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MEDINDO A RENDA NACIONAL (.quando você concluir os estudos e começar a procurar por um emprego em tempo integral, sua experiência será moldada, em grande medida, pelas condições econó- micas do momento. Em alguns anos, as empresas de toda a economia estão expan findo sua produção de bens e serviços, o nível de emprego está aumentando e é fácil encontrar trabalho. Em outros anos, as empresas estão reduzindo a produção, o nível de emprego está em queda e leva muito tempo encontrar um bom trabalho. Não é de surpreender, portanto, que qualquer estudante recém-formado premi.a entrar no mercado de trabalho em um ano de expansão económica a ingressar em um ano de contração económica. Como a condição geral da economia afeta profundamente a todos nós, as mudanças das condições económicas são muito noticiadas pela imprensa. De fato, é difícil ler um jornal sem ver alguma nova estatística sobre a economia. A estatís- tica pode medir a renda total de todas as pessoas da economia (o PIB), a taxa a que os preços estão aumentando(a inflação) a percentagem da força de trabalho que está sem trabalhar (a taxa de desemprego), a despesa total nas lojas (vendas no varejo) ou o desequihhrio do comércio entre os Estados Unidos e o restante do mundo (o déHcit comercial). Todas essas estatísticas são macros?c07zõ/nícízs. Em vez de nos dizerem algo a respeito de uma família ou empresa específica, nos dizem algo sobre a economia toda. 324 PARTE 6 DADOS jUACROECONÕMICOS Como vimos no Capítulo 2, a ciência económica se divide em dois ramos: microeconomia e macroeconomia. A microeconomia é o estudo de como as famí- lias e as empresas individuais tomam decisões e interagem umas com as outras nos mercados. A macroeconomia é o estudo da economia como um todo. O objetivo da macroeconomia é explicar as mudanças económicas que afetam muitas famílias, empresas e mercados simultaneamente. Os macroeconomistas abordam diversas questões: For que a renda média é elevada em alguns países e baixa em outros? Por que os preços sobem rapidamente em algumas épocas e permanecem mais está- veis em outras? Por que a produção e o emprego aumentam em alguns anos e se contraem em outros? O que o governo pode fazer para promover o crescimento acelerado da renda, a baixa inflação e um r\ível de emprego estável? Essas pergun- tas são todas de natureza macroeconómica porque se referem ao funcionamento da economia como um todo. Como a economia nada mais é do que um conjunto de muitas famHias e mui- tas empresas que interagem em muitos mercados, a microeconomia e a macroeco- nomia estão intimamente associadas. As ferramentas básicas de oferta e demanda, por exemplo, são tão cruciais para a análise macroeconómica quanto para a microe- conómica. Mas estudar a economia levanta alguns desafios novos e intrigantes. Neste capítulo e no pró)dmo, discutiremos alguns dos dados que os economistas e os formuladores de políticas usam para monitoras o desempenho da economia. Esses dados refletem as mudanças económicas que os macroeconomistas procuram exp[icar. Este capítulo trata do produto !7ztemo bruto, ou simplesmente P]B, que mede la renda total de um país. O PIB é a estatística económica acompanhada com mais atenção porque é considerada a melhor medida do bem-estar económico de uma sociedade. microeconomia o estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como interagem nos mercados macroeconomia o estudo de fenómenos que afetam a economia como um todo, inclusive inflação, desemprego e crescimento económico 11} RENDA E DESPESA DA ECONOMIA Se você fosse julgar a situação económica de uma pessoa, olharia primeiramente para a sua renda. Uma pessoa com renda elevada tem mais facilidade para pagar pelos bens necessários e supérfluos que existem. Não é de surpreender que pes- soas de renda elevada desfrutem de melhor padrão de vida -- melhor moradia, melhor atendimento à saúde, carros mais luxuosos, férias mais opulentas e assim por diante. A mesma lógica se aplica à economia de um país. Ao julgar se uma economia vai bem ou mal, é natural exantinar a renda total obtida por todos os membros da economia. Essa é a função do produto intemo bruto (PIB). Q PIB mede duas coisas ao mesmo tempo: a renda total de todas as pessoas da economia e a despesa total com os bens e serviços produzidos na economia. A razão pela qual o PIB consegue medir tanto a renda total quanto a despesa total é que, na verdade, tanto a renda quanto a despesa são a mesma coisa. Para a econo- mia coma um toda, a renda deve ser igual à despesa. Por que isso é verdadeiro? A renda de uma economia é igual à despesa porque cada transição envolve duas partes: um comprador e um vendedor. Cada dólar de despesa de algum comprador corresponde a um dólar de renda para um vendedor. Suponha, por exemplo, que Karen pague a Doug $ 100 para que corte seu grava- do. Nesse caso, Doug é um vendedor de um serviço e Karen é uma compradora. Doug ganha $ 100 e Karen gasta $ 100. Assim, a transação contribui igualmente para a renda da economia e para a despesa do país. O PIB, seja ele medido pela renda ou pela despesa, aumenta em $ 100. Outra maneira de eruergar a igualdade entre renda e despesa é por meio do diagrama de fluxo circular representado na Figura l(você talvez se lembre de que CAPITULO 1 5 MEDINDO A RENDA NACIONAL 325 Receitas ( MERmDOS DE BENS E SEWIÇOS Despesas :- PIB: O Diagrama de Fluxo Circular As famílias compram bens e seMços das empresas, e as empresas usam a receita que obtên' das '/endas para pagar salários aos trabalhadores. aluguel aos proprietárias de terras e lucros aos proprietários das empresas O PIB é igual ao total das despesas das fam8ias no mercado de bens e serviços. E é igual também ao total de salários, aluguéis e lucros pagos pelas empresas no mercado de fatores de produção. Bens e serviços vendidos Bens e servicos comprados EMPRESAS mUfL®; Fatores de produção l Trabalho, terra e capita MERmDOS DE FAmRES DE PRODUÇÃO '"' Renda (= PIB) --» = Fluxo de insumos e produtos -..»... = fluxo de moeda SaláHos, aluguéis e lucro (= PIB) já vimos esse diagrama no Capítulo 2). O diagrama descreve todas as transações que envolvem as famílias e as empresas de uma economia simples. Nessa econo- mia, as famílias compram bens e serviços das empresas; essas despesas fluem atra- vés dos mercados de bens e serviços. As empresas, por sua vez, usam o dinheiro que recebem pelas vendas para pagar salários aos traballLadores, aluguéis aos pro prietários da terra e lucros aos proprietários das empresas; essa renda flui através dos mercados de fatores de produção. Nessa economia, o dinheiro flui das famílias para as empresas e destas para as famílias. Podemos calcular o PIB dessa economia de duas maneiras: somando a despesa total das famílias ou somando a renda total(saláiíos, aluguéis e lucros) paga pelas empresas. Como qualquer despesa da economia acaba como renda de alguém, o PIB é o mesmo, independentemente do método de cálculo escolhido A economia real, naturalmente, é mais complicada do que a representada na Figura 1. Em particular, as famílias não gastam toda a sua renda. Elas entregam parte ao governo sob a forma de impostos e poupam parte para algum uso futuro Além disso, as famílias não compram todos os bens e serviços produzidos na eco- nomia. Alguns bens e serviços são.comprados pelos governos e outros são compra' dos por empresas que planejam usá-los no futuro para produzir seus pr?dutos. Mas, independentemente de o comprador do bem ou serviço ser uma família, um govemo ou uma empresa, a transação terá um comprador e um vendedor. Assim, para a economia como um todo, a despesa e a renda são sempre iguais. 