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Epidemiologia bioestatistica

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1 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA 
O objetivo é conhecer melhor a saúde de 
uma população, os fatores que a determi-
nam, a evolução do processo da doença e o 
impacto das ações propostas para alterar o 
seu curso. 
Tomada de decisão e gestão de serviços 
 
ESTUDOS ANALÍTICOS 
Estudos analíticos são aqueles delineados 
para examinar a existência de associação 
entre uma exposição e uma doença ou con-
dição relacionada à saúde 
BIOESTATÍSTICA 
• Bioestatística é a aplicação da estatís-
tica às áreas biológicas e às ciências 
da vida. 
 Por que fazer análise estatística? 
• Fisiologia da pesquisa = “descobrir a 
verdade no universo” Verdade provi-
sória (até que se prove o contrário). 
• Calcular amostra – realizar a pes-
quisa – Inferência – suportada pela 
estatística. 
• Análise exploratória de dados = orga-
nizar os dados identificar as variá-
veis, verificar as tendências, detectar 
os valores discrepantes e testar as hi-
póteses 
Partimos do principio de que a hipótese é 
nula. A partir do momento em que fazemos 
o calculo 
 
Pressuposto = doença não ocorre ao acaso 
(aleatoriamente) 
➢ Fatores associados (frequência) 
 - Fatores que contribuem (fatores de risco) 
 - Fatores que protegem (fatores de prote-
ção) 
 “Fumar causa câncer de pulmão”???? 
Não podemos dizer que fumar causa câncer 
de pulmão porque existem pessoas que não 
vão desenvolver câncer de pulmão mesmo 
fumando. 
• A bioestatística é uma disciplina das 
ciências formais (despida de objeto, 
tratando apenas da estrutura concei-
tual, lógica e epistemológica do co-
nhecimento) 
• Ciências empíricas recorrem à Bioes-
tatística. 
• Variáveis do Indivíduo/Tempo/Es-
paço – Desfecho 
• Investigação da associação e do 
efeito de variáveis independentes (fa-
tores) sobre a variável dependente 
(desfecho). 
• O objetivo é descartar o “acaso” – 
efeito de confusão. 
Bioestatística 
 
2 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
ESTRUTURA DIDÁTICA DA BIO-
ESTATÍSTICA 
• Em que medida (com que intensi-
dade) ocorre a doença Y? 
Se for um estudo transversal vms usar razão 
de prevalência ou odds ratio, se for um caso 
controle vms usar um odds ou razão de 
chance, se for um coorte vms usar risco re-
lativo ou atribuível, se for um estudo expe-
rimental vms usar redução de riscos. 
• Na presença de quais condições/fa-
tores a doença Y se manifesta? 
Buscar na literatura os conhecimentos, fato-
res de risco, etc sobre a doena. 
• Qual a possibilidade da associação 
entre a doença Y e o fator X se deve 
ao acaso? 
Sempre partimos do principio de que ne-
nhuma doença acontece ai acaso, mas na 
pesquisa partimos do principio de que a hi-
pótese é nula, existe associação, e um dos 
objetivos é provar que existe de fato uma as-
sociação entre determinada doença e fator 
causal. 
• Medidas de ocorrência 
• medidas de associação 
• medida de significância estatística 
AMOSTRAGEM 
(tratamento analítico dos dados deve ser 
adequado ao tipo de procedimento de sele-
ção e ao tipo de variável) 
• População = conjunto de elementos 
com características comuns (recense-
amento). 
• Amostra = subconjunto representa-
tivo dessa população (amostragem). 
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 
(sempre descrito na metodologia): 
• Amostra casual simples (escolhidos 
ao acaso da população) + comum, 
menos implica em viés de seleção 
• Amostra sistemática (escolhidos 
por um sistema ou critério imparcial) 
• Amostra estratificada (escolhidos 
dentro de estratos da população) 
• Amostra por conglomerados (esco-
lho o conglomerado e sorteio dentro 
dele) 
• Amostra de conveniência (constitu-
ída de elementos disponíveis no mo-
mento). Pode gerar erros sistemáticos 
VARIÁVEL 
Variável = Condição avaliada em cada ele-
mento. 
• Natureza das variáveis (estudos epi-
demiológicos) propriedade que deter-
mina a maneira como os elementos 
de qualquer conjunto são diferentes 
entre si. Ver 1º a natureza. 
• Dependente e independente 
• Qualitativa e quantitativa 
(cada tipo uma análise estatística) 
• qualitativa nominal (igual ou dife-
rente – nome, sexo, estado civíl) 
• qualitativa ordinal (1º, 2º... Grupo 
etário, escolaridade... Maior ou me-
nor) 
• quantitativa discreta (multitute, 
contagem = nº de...) 
 
