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Psicologia do Desenvolvimento: Vida adulta e Maturidade 2021-1 Prof. Elvira Maria Ventura Filipe CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRICAS REFERÊNCIA BÁSICA Papalia, Diane E., Feldman, Ruth Duskin, Desenvolvimento humano [recurso eletrônico] 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-217-1 Início da vida adulta Quando uma pessoa se torna adulta? A sociedade contemporânea nos Estados Unidos tem uma série de marcadores. A maturidade sexual chega durante a adolescência; a maturidade cognitiva geralmente demora mais. A definição de idade adulta legal varia: aos 16 anos, os jovens podem votar e, aos 18, na maioria dos Estados norte-americanos, podem se casar sem a autorização dos pais; de 18 a 21 anos (dependendo do Estado), eles podem firmar contratos de união. Início da vida adulta Utilizando definições sociológicas, as pessoas podem ser consideradas adultas quando: • são responsáveis por si mesmas ou escolheram uma carreira, • casaram-se ou estabelecem um relacionamento afetivo significativo ou iniciaram uma família. Início da vida adulta A maturidade psicológica depende de realizações como: • descobrir a própria identidade, • tornar-se independente dos pais, • desenvolver um sistema de valores • e estabelecer relacionamentos. Alguns psicólogos sugerem que a entrada na vida adulta é marcada não por critérios externos, mas por indicadores internos como o sentimento de autonomia, autocontrole e responsabilidade pessoal – ou seja, é mais um estado de espírito do que um evento isolado. Desse ponto de vista, as pessoas jamais se tornam adultas, não importa qual seja sua idade cronológica. Início da vida adulta Para a maioria das pessoas leigas, três critérios definem a idade adulta: (1) aceitar a responsabilidade por si mesma, (2) tomar decisões independentes e (3) tornar-se financeiramente independente (Arnett, 2006). Em países industrializados, alcançar esses objetivos leva um período de tempo maior e segue caminhos muito mais variados do que no passado. Antes da metade do século XX, um homem jovem mal saído do ensino médio normalmente procurava um emprego estável, casava e iniciava uma família. Para uma mulher jovem, o caminho usual para a vida adulta era o casamento, que ocorria tão logo ela encontrasse um par adequado. Início da vida adulta • A partir da década de 1950, a revolução tecnológica tornou a educação universitária ou a formação especializada cada vez mais essencial. • As idades típicas do primeiro casamento e do primeiro filho aumentaram acentuadamente na medida em que as mulheres e os homens buscavam uma educação ou oportunidades vocacionais superiores. • Hoje, o caminho para a vida adulta é marcado por múltiplas etapas – ingressar na universidade (em tempo integral ou em meio período), sair da casa dos pais, casar-se e ter filhos – e a ordem e o momento dessas transições variam (Schulenberg et al., 2005). Envelhecimento • O aumento da expectativa de vida leva ao rápido envelhecimento das populações em todo o mundo. O que é o envelhecimento? • As mudanças que constituem e infuenciam o envelhecimento são complexas. • No nível biológico, o envelhecimento é associado ao acúmulo de uma grande variedade de danos moleculares e celulares. • Com o tempo, esse dano leva a uma perda gradual nas reservas fisiológicas, um aumento do risco de contrair diversas doenças e um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. E resulta no falecimento. • Essas mudanças não são lineares ou consistentes e são apenas vagamente associadas à idade de uma pessoa em anos. • Além das perdas biológicas a idade avançada frequentemente envolve mudanças signifcativas que incluem mudanças nos papéis e posições sociais e necessidade de lidar com perdas de relações próximas. Envelhecimento O que é o envelhecimento? Em resposta, os adultos mais velhos • tendem a selecionar metas e atividades em menor número, porém mais significativas, • otimizar suas capacidades existentes, por meio de práticas e novas tecnologias, • compensar as perdas de algumas habilidades encontrando outras maneiras de realizar tarefas. Os objetivos, as prioridades motivacionais e as preferências também parecem mudar. Algumas dessas mudanças podem ser devidas a uma adaptação à perda, outras refletem o desenvolvimento psicológico contínuo na idade mais avançada, que pode ser associado ao desenvolvimento de novos papéis e pontos de vista. Essas mudanças psicossociais podem explicar por que em muitos cenários, a idade avançada pode ser um período de bem-estar subjetivo maior.
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