'q 326 PARTE 6 DADOS'MACROECONÓMICOS Teste Rápido Quais são as duas coisas medidas pelo produto interno bruto? Como ele pode medir duas coisas ao mesmo tempo? Mensuração do Produto Interno Bruto Agora que discutimos o signiâcado do produto intemo bruto em termos gerais, vamos ser mais precisos a respeito da medição dessa estatística. Aquiestá uma definição de PIB: . Produto interno bruto (PIB) é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo Essa definição pode parecer bem simples. Mas, na verdade, surgem muitas ques- tões sutis quando calculamos o PIB de uma economia.Vamos, portanto, considerar cada ú'ase dessa definição com atenção. produto interno bruto o valor de mercado de todos os bem e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo "PIB É o Valor de Mercado..!' Você provavelmente já ouviu o adágio que diz "você não pode somar maçãs com laranjas". Mas é exatamente o que o PIB faz. O PIB soma váüos tipos diferentes de produtos em uma única medida de valor da atividade económica. Para isso, usa os preços de mercado. Como os preços de mercado medem o montante que as pes' boas estão dispostas a pagar por diferentes bens, eles refletem o valor desses bens. Se o preço de uma maçã for o dobro do preço de uma laranja, então a maçã con- tribuirá duas vezes mais para o PIB do que a laranja. .ll...ú; de Todos..r' O PIB tenta ser abrangente. Inclui todos os itens produzidos na economia e vendi- dos legalmente nos mercados. O PIB mede o valor de mercado não só das maçãs e das laranjas, mas também das pêras e das uvas, dos livros e dos ingressos de cine mas, dos cortes de cabelo e dos serviços de saúde, e assim por diante. O PIB também inclui o valor de mercado dos serviços de moradia prestados pelo estuque de moradias da economia. No caso das moradias alugadas, é fácil calcular esse valor -- o aluguel é igual à despesa do inquilino e à renda do proprietário. Mas muitas pessoas são donas do lugar em que vi''.'em e, por isso, não pagam aluguel O governo inclui a moradia própria no PIB estimando o valor de aluguel. Ou seja, o PIB se baseia na hipótese de que o proprietário pague o valor imputado do alu- guel a si próprio, de modo que o aluguel esteja incluído tanto em suas despesas quanto em sua renda. Entretanto, há alguns produtos que o PIB exclui por serem de diílícil mensura- ção. O PIB desconsidera todos os itens produzidos e vendidos ilegalmente, como as drogas ilegais. Exclui também itens produzidos e consumidos em casa e que, portanto, nunca entram no mercado. As verduras que você compra na quitanda fazem parte do PIB; já as verduras que você cultiva em sua casa, não. Essas exclusões do PIB podem, por vezes, levar a resultados paradoxais. For exemplo, quando Karen paga a Doug para que corte seu gramado, a transação faz parte do PIB. Se ela se casasse com Doug, a situação mudaria. Embora Doug possa continuar a cortar o gramado de Karen, o valor do serviço deixa de ser incluído no PIB porque o serviço de Doug não está mais sendo vendido em um mercado Assim, quando Karen e Doug se casam, o PIB se reduz. $ $ T ' ''-" "'lll';:'l' ' pr' CAPITU LO 1 5 MEDINDO A RENDA NACIONAL 327 "... os Bens e Serviços O PIB inclui tanto os bens tangíveis(alimento, vestuário, carros) quanto os servi- ços intangíveis(cortes de cabelo, faena, consultas médicas). Quando você compra um CD de sua banda predileta, está comprando um bem, e o preço de compra faz parte do PIB. Quando você paga para assistir a um show da mesma banda, está comprando um serviço, e o preço do ingresso também faz parte do PIB. Uma exceção importante a esse princípio surge quando um bem intermediá].io é produzido e, em vez de ser usado, é acrescentado ao estoque de bens de uma empresa para ser usado ou vendido em uma data posterior. Nesse caso, o bem intem\ediáíio é considerado "final"nesse momento e seu valor como investimento em estoque é adicionado ao PIB. Quando o estoque do bem intennediário íor, mais tarde, utilizado ou vendido, o investimento da empresa em estoque será negativo e o PIB do período posterior será reduzido de acordo. "... Finais..J' Quando a Intemationall:àper produz papel que a Hallmark usa para fazer um car- tão, o papel é chamado de bem í7zte7medládo, e o cartão, de bem .P7zai. O PIB inclui somente o valor dos bens finais. A razão é que o valor dos bens intennediários já está incluído no preço dos bens finais. Somar o valor de mercado do papel ao valor de mercado do cartão seria uma dupla contagem, ou seja, contar duas vezes (incor- retamente) o papel. "... Produzidos..J' O PIB inclui os bens e serviços produzidos no presente. Não inclui transações que envolvam itens produzidos no passado. Quando a General Motora produz e vende um carro novo, o valor do carro é incluído no PIB. Quando uma pessoa vende a outra um cano usado, o valor do cano usado não é incluído no PIB. em um País O PIB mede o valor da produção dentro dos limites geográficos de um país Quando um cidadão canadense trabalha temporariamente nos Estados Unidos, sua produção faz parte do PIB dos Estados Unidos. Quando um cidadão norte- americano é dono de uma fábrica no Haiti, a produção de sua fábrica não faz parte do PIB dos Estados Unidos(mas, sim, do Haiti). Assim, os itens são incluídos no PIB de um país se forem produzidos intemamente, independentemente da nacio- nalidade do produtor. J/ em um Dado Período de Tempo" O PIB mede o valor da produção que tem lugar em um intervalo de tempo especí- fico. Geralmente esse intervalo costuma ser de um ano ou um trimestre. O PIB mede o fluxo de renda e despesa durante esse intervalo. Quando o govemo divulga o PIB de um trimestre, geralmente apresenta o PIB "a uma taxa anual", ou anualizado. Isso signi6ca que o valor relatado do PIB é o mon- tante de renda e despesa durante o trimestre multiplicado por 4. O govemo usa essa convenção para facilitar a comparação entre os valores trimestrais e anuais do PIB. 'Y328 PARTE 6 DADOS MACROECONOMICOS Além disso, quando o govemo divulga o PIB trimestral, apresenta os dados depois de terem sido modificados por um procedimento estatístico chamado ©as- famento sazorzízl. Os dados não-ajustados normalmente mostram com clareza que a economia produz mais bens e serviços em algumas épocas do ano do que em outras (como você pode imagina, dezembro, com as compras de fim de ano, é um dos pontos altos). Quando monitoram as condições da economia, economistas e legisladores freqüentemente preferem olhar além dessas variações sazonais. Assim, os estatísticos do govemo ajustam os dados trimestrais de maneira a excluir o ciclo sazonal. Os dados sobre o PIB divulgados nos noticiários são sempre ajustados sazonalmente. preparadas pelo Departamento de Comércio, a depreciação é chamada de "consumo de capital üxo' Renda nador7a/ é a renda total ganha pelos residentes de uma nação na produção de bens e serviços. Difere do produto nacio- nal líquido por excluir os impostos indiretos sobre as empresas (como impostos sobre as vendas) e incluir os subsídios às empresas. O PNL e a renda nacional também diferem por causa de uma 'discrepância estatística" que surge por causa de pro- blemas com a colete de dados. Renda pessoa/ é a renda recebida