3 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
• quantitativa contínua (magnitute, 
distinguir minuciosamente = massa 
(balança), altura (régua), tempo (re-
lógio)). 
 
MEDIDAS DE OCORRÊNCIA: 
• Prevalência e Incidência (absoluta 
ou relativa) 
• Variáveis qualitativas (NÃO SÃO 
RÍGIDAS). 
• Ex: Ordinal = Grupo etário 
 Nominal = Idade 
• Variáveis quantitativas 
 Medidas como as tendências cen 
 trais (média, mediana e moda) e 
dispersão 
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL 
(centro de uma distribuição): Saber os con-
ceitos, para que usa!! 
MÉDIA 
 (média aritmética) = ponto central da dis-
tribuição da variável (X1+X2+X3)...+Xi /n 
Média ponderada = é a média que leva em 
conta a frequência com que os valores apa-
recem. 
MEDIANA 
ponto central da distribuição. (PP ponto de 
posicionamento 50%) = (n +1)/2 Nº de ob-
servação par - mediana = média dos dois va-
lores centrais. 1º colocar de forma crescente 
ou decrescente. 
MODA 
Valor que aparece com maior frequência na 
amostra 
 
MEDIDAS DE DISPERSÃO OU VARIA-
BILIDADE 
(mostra quão diferentes são os indivíduos – 
compara conjuntos de dados diferentes): 
• Variância = Sigma ² para população 
e o S² para amostra. 
Calcula-se a média aritmética/ calcula-se o 
desvio médio (Xi – média aritmética) 
/eleva-se ao quadrado (X – média aritmé-
tica)² /dividi-se pelo número de indivíduos 
observados (grau de liberdade da amostra 
(n-1) 
 S² = Soma (X – média aritmética)²/ n-1 
• Desvio padrão (S) = Sugere uma va-
riação média da variável analisada 
(restabelece a unidade de medida) 
 S= raiz quadrada de S2 
OBS.: No digrama de controle fazemos a 
média dos meses em relação a uma endemia 
or exemplo, para calcular a faixa de con-
trole. Depois disso temos uma média men-
sal e o desvio padrão. 
 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO EM ES-
TUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
(medidas de efeito) Medir a contribuição da 
presença de uma condição para a ocorrência 
de um determinado desfecho. 
 Diferente de afirmar “causalidade etioló-
gica” 
• Razão = Mensurar magnitude da as-
sociação e quantas vezes a ocorrên-
cia da doença é maior no grupo de 
expostos em relação ao grupo de não 
expostos. (ex.: risco relativo, razão 
de prevalência) 
• Diferença = auxilia na resposta de 
quanto a frequência de uma doença 
no grupo exposto, excede em relação 
o grupo não exposto = Números de 
casos atribuíveis à exposição. 
OBS.: risco relativo= razão simples, risco 
atribuível= diferença para saber oq excede 
no grupo exposto comparado ao não ex-
posto. 
DOENÇA 
fazer tabela de contingencia, pede na prova! 
 
