ Oscistos sãoeliminados pelasfezes. Ciclobiológico Entamoeba histolytica Disponível em: http://www.cdc.gov/ http://www.cdc.gov/ ‣ Trofozoíto magna: – Adquirem a capacidade de invadir a mucosa intestinal penetrando nos tecidos e produzindo formas ainda maiores. (até 60 μm) – Produção de hialuronidase, proteases e mucopolissacaridases – Fagocitose de hemácias. – Emissãode pseudópodes grossose digitiformes – Divisão binária – Incapacidade de produção de cistos – Raramente encontrada nas fezes exceto em casos de diarreia e disenteria Ciclo biológico Entamoeba histolytica Trofozoíto magna ‣ Metabolismo trofozoítico – Utilização de glicose e produção de ácidopirúvico – Grande necessidade de ferro utilizado pelo protozoário para mecanismosrespiratórios Entamoeba histolytica Ciclo biológico Disponível em: Bases da parasitologia Médica. Luís Rey,2010 Mecanismos de defesa do hospedeiro 1. camada mucosa - mucinas: gel aderente, previne adesão às células epiteliais e facilita a eliminação do parasita. 2. resposta Imune Relação parasita-hospedeiro 1. Capacidade de matar e fagocitar células do hospedeiro 2. Indução de morte de células do hospedeiro por apoptose 3. Moléculas de adesão 4. Fatores líticos 5. Eritrofagocitose Fatores de Virulência do parasita Entamoeba histolytica Patologia ‣ Amebose intestinal crônica ‣ Colite amebiana fulminante ‣ Apendicite amebiana ‣ Amebose hepática ‣ Abcesso amebiano pulmonar ‣ Amebose cutânea Entamoeba histolytica Disponível em Parsitologia Humana.Neves,2005 ‣ Varia conforme a cepa ‣ Dependentes da flora bacteriana ‣ Lesões iniciais no intestino grosso.Mutiplicam-se pela submucosa, ganhando profundidade até atingirem o tecidomuscular. ‣ Exercem ação lítica por processoenzimático ‣ Produzem necrose ‣ Invasão da corrente sanguínea pelo sistema porta podendo atingir o fígado, pulmões, cérebro epele (normalmente da região anal egenital). Patologia Entamoeba histolytica ‣ Observa-se escassezde infiltrações leucocitárias em tornodosparasitos ‣ Incidência de infecção bacteriana no tecido ‣ Lesões com maior frequência na região cecal, no sigmóide e no reto ‣ Locaisde trânsito rápido sãomenosfrequentes ‣ Incubação de 7 dias a4 meses. Patologia Entamoeba histolytica ‣ Forma intestinal – Colite não disentérica: • 2 a 4 evacuações/dia com fezes diarreicas ou pastosas • Cólica e desconforto abdominal – Colite disentérica • Aguda com presença de cólica, diarreia etenesmo • 8 a 10 evacuações diárias • Mucossanguinolenta • Febre moderada Patologia Entamoeba histolytica ‣ Forma hepática: – Maior resistência ao parasitismoamebiano – Causam necrose de coagulação com liquefação asséptica do tecido pela produção de abcessos amebianos – Material necrosado formado por tecidohepático lisado, sangue, bile, e algumas amebas – pus de chocolate – Lesões antigas podem ser envolvidas por cápsula fibrótica. Patologia Entamoeba histolytica ‣ Sintomas – Dor ou desconforto no hipocôndrio direitoque se agrava com movimentação. – Confunde-se com cólica biliar. – Febre irregular com calafrios, suores, náusease vômitos. – Fígado aumentado de volume e doloroso à percussão na área do abcesso. – Ligeira icterícia. Patologia Entamoeba histolytica ‣ Amebíase pulmonar : – Invasão torácica pode ocorrer via hematogênica ou hepatobrônquica – ruptura do abcesso hepático na cavidade pleural eperitonial ‣ Sintomas – Tosse com expectoração de material gelatinoso, ora de coloração achocolatada ora avermelhada – Febre – Dor torácica – Em caso de infecções bacterianas secundárias: secreção de aspecto