pelas famílias e pelas empre- sas que não são sociedades por ações. Ao contrário da renda nacional, a renda pessoal não inclui os heras relkíos, que são renda obtida pelas empresas, mas não distribuída aos seus pro- prietários. A renda pessoal também subtrai o imposto de renda das pessoas jurídicas e as contribuições para o seguro social (principalmente os impostos para a Seguridade Social). Em adi- ção, a renda pessoal inclui a renda de Juros que as famílias rece- bem sobre os empréstimos que fazem ao governo e a renda que recebem de programas de transferência governamental, como os de bem-estar social e a Segurídade Social. Renda pessoa/ d$or7be/ é a renda que resta às famílias e empresas que ílão são sociedades por ações depois de satisfei- tas todas as suas obrigações perante o governo. É igual à renda pessoal menos impostos pessoais e certos pagamentos que não são impostos (como multas de trânsito). SAIBA MAIS SOBRE. OUTRAS MEDIDAS DE RENDA Quando o Departamento de Comércio dos Estados Unidos calcu- la o PIB do país, a cada três meses, calcula também várias outras medidas derenda para obter um panorama mais completo sobre o que está acontecendo na economia. Essas outras medidas diferem do PIB porque incluem ou excluem certas categorias de renda.: O que se segue é uma breve descrição de cinco dessas medidas de renda. ordenadas da maior para a menor. »odufo naclona/ bruto 6PA/BD é a renda total dos residentes per- manentes de um país. Difere do PIB por incluir a renda que nos- sos cidadãos ganham no eHerior e por excluir a renda que os estrangeiros ganham aqui. Por exemplo, quando um cidadão do Canadá trabalha temporariamente nos Estados Unidos, sua produção é parte do PIB americano, mas não é parte do PNB americano (sua produção é parte do PNB canadense). Para a maioria dos países, incluindo os Estados Unidos, os residentes domésticos são responsáveis pela maior parte da produção inter- na. de modo que o PIB e o PNB são muito próximos. Produto naclor7a//íqu/do 6PNI) é a renda total dos residentes de uma nação (PNB) menos as perdas decorrentes da depre- ciação. Depreciação é o desgaste do estoque de equipamentos e estruturas da economia. como a ferrugem dos caminhões e a obsolescência dos computadores. Nas contas de renda nadonal Embora as diversas medidas de renda difiram em detalhes, quase sempre nos dizem as mesmas coisas sobre as condições eco- nómicas. Quando o PIB está crescendo rapidamente. essas outras medidas de renda costumam crescer rapidamente. Quando o PIB está em queda. essas outras medidas costumam cair também. Para monitoras as flutuaçõesda economia. não importa muita qual medi- . da de renda utilizamos. ! CAPÍTULO 15 MEDINDO A RENDA NACIONAL 329 Vamos agora repetir a definição de PIB: . Produto interno bruto(PIB) é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo. Deve estar claro que o PIB é uma medida sofisticada do valor da atividade econó- mica. Nos cursos avançados de macroeconomia, você aprenderá mais sobre as suta lezas que surgem durante seu cálculo. Mas já dá para perceber que cada expressão dessa definição está repleta de signi6cados. Teste Rápido O que contribui mais para o PIB ção de um quilo de caviar? Por quê? a produção de um quilo de carne moída ou a produ OS COMPONENTES DO PIB A despesa na economia assume diversas formas. A qualquer momento, a família Smith pode estar almoçando em uma lanchonete Burger King; a General Motora pode estar construindo uma fábrica de canos; a marinha pode adquirir um subma- rino e a British Airways pode comprar um avião da Boeing. O PIB inclui todas essas diversas fom\as de despesas em bens e serviços produzidos intemamente ])ma entender como a economia está usando seus recursos escassos, os econo- mistas frequentemente se interessam em estudar a composição do PIB de acordo com diversos tipos de despesas Para fazer isso, o PIB (que chamaremos de Y).é dividido em quatro componentes: consumo (C), investimento (D, compras do governo (G) e exportações líquidas (EL) : Y = C + 1 + G + EI. Essa equação é uma idezzHdízde - uma equação que deve ser verdadeira a propó- sito de como as vaJ.iáveis na equação são definidas. Nesse caso, como cada dólar de despesa incluído no PIB é colocado em um dos quatro componentes do PIB, a soma dos quatro componentes deve ser igual ao PIB.Vamos anaHsar cada um desses qua- tro componentes com maior profundidade. Consumo O consumo é a despesa das fanuHias em bens e serviços Os "bens"incluem as des- pesas das famílias em bens duráveis, como canos e eletrodomésticos, e belas não- duráveis, como alimento e vestuário. Os "serviços"incluem itens intangíveis, como cortes de cabelo e serviços de saúde. As despesas das famílias em educação tam- bém são incluídas no consumo de serviços (embora seja possível argumentar que elas se encaixariam melhor no pró>dmo componente) . consumo as despesas das famílias em bens e serviços, excetuando- se a compra de imóveis residenciais novos investimento as despesas em equipamento de capital, estoques e estruturas, incluindo a compra de novos imóveis residenciais pelas famílias Investimento O investimento é a compra de bens que serão usados no futuro para produzir mais bens e serviços. É a soma das compras de bens de capital, estoques e estruturas. O investimento em estruturas inclui despesas em imóveis residenciais novos. Por :'v330 PARTE 6 DADOS MACROECONÓMICOS convenção, a compra de uma casa nova é a única forma de categoria de despesa das famílias classificada como investimento, e não consumo. Como já foi dito neste capítulo, o tratamento dos estoques acumulados é digno de nota. Quando a IBM produz um computador e, em vez de vendê-lo, acrescen- ta-o ao seu estoque, assume-se que ela tenha "comprado" o computador para si mesma. Ou seja, os contadores da renda nacional tratam o computador como parte das despesas de investimento da empresa.(Se a IBM depois vender o computador, ti].ando-o de seu estuque, seu investimento em estoque será, então, negativo, com- pensando a despesa positiva do comprador.) Os estuques são tratados dessa manei- ra porque um dos objetivos do PIB é medir o valor da produção da economia, e os bens acrescentados aos estoques são parte da produção do período em questão. Compras do Governo compras do governo despesas em bens e serviços pelos governo local, estadual e federal As compras do governo incluem as despesas em bens e serviços dos governos locais, estaduais e federal. Isso inclui os salários dos funcionários do govemo e as despesas em obras públicas. Recentemente, as contas de renda nacional dos Estados Unidos passaram a ser chamadas pelo nome mais longo de "despesa de consumo e investimento bruto do governo", mas neste livro usaremos a expressão mais tradicional e mais breve, "compras do govemo" O significado das "compras do governo"exige algum esclarecimento. Quando o governo paga o salário de um general do exército, o salário faz parte das compras 'do govemo. Mas o que acontece quando o governo paga um benefício da Seguridade Social a um idoso? Esse tipo de despesa do governo é chamado de pagamento de b'ansjerãcía porque não é feito em troca de um bem ou serviço pro- duzido correntemente na economia. Os pagamentos de transferência afetam a renda das famílias, mas não refletem a produção da economia (do ponto de vista macroeconómico, os pagamentos de transferência são como impostos negativos) . Como o PIB tem por objetivo medir a renda e as despesas