4 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
!!! 
Relação R1 = a/(a+b) proporção de doentes 
entre os expostos 
Relação R2 = c/(c+d) proporção de doentes 
entre os não expostos 
OBS.: relação entre o grupo exposto e o não 
exposto é a relação 1 sobre a 2 
Relação R3 = (a+c)/(a+b+c+d) proporção 
de doentes entre todos os indivíduos da pes-
quisa. (é a incidência ou prevalência) 
 Risco relativo= R1/R2 
 Risco atribuível= R1-R2 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 
• Relação de divisão entre expostos e 
não expostos. 
• São quantificadoras do risco. 
• Risco = Probabilidade de ocorrência 
de um determinando evento relacio-
nada à saúde, estimado a partir do que 
ocorreu num passado recente. 
• Comparação da frequência do 
evento entre grupos de indivíduos ex-
postos em relação ao grupo de indiví-
duos não expostos. 
ESTIMADORES DE USO COMUM 
 A Razão de prevalência (RP)a razão 
entre a prevalência entre indivíduos expos-
tos pela prevalência entre os não-expostos. 
É usualmente utilizado em estudos de pre-
valência. 
 O risco relativo (RR) a razão entre a in-
cidência entre indivíduos expostos pela in-
cidência entre os não-expostos. É usual-
mente utilizado em estudos de coorte. 
 O odds ratio (OR) é uma estimativa do 
risco relativo. É muito usado em caso con-
trole, no qual não existe exposição ao risco 
porque o grupo caso já está doente, já de-
senvolveu. Vms buscar no passado qual foi 
a possível exposição que fez c que esse pct 
desenvolvesse a doença e o outro grupo não. 
Possui a mesma interpretação, apesar de ser 
baseado em uma fórmula diferente. Esta 
medida é particularmente indicada para es-
tudos de caso-controle. 
ESTUDO CASO-CONTROLE 
ETAPAS: 
1º) Identificar indivíduos com a doença (ca-
sos) e indivíduos sem a doença (controles) 
2º) Determinar o Odds da exposição entre 
casos (a/c) e controles (b/d) 
 
✓A lógica do estudo caso-controle estabe-
lece que se o fator de risco causa a doença 
em estudo, o odds de exposição entre os ca-
sos será maior do que entre os controles 
 
5 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
ESTUDOS DE COORTE 
ETAPAS: 
 1º) Identificar a população de es 
tudo: expostos e não-expostos 
2º) Acompanhar os grupos para verificar a 
incidência entre expostos e nãoexpostos 
✓A medida de efeito é a razão da taxa de 
incidência – Risco Relativo (“quantas vezes 
maior” é o risco entre os expostos compara-
dos aos não-expostos ). 
APLICAÇÃO DA ESTATÍSTICA EM 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Identificado que ocorreu associação 
(RP,RR ou OR) 
• Associação por artefato (Viés = erros 
sistemáticos) 
• Associação verdadeira ( plausível – 
probabilidade de erro tolerável) 
 Associação significativa = casualidade. 
 Testes estatísticos são feitos para descar-
tar o acaso. 
 Variação randômica = a contribuição do 
acaso que interfere nas observações de am-
bos os grupos estudados. 
 Expressão dos erros aleatórios são o valor 
de “p” e do IC 
OBS.: Aplicamos o teste estatístico para 
descartar o acaso e para afastar a hipótese 
nula de não associação. 
Como aplicar a estatística: 
 1º fazer um TESTE DE HIPÓTESE ! 
- Estatística para testar a hipótese. 
- Verificar se o que aconteceu na amostra é 
suficiente para se rejeitar uma hipótese de 
nulidade H0 (RR OD RP = 1) e substituí-la 
por uma hipótese alternativa Ha (para isso 
precisamos achar um valor de Risco Rela-
tivo, Odds ou Razão, de Prevalencia < ou > 
1) *** 
Não é calculo, é uma proposta ou orientação 
para a tomada de decisão. 
NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA DE UM 
TESTE ! 
É a probabilidade máxima de rejeitar a H0. 
Nível de significância de 5%, com probabi-
lidade máxima de 0,05. 
 Medidas de associação com p< = 0,05 in-
dicam que a probabilidade da associação 
observada entre exposição e desfecho ter 
ocorrido ao acaso é menor que 5% (rejeito 
H0 e substituo por Ha). 
 Medidas de associação com p > 0,05 in-
dicam que a probabilidade da associação 
observada entre exposição e desfecho ter 
ocorrido ao acaso é maior que 5% (sugere 
que não rejeite H0 ). 
 