amarelado. Patologia Entamoeba histolytica Diagnóstico ‣ Exame Parasitológico das Fezes: – Fezes formadas: Cistos; – Fezes diarréicas: Trofozoítas; – E.histolytica x E.dispar; – Parasitas rompidos; – Extra-intestinal (1/3); – Limitações: Facilidade de execução e baixo custo. Amebiáse ‣ Técnicaspara pesquisa de trofozoítos: – Método direto afresco – Hematoxilina férrica ‣ Fezesformadas: – Sedimentação Espontânea (Hoffman, Pons e Janer ou LUTZ, 1934) – Utilização de métodos deconcentração – Centrífugo-flutuação: Método deFaust – Flutuação espontânea: Método deWillis Diagnóstico Entamoeba coliAmebíase E.histolytica/E.dispar ‣ PCR ‣ Imunológico: – ELISA – Latex – Fixação do complemento – Imunoflorescencia indireta Diagnóstico Imunológico Amebíase Diagnóstico Laboratorial – Detecção de anticorpos no soro: ELISA & IFI IFI Amebíase Diagnóstico Laboratorial ‣ Métodos Imunológicos 2. Pesquisa de antígenos: – Kits comercialmente disponíveis (ELISA) ® – Diferencia, sensibilidade e especificidade; – Rápida e fácil execução; – Saliva, soro e fluidos de abscessos. Amebíase ‣ Exames Complementares: – Ultra-sonografia, – Tomografia http://www1.lf1.cuni.cz/~hrozs/jatra/ameba2.gif http://www.toshiba.co.jp/hospital/culture/img/20ame2.jpg Amebíase Epidemiologia ‣ Frequente em todo o mundo ‣ Variável de país para país ‣ Aproximadamente 10% dos casos estão relacionados àamebose invasiva ‣ Prevalência nas regiões tropicais e subtropicais pelas condições precárias e não pelo clima ‣ 2ª causa de morte por protozoonose, ficando atrás somente damalária ‣ Estimativa de 40.000 a110.000 óbitos Amebíase Profilaxia ‣ Educação sanitária – Hábitos de higiene ‣ Saneamento ambiental – Tratamento da água ‣ Tratamento de esgoto – Destruição dos cistos antes do lançamentodas águasem rios, lagos.. ‣ Identificação e tratamento das fontes de infecção Amebíase T ratamento ‣ Otratamento é baseado no uso de amebicidas que atuam na luz intestinal e nostecidos. ‣ Amebicidas da luzintestinal: – Compostos insolúveis em água que não sãoabsorvidos pela mucosa intestinal – Destroem os trofozoítos, mas não possuem açãocontra cistos – Ciclo de 5 a 10 dias de tratamento – Dicloracetamidas: • Teclosan • Furamida • Etofamida • Clefamida Amebíase ‣ Amebicidas teciduais: – Absorvidos pela mucosa intestinal – Rápida absorção (fato que leva a utilização conjunta de amebicidas para luz intestinal) – Metronidazol • Tinidazol • Ornidazol • Nimorazol T ratamento Amebíase ‣ E.hartmanni ‣ E.coli ‣ E.hartmanni ‣ E.gengivalis ‣ Endolimax nana ‣ Iodamoeba butschlii ‣ Chilomastixmesnili Amebascomensais ‣ Habitat: cavidade intestinal ‣ Via de transmissão: Ingestão de cistos em alimentos e bebidas contaminadas. ‣ Morfologia: trofozoítos ecistos. ‣ Parasita monoxeno Entamoeba coli ‣ Cistos: – Esféricos ou ligeiramente ovóides. – Parede cística espessa. – Ausência de vacúolos citoplasmáticos. – Contém de 1 a 8 núcleos. – Cariossomo irregular eexcêntrico. – Presençade reserva de glicogênio (cistos imaturos). – Presençade corpos cromatóides finos. Entamoeba coli Cariossoma excêntrico Disponível em: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm Entamoeba coli http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm Vacúolo de glicogênio de cistoimaturo 15-20 µm cisto imaturo cisto maduro Disponível em:http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm Entamoeba coli http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm •Trofozoíto – Nutrição através de restos celulares e bactérias. – Citoplasma com vacúolos que podem apresentar bactérias, leveduras