ligadas à produção de bens e serviços, os pagamentos de transferências não são contados como parte das compras do govemo. F lli.JI' Exportações Líquidas As exportações líquidas são iguais às compras, por parte dos estrangeiros, de bens produzidos internamente (exportações) menos as compras intemas de bens estran- geiros (importações). Uma venda feita por uma empresa nacional a um comprador de outro país, como a venda do Boeing à British Airways, aumenta as exportaçoes líquidas. A pa[awa "]íquida" no termo "exportações líquidas" refere-se ao fato de que as importações são subtraídas das exportações. Essa subtração é feita porque as importações de bens e serviços são incluídas em outros componentes do PJB. Por exemplo, suponha que uma família compre um cano de$ 30 mil daVolvo, a fabri- cante sueca. Essa transição aumenta o consumo em $ 30 mi], porque as compras de canos fazem parte das despesas de consumo. E também reduz as exportações líquidas em $ 30 mil, porque o cano é uma importação. Em outras palavras: as exportações líquidas incluem os bens e serviços produzidos no exterior(com sinal negativo) porque esses bens e serviços já estão incluídos no consumo, no investi- mento e nas compras do governo (com sinal positivo). Assim sendo, quando uma família, empresa ou governo adquire um beím ou serviço do exterior, a compra reduz as exportações líquidas -- mas como taiÇibém aumenta o consumo, o investi- mento ou as compras do governo, não afeta o PIB. ?xpoRações líquidas despesas, por parte de estrangeiros, em bens produzidos internamente (exportações) menos despesas,ern bens estrangeiros por parte de residentes internos (importações) CAPÍTULO 1 5 MEDINDO A RENDA NACIONAL 331 Total (bilhões de dólares) Per Capita (em dólares) $ 35.375 Percentagem do Total 100% O PIB e seus Componentes Esta tabela mostra o PIB totoi da economia americana em 200] e sua divisão entre os quatro componentes. Ao ier essa tabela. lembre-se da fdenfidade Y = C + 1 + G + EL Fonte: Departamento de Comérdo dos Egados Unidos. Produto interno bruto, r $ 10.082 Consumo, C Investimento, / Compras do governo, G Exportação líquida. EL 6.987 1 .586 1 .858 -349 24.516 5.565 6.519 -1 .225 69 16 18 -3 Estudo de Caso OS COMPONENTES DO PIB DOS ESnDOS UNIDOS A Tabela l mostra a composição do PIB americano em 2001. Naquele ano, o PIB dos Estados Unidos foi de, aproximadamente, $ 10 grilhões. Dividindo esse núme- ro pela população de 285 milhões de habitantes em 2001, resulta no PIB por pes' soa (por vezes chamado deiPIB pa' cáfila).Veri6camos que em 2001 a renda e a despesa do norte-americano médio foi de $ 35.375. O consumo compôs cerca de dois terços do PIB, ou $ 24.516 per capta. O inves- timento foi de $ 5.565 pa' capitíz. As compras do governo foram de $ 6.519 per capi- ta. As exportações líquidas foram de --$ 1.225 per capítíz. Esse valor é negativo por- que os norte-americanos ganharam menos vendendo ao exterior do que gastaram em bens importados. Esses dados vêm do Bureau of Economic Analysis, que é a divisão do Depar- tamento de Comércio dos Estados Unidos que produz as contas de renda nacional. Você pode encontrar dados mais recentes sobre o PIB no site http:// www.bea.doc.gov. e Teste Rápida Listo os quatro componentes da despesa. Qual deles é o maior? PIB REAL WRSUS PIB NOMINAL Como acabamos de ver, o PIB mede a despesa total em bens e serviços em todos os mercados de uma economia. Se a despesa total aumenta de um ano para outro, uma dentre duas coisas deve ser verdadeira:(1) a economia está produzindo uma quantidade maior de bens e serviços ou(2) os bens e serviços estão sendo vendi- dos a preços mais elevados. Quando estudam mudanças da economia ao longo do tempo, os economistas querem separar esses dois efeitos. Mais especi6carlente, o que querem é uma medida da quantidade total de bens e serviços.produzidos pela economia que não seja afetada pelas variações nos preços desses bens e serviços. Irra fazer isso, os economistas usam uma medida chamada PIB real. O PIB real responde à seguinte questão hipotética: Qual seria o val?r dos bens e serviços pro' duzidos este ano se os avaliássemos aos preços vigentes $m algum outro ano espe' cínico no passado? Avaliando a produção corrente a preços fixos em níveis passa' -B' 'U '":''' "'q 332 l PARTE 6 DADOS MACROECONÓMICOS dos, o PIB real mostra como a produção geral de bens e serviços da economia muda com o passar do tempo. Para ver mais precisamente como o PIB real é construído, vamos considerar um exemplo. Um Exemplo Numérico A Tabela 2 mostra alguns dados de uma economia que produz somente dois bens - cachopos-quentes e hambúrgueres. A tabela mostra as quantidades produzidas dos dois bens e seus preços nos anos de 2001, 2002 e 2003. Para calcular a despesa total dessa economia, devemos multiplicar as quantida- des de cachorros-quentes e hambúrgueres por seus respectivos preços. Em 2001, 100 cachorros-quentes são vendidos a $ 1 cada, de modo que a despesa total com cachorros-quentes é de $ 100. No mesmo ano, são vendidos 50 hambúrgueres a $ 2 cada, de modo que a despesa total com hambúrgueres também é de $ 100. A despesa total da economia a soma das despesas com cachorros-quentes e das despesas com hambúrgueres -- é $ 200. Esse montante, a produção de bens e ser- viços avaliada aos preços correntes, é chamado PIB nominal. A tabela mostra o cálculo do PIB nominal desses três anos. A despesa total aumenta de $ 200, em 2001, para $ 600, em 2002, e em seguida para $ 1.200, em 2003. ]'arte desse aumento pode ser atribuída ao aumento nas quantidades de . cachorros-quentes e hambúrgueres e parte pode ser atribuída ao aumento nos pre- ços dos cachopos-quentes e dos hambúrgueres. Pára obter uma medida do montante produzido que não seja afetada pelas vaJ.caÇÕes nos preços, usamos o PIB real, que é a produção dos bens e serviços ava- liada a preços constantes. Para calcular o PIB real, selecionamos primeiro um ano como ízno-base. Utilizamos, então, os preços dos cachorros-quentes e dos hambúr- PiB nominal a produção de bens e serviços avaliada a preços correntes Pí8 real a produção de bens e servicos avaliada a preços constantes PIB Real e PIB Nominal Paços e Quantldêdes Essa tabela mostra como calcular o PiB real, o PIB nominal e o de$ator da PIB para uma economia hipotética que só produz cachorros- quentes e hambúrgueres. Quantidade de Preço dos Aria Cachorros-quentes Cachorros-quentes Hambürgueres 2001 $ 1 100 $ 2 2002 2 150 3 200332004 Ano Cálculo da PIB Nominal 2001 ($ 1 por cachorro-quente x 100 cachorros-quentes) + ($ 2 por hambúrguer x 50 hambúrgueres) = $200 2002 ($ 2 por cachorro-quente x 150 cachorros-quentes) + ($ 3 por hambúrguer x 100 hambúrgueres) = $600 2003 ($ 3 por cachorro-quente x 200 cachorros-quentes) + ($ 4 por hambúrguer x 1 50 hambúgueres) = $1 .200 Ano Cálculo do fIB Real (ano-base 2001) 2001 ($ 1 por cachorro-quente x T00 cachorros-quentes) + ($ 2 por hambúrguer x 50 hambúrgueres) = $200 2002 ($ 1 por cachorro-quente x 150 cachorros-quentes) + ($ 2 por hambúrguer x 100 hambúrgueres) = $350 2003 ($ 1 por cachorro-quente x 200 cachorros-quentes) + ($ 2 por hambúrguer x 1 50 hambúrgueres) = $500 Ano Cálculo do Deflator do PIB 2001 ($ 200/$200) x 100 2002 , ($ 600/$350) x 100 2003 ($ 1.200/$500) x 100 Preto dos Cachorros-quentes 2 3 Quantidade de Hambúrgueres 50 100 150 CAPÍTULO 15 MEDINDO A RENDA NACIONAL 333 queres no ano-base para calcular o valor dos bens e serviços em