INTERVALO DE CONFIANÇA IC ! 
 Pesquisa, trabalhamos com margem de 
erro = grau de incerteza sobre o real valor 
da estimativa que esta sendo feita. 
 Ic define os limites sup/inf de um con-
junto de valores que tem certa probabilidade 
de conter no seu interior o valor verdadeiro 
do estimador de risco analisado. 
 Ic de 95% incluir o valor 1(unidade), não 
descarta a H0 (RP, RR,OR), ao passo que, 
quando não incluir o valor 1, corresponde 
dizer que p <=0,05 *** 
OBS.: Se o IC de 95% incluir o valor 1, não 
podemos descartar a hipótese nula, porque 
 
6 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
se for =1 não existe associação. Significa di-
zer que oq aconteceu no exposto é = ao não 
exposto. Quando não inclui o valor 1, cor-
responde dizer que temos um P menor ou 
igual a 0,05, então a hipótese alternativa é 
viável. 
 
TESTES MAIS UTILIZADOS EM EPI-
DEMIOLOGIA: 
(não cai) 
• Teste para uma média populacional 
(variância conhecida) ou para uma 
proporção; 
• Teste para uma média populacional 
(variância desconhecida) 
• Teste para comparação de 2 médias 
de população com distribuição nor-
mal. 
• Teste de associação para tabela de 
contingência 
• Testes pareados (t-student, ANOVA) 
• Teste de Kappa (concordância) usado 
para calibração 
 ERROS SISTEMÁTICOS: 
Viés ou bias = variação sistemática, com 
certo grau de conhecimento, resultado de 
desvios no momento de mensuração das va-
riáveis, em virtude do instrumento usado, 
do próprio pesquisador, ou ainda, das pró-
prias características do objeto. 
Viés de seleção/ Viés de informação 
(classificação, memória, observador, perda 
de segmento, de confusão) podemos intervir 
e minimiza-los 
O contraponto do viés é a validade da pes-
quisa. 
• Validade Interna: é o grau em que 
as conclusões do pesquisador descre-
vem corretamente o que realmente 
ocorreu no estudo 
• Validade Externa: o grau em que es-
sas conclusões apresentadas são 
apropriadas quando aplicadas para o 
universo externo ao estudo 
 ANATOMIA DA PESQUISA 
(o que é feito) 
1. Definição da questão a ser pesqui-
sada 
2. Relevância do tema 
3. Desenho ou tipo de estudo 
4. Definição da população de estudo 
5. Definição das variáveis (qualitativas 
ou quantitativas) 
6. Plano do manejo e análise dos dados 
 O objetivo do pesquisador é definir esses 
elementos de tal forma que o desenvolvi-
mento da pesquisa seja rápido, de baixo 
custo e simples de operacionalizar 
DEFINIÇÃO DA QUESTÃO A SER 
PESQUISADA 
• Geralmente inicia-se de forma um 
tanto vaga tornando-se progressiva-
mente mais específica 
• Deve contribuir para a ampliação do 
conhecimento 
• Deve ser viável 
RELEVÂNCIA DO TEMA 
1. O que é conhecido a respeito do tema 
2. Porque a questão a ser pesquisada é 
importante 
3. Qual(ais) tipos de resposta serão ofe-
recidas pelos estudos 
 
7 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Epidemiologia 
4. Deve tornar claro como os resultados 
do estudo proposto resolverão ou di-
minuirão as incertezas a respeito do 
tema e influenciarão políticas públi-
cas ou as condutas clínicas

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