e outros cistos de protozoários. Entamoeba coli Trofozoítos com cariossomagrande e excêntrico 15 a 50 µm Disponível em: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm Entamoeba coli http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/IntestinalAmebae_il.htm ‣ Não patogênica ‣ Localizada na luz do intestino grosso ‣ Fagocita bactérias e fungos ‣ Morfologicamente confundido com formas pequenas de E.histolytica ‣ Diagnóstico diferencial pela morfologia do núcleo ou tamanho dos cistos que são menores do que E.histolytica E. hartmanni • Trofozoíto medindo 5 a 12 µm • Cariossomo pequeno, puntiforme , ora no centrodo núcleo ora levemente excêntrico. • Cromatina periférica distribuída em intervalos. • Presença de vacúolos citoplasmáticos contendo bactérias e fungos • Cisto com 4 núcleos e cromatina fina, medindo 4 a 10 µm • Possuicorpos cromatoides pequenos arredondados ou quadrados E. hartmanni Cisto Trofozoíto Ilustrações disponíveis em http://dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Frames/G-L/IntestinalAmebae/body_IntestinalAmebae_mic1.htm E. hartmanni http://dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Frames/G-L/IntestinalAmebae/body_IntestinalAmebae_mic1.htm ‣ Gross: 1849; ‣ Encontrada no tártaro dentários, gengivites; ‣ Patogênica? ‣ Trofozoítos: 5 – 30 µm; ‣ Não produz cistos; ‣ Baixa higiene bucal: 75% prevalência; ‣ Beijos, talheres etc. Entamoeba gingivalis Entamoeba gingivalis trofozoíto ‣ Menor ameba que vive nohomem ‣ Citoplasma claro ‣ Membrana nuclear fina e sem grãos decromatina ‣ Cariossoma grande irregular Endolimaxnana ‣ Cisto oval com aproximadamente 8 a 12μm por 5 a7μm ‣ Presença de 4 núcleos pequenos pobres em cromatina Endolimaxnana Endolimaxnana ‣ Cistos ‣ Possui somente um núcleo ‣ Presença de grande vacúolo de glicogênio Iodamoebabutschlii • Trofozoítos Núcleo com membrana espessa e sem cromatina periférica Cariossoma muito grande e central Iodamoebabutschlii ‣ Oscistos são piriformes ou arredondados, com aspecto característico de limão, medindo de 6 a10µm x 4 a6µm.Os cistos possuem um núcleo bemvisível ‣ O trofozoíto de Chilomastix mesnili mede de 10 a 20µm de comprimento, tem corpo piriforme e assimétrico, com extremidade posterior maisafilada. ‣ Possui quatro flagelos e um grande citóstoma alongado. Um único núcleo redondo fica situado na porção anterior, e tem cariossoma pequeno Chilomastixmesnili Chilomastixmesnili Chilomastixmesnili Trofozoítos de C. mesnili (seta preta) e trofozoíto de E. histolytica/E. dispar (seta vermelha): coloração pelo tricrômico. Objetiva com aumento de 100x Chilomastixmesnili http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/trofo_cmesnili_1.jpg http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/deed.pt_BRhttp://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/assets/img/laminas/trofo_cmesnili_1.jpg http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/deed.pt_BR Chilomastixmesnili ‣ Flageladonão patogênico ‣ Comensal do intestinogrosso ‣ Cistos apresentam quatro núcleos que ficam distribuídosna periferia Enteromonashominis Enteromonashominis Referênciabibliográfica • DE CARLI, Geraldo Attílio. Parasitologia Clínica.2.Ed.São Paulo: Ed. Atheneu, 2207. 906p • NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11.Ed.São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 494p. • REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. 3.Ed.Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan.2010.391p. • www.dpd.cdc.gov http://www.dpd.cdc.gov/
Compartilhar