todos os anos. Em outras palavras, os preços do ano-base nos fornecem a base para comparar quan- tidades em diferentes anos. Suponha que escolhamos 2001 como ano-base em nosso exemplo. Podemos, então, utilizar os preços dos cachorros-quentes e dos hambúrgueres em 2001 para calcular o valor dos bens e serviços produzidos em 2001, 2002 e 2003. A Tabela 2 mostra esses cá]cu]os. ])ma calcular o PIB real de 2001, usamos os preços dos ca- chorros-quentes e dos hambúrgueres em 2001 (o ano-base) e as quantidades de cachopos-quentes e hambúrgueres produzidas em 2001 (ass;im, para o ano-base, o PIB real será sempre igual ao PIB nominal). Para calcular o PIB real de 2002, utili- zamos os preços dos cachorros-quentes e dos hambúrgueres em 2001 (o ano-base) e as quantidades de cachorros-quentes e hambúrgueres produzidas em 2002. De forma similar, para calcular o PIB real de 2003, utilizamos os preços de 2001 e as quantidades de 2003. Ao constatannos que o PIB real aumentou de$ 200: em 2001, para $ 350, em 2002, e $ 500, em 2003, sabemos que o aumento é atribuído a uma elevação nas quantidades produzidas porque os preços estão sendo mantidos fixos nos níveis do ano base. Em les\lmo: O PIB nominal üsa os preços con'entes para ab'Íbuir um uator à produ- ção de bens e seroiços da ecottomia. O PIB real usa preços constantes do ano-base para atHbuír zzm uaror à produção de berzs e semíços da ecozzomía. Como o PIB real não é afetado pela variação nos preços, as variações do PIB real refletem somente as mudanças nas quantidades prE)duzidas. Assim, o PIB real é uma medida da produ- ção de bens e serviços da economia. Nosso objetivo ao calcular o PIB é medir o desempenho da economia como um do. Como o PIB real mede a produção de bens e serviços da economia, ele refle- te a capacidade da economia em satisfazer as necessidades e os desejos das pes- assem. o PIB real é uma medida melhor do bem-estar económico do que o PIB nominal. Quando os economistas falam do PIB da economia, geralmente estão se referindo ao PIB real, não ao nominal. E quando falam do crescimento da eco- nomia, eles medem esse crescimentocomo a variação percentual do PIB real de um período para outro. 0 Deflator do PIB Como acabamos de ver, o PIB nominal reflete tanto os preços dos bens e serviços quanto as quantidades de bens e serviços produzidas na economia. Por outro lado, mantendo os preços constantes nos níveis do ano-bases o PIB real retrete somente as quantidades produzidas. A partir dessas duas estatísticas, podemos calcula uma terceira. chamada deílator do PIB, que reflete os preços dos bens e serviços, mas não as quantidades produzidas. O deflator do PIB é calculado da seguinte maneira: deflator do PIB uma medida do nível de pre- ços calculada como a razão entre o PIB nominal e o PIB real multiplicada por cem Deflator do PIB PIB nomiQ4: ,FiB real " 100 Como o PIB nominal e o PIB real devem ser iguais no ano-base, o deflator do PIB para o ano-base é sempre igual a cem. O deílator do PIB para os ?nos subse qüe r--mede a variação do PIB nominal a partir do ano-base que não pode ser atribuída a uma variação do PIB real. , . . O deHator do PIB mede o nível de preços comente em relação ao nível.de pre- ços do ano-base. Para yer por que isso é verdade. consideremos dois exemplos sim- ples. Primeiro, imagine que as quantidades produzidas na economia aumentem com o tempo, mas os preços permaneçam os mesmos. Nesse caso, tanto o PIB il 334 PARTE 6 DADOS IÜACROECONÕMICOS nominal quanto o PIB real aumentam juntos, de modo que o deflator do PIB é constante. Suponha, agora que os preços aumentem com o tempo, mas as quanti- dades produzidas permaneçam as mesmas. Nesse segundo caso, o PIB nominal aumenta, mas o PIB real se mantém inalterado, de modo que o deflator do PIB também aumenta. Observe que, em ambos os casos, o deflator do PIB reílete o que está acontecendo com os preços, não com as quantidades. Vamos agora voltar para o nosso exemplo numérico da Tabela 2. O deflator do PIB é ca]cu]ado na parte de baixo da tabe]a. ]lhra o ano 2001, o PIB nominal é $ 200 e o PIB rea] é $ 200, de modo que o def]ator do PIB é 100. ]hra o ano 2002, o PIB nominal é $ 600 e o PIB real é $ 350, de modo que o deflator do PIB é 171. Como o deflator do PIB aumentou, em 2002, de 100 para 171, podemos dizer que o nível de preços aumentou 71%. C) deflator do PIB é uma medida que os economistas usam para monitoras o nível médio de preços da economia. Vamos examinar outra medida -- o índice de preços ao consumidor -- no próximo capítulo, no qual também descreveremos as diferenças entre as duas medidas. Estudo de Caso O PIB REAL NA HISTORIA RECENTE lABora que sabemos como o PIB real é definido e medido, vamos ver o que essa variável macroeconómica nos diz a ]-esperto da história recente dos Estados Unidos. A Figura 2 mostra dados tt.imestrais sobre o PIB real da economia americana desde A característica mais óbvia desses dados é que o PIB real cresce ao longo do tempo. O PIB real da economia americana em 2001 foi mais do que o dobro do PIB real de 1970. Em outras palavras, a produção de bens e serviços nos Estados Unidos cresceu em média cerca de 3% ao ano desde 1970. Esse crescimento continuado do PIB real permite ao norte-americano típico desfrutar de uma maior prosperidade económica do que seus pais e avós. Uma segunda característica dos dados do PIB é que o crescimento não é cons- tante. A ascensão do PIB real é ocasionalmente interrompida por períodos em que o PIB cai, chamados de recessões. Na Figura 2, as recessões são indicadas pelas bar- ras verticais sombreadas (não há uma regra rígida que deter\ine quando o comitê 1970/ '} PIB Real nos Estados Unidos Bilhões de Dólares de 1996 $lo.ooo Esta $gura mostra dados üi- meshais sobre o PiB real da economia norte-americana desde ]970. As recessões períodos de queda da PIB real - são indicadas pelas barras verticais sombreadas. 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 H © @ l H» g E g 1990 % ã j l fonte: DepaRarnento de Cdnércio dos Estados Unidos. 3.000 1970 1975 " '' 1980 1985 1995 2000 CAPÍTULO 15 MEDINDO A RENDA NACIONAL 335 oficial de datação do ciclo de negócios irá declarar que ocorreu uma recessão, mas uma boa regra geral são dois trimesh'es consecutivos de queda do PIB real). As recessões estão associadas não só a rendas mais baixas, mas também a outras for- mas de revés económico: aumento do desemprego, queda dos lucros, maior núme- ro de falências e assim por diante. NOTICIAS O PIB, CADA VEZ MAIS LEVE O PIB mede o valor da produção"de bens e sêMços da economias. Na sua apínião, o que aprénderíamas se. em wu disso, medíssemos o peso da pro- dt irão da PCOROMi07UU)FUV VV V UI IVI IPWq Uma Idéia (Literalmente> de Peso, de Greenspan PÓFDavidWessél . disse recentemente o sr. Greenspan a uma platéia em .Dálias.: Quando se pensa no assunto, não é tão :surpreendente que a economia esteja tcan- do mais leve. Uma parte crescente do PIB americano consiste de coisas que não pesam absolutamente nada =:serviços jurídi- cos, psicoterapia. e-mail, informações on-lhe. Mas o sr. Greenspan tem um jeito espe" dai de fazer o que é óbvio soar profunda. Apenas . uma 'pequena fiação' do cresci- mento económico do país nas últimas déca- das 'representa aumento do peso de mate- riais físicos = petróleo, carvão, minérios, madeira, produtos químicos', obsewou ele. ' '0 restante representa novos conhecimen- tos sobre como reorganizar esses materiais físicos de::maneiraLa atender melhor às necessidades humanas' (-.) 0 incrível encolhimento do PIB ajuda a explicar por que os trabalhadores norte americanos conseguem produzir mais do que nunca por hora de trabalho (-.) jel tam- bém ajuda a explicar por :que há tanto comérdo exterior hoje em dla. #A(-.) minía- turízação do produto'l disse o sr. Greenspan. 'significa que a movimentação dos produtos se tornoumais fácil e. portanto, mais barata. principalmente através .das fronteiras nacio- naisl'!( .1: ) "0 mundo de ;:1948 era muitíssimo diferente': observou o sr. Greenspan. há al- guns anos. '0 modela fundamental de in- dústria. naquela época. era uma paisagem de enormes siderúrgicas envoltas em fuma- ça (.«) nas margens do Lago Michigan A produção era de coisas físicas grandes e pesadas' Hoje, um exemplo do poderio económi- co norte-americano é a Microsoft Coro., com sua produção de peso quase inexistente. "Era virhalmente inimaginável, há meio século, a extensão em que'conceitos e idéias substituiriam os recursos físicos e a força humana na produção de bens e servi- ços': disse ele. É claro que uma coisa nos Estados Unidos está mais pesada da que antes: as pessoas. O Instituto Nacional de Saúde afir- ma que 22.3% dos noite-americanos estão obesos, contra T2,8% no início da déca- da de 1960. Mas não é disso que o sr. Greenspan está falando. lendo pesado cuidadosamente .as evidên- das, o presidente do federal Reserve. Alar Greenspan. quer que você saiba que a econo- mia norte-americana está tcando Mais leme. Literalmente. Quando fala de 'miniatuíizacão' cesse canteüo, o pr. Greenspan quer dizer que um dólar em bens e serviços produzidas na pcF derosa economia norte-americana pesa, hoje. muito menos do que antes, mesmo depois de ajustado pela inHação. Um prédio de dez andares moderno, segundo ele. pesa menos do que um prédio de dez andares construído no tim do século XIX. Com as fibras sintéticas, as roupas pe- sam menos. E a revolução da eletrõnica pro-, duziu televisores tão leves que podem ser usados no pulso. Pelas medidas convencionais, o produ- to intemo bruto jreall - o valor de todos os bens e seMços produzidos no país - é cinco vezes maior do que era há 50 anos. Mas 'o peso físico de nosso produto interno bruto é, evidentemente, apenas um pouco maior do que eía 50 0u lõ0.anos .atrás'l ;b t Fonte: Be Mn# Szreef Journa/. 20 maio 1 999, p. BI CoHàght © 1999 Dow cones & Co. Inc Reproduzido cora permissão de Dow Jones & Co. Inc no formato livro-temo, üia Cop®ght Clearance Center. .J. 'q! 336 PARTE 6 DADOS MACROECONÓMICOS Grande parte da macroeconomia tem por objetivo explicar o crescimentode longo prazo e as flutuações de curto prazo do PIB real. Como veremos nos próxi mos capítulos, precisamos de modelos diferentes para esses dois propósitos. Como as flutuações de curto prazo representam desvios em relação à tendência de longo prazo, examinaremos, primeiro, o comportamento das variáveis macroeconómicas fundamentais, incluindo o PIB, no longo prazo. Então, em capítulos posteriores, vamos nos basear nessa análise para explicar as flutuações de curto prazo. ' Teste Rápido Defina PIB real e PIB nominal. Qual dos dois é uma melhor medida do bem-estar eco- nómico? Por quê? PIB E BEM-ESmR ECONOMICO No início do capítulo, dissemos que o PIB é a melhor medida do bem-estar econó- mico de uma sociedade. Agora que sabemos o que é PIB, podemos avaliar essa agir macao. Como vimos, o PIB mede tanto a renda total quanto a despesa total da econo- rr\ia em bens e serviços. Assim, o PIB per capita nos fala da renda e das despesas do indivíduo médio na economia. Como a maioria das pessoas preferiria ter maior renda e desfrutar de uma maior despesa, o PIB pa' cáfila parece ser uma medida l natural do bem estar económico do indivíduo médio. Mas algumas pessoas contestam a validade do PIB como medida do bem-estar. Quando o senador Robert Kennedy concorreu à presidência, em 1968. fez uma comovente crítica a respeito dessas medidas económicas: [0 produto intemo bruto] não leva em consideração a saúde de nossas crianças, a qualidade de sua educação ou a felicidade de suas brincadeiras. Não inclui a beleza de nossa poesia nem a solidez de nossos casamentos, a inteligência do nosso debate público ou a integridade dos funcionários públicos. Não mede nem nossa coragem, nem nossa sabedoria, nem nossa devoção ao país. Em resumo, mede tudo, exceto aquilo que faz a vida valer a pena, e pode nos dizer tudo sobre a América, exceto a razão pela qual nos orgulhamos de ser americanos. Muito do que Robert Kennedy disse está corneto. Então, por que nos preocupamos com o PIB? A resposta é que um PIB elevado nos ajuda, de fato, a levar uma vida confortá- vel. O PIB não mede a saúde das crianças, mas países com PIBs maiores podem arcar com o custo de um melhor atendimento de saúde para suas crianças. C) PIB não mede a qualidade da educação, mas países com PIBs maiores podem ter siste- mas educacionais melhores. O PIB não mede a beleza da nossa poesia, mas países com PIBs maiores podem ensinar mais cidadãos a ler e a apreciar a poesia. O PIB não leva em conta nossa inteligência, integridade, coragem, sabedoria ou devoção ao país, mas todos esses louváveis atributos são mais fáceis de desenvolver quando as pessoas estão menos preocupadas em garantir as necessidades matei.tais da vida. Em suma, o PIB não mede diretamente as coisas que fazem a vida valer a pena, mas mede nossa capacidade de obter os insumos para uma vida que valha a pena. Entretanto, o PIB não é uma medida perfeita do bem-estar. Algumas coisas que contribuem para uma boa vida ficam de fora dele. Uma delas é o lazer. Suponha, por exemplo, que todas as pessoas da economia subitamente começassem a traba- lhar todos os dias da semana, em vez de desfrutar de lazer nos fins de semana. }. CAPÍTULO 15 MEDINDO A RENDA NACIONAL 337 Moais bens e serviços seriam produzidos e o PIB aumentaria. Mas, apesar do aumento do PIB, não poderíamos concluir que todos estariam em melhor situação. A perda de bem-estar decorrente da redução do lazer seria compensada pelos ganhos de bem-estar decorrentes da produção e consumo de uma maior quanti- dade de bens e serviços. Como o PIB usa os preços de mercado para avaliar bens e serviços, ele descon- sidera o valor de quase todas as atividades que oconem fora dos mercados. Mais especificamente, o PIB omite o valor dos bens e serviços produzidos em casa. Quando um chefde cozinha prepara uma deliciosa refeição e a vende em seu res- taurante, o valor dessa refeição faz parte do PIB. Mas se ele preparar a mesma refei- ção para sua esposa, o valor que agregou aos ingredientes não entrará para o PIB. De forma similar, o serviço de cuidar das crianças oferecido em creches faz parte do PIB, enquanto o serviço de cuidar das crianças realizado pelos pais em casa não faz parte do PIB. O trabalho voluntário contribui para o bem-estar dos membros da sociedade, mas o PIB não reflete essas contribuições. Outra coisa que o PIB exclui é a qualidade do meio ambiente. Imagine que o governo elimine todas as regulamentações ambientais. As empresas poderiam, então, produzir bens e serviços sem levar em consideração a poluição que criam, e o PIB poderia aumentar. Mas o bem-estar provavelmente diminuiria. A deteriora- ção da qualidade do ar e da água mais do que contrabalançada os ganhos decor- rentes da maior produção. O PIB também não diz nada a respeito da distribuição da renda. Uma socieda- de em que 100 pessoas tenham renda anual de $ 50 mil tem um PIB de $ 5 milhões e, o que não é surpreendente, um PIB per cízpita de $ 50 mil. O mesmo se dá em uma sociedade em que 10 pessoas ganhem $ 500 mil cada e 90 sofram sem ganhar nada. Poucas pessoas olhariam para essas duas situações e diriam que são equiva lentes. O PIB per cízpítíz nos diz o que acontece com a pessoa média, mas por trás da média existe uma ampla variedade de experiências individuais. No ãm das contas, podemos concluir que o PIB é uma boa medida do bem- estar económico para a maioria dos propósitos mas não para todos. E importan' te ter em mente o que o PIB inclui e o que âca de fora. O PIB reflete a produção da fábrica. mas não o dano que causa ao meio ambiente. Estudo de Caso DIFERENÇAS INTERNACIONAIS NO PIB E NA QUALIDADE DE VIDA Uma maneira de avaliar a utilidade do PIB como medida do bem-estar económico é examinar dados internacionais. Países pobres e ricos têm níveis muito diferentes de PIB per capita. Se um PIB elevado leva a um melhor padrão de vida, então deve- ríamos observar que o PIB está fortemente conelacionado com medidas de quali- dade de vida. E, de fato, é isso o que acontece. A Tabela 3 mostra 12 dos países mais populosos do mundo, classificados por ordem de PIB per capítíz. A tabela também mostra a expectativa de vida(a esperan' ça de 'üda ao nascer) e a alfabetização (o percentual da população adulta que sabe ler). Os dados mostram um padrão claro. Nos países ricos, como os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha, as pessoas têm expectativa de viver bem mais do que 70 anos e quase toda a população sabe ler. Em países pobres, como a Nigéria, Bangladesh e o Paquistão, as pessoas em geral vivem somente até os 50 anos e cerca da metade da população é analfabeta. 338 PARTE 6 DADOS MACROECONÓMICOS País PiB Real Per Capífa (]999) Alfabetização entre os AdultosExpectativa de Vida PIB. Expectativa de Vida e Alfabetização E#a face/a mostra o P/B per capita e duas medidas de qualidade de vida em 12 grandes países. fotüe: Reldório de DesenvoMmento flumano200/, Nações Unidas. l:ii,;J l Embora dados sobre outros aspectos da qualidade de vida não sejam tão com- pletos, eles contam uma história semelhante. Os países com baixo PIB pa capita tendem a ter mais crianças com peso baixo ao nascer, altas taxas de mortalidade infantil, altas taxas de mortalidade materna, altas taxas de desnutrição infantil e menos acesso a água tratada. Nos países de baixo PIB pa' capita, menos crianças em idade escolar freqüentam eíetivamente a escola e aquelas que o fazem dispõem de menos professores por aluno. Esses países também tendem a ter menos televiso- res, menos telefones, menos ruas pa'dmentadas e menos casas com eletricidade. Os dados internacionais não deixam dúvida de que o PIB de um país está estreita mente relacionado ao padrão de vida de seus cidadãos. + Estudo de Caso QUEiü GAíüHA NAS OLihãFÍADAS? A cada quatro anos, os países do mundo competem nos Jogos Olímpicos. Quando os jogos terminam, os comentaristas utilizam o número de medalhas obtidas por cada país como um indicador de sucesso. Essa medida parece muito diferente do PIB usado pelos economistas para medir osucesso. Mas ocone que não é bem Os economistas Andrew Bemard e Meghan Busse examinaram os determinan- tes do sucesso olímpico. A explicação mais óbvia é a população: países que têm mais habitantes terão, em igualdade das demais condições, mais atletas de desta- que. Mas isso não é a história completa. China, Índia, Indonésia e Bangladesh têm juntos mais de 40% da população mundial, mas normalmente conquistam 6% das medalhas. A razão é que esses países são pobres: a despeito de sua grande popu' lação, eles respondem por apenas 5% do PIB mundial. Sua pobreza impede muü' tos atletas talentosos de alcançar seu potencial. Bemard e Busse concluí.am que a melhor medida da capacidade que um pais tem de produzir atletas de nível mundial é o PIB total. Um PIB total elevado signi- assiJ:n Estados Unidos $ 31 .872 77 anos 99% Japão 24.898 81 99 Alemanha 23.742 78 99 México 8.297 72 91 Rússia 7.473 66 99 Brasil 7.037 67 85 China 3.6] 7 70 83 Indonésia 2.857 66 86 Índia 2.248 63 56 Paquistão 1 .834 60 45 Bangladesh 1 .483 59 41 Nigéria 853 52 63 CAPÍTULO 1 5 MEDINDO A RENDA NACIONAL 339 fica mais medalhas, independentemente de ser esse total resultado de um grande PIB per capita ou de um grande número de habitantes. Em outras palavras, se dois países tiverem o mesmo PIB, é de se esperar que conquistem'o mesmo número de medalhas, ainda que um deles(a Índia) tenha muitos habitantes e baixo PIB per capita e o outro(a Holanda) tenha menos habitantes e PIB pa' capífíz elevado. Além do PIB, dois outros falares influenciam o número de medalhas conquista das. O país-sede costuma ganhar medalhas exhas, refletindo o benefício que os atletas obtêm de competir em casa. Além disso, os antigos países comunistas do leste europeu(União Soviética, Romênia, Alemanha Oriental e outros) conquista vam mais medalhas do que outros países com PIB semelhante. Esses países com economias de planejamento central dedicavam mais recursos nacionais ao treina- mento de atletas olímpicos do que as economias de livre-mercado, em que as pes- soas têm maior controle sobre as próprias vidas. ' Teste Rápido Por que os formuladores de políticas devem se preocupar com o PIB? CONCLUSÃO Este capítulo discutiu como os economistas medem a renda total de um país. A medi ção, naturalmente, é somente um ponto de partida. Grande parte da macroeconomia tem por objetivo revelar os determinantes de longo e de curto prazos do produto intemo bruto de um país. Por' exemplo, por que o PIB é mais elevado nos Estados Unidos e no Japão do que na Índia e na Nigéria? O que os govemos dos países mais pobres podem fazer para promover o crescimento mais rápido do PIB? Por que o PIB dos Estados Unidos aumenta rapidamente em alguns anos e cai em outros7 O que os formuladores de políticas americanos podem fazer para reduzir a severidade des- sas flutuações do PIB? Essas são questões que serão abordadas em breve. Neste ponto, é importante reconhecer a relevância da simples mensuração do PIB. Com isso, todos temos uma percepção de como vai a economia enquanto levamos nossas vidas. Mas os economistas que estudam as mudanças na econo- mia e os fom\uladores de políticas que estabelecem as políticas económicas preci- sam de mais do que uma percepção vaga -- eles precisam de dados concretos em que possam basear suas decisões. Quantificar o comportamento da economia com estatísticas como o PIB é, portanto, o primeiro passo para desenvolver a ciência da macroeconomia.f + { RESUMO Como cada transação tem um comprador e um vendedor, a despesa total da economia deve ser igual à renda total da economia. O produto intemo bruto 0:TB) mede a despesa total de uma economia em bens e serviços recente mente produzidos e a renda total obtida com a produção desses bens e serviços. Mais precisamen- te, o PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em determi- nado período de tempo. O PIB se divide em quatro componentes de despe- sas: consumo, investimento, compras do govemo e exportações líquidas. O consumo inclui despesas das famillias em bens e serviços, excetuando a com- pra de novas residências. O investimento inclui des- pesas em novos equipamentos e estruturas, incluin- do a compra de novas residências por parte das famílias. As compras do governo incluem as despe sas em bens e serviços dos movemos locais (munici- pais), estaduais e federa]. A exportação líquida é l J ..L T340 PARTE 6 DADOS MACROECONÓMICOS igual ao valor dos bens e serviços produzidos inter- namente e vendidos no exterior (expor:tações) menos o valor dos bens e serviços produzidos no exterior e vendidos internamente(importações) . O PIB nominal usa os preços conentes para avaliar a produção de bens e serviços da economia. O PIB real usa preços constantes de um ano-base para avaliar a produção de bens e serviços da economia. O deflator do PIB - calculado como a razão entre o PIB nominal e o PIB real mede o nível de preços da econon\ia. O PIB é uma boa medida de bem-estar económico porque as pessoas preferem rendas elevadas a ren das baixas. Mas não é uma medida perfeita do bem-estar. Por exemplo, o PIB desconsidera o valor do lazer e o valor de um meio ambiente limpo. CON CE l TO S-CHAVE microeconomia, p. 324 macroeconomia, p. 324 produto intemo bruto(PIB), p. 326 consumo, p. 329 investimento, p. 329 compras do governo, p. 330 exportações líquidas, p. 330 PIB nominal, p. 332 PIB re al, p. 332 deflator do PIB, p. 333 l QUESTÕES PARA REVISÃO l 2 3 Explique por que a renda de uma economia deve ser igual às suas despesas O que contribui mais para o PIB a produção de um carro popular ou a produção de um cano de luxos Por quê? Um agricultor vende trigo a um padeiro por $ 2. O padeiro usa o t:ligo para fazer pão, que é vendido a $ 3. Qual a contribuição total dessas transações para o PIB? Há muitos anos, Peggy pagou $ 500 para montar uma coleção de CDs. Hoje ela vendeu seus CDs por $ 100. Como essa venda afeta o PIB conenteP Leste os quatro componentes do PIB. Dê um exem plo de cada. 6 7 Por que os economistas usam o PIB real, e não o PIB nominal, para medir o bem-estar económico? No ano 2001, a economia produz cem pães que são vendidos por $ 2 cada. No ano 2002. a econo mia produz 200 pães que são vendidos a $ 3 cada. Calcule o PIB nominal, o PIB real e o deflator do PIB para cada ano (use 2001 como ano-base) Qual o aumento percentual de cada uma dessas três estatísticas de um ano para o outro? Por que é desejável para um país ter um PIB ele- vado? Dê um exemplo de algo que poderia aumentar o PIB, mas que seria indesejável. 4 5 8 PROB LEMAS E APLICAÇOES .! l Qual dos componentes do PIB (caso haja) seria afetado por cada uma das transações a seguir? Explique. a. Uma família compra uma geladeira nova. b. A üa Jade compra uma casa nova. c. A Ford vende um Thunderbird de seus estoques. d.Você compra uma pizza. e. A Califómia repavimenta a Highway lO.l. f. Seus pais compram uma garrafa de vinho hancês. g. A Ronda expande sua fábrica em Maiysville, Ohio. O componente "compras do governo"do PIB não inclui as despesas em pagamentos de,transferên- cia como Seguridade Social. Pensará-Uo sobre a 2 l CAPÍTULO 15 MEDINDO A RENDA NACIONAL 341 deãnição do PIB, explique por que os pagamentos de transferência são excluídos. Na sua opinião, por que a compra de novas resi- dências pelas famílias está incluída no componen' te investimento do PIB e não no componente con sumo?Você consegue imaginar algum motivo pelo qual as compras de carros novos pelas famílias também pudessem ser incluídas no investimento em vez do consumo? A que outros bens de consu- mo essa lógica poderia se aplicar? Como vimos neste capítulo, o PIB não inclui o valor de bens usados que são revendidos. Por que a inclusão dessas transações faria do PIB uma medida menos precisa do bem-estar económico? A seguir são apresentados alguns dados sobre a tema do leite e do mel. e. Qual foi a taxa de crescimento do PIB real entre 1999 e 2000? f. A taxa de crescimento do PIB nominal foi maiorou menor do que a taxa de crescimento do PIB real? Explique Se os preços aumentam, a renda que as pessoas obtêm da venda de bens também aumenta. Entretanto, o crescimento do PIB real ignora esse ganho. Por que, então, os economistas preferem o PIB real como medida do bem-estar económico? C) govemo cosünna divulgar estimativas revistas do PIB norte-americano pró)dmo ao fim de cada mês. Encontre um artigo de jornal que fale da divulgação mais recente ou leia você mesmo o comunicado no endereço http://www.bea.doc.gov, o site do Bureau of Economic Analysis dos Estados Unidos. Discuta as variações recentes no PIB real, no .PIB nominal e nos componentes do PIB. Um dia, a barbearia Bany the Beber recebes 400 por cortes de cabelo. Diante esse dia, seu equipa- mento sofre depreciação no valor de $ 50. Dos $ 350 restantes, Barry envia$ 30 ao govemo a título de impostos sobre vendas, leva para casa$ 220 em salários e mantém$ 100 na empresa para adquiú- novos equipamentos no futuro. Dos $ 220 que Barry leva para casa,$ 70 são pagos ao govemo a título de imposto de renda. Com base nessas informações, calcule a contribuição de Barry para as seguintes medidas de renda: a. produto intemo bruto; b. produto nacional líquido; c. renda nacional; d. renda pessoal; e. renda pessoal disponível Os bens e serviços que não são vendi(ins nos mer cados, como alimentos produzidos e consumidos em casa, não cosa:umam ser incluídos no PIB.Você pode imaginar por que isso poderia fazer com que os números da segunda coluna daTabela 3 fossem enganosos em uma comparação do bem-estar económico nos Estados'Unidos e na Índia? Explique. Até o início da década de 1990, o govemo norte americano dava ênfase ao PNB, em vez do PIB, como medida do bem-estar económico. Qual medida o governo deve preferir se estiver preocu' pado com a renda total dos norte-americanos? Qual medida deve preferir se estiver preocupado com o montante total de atividade económica que ocone nos Estados Unidos? 3 7 4 8 5 Quantidade de Leite llitros) 100 200. 200 Quantidade de h4el (litros) 50 100 100 Preço do Leite 2 Preço do Mel $2 2 4 Ano 2001 2002 2003 9 a. Calcule o PIB nominal, o PIB real e o deflator do PIB para cada ano, usando 2001 como ano-base. b. Calcule a variação percentual do PIB nominal, do PIB real e do deflator do PIB em 2002 e 2003 em re]ação ao ano anterior.])ma cada ano, iden- tifique a variável que se mantém inalterada. Explique por que sua resposta faz sentido. c. O bem-estar económico aumentou mais em 2002 ou 2003? Explique. Considere os seguintes dados sobre o PIB dos Estados Unidos: 6 Ano PiB Nominal (bilhões) 9.873 9.269 Defiator do PIB (ano-base 1996) 118 113 10 2000 1999 a. Qual foi a taxa de crescimento do PIB nominal entre 1999 e 2000? (Observação: A taxa de cres- cimento é a variação percentual entre um perío- do e o seguinte.) b. Qual foi a taxa de crescimento do deflator do PIB entre 1999 e 2000? c. Qual era o PIB real em 1999, medido a preços de 1996? d. Qual era o PIB real em 2000, medido a preços de 1996? 11 'v342 PARTE 6 DADOS MACROECONÓMICOS 12 A participação das mulheres na força de trabalho americana aumentou drasticamente desde 1970. a. Na sua opinião, como esse aumento afetou o b. Agora, imagine uma medida de bem-estar eco- nómico que inclua o tempo gasto com trabalhos domésticos e com lazer. Como a mudança dessa PB? medida de bem-estar se comparada com a mudança do PIB? c.Você consegue pensar em outros aspectos do bem-estar que estejam associados ao aumento da participação feminina na força de trabalho? Seria prático construir uma medida de bem- estar que incluísse esses aspectos7 Í, 'lh {..
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